FMUP estudou prevalência das RAM e concluiu que mulheres são mais susceptíveisUma investigação realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) intitulada «Prevalência das reacções adversas a medicamentos» revelou que a penicilina foi o medicamento mais apontado pelas pessoas inquiridas. Outro resultado permitiu ainda concluir que as mulheres são, significativamente, mais susceptíveis de apresentarem os “sintomas adversos”.
De acordo com o estudo feito por marcação telefónica aleatória à população adulta do Porto - e que o farmacia.com.pt teve acesso - o fármaco mais apontado no quadro das reacções adversas a medicamentos (RAM) foi a penicilina (47,4%).
Segundo a FMUP, foram realizados 200 contactos telefónicos, dos quais 103 indivíduos (51,5%) responderam ao questionário. A idade dos participantes varia entre 18 e 85 anos e a maioria são mulheres (74,5%). No contexto das adversidades, os inquiridos indicaram ainda outros antibióticos (10,5%) e outros medicamentos não especificados (26,3%). Dos 103 participantes, 9,7% realizaram algum tipo de teste para confirmar a reacção.
“Podemos afirmar com 95% de certeza que, entre as percentagens de 13 a 29%, os indivíduos acreditam ser alérgicos a medicamentos, e podemos afirmar ainda com 95% de certeza que entre as percentagens de 11 a 26% os indivíduos têm a confirmação médica de alergia a medicamentos”, asseveraram os investigadores da FMUP.
Outro resultado sugere que as mulheres são, significativamente, mais susceptíveis de apresentarem RAM (78,9%). "Entre 10% e 29% podemos afirmar com 95% de certeza que os indivíduos do sexo feminino apresentam hipersensibilidade a medicamentos", concluiram os cientistas da FMUP.
Raquel Pacheco
Fonte: Estudo da FMUP
A Novartis anunciou igualmente que aguarda agora aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) para introduzir a nova terapia na Europa, onde deverá adoptar a designação comercial de Aclasta. De acordo com a empresa farmacêutica, é de esperar que essa autorização possa ser concedida ainda no decurso deste ano. Na base desta decisão da FDA estão os resultados de um estudo financiado pelo laboratório, que dão conta de uma redução de 70 por cento na ocorrência de fracturas espinhais em 7.700 mulheres que tomaram o Reclast. A investigação demonstrou que cerca de 11 por cento de pacientes tratadas com um placebo sofreram fracturas no intervalo de três anos, mas entre as que receberam o Reclast só 3,3 por cento sofreram do problema.