quinta-feira, 12 de março de 2009

Suplementos de ácido fólico podem aumentar risco de cancro da próstata

Novas investigações publicadas na “Journal of the National Cancer Institute” demonstram que demasiado ácido fólico aumenta o risco de cancro da próstata.

A Dra. Jane C. Figueiredo, da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, referiu que os homens que tomam 1 miligrama de ácido folico têm uma probabilidade três vezes maior de desenvolver cancro da próstata, durante um período de 10 anos, em comparação com os homens que receberam placebo.

A Dra. Figueiredo relatou à Reuters Health que é provável que o folato seja benéfico para muitas questões de saúde, mas em demasia pode não ser tão benéfico.

A Dra. Figueiredo e os colegas têm estado a investigar se administrar aspirina ou ácido fólico poderá ajudar a prevenir o desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas no cólon e recto, tendo descoberto que o ácido fólico na realidade aumenta a probabilidade das pessoas desenvolverem estas lesões.

Os investigadores conduziram então uma análise secundária para determinar se o ácido fólico e a aspirina poderiam afectar o risco de cancro da próstata.

Enquanto a aspirina não teve qualquer efeito, os investigadores descobriram que 9,7 por cento dos 327 homens que tomaram ácido fólico desenvolveram cancro da próstata durante o estudo, em comparação com 3,3 por cento dos 316 homens a receber placebo. Isto traduziu-se num risco 2,63 vezes maior de desenvolver a doença.

O ácido fólico tem um papel essencial no crescimento celular e divisão das células, por isso um excesso de fornecimento pode acelerar o crescimento de tumores. O organismo absorve mais rapidamente o ácido fólico do que o folato.

O ácido fólico é a forma sintética do folato, uma vitamina B encontrada nos vegetais de folha verde e outros alimentos.

A Dra. Figueiredo referiu que se pode conseguir mais folato se se ingerir suplementos de ácido fólico, em comparação à ingestão apenas de fontes naturais, sendo que este facto pode ser relevante. Tomar ácido fólico em comprimidos pode não ser tão bom como consumi-lo através de fontes alimentares.

Os investigadores, quando observaram as quantidades de folato que os homens consumiam através da dieta, descobriram que uma maior ingestão estava associada a um menor risco de cancro da próstata, embora a relação não tenha sido estatisticamente significativa.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/10/eline/links/20090310elin017.html

Fármacos para Parkinson podem despoletar sintomas de dependência

Os pacientes a receber tratamento para a Doença de Parkinson podem algumas vezes desenvolver comportamentos de dependência, como jogo patológico, devido ao excesso de utilização de agonistas da dopamina, o principal tipo de fármaco utilizado para tratar esta doença neurológica.

Os agonistas da dopamina, agentes que activam os receptores da dopamina no cérebro, incluem fármacos como o pramipexol, ropinirol, pergolida e bromocriptina, normalmente utilizados para a Doença de Parkinson e síndrome das pernas inquietas.

Contudo, o Dr. Alain Dagher, da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, referiu à Reuters Health que estes fármacos apresentam um risco muito definido de provocar distúrbios de controlo de impulsos e dependência, sendo que os médicos devem estar conscientes destes efeitos secundários e alertar explicitamente os pacientes que iniciam estes fármacos.

O Dr. Dagher e o Dr. Trevor W. Robbins, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, reviram as associações entre a dopamina e os distúrbios de personalidade dependente à luz dos modelos actuais de aprendizagem e dependência.

Os factores de risco destes distúrbios para os doentes com Parkinson incluem ser do sexo masculino, ser jovem na altura do diagnóstico, ter historial de abuso de álcool ou drogas, depressão e resultados elevados na categoria de personalidade que procura novidade, todos factores que também aumentam o risco de dependência na população geral.

Embora se tenha questionado inicialmente se os agonistas da dopamina realmente provocavam jogo patológico, existem agora evidências de que as terapias com dopaminérgicos no geral, e os agonistas da dopamina em particular, são os despoletadores de jogo patológico e outros distúrbios de controlo de impulsos na Doença de Parkinson.

Níveis de dopamina cronicamente baixos nos pacientes com Parkinson não tratada levam a uma personalidade com baixa procura de novidade e uma incidência de dependência reduzida. Por outro lado, o tratamento de substituição com dopaminérgicos aumenta a vulnerabilidade à dependência e aos distúrbios de controlo de impulsos.

O Dr. Dagher concluiu que, no que diz respeito aos pacientes com Parkinson, a resposta é simples: descontinuar o tratamento com agonistas da dopamina se o paciente desenvolver dependência.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/10/eline/links/20090310elin028.html

SMD: Azacitidina aumenta esperança de vida

O fármaco azacitidina demonstrou um prolongamento significativo da esperança de vida global nos casos de síndrome mielodisplásica (SMD) de risco intermédio-2 e de alto risco, avançou o “Lancet Oncology”.

Segundo o artigo, a investigação permitiu conluir que a esperança média de vida foi de 24,5 meses nos doentes tratados com azacitidina - quando comparados com os doentes em regimes terapêuticos convencionais -, que tinham uma esperança média de vida de apenas 15 meses.

O estudo demonstrou ainda que as taxas de esperança média de vida aos dois anos quase duplicaram, com 50,8% para os doentes medicados com azacitidina e 26,2% para os doentes sujeitos às terapêuticas convencionais.

Outro benefício significativo registado com a toma do fármaco foi o aumento de 34% da esperança de vida em doentes com leucemia mielóide aguda.

A SMD é um grupo heterogéneo de doenças da célula hematopoiética pluripotencial caracterizadas por displasia, hematopoiese ineficaz e potencial risco de evolução para Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA).

Raquel Garcez

Fonte: http://209.85.229.132/search?q=cache:3UXfXsWRyTsJ:www.alert-online.com/%3Fkey%3D680B3D50093A6A202E42140A321A2A5C0B683E0A7607517A635A72+Lancet+Oncology+Azacitidina&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=1&gl=pt

Fármaco inovador para asma severa

O tratamento da asma severa, sem recurso a corticóides, poderá ser possível através de um novo fármaco (Mepolizumab), indica um estudo publicado na revista «New England Journal of Medicine».

De acordo como líder da investigação, Ian Pavord, da University of Leicester, Reino Unido, o Mepolizumab conseguiu reduzir em 50% a intensidade dos ataques de asma.

O estudo analisou, durante seis meses, 20 doentes com asma severa que, durante nove anos, tinham sido medicados com corticóides. Nove dos 20 doentes receberam Mepolizumab e os outros 11, um placebo, sem que nenhum soubesse a que grupo pertencia.

Segundo a equipa de investigadores, a toma do novo fármaco permitiu "reduzir de maneira muito considerável a dose utilizada de corticóide, dado as pessoas não mostrarem necessidade da substância para aliviar os ataques de asma.”

Raquel Garcez

Fonte: http://www.alert-online.com/?key=680B3D50093A6A202E42140A321A2A5C0B683E0A7607517A635873