terça-feira, 18 de setembro de 2007

MediaHealth e grupo Chandler Chicco estabelecem cooperação

A agência portuguesa de consultoria e comunicação MediaHealth, especializada nas áreas de Saúde e Biotecnologia, anunciou que vai estabelecer uma cooperação com o grupo Chandler Chicco Companies, visando a participação da agência nos projectos europeus desta multinacional.

A cooperação passa pela partilha de conhecimentos e experiências, através de contactos regulares com os escritórios do grupo internacional situados em Londres. De acordo com Jorge Azevedo, director-geral da MediaHealth, “são múltiplas as sinergias que podem resultar desta cooperação, traduzindo-se em vantagens de conhecimento, experiência e contactos, quer para nós, quer para os nossos parceiros”.

A Chandler Chicco Agency é abrangida pela Global Health Network e é responsável pelo desenvolvimento de projectos criativos para clientes como a Abbot, Novartis, Roche, Sanofi-Aventis, Pfizer, GlaxoSmithKline.

Em Março deste ano, a MediaHealth Portugal foi eleita pela Pr Week como Agência do Ano e pelo The Holmes Report como Agência Especializada do Ano.

Inês de Matos

Fonte: Jasfarma

Quota de mercado dos genéricos deve atingir os 20% até ao final de 2008

O Ministério da Saúde e o Infarmed acreditam que até ao fim do próximo ano, os medicamentos genéricos vão atingir uma quota de mercado na ordem dos 20 por cento, objectivo que foi hoje apresentado durante o lançamento da campanha de promoção destes fármacos.

A realidade portuguesa mostra que as vendas destes medicamentos continuam ainda muito aquém dos números registados em países como o Reino Unido, Alemanha ou Estados Unidos, que têm quotas acima dos 40 por cento, enquanto que os número nacionais indicam uma percentagem de apenas 17,8 por cento.

Apesar de mais baratos que os outros medicamentos, os genéricos continuam a ser vendidos em Portugal a preços muito superiores aos praticados na Europa. Para Vasco Maria, presidente do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento - “os preços ainda estão acima do que consideramos desejável”, continuando a ser imprescindível criar condições de maior concorrência neste mercado, de forma a baixar os preços destes fármacos.

A nível nacional, os genéricos têm uma quota mais elevada em termos de valor, do que em termos de volume (quantidade de embalagens), o que significa que são mais caros, comparativamente aos restantes países europeus. Segundo o ministro da Saúde, Correia de Campos, é necessário existirem “mais genéricos, mais baratos”, reconhecendo que este ainda é um problema e que é necessário modificar esta realidade.

O ministro reconheceu ainda que num ano, o estado já poupou cerca de 81 milhões de euros. No entanto, é necessário alargar as valências dos genéricos, pois existe uma excessiva concentração de fármacos em alguns princípios activos, tal como referiu também o presidente do Infarmed, para quem é urgente “criar condições para o aparecimento de genéricos em novas áreas terapêuticas”.

A campanha de promoção dos genéricos arranca dia 24 deste mês nas rádios, televisões, imprensa e através de cartazes, terminando a 21 de Outubro e conta com um investimento de 450 mil euros, para passar a mensagem de que os genéricos são seguros, eficazes e têm qualidade.

Inês de Matos

Fonte: Sol e Lusa
Presidente da entidade reguladora refuta críticas
Infarmed autorizou 46 fármacos inovadores


O presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde, Vasco Maria, respondeu nesta terça-feira às recentes acusações de que o Infarmed estaria a bloquear o acesso aos medicamentos inovadores, asseverando que, desde o início do ano, ascende já a 46 o número de autorizações de utilização especial concedidas pela entidade reguladora àquele tipo de produtos.

Em comunicado, e na sequência da queixa formalizada à Ordem dos Médicos por um clínico que disse ter visto recusada pela comissão de farmacologia do hospital em que trabalha a prescrição de um medicamento inovador a um paciente portador de cancro, o Infarmed explicou que o tempo médio de aprovação daquele tipo de fármacos é de sete dias, acrescentando que “até este momento estão em avaliação prévia sete pedidos de autorização de novos medicamentos solicitados por empresas farmacêuticas”. Segundo a mesma nota, dois daqueles medicamentos já terão sido aprovados, da mesma forma que as 46 autorizações de utilização especial concedidas no decurso deste ano, sempre ao abrigo de um dispositivo especial criado por decreto-lei com o objectivo de permitir a autorização de um medicamento classificado como imprescindível ao diagnóstico ou ao tratamento de um doente.
Como o farmacia.com.pt oportunamente noticiou, a queixa formalizada no decurso da semana passada à Ordem dos Médicos dava conta da recusa, pelos elementos de uma comissão de farmacologia hospitalar, da prescrição de um antineoplásico indicado para o tratamento de doentes com cancro do pulmão, cujo tratamento ascende a quantias na ordem dos 1500 a três mil euros por mês. Em relação a este caso, o Ministério da Saúde não se pronunciou, dizendo apenas que só deverá avançar com a averiguação quando o caso lhe for transmitido oficialmente, o que até ao momento não aconteceu. “Até à data é um não-caso”, sublinhou o ministro António Correia de Campos.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa

Estudo: Prezista superior ao Kaletra no tratamento do VIH

Um estudo comparativo, realizado pela Johnson & Johnson (J&J), revelou que o Prezista (darunavir), fármaco inibidor da protease da própria companhia, é superior ao Kaletra (lopinavir/ritonavir), fármaco da mesma família da Abbott Laboratories, no tratamento do VIH, tendo atingido níveis indetectáveis do vírus e com menos efeitos secundários.

O Prezista, fármaco de toma única diária, reduziu a quantidade de vírus para níveis indetectáveis em 84 por cento dos pacientes, que não tinham recebido tratamento anteriormente, em comparação com os 78 por cento dos pacientes a tomar Kaletra.

Os resultados deste estudo (ARTEMIS), o primeiro a testar o Prezista em pacientes que não tinham sido tratados anteriormente com qualquer fármaco para o VIH, foram apresentados na edição deste ano da “Interscience Conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy”, em Chicago.

O Prezista, o primeiro fármaco para o VIH da J&J, foi aprovado no ano passado para ser utilizado após outros fármacos terem falhado. Este estudo apoia os esforços que a J&J tem feito para conseguir a aprovação nos Estados Unidos para comercializar o fármaco para novos pacientes.

O VIH consegue evitar os tratamentos de alguns fármacos, porque tem a capacidade de se modificar rapidamente à volta das barreiras químicas colocadas no seu caminho. O Prezista foi delineado para funcionar contra as estirpes mutadas e resistentes aos fármacos. Os fármacos da classe denominada de inibidores da protease, utilizados desde a década de 90, são quase sempre tomados em combinação com outros medicamentos.

Cerca de 10 por cento dos novos pacientes com VIH estão infectados com um vírus resistente, pelo menos, a uma classe de fármacos para a SIDA, e cinco em mil novos pacientes têm formas resistentes a três ou mais tipos, de acordo com o “Centers for Disease Control and Prevention”, em Atlanta, nos Estados Unidos.

Estima-se que haja aproximadamente 39,5 milhões de pessoas com SIDA, tendo 2,9 milhões morrido devido a esta doença, no ano passado, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Em Portugal, encontram-se notificados 31 677 casos de infecção VIH / SIDA nos diferentes estádios de infecção, sendo o total acumulado de 13 935 casos de SIDA, em 30 de Junho de 2007, segundo dados revelados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Bloomberg, Reuters, www.insarj.pt

Janssen dispensa 688 trabalhadores

O grupo farmacêutico Janssen-Cilag, unidade belga da norte-americana Johnson & Johnson, vai dispensar 688 trabalhadores. A medida, anunciada esta terça-feira, deverá permitir à empresa disponibilizar uma verba maior para apostar em investigação e desenvolvimento à medida que vê expirar patentes exclusivas de alguns dos seus medicamentos mais bem sucedidos.

De acordo com um porta-voz da farmacêutica, “os cortes nos postos de emprego dizem respeito a 521 trabalhadores a tempo inteiro e 167 empregados com contrato provisório” nas unidades de produção localizadas em Beerse e Geel. O principal motivo que leva aos despedimentos está relacionado com o aumento dos custos a nível internacional, revelou o mesmo responsável. A Janssen, que concentra a sua actividade na investigação farmacêutica e no desenvolvimento, emprega, na Bélgica, cerca de 3.700 trabalhadores.

A medida surge menos de dois meses depois da J&J ter anunciado uma redução de 4 por cento da sua força de trabalho global, ou cerca de 4.820 postos de empreso. Stefaan Gijssels, porta-voz da Janssen, afirmou que a decisão unidade belga em cortar nos serviços de apoio foi desencadeada pela necessidade da empresa se concentrar na investigação, uma mudança para alcançar vendas em maior volume. “Precisamos de dinheiro para investir em investigação. Os custos na investigação estão a aumentar rapidamente”, justificou.

A Janssen terá forçosamente que enfrentar quebras nas receitas uma vez que o Risperdal (Risperidona), o medicamento mais vendido da empresa, perde a protecção da patente em Junho de 2008. O mesmo acontece com o Topamax (Topiramato), utilizado no tratamento da epilepsia, cuja protecção da patente expira em Março de 2009.

Marta Bilro

Fonte: CNN Money, Reuters, Farmacia.com.pt.

Osteoporose: Reclast reduz riscos de fractura da anca e aumenta sobrevivência

O Reclast (ácido zoledrónico), um medicamento da Novartis destinado ao tratamento da osteoporose, é benéfico na diminuição da probabilidade de ocorrência de fracturas subsequentes em doentes com osteoporose que já tenham sofrido uma fractura na anca. Um estudo recente demonstrou que a toma do medicamento, que consiste na administração de uma injecção anual, diminui em 35 por cento as hipóteses de sofrer fracturas ulteriores e em 28 por cento o número de mortes.

A investigação realizada pela Novartis pretendia avaliar os efeitos do Reclast (comercializado em Portugal como Aclasta) em fracturas adicionais depois do doente já ter sofrido uma fractura na anca. O estudo revelou que o fármaco aumenta o fortalecimento dos ossos e reduz o número de fracturas em zonas do corpo afectadas pela osteoporose, como a coluna, os punhos e os braços. Este é o único medicamento aprovado pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos para tratar a osteoporose e o enfraquecimento ósseo em mulheres que já tenham entrado na menopausa.

A pesquisa, divulgada pelo “New England Journal of Medicine”, envolveu mais de 2.100 pessoas que em algum momento da vida fracturaram a anca. Os participantes foram aleatoriamente administrados com uma dose anual de ácido zoledrónico, enquanto outros receberam um placebo, tendo sido posteriormente observados por um período de dois anos.

Os cientistas verificaram que, enquanto 139 pacientes do grupo que tomou o placebo sofreram fracturas posteriores, no grupo do Reclast as fracturas sucederam em apenas 92 doentes. Para além disso, registou-se uma diminuição de 28 por cento no número de mortes [101 mortes] no grupo que recebeu a injecção, comparativamente ao grupo que ingeriu o placebo [141 mortes].

A fractura da anca é a terceira mais frequente associada à osteoporose e a mais incapacitante, sendo responsável por complicações importantes, quer a nível da autonomia quer no que respeita à mortalidade pós operatória.

De acordo com o portal Médico Assistente, o aumento da esperança média de vida faz com que as mulheres passem cerca de um terço das suas vidas no período pós menopausa, tornando o problema da fractura da anca numa questão de saúde pública, com custos importantes a nível pessoal, familiar e social e também do ponto de vista económico para os sistemas de saúde.

“Este estudo sublinha a importância de fazer uma avaliação e gestão mais agressiva dos doentes com fracturas osteoporóticas, incluindo a fractura da anca. Sabemos que tais pacientes correm um risco elevado de fracturas posteriores e é importante que diminuamos esse risco para reduzir o número de seres humanos que sofrem bem como os custos económicos para esta doença a nível mundial ”, defendeu Ethel Siris, professora de medicina clínica não Centro Médico da Universidade de Columbia.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Medicoassistente.com, Farmacia.com.pt.

Farmácias vão vender kits de recolha de células estaminais

Iniciativa é fruto de uma parceria entre a ANF e a Crioestaminal

As farmácias portuguesas vão, em breve, vender kits para recolha de células estaminais que permitem colher sangue do cordão umbilical para que posteriormente seja crio-preservado. A criação deste novo canal de distribuição nasce de uma parceria entre a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e a Crioestaminal.

De acordo com a agência Lusa, antes de se iniciar a venda em farmácias, terão lugar sessões de esclarecimento junto dos farmacêuticos, algo que deverá ocorrer ainda em Setembro. Cada kit custará ao consumidor 115 euros.

Depois de recolhidas, as células têm lugar reservado no laboratório da Crioestaminal para serem conservadas, sendo que o armazenamento das mesmas custa 1.085 euros.

O objectivo é utilizar as células ao longo da vida dos recém-nascidos, permitindo curar várias doenças, caso seja necessário e os avanços científicos o permitam.

A utilização de células estaminais retiradas do cordão umbilical revelou-se uma alternativa preciosa aos transplantes de medula óssea em doentes com desordens malignas do sangue, especialmente em crianças e adolescentes. A crio-preservação de células estaminais próprias permite beneficiar da sua disponibilidade imediata no caso de serem necessárias. Além disso, os riscos de rejeição deixam de existir.

Instalada no parque biotecnológico de Cantanhede, Coimbra, a Crioestaminal conta actualmente com 16.000 criopreservações.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Crioestaminal, medicoassistente.com.

Wockhardt e Lupin interessadas na aquisição da Par Pharmaceutical

Num mercado em crescente ascensão, as farmacêuticas indianas procuram, através de novas aquisições, expandir o seu espectro de negócios. Depois dos rumores que davam conta do interessa da Dr Reddy e da Ranbaxy na aquisição da Par Pharmaceutical, surgem agora indícios na imprensa indiana de que a Wockhardt e a Lupin pretendem apoderar-se da gigante norte-americana dos genéricos.

“Quatro empresas locais, incluindo a Dr Reddy, estiveram seriamente interessadas na empresa, uma vez que esta tem um forte potencial no ramo dos genéricos”, disse uma fonte em declarações ao “Times of India”, justificando a afirmação com o facto da prosperidade e dimensão do mercado farmacêutico norte-americano serem os principais focos de atracção. Contactado pelo jornal, um responsável da Dr Reddy assegurou que a empresa não entra nesta disputa.

A Par Pharmaceuticals, avaliada em mais de 500 milhões de euros (700 milhões de dólares norte-americanos), desenvolve unidades de produção e comercializa medicamentos genéricos e propriedades farmacêuticas inovadoras destinadas a mercados especializados. Uma boa parte das receitas da empresa é proveniente de acordos de licenciamento, salientam os analistas, algo que será bastante benéfico para a Wockhardt e para Lupin, uma vez que lhes dará acesso ao ramo da distribuição nos Estados Unidos da América.

Um responsável da Wockhardt, contactado pela publicação, referiu que a empresa não responde a especulações ou rumores. Por sua vez, a Lupin mostrou-se indisponível para comentar o assunto.

As parcerias da Par são um trunfo fundamental na sua estratégia de crescimento, mantendo acordos com 23 empresas farmacêuticas, empresas especializadas em distribuição de fármacos e outros produtos e prestadores de serviços, incluindo a GlaxoSmithKline, a AstraZeneca, a Barr/Pliva, a Bradley, a Bristol-Myers Squibb, a Genpharm, a Solvay Pharma, a Orchid e a Dr Reddy.

Os analistas consideram que a indústria global de genéricos está no centro de uma recessão e, face à valorização da rupia, as aquisições no estrangeiro tornaram-se mais atractivas. No entanto, para que tal seja possível, as grandes farmacêuticas deveriam preocupar-se com a investigação e desenvolvimento, com as tecnologias e as empresas especializadas, em vez de se concentrarem apenas nos genéricos, mercado que se está a tornar demasiado generalizado.

A Par possui, actualmente, uma das mais promissoras linhas de desenvolvimento de produtos, com 45 substâncias a aguardarem aprovação da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos, e mais de 30 produtos em desenvolvimento.

Marta Bilro

Fonte: Times of India, Farmacia.com.pt.

Estado e cidade de Nova Iorque processam Merck

Acusação quer indemnização pelo dinheiro gasto em prescrições de Vioxx

O Estado e a cidade de Nova Iorque estão a processar a farmacêutica Merck alegando que o laboratório não divulgou de forma clara os riscos inerentes à toma do Vioxx (Rofecoxib). Os queixosos procuram obter uma indemnização pela “dezenas de milhares de dólares dos contribuintes gastos nas prescrições de Vioxx“, referiu a procuradoria-geral do Estado de Nova Iorque. O Mayor da cidade, Michael Bloomberg, subscreve as alegações.

A acusação defende que muitas prescrições do Vioxx teriam sido evitadas se os médicos estivessem devidamente informados. “A conduta irresponsável e dúbia da Merck colocou em perigo a saúde dos nova-iorquinos e desperdiçou o nosso dinheiro dos impostos”, afirmou o procurador-geral do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo. Mesmo quando “as provas se acumulavam, demonstrando o quão perigoso era o medicamento, a Merck colocou os lucros acima de tudo o resto, pondo em risco milhares de pessoas”, acrescentou o responsável.

Os documentos do processo referem que a farmacêutica “realizou uma campanha planeada e tenaz baseada em afirmações falsas e fraudulentas de forma a minimizar a importância e seriedade” da potencial relação entre o Vioxx e o surgimento de problemas cardiovasculares. Tal comportamento fez com que a Medicaid e um outro seguro de saúde estatal gastassem mais de 100 milhões de dólares (72 milhões de euros) em prescrições do medicamento.

A Merck afirma não ter conhecimento de qualquer queixa apresentada pelo Estado e pela cidade de Nova Iorque. No entanto, apesar de ainda não ter recebido nenhuma notificação acerca do processo, a farmacêutica informou em comunicado que pretende defender-se “da mesma forma como se tem defendido de outras queixas relacionadas com a Medicaid e apresentadas há mais de dez anos por outros Estados”.

Até ao momento, a Merck ganhou 10 dos 15 processos judiciais que foram a julgamento e que envolvem o anti-inflamatório. O facto da empresa ter ganho a maioria dos processos pode indiciar que “não existem provas convincentes que demonstrem que a Merck é responsável ou que o Vioxx foi o principal culpado pela morte destas pessoas”, considera David Heupel, analista da Thrivent Financial.

Marta Bilro

Fonte: First Word, The New York Times, Market Watch, Farmacia.com.pt.

In [Re]action responsável pela campanha de promoção de genéricos

Acção publicitária começa segunda-feira na TV, rádio, imprensa e cartazes

A segunda fase da campanha de promoção de medicamentos genéricos, realizada pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), e que terá inicio na segunda-feira, vai estar a cargo da agência criativa In [Re]action. "Pode Confiar!" é o ponto de partida para o projecto e a ideia principal que se pretende transmitir.

Segundo avança o portal Meios & Publicidade, na corrida à realização do projecto estiveram agências como a Laranja Mecânica ou W/ Portugal, sendo que a escolha recaiu sobre a In [Re]action, que recentemente adquiriu a Beaver Project, empresa responsável pela primeira onda de publicidade relacionada com os genéricos, comunicada nas farmácias, centros de saúde e hospitais.

Ainda de acordo com a publicação, a campanha publicitária prevê a distribuição, a nível nacional, de mais de dois mil cartazes publicitários, 234 inserções em televisão, que se prolongam por quatro semanas, 1.326 inserções nas principais rádios nacionais e regionais, e 37 inserções publicitárias na imprensa generalista e especializada.

Marta Bilro

Fonte: Meios & Publicidade.

Haldol com novos efeitos secundários

Medicamento pode provocar problemas cardíacos e morte

A farmacêutica Johnson & Johnson adicionou novas advertências à lista de efeitos secundários do Haldol (Haloperidol), um antipsicótico utilizado no tratamento da esquizofrenia. De acordo com um comunicado da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA), os avisos inseridos na bula do medicamento chamam a atenção para o potencial risco de morte e a ocorrência de problemas cardíacos graves detectados em alguns doentes.

A nota informativa da FDA enviada ao Farmacia.com.pt dá conta da ocorrência de alguns casos de morte súbita em pacientes que tomavam Haldol, especialmente quando este foi administrado por via intravenosa, ou em doses superiores às que são recomendadas. A administração do medicamento em injecções intramusculares não tem aprovação da autoridade reguladora, apesar disso, “existem provas consideráveis que a administração de haloperidol por via intravenosa é uma prática comum”, refere a FDA.

Estas condições de utilização têm dado origem a alguns relatos de surgimento de casos de síndrome do QT longo, uma doença rara que dá origem à ocorrência de episódios de síncope, que frequentemente resultam em paragem cardíaca e morte súbita, geralmente em situações de tensão física ou emocional.

Marta Bilro

Fonte: FDA, Reuters, Infarmed.

Combinação de terapias pode tratar a tuberculose em quatro meses

O antibiótico Avelox (moxifloxacina), em combinação com outras três terapias, poderá tratar efectivamente a tuberculose, e diminuir o risco provocado pelas estirpes mais resistentes da doença, num período de cerca de quatro meses em vez dos habituais seis meses, segundo antecipou a Bayer AG.

Há aproximadamente 30 anos que não são apresentadas candidaturas à FDA para a aprovação de novos medicamento para o tratamento e controlo da tuberculose. Contudo, para a Bayer esta situação pode vir a mudar no espaço de alguns anos, caso se comprovem efectivamente os estudos financiados pela Gates Foundation e pelo governo dos Estados Unidos, no que se refere à utilização do Avelox, em combinação com outros três produtos, em especial para as estirpes multi-resistentes da tuberculose.

Os resultados dos estudos, que serão apresentados na “Interscience Conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy”, em Chicago, têm implicações na luta contra a tuberculose nos países mais desfavorecidos, onde os custos anuais atingem os 2,5 mil milhões de dólares cada ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, sendo ainda cruciais para a aprovação do fármaco até 2011. A Bayer concordou tornar o fármaco disponível nos países mais pobres a preços mais acessíveis.

Segundo um dos vice-presidentes da Bayer Healthcare, Martin Springsklee, o Avelox liga-se ao ADN da bactéria e faz com que os genes parem de libertar o seu material genético, um passo crucial para a reprodução. A estrutura química do fármaco consegue ligar-se tanto a moléculas de água, como a moléculas de gordura, permitindo-lhe penetrar a tuberculose eficientemente. O fármaco atinge níveis dentro das células que são duas a quarto vezes mais elevados do que os antigos compostos, e por causa destas características actua muito rapidamente.

Cerca de um terço dos pacientes desiste do tratamento ao fim de dois meses, uma vez que uma terapia com a duração de seis meses pode ser muito difícil para alguns pacientes. Este tratamento de combinação poderá ajudar mais pessoas a completar o tratamento, visto que é um regime mais curto.

O Avelox, actualmente aprovado para o tratamento da pneumonia, tem custos de cerca de 200 dólares para um tratamento de duas semanas, tendo gerado vendas de 551 milhões de dólares (396 milhões de euros) no ano passado. A patente do fármaco nos Estados Unidos termina em Dezembro de 2011.

A tuberculose multi-resistente afecta cerca de 400 000 pessoas em todo o mundo. Segundo dados divulgados em 2006, a prevalência da tuberculose em Portugal é de 34 casos por 100 mil habitantes, o que corresponde ao triplo da média da Europa Ocidental.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Bloomberg, RTP Online