quinta-feira, 26 de julho de 2007

Exelixis mantém os direitos de desenvolvimento e comercialização do XL647

A Exelixis Inc. anunciou que a GlaxoSmithKline decidiu não exercer o direito de opção para licenciar o XL647 para posterior desenvolvimento e comercialização. Assim, a Exelixis mantém estes direitos sobre o XL647, podendo exercê-los tanto de forma independente como em colaboração com terceiros. A Exelixis pretende avançar rapidamente com o desenvolvimento completo deste composto promissor, em pacientes com cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC) e potencialmente também para outras indicações.

O XL647 é um potente inibidor de receptores de tirosina quinase que estão implicados na proliferação e na vascularização (formação de vasos sanguíneos) de tumores. O XL647 inibe o EGFR, o HER2 e o VEGFR2. Segundo o Chefe de Hematologia e Oncologia do Massachusetts General Hospital, Dr. Thomas Lynch, os dados do XL647 mostraram, até à data, uma clara actividade anti-tumor no cancro do pulmão de não pequenas células. Tem havido várias respostas duradouras em pacientes com e sem mutações activadas por EGFR, o que poderia dar a este composto uma utilidade mais alargada numa população de pacientes diversa. O XL647 mantém a actividade contra a mutação do T790M, que confere resistência ao erlotinib, o que poderá potencialmente proporcionar um passo em frente necessário para o tratamento do cancro do pulmão e de outros cancros.

Um ensaio de Fase 2 está a decorrer com pacientes com CPNPC que inicialmente responderam ao tratamento com inibidores de EGFR, o erlotinib ou o gefitinib, mas tendo o tratamento falhado posteriormente. A razão para este estudo é a actividade do XL647 contra a mutação de T790M no EGFR, que se desenvolve em aproximadamente 50 por cento dos pacientes, como um mecanismo de resistência ao erlotinib ou ao gefitinib.

O presidente da Exelixis, Dr. George A. Scangos, afirmou que a companhia espera que o XL647 avance para o registo dos ensaios pivot para o CPNPC no início de 2008. O Dr. Scangos acrescentou ainda que as provas de actividade do XL647 no ensaio de Fase 2 têm criado, até à data, um nível elevado de entusiasmo na comunidade oncológica, o que tem ajudado a companhia a fazer um recrutamento rápido e a preparar-se para levar o composto até à última fase de desenvolvimento para o tratamento de uma variedade de indicações oncológicas.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive

Atrasos nas consultas e adiamento das cirurgias motivam queixas contra o SNS

Num período de 18 meses, a ERS recebeu já 2300 reclamações

Desde o inicio de 2006 até Junho deste ano, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) contabilizou perto de 2300 queixas acerca do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que se devem principalmente às demoradas esperas para além da hora marcada para a consulta, à impossibilidade de realização de cirurgia no tempo necessário para evitar a cegueira e também à selecção de doentes por parte de instituições convencionadas com o SNS.

Depois de na semana passada ter sido conhecida a avaliação negativa que os portugueses fizeram do SNS, como o farmácia.com.pt noticiou no artigo Portugueses dão nota negativa ao SNS, é agora a vez de a ERS revelar os principais defeitos de funcionamento, que as queixas dos utentes apontam às instituições de saúde nacionais.

O tempo de espera por consultas, que pode ser de vários meses, é um dos principais problemas apontados, bem como a espera por cirurgias em estabelecimentos privados em convenção com o SNS, enquanto que os utentes do serviço privado recebem atendimento de forma praticamente imediata.

A área da oftalmologia é uma das mais problemáticas, “com listas de espera de 900 dias”, de acordo com Álvaro Almeida, presidente da ERS, onde existem graves problemas no acesso dos doentes aos cuidados de saúde da vista. Mas as queixas vão mais além, especialmente no sector privado, como é o caso da "indução artificial da procura", ou seja, quando os pacientes são submetidos a meios complementares de diagnóstico que não seriam necessários.

No que respeita ao licenciamento das unidades de saúde o cenário revela-se também problemático, pois apesar de a grande maioria estar já registada junto do organismo, o licenciamento tem-se revelado difícil. Apenas um em cada cinco estabelecimentos tem a licença necessária, o que de acordo com o presidente da ERS, se deve ao minucioso detalhe da legislação, que deve "ser alterada para simplificar os procedimentos e minimizar os requisitos exigidos, distinguindo os necessários ao funcionamento, dos desejáveis". Mas a culpa é muitas vezes dos serviços administrativos, pois como sublinha o dirigente, “as instituições fazem o pedido e a administração não dá resposta".

A ERS encontra-se neste momento a definir os critérios para a avaliação das instituições de saúde, que deverá estar pronta até ao final de 2008. A primeiras instituições a ser alvo da avaliação serão as maternidades, ainda que a avaliação pretenda cobrir todas as unidades da saúde nacionais, de forma a fornecer aos utentes alguma informação, que os auxilie no momento de escolha de uma instituição, ajudando também os responsáveis a melhorar os cuidados prestados.

Inês de Matos

Fonte: Diário de Noticias

Afinal as antenas de comunicações moveis não são nocivas para a saúde

As antenas de comunicações moveis não são prejudiciais para a saúde, pelo menos a curto prazo. Esta é a conclusão de um estudo desenvolvido ao longo de três anos, por um grupo de investigadores da Universidade de Essex, no Reino Unido, que observou os sintomas apresentados por 148 indivíduos participantes na investigação.

A polémica acerca dos efeitos negativos que hipoteticamente as antenas de comunicações moveis provocam na saúde dos indivíduos expostos às suas radiações vem de longe, dai que para a realização deste estudo tenha sido propositadamente criado um laboratório especifico, de forma a conseguir resultados mais precisos e valiosos.

Dos indivíduos em análise, 44 afirmaram já ter experimentado sintomas como ansiedade, tensão e cansaço derivados de radiações de antenas de comunicações moveis, enquanto que os outros 114 indivíduos nunca tinham apresentado quaisquer efeitos.

Os participantes no estudo foram submetidos a vários testes, com a antena ligada e desligada, tendo em alguns casos sido dado a conhecer aos indivíduos o facto de a antena estar ou não desligada, de forma a comparar os resultados apresentados quando os eles estavam conscientes do funcionamento da antena, com os resultados obtidos nos períodos em que desconheciam se a antena estava ligada ou desligada.

A conclusão final do estudo revelou que não foram encontradas quaisquer alterações significativas em parâmetros como o batimento cardíaco ou pressão sanguínea nos indivíduos, quer a antena estivesse ligada ou desligada. Apenas o primeiro grupo apresentou algumas mudanças nos parâmetros, quando exposto a sinais provenientes antenas 3G, apesar de ninguém ter referido sintomas.

Os baixos níveis de bem-estar e os maiores sintomas revelados quando a antena estava ligada, caracterizam as pessoas do primeiro grupo que se revelam mais sensíveis do que as restante. Contudo, quando não sabiam se a antena estava ligada ou não, os sintomas foram inconstantes, dai que os investigadores considerem que estes não estavam relacionados com o facto de a antena estar desligada ou ligada.

Deste modo, a conclusão dos investigadores revelou que estes sintomas não estão directamente relacionados com as antenas. Na opinião de Elaine Fox, uma das responsáveis pela experiência, ficou claro que “as pessoas mais sensíveis sofrem sintomas reais e às vezes têm uma qualidade de vida pobre, mas agora é importante determinar que outros factores podem causar estes sintomas».

No seguimento da mesma linha de investigação, o grupo irá agora iniciar a observação dos efeitos a curto prazo na saúde de quem está exposto às antenas de comunicações móveis por rádio Tetra, utilizadas pelos sistemas de comunicação dos serviços.

Inês de Matos

Fonte: Sol

Threshold Pharmaceuticals inicia Fase 1 do TH-302 em pacientes com tumores sólidos

A Threshold Pharmaceuticals Inc. iniciou um ensaio clínico de Fase 1 para avaliar a segurança do TH-302, o primeiro profármaco activado por hipóxia (HAP, sigla em inglês) da companhia, em pacientes com tumores sólidos em estado avançado.

O TH-302 é uma nova terapêutica contra o cancro activada especificamente em condições de pouco oxigénio ou “hipóxia”, típicas das células cancerígenas de tumores sólidos, segundo afirmou o presidente da Threshold, Dr. Barry Selick. As células hipóxicas dos tumores normalmente escapam aos tradicionais fármacos anti-cancro que atacam rapidamente as células que se dividem, levando, em última instância, à resistência aos fármacos, a recaídas e a metástases. Se o TH-302 puder reduzir o potencial dos tumores se metastizarem ou prevenir o aumento de células cancerígenas resistentes aos fármacos, poderá ser um avanço clínico significativo para o tratamento de uma variedade de cancros.

Os objectivos principais do estudo são determinar a dose máxima tolerada e dose limitada de toxicidades do TH-302 em pacientes com tumores sólidos em estado avançado, e estabelecer a dose apropriada para testes de uma potencial Fase 2 dos estudos clínicos. Os objectivos secundários do ensaio incluem estabelecer a farmacocinética e avaliar a actividade anti-tumor do TH-302, medida através da taxa de resposta objectiva, duração da resposta, sobrevivência livre de progressão, sobrevivência geral, e vários parâmetros de segurança. Os tumores serão avaliados no início e a cada oito semanas utilizando o Critério de Avaliação de Resposta em Tumores Sólidos (RECIST, sigla em inglês).

O TH-302 tem mostrado ser eficiente, assim como bem tolerado, em estudos pré-clínicos. O vice-presidente sénior da Threshold, Dr. Mark Matteucci, disse que o TH-302 tem demonstrado uma actividade considerável em modelos animais dos cancros humanos do pâncreas e da próstata, e é activo contra uma vasta diversidade de outros tipos de tumores baseados em células e também em modelos animais. A Threshold espera que o TH-302, tanto sozinho como em combinação com outras terapias anti-tumores, forneça uma melhoria significativa no tratamento de pacientes oncológicos.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive
Estudo português demonstra

Educação influencia saúde coronária

O nível de escolaridade, como indicador do estatuto socio-económico, tem uma influência directa na nossa saúde. A conclusão saiu de um estudo único, em Portugal, realizado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Uma equipa de investigadores portugueses - liderada pela epidemiologista Carla Lopes – consegui mostrar, claramente, que “os indivíduos com idades compreendidas entre os 20 e os 45 anos com níveis de escolaridade baixos (4.º ano ou menos) têm um risco 6 vezes maior de sofrerem um enfarte agudo do miocárdio do que as pessoas com mais de 10 anos de frequência escolar.”

Apesar de o número de enfartes do miocárdio tenha vindo a diminuir em Portugal e nos países ocidentais, há dados que indicam que os casos de enfarte em jovens adultos (entre os 20 e os 45 anos) têm aumentado.

De acordo com um comunicado da FMUP - a que o Farmacia.com.pt teve acesso - este foi o ponto de partida: “Para avaliar esta tendência, o Serviço de Higiene e Epidemiologia da FMUP estudou uma população de 350 jovens adultos que sofreram um enfarte e que foram internados num dos hospitais do Grande Porto, e um outro grupo de 750 indivíduos da mesma área geográfica, mas sem episódios de enfarte do miocárdio.”

Segundo a nota daquela instituição de ensino, “os resultados do estudo indicam que, para além da baixa escolaridade, os principais factores de risco para o enfarte do miocárdio nos jovens adultos não diferem dos apontados para populações mais velhas.”

Factores de risco
A FMUP ressalva, no entanto, que existem factores agravantes: “um adulto de meia-idade diabético tem um risco duas vezes superior de ter um enfarte, mas um jovem adulto vê esse risco aumentado 10 vezes, relativamente a um não-diabético. Para além disso, o exercício físico parece não ter um efeito protector tão acentuado nos mais jovens como tem nos mais velhos.”

No que concerne aos restantes factores de risco, são já sobejamente conhecidos: fumar e ser obeso, sobretudo quando a gordura corporal está acumulada na zona abdominal, aumenta em larga medida o perigo de enfarte.

De referir que, a análise dos dados recolhidos durante a investigação não está ainda completamente finalizada. Segundo informa a nota da FMUP, os investigadores seguem agora para a avaliação dos hábitos alimentares da amostra do estudo.

Raquel Pacheco
Fonte: Comunicado da FMUP

Estudo aponta benefícios ao consumo de vinho

Composto fenólico pode harmonizar triglicerídeos e colesterol

Bebido com moderação e em carácter regular, o vinho tem efeitos benéficos sobre o metabolismo do colesterol, segundo noticiou o jornal espanho «La Vanguardia».

Os procionídeos, um dos compostos fenólicos que o vinho contém, podem servir para amenizar os triglicerídeos e o colesterol do corpo, e assim para reduzir os riscos de enfermidades cardiovasculares. A tese foi defendida, recentemente, na Universitat Rovira i Virgili (URV), de Tarragona, Espanha.

A investigação que sustentou a tese conseguiu determinar o mecanismo molecular pelo qual os procionídeos - de origem vegetal e bastante presentes na dieta mediterrânea - interagem no fígado, e como controlam a expressão dos genes.

Josep Maria del Bas, autor da tese, intitulada «Modulation of Hepatic Lipoprotein Metabolism by Dietary Procyanidins», (Modulação do metabolismo de lipoproteínas hepáticas por procionídeos dietéticos) explicou que “a análise das mudanças induzidas em genes permitiram determinar como os procionídeos conseguem harmonizar a expressão, o que, em longo prazo, permite projectar dietas personalizadas a fim de ajudar a prevenir e, em certos casos, tratar, diferentes patologias relacionadas a desajustes metabólicos."

O trabalho enquadra-se numa disciplina científica emergente, (Genética da Nutrição) a qual emprega técnicas da biologia molecular, bioquímica e biologia de sistemas "para entender como os nutrientes podem interagir com as vias de sinalização intracelulares", esclareceu Maria Cintra Bladé, co-orientadora da tese e professora do departamento de bioquímica e biotecnologia da URV.

Na pesquisa foram utilizados procionídeos obtidos de uvas, e por isso os resultados estendem-se ao consumo de vinho, ainda que por enquanto os efeitos tenham sido constatados apenas em laboratório, e o caminho até se comprovem em testes com animais e pessoas deva ser longo.

Raquel Pacheco
Fonte: Jornal «La Vanguardia»

Mulheres mais propensas a danos cerebrais por abuso de álcool

As mulheres correm um risco maior do que os homens de sofrerem danos cerebrais devido ao abuso de álcool, indica uma investigação norte-americana.

Através do estudo efectuado com 5 mil genes do cérebro de ratos, os cientistas descobriram que as fêmeas são mais susceptíveis aos efeitos neurotóxicos da abstinência alcoólica, incluindo o aumento significativo da morte das células cerebrais.

O resultado deixou os investigadores “surpresos”, sustentando não esperarem que o género fosse tão importante na pesquisa sobre diferenças na expressão genética entre ratos propensos aos problemas e ratos resistentes à abstinência severa.

Raquel Pacheco
Fonte: BoaSaúde

Poluição atmosférica agrava doenças vasculares

Aterosclerose: principal causa de morte em Portugal

Um estudo publicado na revista «Genome Biology» aponta a poluição atmosférica como um dos principais causadores da aterosclerose - o endurecimento dos vasos sanguíneos causado pela deposição de gordura em suas paredes.

Segundo explicaram os investigadores, “as gorduras interagem com as partículas do ar, principalmente com o diesel, e activam genes, causando inflamações.”

A observação da interacção entre partículas de diesel e lípidos oxidados, permitiu aos cientistas concluírem que “causava inflamação celular”, factor de risco para aterosclerose.

Além disso, - concretizaram os autores do estudo – “na poluição há hidrocarbonetos orgânicos e metais de transição, que inflamam as vias aéreas, provocando inflamação vascular, lesões arteriais e surgimento de coágulos sanguíneos, que podem geram ataques cardíacos e derrames.”

Arteriosclerose
A aterosclerose é uma das doenças que causam arteriosclerose. A arteriosclerose é o termo geral para esclerose das artérias. Esclerose é um processo degenerativo que envolve fibrose que tanto pode ocorrer nas artérias (arterioesclerose) como nas arteríolas — arteriolosclerose.


A arteriosclerose continua a ser principal causa de morte em Portugal , principalmente à custa da doença coronária e da doença vascular cerebral. Um motivo mais que suficiente para a Sociedade Portuguesa de Cardiologia ter definido como prioritário o combate à doença coronária, tendo em preparação diversas acções de esclarecimento sobre este mal e sua prevenção, avança a SPC no seu site.

Raquel Pacheco
Fonte: «Genome Biology»/SPC

Obesidade pode ser "contagiosa"

De acordo com um estudo publicado no «New England Journal of Medicine», a rede social de uma pessoa (incluindo amigos e familiares) pode influenciar o risco de obesidade.

Segundo o jornal britânico, os investigadores analisaram, ao longo de mais de 30 anos, o índice de massa corporal de mais de 12 mil pessoas – incluindo os amigos, familiares e vizinhos destas. Os resultados agora divulgados sugerem que, quanto mais estreito é o vínculo entre duas pessoas, maior é a probabilidade de “contraírem” a tendência para engordar.

"Quem tem um amigo obeso, vê a possibilidade de engordar aumentar em 57% e,se forem dois amigos, a probabilidade aumenta em 171%”, esclarecem os autores do estudo, reforçando acreditarem que “a obesidade entre pessoas próximas influencia não só no comportamento, como no conceito sobre peso considerado normal.”

Raquel Pacheco

Fonte: «New England Journal of Medicine»

REPORTAGEM

Incidência de cancro deverá aumentar em Portugal
Especialistas querem mais ensaios clínicos

A prevalência de doenças oncológicas é cada vez mais frequente em Portugal, e vários estudos recentes apontam para uma probabilidade de essa prevalência dever aumentar nos próximos anos. O processo de envelhecimento da população e os estilos de vida adoptados por uma cada vez maior massa populacional fazem prever que o número de doentes sofra um aumento considerável. O tratamento do cancro sofreu grande evolução na segunda metade do século XX, e deverá continuar esse trajecto, para o desenvolvimento de terapias eficazes e menos invasivas.

De acordo com um estudo desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia, em colaboração com a Novartis Oncology e a cadeia de centros comerciais Sonae Sierra, que foi apresentado ontem em Vila Nova de Gaia, e ao qual o farmacia.com.pt teve acesso, estima-se que o resultado da evolução sentida durante os últimos anos – em que foi possível "orientar o tratamento do cancro para o doente e não para a doença", personalizando a terapia tendo em conta as efectivas necessidades de cada paciente – seja uma evolução da investigação oncológica, no sentido de gradualmente ir pondo de lado os clássicos tratamentos de quimioterapia (que incluem um determinado número de tratamentos com as doses máximas toleradas pelo doente) para "opções que seleccionam o seu alvo e actuam apenas onde existe a causa da doença".
No que diz respeito ao tratamento do cancro, o estudo divulgado pela SPO avança como sugestão a realização de mais ensaios clínicos no nosso país, e cita o último relatório sobre aquele tipo de actividades em Portugal, que revela que mais de metade das empresas lusas que desenvolveram investigação na área da Saúde realizaram estudos na vertente da Oncologia. Os especialistas exortam a população a aderir aos ensaios clínicos, considerando que "a capacidade de desenvolver soluções terapêuticas mais eficazes e mais seguras dependerá da capacidade para realizar investigação clínica e de os doentes serem mais propensos a participar em estudos.

Grande Porto
Porque o estudo da Sociedade Portuguesa de Oncologia incidiu na avaliação dos conhecimentos sobre cancro da população do Grande Porto, o farmacia.com.pt resume aqui as principais conclusões, que, como reconheceram os responsáveis presentes na apresentação dos dados – realizada ontem à tarde na Loja Fnac do GaiaShopping – não são representativos da população total do país, mas ilustram um nível satisfatório de informação dos cidadãos portuenses sobre as doenças oncológicas.
Apesar de a maioria dos 298 inquiridos no âmbito de uma iniciativa da SPO, que durante uma semana percorreu vários centros comerciais e ouviu as pessoas sobre este tema) ter dito que está "razoavelmente informada" sobre o cancro, os especialistas consideraram que ainda há muito a fazer. O cancro da mama é a patologia que mais preocupa a população do Grande Porto. As mulheres são as que mais apostam na prevenção, sendo a televisão e a internet fontes privilegiadas na busca de dados sobre as doenças pelos cidadãos, que reclamam um maior número de iniciativas de rastreio e prevenção.

Carla Teixeira
Fonte: Estudo da Sociedade Portuguesa de Oncologia

Quebra de 11% nos lucros da AstraZeneca leva ao corte de 7.600 postos de trabalho

A AstraZeneca, segunda maior farmacêutica a nível mundial, prepara-se para eliminar o dobro do número de postos de emprego relativamente ao que estava previsto. A decisão fica a dever-se à quebra de 11 por cento nos lucros da empresa registada no segundo semestre do ano provocada pelos 11,1 mil milhões de euros gastos na aquisição da MedImmune.

No total deverão se extintos 7.600 postos de emprego, representativos de 11 por cento da força de trabalho da empresa. A AstraZeneca reduziu também as previsões relativas aos ganhos por acção para este ano colocando-os entre os 2,74 euros e os 2,63 euros, valores que anteriormente se situavam entre os 2,77 euros e os 2,96 euros.

Os resultados líquidos da empresa no segundo semestre de 2007 caíram para os 1,04 mil milhões de euros, ou 69 cêntimos por acção, comparativamente aos 1,17 mil milhões de euros, ou 74 cêntimos por acção, registados em igual período do ano anterior. Em Fevereiro, o laboratório já tinha avançado com a intenção de cortar três mil postos de trabalho na área de produção.

O Reino Unido, a Suécia, a Alemanha, a França, os Estados Unidos da América e o Canadá serão os países afectados por esta redução.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Bloomberg.

Mircera recebe autorização de comercialização na Europa

A farmacêutica Suíça Roche garantiu aprovação europeia para a utilização do Mircera no tratamento da anemia associada a doença renal crónica. O parecer positivo é válido para os 27 países da União Europeia e surge após uma recomendação emitida pelo Comité de Especialidades Farmacêuticas para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento (CHMP).

O fármaco deverá ser lançado de imediato no Reino Unido e na Alemanha devendo chegar também aos países escandinavos durante as próximas semanas bem como à Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Segundo afirmou Dan Kemmler, presidente do franchise para o medicamento de anemia da Roche, o Mircera poderá também receber autorização de comercialização na Suíça durante as próximas semanas.

“O Mircera tem potencial para conferir verdadeiros benefícios clínicos na gestão da anemia renal e para proporcionar o tratamento adequado a todos os doentes renais crónicos”, salientou William M. Burns, director executivo da divisão farmacêutica da Roche.

Os analistas prevêem que o medicamento venha a substituir outros tratamentos anteriores da Roche para a anemia, cujas vendas alcançaram os 1,34 mil milhões de euros em 2006. As doses mensais com um efeito mais prolongado também são vistas como uma vantagem sobre as doses semanais de medicamentos similares produzidos pela Amgen e pela Johnson & Johnson, uma vez que podem ajudar a reduzir os custos do tratamento nos pacientes com doenças renais.

A Roche espera obter aprovação da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) para a comercialização do medicamento nos Estados Unidos da América anda este ano. O laboratório pretende lançar a substância no mercado norte-americano logo que receba luz verde da FDA embora esteja a decorrer uma disputa com a Amgen que alega que o Mircera viola as patentes de dois dos seus medicamentos para a anemia.

Marta Bilro

Fonte: CNN Money, Herald Tribune.

Vioxx provoca riscos cardiovasculares aos 7,4 meses de utilização

Um estudo publicado pelo “New England Journal of Medicine” refere que os riscos de acidentes cardiovasculares inerentes à toma do anti-inflamatório Vioxx têm início aos 7,4 meses de utilização do tratamento, contrariando as indicações da Merck e dos seus cientistas.

Esta investigação, que envolveu a participação de 2.434 doentes, tinha sido interrompida na altura em que o fármaco foi retirado do mercado, em Setembro de 2004 e pretendia analisar a acção do Vioxx na redução da reincidência de cancro do cólon após a cirurgia ou o tratamento com quimioterapia. Os resultados indicam que o Vioxx “está associado a um aumento de episódios cardiovasculares adversos entre os pacientes que foram submetidos ao tratamento, em média, durante 7,4 meses”. A Merck, responsável pela produção do medicamento, refere que os riscos cardiovasculares ocorrem apenas em pacientes que tomaram o medicamento durante mais de 18 meses.

A farmacêutica alega que o estudo é apenas uma pequena parte da história relativa ao Vioxx que está longe de ser conclusiva. Apesar dos resultados, os responsáveis pela investigação admitem que a duração abreviada limitou o estudo, assim como o número relativamente reduzido de incidentes cardíacos registados – 15 no grupo do Vioxx e 6 no grupo que usou placebo.

Kent Jarrell, porta-voz da Merck, considera que o estudo "não deve ser interpretado fora do contexto". De acordo com o responsável, "é muito difícil tirar conclusões significativas do pequeno número de eventos cardiovasculares nesta pesquisa, porque ela foi concluída prematuramente".

A empresa enfrenta actualmente mais de 27 mil processos judiciais em tribunais norte-americanos relativos a pacientes que alegam ter sido prejudicados pela utilização do medicamento.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, First Word.

REPORTAGEM

Apreensão de toneladas de fármacos na China relança questão
O fenómeno dos medicamentos contrafeitos


As recentes apreensões de mais de uma tonelada de medicamentos falsificados na província chinesa de Cantão e no âmbito de uma operação de combate à venda de produtos contrafeitos pela internet, consumadas em acções conjuntas da Interpol e dos dos governos de Pequim e Washington, relançaram para a ordem do dia e para as páginas dos jornais o fenómeno da contrafacção, parcela de um problema mais vasto: a produção de fármacos que não cumprem as especificações mínimas de qualidade, tornando-se por isso inúteis ou mesmo perigosos.

Entre os milhares de fármacos apreendidos em Cantão avultavam as pastilhas de Viagra, enquanto numa operação anterior as três autoridades policiais detectaram, também na China, a existência de comprimidos de Tamiflu. São dois dos produtos farmacêuticos mais procurados actualmente à escala mundial – o primeiro visando fazer face ao problema da impotência sexual masculina, o segundo para prevenir os efeitos de uma eventual pandemia de gripe das aves –, quase dois anos depois de a polícia chinesa, em cooperação com a sua congénere americana e a Interpol, ter desmantelado uma rede criminosa que fabricava medicamentos falsos, e dias depois de ter sido executado no país um antigo responsável governamental pela área farmacológica, acusado de corrupção e de concessões ilegais a empresas chinesas.
Na história recente da China não são raros os exemplos de problemas deste tipo. Em 2004 pelo menos 13 bebés morreram na sequência de terem ingerido leite em pó falsificado, e em 2006 várias pessoas morreram por terem tomado um fármaco que continha dietilenglicol, um anticongelante utilizado como fluido dos travões, que chegou também ao Panamá, onde matou mais de uma centena de utilizadores da mesma substância. De acordo com o que o farmacia.com.pt conseguiu apurar junto de fonte do sector farmacêutico com representação em Portugal, o fenómeno dos medicamentos contrafeitos está já profundamente enraizado em todo o mundo, e é responsável por grandes problemas à escala global.
Em causa estão não só os fármacos que, pura e simplesmente, não têm qualquer efeito sobre as doenças para que alegadamente são indicados, mas também certos produtos que são fabricados abaixo dos standards estabelecidos para a indústria farmacêutica, e que por esse motivo se tornam não apenas inúteis, por não terem mais do que um efeito placebo, ineficaz no combate às doenças, mas também, não raras vezes, perigosos para quem os consome. Os medicamentos contrafeitos são fraudulenta e deliberadamente «desrotulados» no que diz respeito à fonte de onde são provenientes, e podem consistir em fármacos com ingredientes correctos, mas com falsas embalagens, com os componentes errados ou mesmo sem princípios activos. O fenómeno abrange medicamentos genéricos e de marca.

Saúde pública
O advento das farmácias online veio permitir que actualmente qualquer pessoa em qualquer parte do mundo possa adquirir mais facilmente os medicamentos de que precisa, mas antes disso já o contrabando e a venda ilegal possibilitava a aquisição deste tipo de produtos. No entanto, essa compra nem sempre ocorre dentro dos parâmetros mais adequados às necessidades do doente, e as reticências por parte das empresas farmacêuticas, dos consumidores e dos agentes reguladores do sector à venda online são muitas. O uso regular de fármacos contrafeitos pode desencadear episódios graves de falha terapêutica ou de resistência ao efeito dos medicamentos, e nos casos mais graves provocar a morte.
Foi exactamente o que aconteceu em 1995 na Nigéria – onde actualmente corre o julgamento de um caso similar, que opõe o governo local à multinacional Pfizer – , quando, durante uma crise epidémica de meningite, mais de 50 mil pessoas foram inoculadas com vacinas falsificadas. Mais de 2500 pessoas morreram. No mesmo ano, no Haiti, 89 crianças morreram, e três anos depois outras 30 na Índia, depois de terem sido tratadas com um xarope para a tosse à base de paracetamol, que na versão falsificada continha, uma vez mais, o anticongelante dietilenglicol. Em 1999, no Camboja, pelo menos 30 pessoas morreram depois de tomarem medicamentos contrafeitos para a malária, enquanto no ano seguinte, no sudoeste asiático, um estudo revelou que 38 por cento dos 104 medicamentos usados no tratamento da malária vendidos nas farmácias não continham qualquer ingrediente activo.
Em 2004 um fármaco falsificado deixou um rasto de morte na Argentina. Uma mulher de 22 anos que sofria de anemia viu piorar o seu estado de saúde. O fígado entrou em colapso e a paciente acabou por morrer, depois de ter sido tratada com injecções de ferro que, segundo apuraram as autoridades sanitárias locais, teriam sido contaminadas com um contrafeito altamente tóxico, cuja proveniência não foi possível de identificar, visto que os documentos que acompanhavam o fármaco eram igualmente falsos. No ano seguinte outra mulher da mesma idade, grávida, foi injectada com um medicamento contrafeito. Sobreviveu, mas deu à luz um bebé de 26 semanas. Apesar destes casos, a Argentina continua a não considerar crime a venda deste tipo de produtos. A Organização Mundial de Saúde adverte, porém, para os elevados riscos da administração de substâncias cuja proveniência não é devidamente referida nas embalagens, asseverando que a contrafacção de medicamentos desencadeia um gravíssimo problema de saúde pública em todo o mundo.

Carla Teixeira
Fonte: Organização Mundial de Saúde, Agência Efe
Estudo contradiz declarações dos investigadores da Merck
Risco cardíaco do Vioxx antes dos 18 meses


O risco cardíaco associado à administração do anti-inflamatório Vioxx (rofecoxib), fabricado e comercializado pela Merck, foi detectado muito antes dos 18 meses de utilização do medicamento, de acordo com os dados de um estudo incompleto, mas que desmente recentes declarações da multinacional e dos seus investigadores, por ter aferido aquele risco pouco depois dos sete meses de uso do fármaco.

De acordo com o estudo agora publicado no «New England Journal of Medicine», e que até 2004 – altura em que o Vioxx foi retirado do mercado – acompanhou 2.434 doentes, o risco cardíaco decorrente da utilização contínua do fármaco tem início bem antes dos 18 meses admitidos pela companhia farmacêutica. Na investigação interrompida há três anos, apesar de o tempo médio de tratamento dos pacientes observados se ter ficado pelos 7,4 meses, os cientistas concluíram que o fármaco estaria associado ao aumento da frequência de incidentes cardiovasculares, como dores no peito, enfartes, derrames, coágulos e morte súbita provocada por doenças do coração.
Um porta-voz da Merck reagiu à publicação da notícia no «New England Journal of Medicine» com um aviso: “O estudo não deve ser tomado fora do seu contexto”. De acordo com Kent Jarrell, “é muito difícil retirar conclusões significativas do pequeno número de eventos cardiovasculares ocorridos nesta pesquisa, que foi concluída prematuramente”. A multinacional considera que a investigação agora divulgada é “apenas uma pequena parte da história do Vioxx, e está longe de ser conclusiva”. Opinião diferente têm os autores do estudo interrompido em 2004, para quem ficou clara a associação entre o uso do fármaco e as ocorrências cardíacas.
A equipa liderada por David Kerr, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, argumenta que o estudo foi limitado pelo número relativamente baixo de incidentes cardíacos – 15 no grupo tratado com Vioxx, seis no grupo de controlo, que usou um placebo – e pela duração abreviada, mas salienta que “as conclusões sugerem um risco agravado da ocorrência de eventos cardiovasculares e tromboses em doentes escolhidos aleatoriamente para receberem o rofecoxib”, concretizando que o risco existe durante o tratamento e prolonga-se pelos 14 dias seguintes ao seu término.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
Para os portadores da doença pulmonar obstrutiva crónica
Spiriva Respimat completou processo de aprovação na Europa


A Boehringer Ingelheim e a Pfizer, dois gigantes do sector farmacêutico à escala mundial, anunciaram o término do processo de aprovação na Europa do inalador Spiriva Respimat, um inovador aparelho que assegura uma mais eficaz entrega da medicação aos portadores da doença pulmonar obstrutiva crónica.

De acordo com um comunicado conjunto daquelas multinacionais, o sucesso obtido ao longo do processo de aprovação com vista à introdução no mercado europeu do Spiriva Respimat na União Europeia surge na sequência do «pleno» registado, em termos de aprovações nacionais, nos vários estados-membros, e marca um ponto de viragem no tratamento dos doentes de DPOC no Velho Continente. O Spiriva Respimat é um inalador de última geração, que combina a tecnologia mais recente com a eficácia comprovada do Spiriva (tiotropium).
O novo inalador representa, na acepção daquelas empresas, “um passo em frente” na na terapia destinada aos portadores daquela doença crónica, aliando um único e sofisticado sistema de entrega da medicação com um desenho ergonómico e fácil de usar pela maioria daqueles pacientes, que graças a uma melhor penetração nos pulmões conseguirão atenuar mais eficazmente as suas dificuldades de respiração, próprias da DPOC. O Spiriva (tiotropium) é um tratamento de primeira linha para a doença pulmonar obstrutiva crónica, que ajudou os doentes a melhorar a qualidade de vida e a convivência com a enfermidade. A eficácia daquele medicamento foi demonstrada através de um extenso programa de desenvolvimento clínico, em que foram acompanhadas mais de 25 mil pessoas com a doença. Hoje é o fármaco mais receitado em todo o mundo para os portadores da DPOC.

Carla Teixeira
Fonte: Boehringer Ingelheim, Pfizer
Chinesa Sinobiomed assegurou direitos exclusivos...
Vacina contra a malária patenteada na Alemanha


A companhia farmacêutica chinesa Sinobiomed anunciou ontem que a sua vacina contra a malária foi patenteada na Alemanha, acrescentando que a patente é válida em vários outros países europeus.

De acordo com informações avançadas pela empresa, a Sinobiomed assegura assim direitos exclusivos no que diz respeito ao desenvolvimento, à produção e à comercialização daquela imunização, através da sua subsidiária Shanghai Wanxing Bio-Pharmaceuticals Company, firma de que detém 82 por cento do capital. Banjun Yang, presidente da companhia farmacêutica, explicou que “a garantia da patente europeia vem alargar a capacidade da Sinobiomed para dar continuidade à fase de desenvolvimento da vacina, com maior confiança no seu potencial desenvolvimento comercial no mercado global”. O responsável entende que esta patente representa “um possível benefício para a humanidade, mas também um investimento seguro para os accionistas da Sinobiomed”. Em Setembro de 2006, a empresa chinesa já tinha obtido patente para a sua vacina contra a malária nos Estados Unidos.

Carla Teixeira
Fonte: United Press International

Pais responsáveis pela transmissão aos filhos do vírus da hepatite B

Um grupo de investigadores japoneses alertou hoje no Journal of Medical Virology, para o facto de a transmissão do vírus da Hepatite B (HBV) cada vez mais acontecer de pais para filhos. Na base do alerta estão os resultados de um estudo desenvolvido pelo Osaka General Medical Center, em cujo relatório final é apontado que esta é uma “importante via” de transmissão da doença no Japão.

“Até à data, apenas as crianças nascidas de mães infectadas com HBV eram consideradas crianças de alto risco e apenas a estas era administrada a vacina contra a doença”, explica o Dr. Hitoshi Tajiri, responsável pelo estudo. No entanto, os resultados do estudo evidenciaram provas significativas, que indicam que os pais não só podem como frequentemente transmitem o vírus aos seus filhos.

Baseados em análises genéticas efectuadas, incluindo análises de duas regiões codificadas( ao gene S e X)da estrutura genética do vírus, os investigadores verificaram que das cinco famílias em estudo, nasceram oito crianças contaminadas pelos pais com o HBV.

A semelhança genética dos cinco casais de pais e respectivos filhos era “muito elevada”, entre 99, 3 e 100 por cento, dai que posteriormente tenham sido agrupados no mesmo cluster (grupo de indivíduos com características semelhantes).

Face aos resultados obtidos, os investigadores recomendam “fortemente” uma mudança na politica das agências de saúde publica japonesas, que deverão “reexaminar a actual politica de prevenção da transmissão do HBV em crianças, tornando universal o processo de vacinação, para que dentro de um curto espaço de tempo todas as crianças japonesas tenham acesso à vacina contra a hepatite B”, tal como a Organização Mundial de Saúde (OMS) havia já recomendado.

Por outro lado, o estudo revelou também que todas as mães observadas tinham contraído a doença por via sexual, através de relações com os respectivos maridos e que todas se curaram. Todas elas demonstraram resultados negativos na triagem do HBV, mas apresentaram anticorpos contra o vírus, o que indica que apesar de não serem portadoras de infecção por HBV, todas as mães já estiveram expostas ao vírus.

Para os investigadores, os resultados do estudo mostram claramente que “as esposas de indivíduos infectados com HBV, também deveriam receber protecção contra o vírus”.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

Becel lança portal que calcula idade do coração

A marca de produtos alimentares Becel criou um novo portal online, em www.becel.pt, onde é possível conhecer a idade real do seu coração. O objectivo é dar alguns indicadores aos consumidores para poderem evitar problemas cardíacos.

Através da resposta a algumas questões sobre níveis de colesterol, tensão arterial e actividade física, o simulador online, através do método de cálculo Framingham, avalia a situação do seu coração em comparação com a sua idade.

«Clube do Coração» é uma outra área deste novo portal. Os cibernautas podem inscrever-se, de forma gratuita, neste clube e receber informações sobre modos de vida saudável com concelhos sobre alimentação, actividades físicas e ainda saber algumas curiosidades sobre o coração.

Numa altura em que os problemas cardíacos surgem cada vez mais e cada vez mais cedo, o objectivo deste portal é dar informação útil às pessoas de forma a criar hábitos saudáveis de vida e assim preservar a saúde.

Sara pelicano

Fontes: press release do grupo GCI