quarta-feira, 12 de setembro de 2007

APF: Há falta de contraceptivos nos centros de saúde

A Associação para o Planeamento da Família (APF) lança um apelo ao Ministério da Saúde para que sejam assegurados mais contraceptivos nos centros de saúde portugueses, uma vez que os stocks entram frequentemente em ruptura.

Para Duarte Vilar, director executivo da APF, esta é uma necessidade que tem que ser preenchida, pois os stocks entram muitas vezes em ruptura e “apesar de a pílula receitada pelo médico ser bastante barata, os preservativos quando não são adquiridos nos centros de saúde são caros”.

As declarações da associação surgem depois do ministro da Saúde, Correia de Campos, ter admitido, perante o Parlamento, que existem falhas no planeamento familiar, prometendo anunciar novas medidas durante o debate sobre o Orçamento de Estado.

Apesar de assumir que houve progressos “nas últimas três décadas”, a APF defende que os serviços de saúde devem ter programas de saúde reprodutiva direccionados especificamente aos jovens e às comunidades imigrantes. As principais falhas, considera Duarte Vilar, estão relacionadas com os grupos que “têm acesso mais difícil aos serviços de saúde, como os jovens e as comunidades migrantes”.

“Deveria haver programas de planeamento familiar específicos para jovens. Há muito tempo que se sabe que misturar jovens com adultos nos serviços de saúde dá mau resultado a este nível”, disse o responsável em declarações à agência Lusa.

O peso excessivo na contracepção da mulher foi outro dos assuntos destacados por Duarte Vilar, salientando a importância de fomentar a utilização dos contraceptivos entre os homens. Para além disso, há que informar a população geral face às possíveis falhas no uso de contraceptivos, como é o caso da pílula que, quando tomada em conjunto com outros medicamentos pode perder o seu efeito evitar da gravidez.

Marta Bilro

Fonte: Fábrica de Conteúdos, Diário Digital, Lusa.

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