segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Fármaco para a epilepsia demonstra-se promissor contra Doença de Alzheimer

Investigadores canadianos descobriram que o fármaco para epilepsia à base de ácido valpróico minimizou os problemas de memória num modelo animal da Doença de Alzheimer.

O Dr. Weihong Song, da Universidade de British Columbia, em Vancouver, e colegas relataram que, em ratos e em culturas de células, o ácido valpróico diminuiu a produção da proteína beta-amilóide, uma proteína no organismo que forma placas amilóides no cérebro, uma característica chave da Doença da Alzheimer.

Os investigadores relataram, na "The Journal of Experimental Medicine”, que o tratamento com ácido valpróico reduziu significativamente a formação de placas e melhorou os problemas de memória em ratos com Alzheimer.

O Dr. Song referiu que descobriram que se utilizassem o ácido valpróico na fase inicial da Doença de Alzheimer, em ratos, este reduzia a formação de placas e adicionalmente prevenia a morte celular no cérebro e o dano axonal.

Segundo o investigador, o fármaco também melhorou a performance nos testes de memória, realizados pelos animais.

Os investigadores revelaram estar muito entusiasmados com estes resultados, porque agora sabem quando o ácido valpróico deve ser administrado para ser mais efectivo e também sabem como o ácido valpróico está a actuar para prevenir a Doença da Alzheimer.

De acordo com o Dr. Song, actualmente está a decorrer um pequeno ensaio clínico com humanos e espera-se que os resultados estejam disponíveis no próximo ano.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/12/05/eline/links/20081205elin029.html

Vitamina E pode ajudar a diminuir inflamação crónica

Investigadores norte-americanos sugerem que a inflamação muscular crónica pode ser diminuída através da toma de vitamina E.

A Dra. Kimberly Huey, da Universidade de Illinois, referiu que a vitamina E pode estar relacionada a uma redução das citoquinas, proteínas que estimulam a resposta imunitária.

No estudo, publicado na “Experimental Physiology”, a Dra. Huey, o Dr. Rodney Johnson e outros colegas observaram o efeito da vitamina E em ratos, que foram injectados com uma dose baixa de lipopolissacarídeo de Escherichia coli para induzir uma inflamação sistémica aguda.

De acordo com a Dra. Huey, os ratos receberam vitamina E durante três dias, antes de lhes ser administrado o equivalente a uma pequena infecção bacteriana sistémica.

Os ratos que receberam a vitamina E tinham menos proteínas oxidadas no tecido muscular do que os que receberam placebo.

A oxidação pode ser deteriorante e, nos músculos, tem sido associada à redução da força muscular. Potencialmente, a redução das proteínas oxidadas pode estar correlacionada a um aumento da força muscular.

A Dra. Huey referiu que alguns dos restantes efeitos foram mistos, devendo-se recordar que isto foi efectuado em modelos animais, mas que a vitamina E pode ser benéfica para pessoas com inflamação crónica, tais como idosos, pacientes com diabetes tipo 2 ou com insuficiência cardíaca crónica.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/04/Vitamin_E_may_lessen_chronic_inflammation/UPI-71681228441626/