domingo, 14 de outubro de 2007

Reduzir impacto das embalagens de medicamentos
Prémio Valormed formalmente criado

Foi formalmente criado, na passada sexta-feira, o Prémio Valormed, que tem a chancela da empresa homónima, que trabalha na área da gestão dos resíduos de embalagens e de medicamentos fora de uso. O galardão, cuja criação surge enquadrada num protocolo firmado entre a Valormed e a Universidade Nova de Lisboa, pretende acima de tudo incentivar o desenvolvimento de trabalhos científicos ou de projectos que minimizem o impacto ambiental daquele tipo de lixo.

José Carapeto, director-geral da Valormed, disse, em declarações ao portal Ambiente Online (www.ambienteonline.pt) que "a formação, a educação e a sensibilização ambiental junto do público" constituem uma "característica fundamental" da acção da empresa. O protocolo com a UNL dá, na opinião daquele responsável, um passo mais além na prossecução desses objectivos, pretendendo funcionar como um "incentivo à comunidade científica e empresarial para que apresente estudos e projectos tendentes a minimizar o impacto ambiental dos produtos colocados no mercado pelo sector farmacêutico". A fim de monitorizar a apresentação desses projectos a empresa pretende criar uma comissão que coordenará e acompanhará as actividades desenvolvidas. Desse órgão farão parte elementos representantes das duas entidades signatárias do acordo.
De acordo com informações avançadas pela Valormed, 98 por cento das farmácias portuguesas integram o projecto ambiental de recolha de resíduos de embalagens e medicamentos fora de uso concebido e implementado pela empresa. A notoriedade alcançada por aquele projecto permitiu, já no ano passado, que a Valormed celebrasse um protocolo com a Universidade de Coimbra, tendo igualmente como objectivo a promoção, em parceria com a academia universitária, de iniciativas para sensibilização da sociedade nas áreas da educação ambiental em saúde pública e do desenvolvimento sustentável.

Carla Teixeira
Fonte: Ambiente Online, Valormed
Defende o coordenador do programa nacional contra a sida
Preço dos anti-retrovirais deve baixar


Os medicamentos utilizados no tratamento da infecção causada pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) são muito caros e pouco acessíveis aos doentes que mais necessitam deles. Quem o diz é o coordenador do programa nacional de luta contra a sida, Henrique de Barros, que preconiza a adopção de “medidas urgentes”, a fim de “garantir a saúde das populações”.

De acordo com aquele responsável, é evidente a necessidade de baixar “verdadeiramente” o preço dos medicamentos para combate às infecções causadas pelo HIV, bem como a adopção de medidas que garantam a igualdade no acesso ao tratamento para indivíduos migrantes e autóctones das zonas onde esse cuidado é requerido. “Há mais pessoas que se infectam por cada dia que passa do que as que têm acesso à medicação, e os fármacos são excessivamente caros”, disse Henrique de Barros à margem da reunião internacional de coordenadores dos programas contra o HIV, realizada em Lisboa neste sábado, sustentando igualmente que “há diversas dificuldades a superar para garantir a saúde das populações”.
Para facilitar o acesso aos medicamentos, o coordenador nacional defende o fim de “falsas barreiras", a fim de impedir que se ergam muros no que dis respeito ao acesso ao tratamento, publicitando os caminhos que as pessoas carenciadas desse cuidado podem seguir para chegarem àquilo de que precisam”. Dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge revelam que em Junho passado havia em Portugal 31.677 casos notificados de sida (mais 2.216 do que em igual período do ano passado). A principal via de infecção é, à luz do mesmo estudo, a via venosa, associada à toxicodependência, que representa 44,4 por cento das 14.061 notificações então registadas. A segunda via mais comum de transmissão da sida é actualmente o contágio sexual entre indivíduos heterossexuais (38,9 por cento), e a terceira a transmissão entre homossexuais, que abrange 11,9 por cento dos casos.
Ainda de acordo com Henrique de Barros, as taxas de utilização do preservativo em Portugal são ainda "tão baixas" que é preciso dar continuidade às campanhas de sensibilização cuja mensagem se centra exactamente nesse aspecto. Segundo aquele responsável, "é fundamental modificar a situação", já que só "quando atingirmos os níveis dos melhores países europeus poderemos começar a dirigir esforços também para outros aspectos". O actual coordenador do programa nacional de luta contra a sida é um epidemiologista da Universidade do Porto e assumiu aquelas funções no mês de Julho de 2005, na sequência da demissão de António Meliço-Silvestre da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, alegadamente por falta de apoio do Governo, e depois de o ministro da Saúde, Correia de Campos, ter decidido efectuar uma alteração naquela estrutura, que passou pela extinção da comissão e pela afectação do combate à sida ao Alto Comissariado da Saúde.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa, Portugal Diário, Serviço de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina do Porto