terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Investigadores identificam hormona relacionada com depressão pós-parto

Um estudo revelou que os níveis aumentados da hormona libertadora da corticotropina (CRH), que é produzida pela placenta, identifica as mulheres que apresentam risco de desenvolver uma depressão pós-parto.

A Dr. Ilona S. Yim, da Universidade de Califórnia, em Irvine, revelou que a elevada incidência e as graves consequências da depressão pós-parto fazem da identificação das mulheres em risco um objectivo importante de investigação.

Os investigadores salientaram que diversas evidências associam a CRH, uma hormona chave envolvida na regulação de muitas outras hormonas, a sintomas depressivos a seguir ao parto.

Os investigadores, para analisar melhor esta questão, conduziram um estudo, no qual os níveis da hormona no sangue foram medidos diversas vezes, ao longo da gravidez, em 100 mulheres, tendo iniciado na semana 15. Dezasseis mulheres desenvolveram depressão pós-parto.

Os autores relataram que o nível de CRH placentário à semana 25 era um forte indício de depressão pós-parto.

O grupo de investigadores sugeriu que fazer a detecção da CRH placentária é um meio plausível para prever uma depressão pós-parto.

Os investigadores referiram, na “Archives of General Psychiatry”, que, como tipicamente é colhido sangue para detectar a diabetes gestacional entre as semanas 24 e 28, uma possível detecção da depressão pós-parto poderá ser completada ao mesmo tempo.

Adicionalmente, os dados também sugerem que o poder indicativo da CRH placentária pode ser aumentado através da avaliação das mulheres, relativamente aos sintomas de depressão, durante o meio da gravidez.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/02/eline/links/20090202elin028.html

Cefaleia em salvas pode responder a produtos naturais à base de kudzu

Uma análise de pacientes que tomaram produtos naturais contendo extracto ou raiz de kudzu sugere que os componentes da planta poderão ser utilizados para gerir as cefaleias em salvas.

O Dr. R. Andrew Sewell, da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, referiu à Reuters Health que os pacientes que sofrem de cefaleias em salvas, através de tentativa e erro, podem ter descoberto uma nova cura para o seu terrível problema.

O Dr. Sewell salienta, no artigo publicado na “Headache”, que entre os efeitos deste produto está um aumento do fluxo sanguíneo cerebral.

Os investigadores questionaram 235 pacientes com cefaleias em salvas via e-mail, relativamente à utilização de remédios complementares e alternativos. O kudzu foi mencionado de tal forma que se tornou um tópico de particular interesse.

No total, responderam 159 pacientes e 22 (14%) referiram auto-tratamento com kudzu. Deste grupo, 16 concordaram em participar em mais avaliações, sendo que 11 apresentavam cefaleia em salvas episódica e cinco sofriam de cefaleia em salvas crónica.

Com o tratamento com kudzu, 73 por cento do grupo com cefaleia em salvas episódica relatou uma redução da frequência dos ataques e 36 por cento apresentou uma diminuição da duração dos ataques.

Entre os que sofriam de cefaleia em salvas crónica, 60 por cento relatou uma redução da frequência e 40 por cento referiu uma diminuição da duração da enxaqueca.

O Dr. Sewell concluiu que, se estes resultados forem confirmados num ensaio clínico aleatório com extractos estandardizados, o kudzu pode comprovar ter um papel na gestão da cefaleia em salvas.

O kudzu, também denominado Pueraria montana, é uma planta originária do Japão e da China, cuja raiz é rica em isoflavonas. É utilizada na medicina tradicional chinesa para tratar securas, dores de cabeça e dores devidas a pressão sanguínea elevada.

Os extractos e as raízes da planta são actualmente comercializados como medicamentos alternativos, sendo promovidos com suplementos ou tratamentos para uma variedade de problemas, incluindo alcoolismo, enxaquecas, diarreia, obstrução intestinal, hipertensão e angina de peito.

A cefaleia em salvas é uma cefaleia, ou dor de cabeça, primária constituída por crises frequentes (até 6 vezes por dia) com dores fortes, inicialmente localizadas na cara, num olho, numa têmpora ou na testa, geralmente acompanhadas de congestão conjuntiva e nasal contralateral.

As cefaleias em salvas iniciam-se frequentemente quando a pessoa está a dormir, sendo muitas vezes acompanhadas por um sentimento de medo ou de pânico. Podem ser seguidas, ou não, por um período livre de cefaleias e podem persistir durante anos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/02/eline/links/20090202elin027.html
www.medicoassistente.com/modules/dictionary/detail.php?id=1427

Autoridades europeias e norte-americanas alertam para riscos da sibutramina

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) alertaram para os riscos da utilização de fármacos para emagrecer que contenham sibutramina.

Em Portugal, são comercializado diversos fármacos que contêm esta substância, como o Reductil, Zelium e as versões genéricas Sibutramina Sibulaite, Sibutramina Solufarma e Sibutramina Teva, sendo que Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) garante que está atenta à situação e que irá seguir as recomendações, mas ainda não existem ordens de retirada do mercado.

A sibutramina, uma substância controlada, pode provocar dependência, promover o abuso e apresenta riscos de provocar hipertensão arterial, taquicardia, palpitações e ataque cardíaco, podendo apresentar um risco significativo para as pessoas com história de doença cardíaca, insuficiência cardíaca, batimentos cardíacos irregulares ou acidente vascular cerebral (AVC).

Este medicamento, juntamente com o rimonabante, a bumetanida e a fenolftalaína, é um dos fármacos detectados com substâncias não-declaradas.

O Infarmed afirma que, como a sibutramina é vendida sob receita médica, "há sempre controlo clínico" do paciente e, caso ocorra um efeito adverso, será "mais facilmente detectado do que se tivesse venda livre".

A sibutramina é um medicamento para ajudar a perder peso, se o médico considerar que o paciente obeso, ou tem excesso de peso, com factores de risco relacionados com a obesidade, tais como diabetes e/ou lípidos elevados.

O médico pode prescrever o medicamento, se com dieta e exercício físico durante três meses não for perdido peso suficiente. Este medicamento faz com que o paciente se sinta cheio mais depressa, para que coma menos. Comendo menos irá perder e controlar o peso.

Este medicamento deve ser utilizado associado a uma dieta de baixo teor calórico e com aumento de actividade física.

Isabel Marques

Fontes:
www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=1038795
http://blogs.usatoday.com/betterlife/2009/01/fda-warns-again.html
www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=54403C7C-B3A2-4D3A-BE9D-9A9BF5DDE5B7&channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF