quarta-feira, 10 de outubro de 2007

MNSRM: 90% elege farmácia como local de compra

Portugueses apontam tradição e confiança no atendimento do profissional farmacêutico

Tradição e confiança são os motivos que movem 90% dos portugueses a comprar Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) numa farmácia. Notoriamente à margem, fica a aquisição em supermercados e noutras lojas, com 7% e 3%, respectivamente. A conclusão saiu de um inquérito online feito pela DecoProteste.

Quais os locais onde costumavam comprar os seus medicamentos, foi a pergunta lançada aos consumidores cibernautas - entre os dias 30 de Julho e 10 de Agosto - através do canal «Prioridade à Saúde», no site da Proteste.

Segundo a edição deste mês da revista «Teste Saúde», “a tradição e a confiança no atendimento profissional farmacêutico são os principais responsáveis por esta realidade”, divulgando que “num total de 1.046 respostas, a maioria, 90%, elege a farmácia.”

A revista revela ainda que a “comodidade” e, também, a “impossibilidade” de adquirir MNSRM em certas regiões do país (noutros locais que não a farmácia) foram outros dos factores apontados no inquérito.

Raquel Pacheco
Fontes: «Teste Saúde»/FarmaNews

Exame colo-rectal: HUC utilizam pela primeira vez cápsula com câmaras integradas

Uma cápsula para examinar o cólon, de dimensões idênticas à de uma cápsula de vitaminas, munida com duas câmaras que filmam o interior do intestino, captando ao longo do percurso cerca de 150 mil imagens, vai ser pela primeira vez usada em Portugal, na próxima sexta-feira, pelos Hospitais da Universidade de Coimbra.

De acordo com o médico Hermano Gouveia, do Serviço de Gastrenterologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), que vai aplicar a técnica pioneira, a cápsula endoscópica é ingerida de manhã pelo doente e a partir daí, pode fazer a sua vida normal, pois o filme é registado, ao longo das oito ou nove horas seguintes, num aparelho do tamanho de um telemóvel, que o doente transporta e depois deixa no hospital para os resultados serem analisados pelos especialistas.

Esta técnica tem-se revelado uma mais valia face às restantes técnicas de análise dos intestinos e do cólon, pois evita o desconforto que a colonoscopia tradicional provoca e que muitas vezes afasta os pacientes da realização do exame.

"É uma arma importante no rastreio do cancro colo-rectal. A colonoscopia tradicional tem vantagens e continua a ser a pedra de toque na terapêutica, na biopsia e na ressecção de póliplos, mas a cápsula endoscópica, por não causar desconforto, tem a vantagem de trazer pessoas para o rastreio", sublinhou o médico.

"Até aqui, para vermos o cólon tínhamos de introduzir o colonoscópio [um tubo flexível com cerca de 1,30 metros], sendo por vezes necessária anestesia. Agora, sem nenhum desconforto, obtemos a visão do cólon através de uma técnica fiável e confortável", disse o também vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

Este novo método representa "uma mudança completa" no diagnóstico das patologias do cólon e encontra-se já a ser utilizado neste serviço dos Hospitais da Universidade de Coimbra para examinar o intestino delgado.

A cápsula é fabricada em Israel, com custos que rondam os 1.500 euros e deverá começar a ser comercializada até ao final do ano.

O cancro do cólon e do recto é já o tipo de cancro mais frequente nos homens, embora, neste mesmo grupo, seja a quarta causa de morte oncológica. Já nas mulheres é o segundo tipo de cancro bem como a segunda causa de morte oncológica. Todos os anos surgem em Portugal cerca de cinco mil novos casos de cancro colo-rectal.

Uma alimentação equilibrada, peso controlado e a prática regular de exercício físico são alguns dos cuidados que podem evitar o aparecimento da doença.

Inês de Matos

Fontes: Lusa, Portal da Saúde

DecoProteste estuda «Farmácia Caseira»

A DecoProteste está a deslocar-se, durante este mês, a casa das famílias portuguesas para apurar que fármacos têm em casa, onde e como os guardam. Obter um retrato mais fiel possível dos hábitos dos consumidores é o objectivo do estudo intitulado «Farmácia Caseira».

A visita – que pode ser marcada em http://www.deco.proteste.pt/ – servirá “para ver que cuidados têm com os medicamentos, como prazos de validade, exposição à humidade ou ao sol, se estão alcance das crianças ou se guardam o folheto”, informa a associação de defesa do consumidor, ressalvando que os testemunhos são anónimos.

Raquel Pacheco
Fonte: DecoProteste

Fundação Portuguesa de Cardiologia organiza pequeno-almoço saudável

Preocupada com a qualidade do pequeno-almoço dos portugueses, a Fundação Portuguesa de Cardiologia vai promover, no próximo dia 16, data em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, a realização de um pequeno-almoço saudável. A refeição será preparada pelos chefes de cozinha Hernâni Ermida e Carlos Madeira, e ainda pelo cozinheiro João Simões e será servida a diversas personalidades de relevo.

O evento, que decorrerá na Sala Marquês de Pombal, do Hotel Ritz Four Seasons, em Lisboa, está marcado para as 9h30m, “com o objectivo de analisar as mudanças registadas na alimentação dos portugueses e respectivas consequências”, informa a Fundação Portuguesa de Cardiologia em comunicado.

Presentes estarão figuras ilustres da vida pública portuguesa, como as ex- primeiras damas Maria Barroso, Maria José Ritta e Maria Cavaco Silva, actual primeira-dama nacional. Para além destas, estarão também presentes as apresentadoras Serenella Andrade e Teresa Guilherme, as jornalistas Felícia Cabrita e Fátima Campos Ferreira, entre várias outras mulheres de relevo.

“Começar o dia sem pequeno-almoço ou com um pequeno-almoço deficiente, pode ter consequências graves nas crianças e nos adultos já que o organismo recorre a reservas, o que leva rapidamente a um estado de fraqueza que interfere na concentração, na qualidade do trabalho e da escola e na falta de reflexos”, adverte a fundação.

A realização deste pequeno-almoço, que a fundação diz estar “fora da ementa dos portugueses”, pretende assinalar o Dia Mundial da Alimentação, comemorado desde 1981, sempre no dia 16 de Outubro, data da criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

A comemoração deste dia é assinalada em mais de 150 países e pretende alertar e consciencializar a opinião pública quanto a questões globais relacionadas com a nutrição e alimentação, sendo todos os anos eleito um tema em particular sobre o qual incidem as actividades comemorativas. Este ano, o tema escolhido pela FAO foi “O Direito à Alimentação”.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia pretende ainda alertar para o problema da Obesidade, que cada vez mais se assume como a epidemia do século XXI, ensinando os portugueses a preparar refeições saudáveis, a começar pelo pequeno-almoço.

“De acordo com o Plano Nacional de Saúde, a obesidade é considerada a segunda causa de morte passível de prevenção. Na maioria dos países da Europa a obesidade é a epidemia em maior crescimento, afectando, anualmente, 10 a 40 por cento da população adulta”, informa o comunicado da federação.

“Nas crianças dos 7 aos 9 anos de idade a prevalência da pré-obesidade e da obesidade, em Portugal, é de cerca de 31,56%, sendo que as crianças do sexo feminino apresentam valores superiores às do sexo masculino. De salientar ainda que em Portugal, 50% dos adultos têm excesso de peso, dos quais 14% sofrem de obesidade”, segundo um estudo recente, citado pelo comunicado da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

Inês de Matos

Fontes: Fundação Portuguesa de Cardiologia, Associação Portuguesa de Dietist

Tuberculose: OMS distribui medicamentos

19 países com maior índice da doença são os beneficiados

Fármacos contra a tuberculose vão ser distribuídos nos 19 países com maior índice de doentes. A beneficiação surge de um acordo de colaboração feito entre a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Unitaid, fundo internacional para a compra de medicamentos, noticiou a Agência EFE.

"Com esta colaboração, serão fornecidos medicamentos a mais de 750 mil pessoas que, de outra forma, talvez não receberiam tratamento ou o suspenderiam por falta de fármacos", afirmou um representante do Stop TB Partnership, departamento da OMS.

Segundo revelou Marcos Espinal, a iniciativa irá focalizar-se nos doentes que não respondem aos tratamentos comuns, reforçando que “fornecer fármacos contra a tuberculose às pessoas que precisam para que possam concluir o tratamento é a melhor forma de impedir que o vírus se torne resistente aos medicamentos."

Neste sentido, a Unitaid vai comprar os medicamentos no valor de 26,8 milhões de dólares e competirá à Stop TB Partnership a distribuição dos mesmos, até ao final de 2008. Entre outras, constam da lista das 19 nações eleitas o Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Mianmar, Iraque, Tadjiquistão, Burkina Fasso, Camarões, Costa do Marfim, Guiné, Mali, Moçambique, Ruanda.

De acordo com um responsável do Unitaid, Jorge Bermudez, a iniciativa das duas entidades passa, ainda, por escoar os fármacos contra a tuberculose com o intuito de, durante crises humanitárias, dar resposta durante a eventuais situações de escassez ou falta de previsão. “O projecto não só salvará vidas, como também, estabilizará o mercado, o que permitirá reduzir o preço dos medicamentos" sublinhou Bermudez.

Emergência mundial

Segundo a OMS, morrem mais pessoas de tuberculose, em todo o mundo, do que de qualquer outra doença infecciosa durável. Por ano, a doença mata, aproximadamente, dois milhões de pessoas. Um terço da população mundial encontra-se infectado pelo bacilo da tuberculose (bacilo de Koch) e estima-se o aparecimento de 8,8 milhões de novas notificações. Em 2005, nas 19 nações que serão beneficiadas foram detectados 75% dos casos.

Na opinião do pneumologista José Miguel Carvalho, a tuberculose "é uma doença que continua, em 2007 – 125 anos depois da descoberta do bacilo por Robert Koch e mais de 50 anos depois de se começar a dispor de medicamentos eficazes – a suscitar reacções de medo, de pânico, semelhantes às que antigamente se observavam."

A transmissão do micróbio da tuberculose processa-se pelo ar, através da respiração, que o faz penetrar no nosso organismo. Quando um doente com tuberculose tosse, fala ou espirra, espalha no ar pequenas gotas que contêm o bacilo de Koch. Uma pessoa saudável que respire o ar de determinado ambiente onde permaneceu um tuberculoso pode infectar-se. Note-se que um espirro de um doente com tuberculose projecta no ar cerca de dois milhões de bacilos. Através da tosse, cerca de 3,5 mil partículas são igualmente projectadas para a atmosfera.

Raquel Pacheco
Fonte: Agência EFE/Portal da Saúde

Dioxinas podem matar as células

Estudo português relaciona exposição com nocividade e alerta para grave problema da Saúde Pública

"A exposição prolongada do pulmão a pequenas concentrações de dioxinas tem efeitos altamente tóxicos, levando mesmo à morte de células." A conclusão saiu de uma investigação pioneira feita na Universidade de Coimbra.

Perceber os mecanismos envolvidos na disfunção pulmonar resultante da exposição a poluentes ambientais (dioxinas) foi o objectivo do estudo português que, em 2006, nasceu no Departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Hoje, com os resultados na mão, Carlos Palmeira (coordenador da investigação) está convicto de que “em qualquer ambiente onde houver uma elevada concentração de dioxinas, estamos perante um grave problema de Saúde Pública."

No comunicado da FCTUC a que o farmacia.com.pt teve acesso, o professor esclarece que, “numa primeira fase (in vitro) foram estudados os efeitos da Tetraclorodibenzo-p-dioxina (TCDD), umas das dioxinas presentes em maior quantidade na atmosfera, e dos Dibenzofuranos (DBZ).”

Os primeiros resultados divulgados pela equipa de investigadores de Coimbra assumem-se, assim, como um alerta particularmente relevante para a Saúde Pública, "na sequência de falta de informação relativa ao processo de co-incineração de resíduos tóxicos", concretizou Carlos Palmeira.

Raquel Pacheco
Fonte: Comunicado FCTUC

Associação quer combater estigmatização de doentes mentais

“ENCONTRAR+SE” lança campanha em Janeiro

A ENCONTRAR+SE - Associação de Apoio às Pessoas com Perturbação Mental Grave está a preparar uma campanha anti-estigma para ser lançada em Janeiro de 2008. O objectivo é promover a reabilitação psicossocial dos doentes mentais. A colocação de outdoors em todo o país e a passagem de spots televisivos são alguns dos passos desta iniciativa, revelou Maria Luísa Vieira de Campos, vice-presidente da instituição.

De acordo com a mesma responsável, está também previsto o lançamento de uma “música para a saúde mental”, que conta com a colaboração de cerca de 20 músicos e artistas nacionais, entre eles Zé Pedro (Xutos & Pontapés) e Rui Veloso.

“Está mais do que provado que as pessoas que sofrem de uma doença mental grave, como bipolar, esquizofrenia e depressão, têm dificuldades em se inserir na comunidade”, afirmou a psicóloga em declarações à agência Lusa, à margem do debate “A Saúde Mental Um Mundo em Mudança: O Impacto da Cultura e da Diversidade”, que decorreu esta quarta-feira no Porto.

A campanha surge para esclarecer a população e explicar que estas pessoas são doentes e não podem ser excluídas devido à sua doença, referiu Maria Luísa Vieira de Campos. “Só os poderemos ajudar se não os excluirmos”, sustentou, acrescentando que a ausência de respostas integradas de reabilitação tem condicionado a possibilidade de recuperação de muitas pessoas com doença mental grave. É preciso incutir mudanças na forma como a sociedade encara estes casos, até porque, segundo afirmou, esta realidade está presente numa em cada quatro famílias.

A importância de combater o estigma que rodeia estes pacientes foi também sublinhada pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Adriano Vaz Serra, uma vez que estes “são lesados nos seus direitos humanos, na maioria dos países”, tanto a nível profissional, social ou económico, vendo, por exemplo, ser-lhes recusado crédito à habitação.

A ENCONTRAR+SE que, esta quarta-feira, a par do Dia Mundial de Saúde Mental, comemora o seu primeiro ano de existência luta agora por encontrar um espaço próprio, onde possa apoiar doentes e familiares.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa.

Doenças neuromusculares afectam cinco mil portugueses

Dados recentes de um inquérito realizado em 11 das 13 Consultas de Neuropediatria existentes no país revelaram a existência, nos últimos 10 anos, de 659 doentes com doenças neuromusculares em idade pediátrica. Estima-se que, no total, cinco mil portugueses sofram desta patologia. Os números foram revelados esta quarta-feira, na abertura do 2º Simposium sobre Avanços em Doenças Neuromusculares e vertebro-medulares, organizado pela Faculdade de Medicina do Porto e pelo Serviço de Pneumologia do Hospital de S. João

De origem genética e hereditária as doenças neuromusculares são progressivas e englobam um conjunto de mais de 40 patologias diferentes já identificadas, abrangendo as doenças dos músculos (Miopatias), doenças dos nervos (Neuropatias) doenças dos cornos anteriores da medula (Atrofias Espinhais) e as perturbações da junção neuromuscular (Miastenias). Apesar das diferentes designações, todas têm em comum a falta de força muscular.

A doença afecta frequentemente os músculos respiratórios e o músculo cardíaco, dando origem a dificuldades respiratórias e cardíacas. O doente neuromuscular está, por isso, dependente de apoios e ajudas técnicas (cadeiras de rodas eléctricas ou andarilhos para a locomoção, computadores para a escrita, apoios de cabeça e/ou outras ajudas para a manipulação) para realizar as tarefas mais simples.

Apesar de serem fisicamente incapacitantes, na grande maioria dos casos, estas doenças não afectam as aptidões intelectuais nem cognitivas. Estes doentes são diariamente confrontados com diversas dificuldades que, com o apoio de equipas multidisciplinares, englobando neurologistas, pneumologistas, fisiatras, ortopedistas e psicólogos poderiam ser minoradas.

“Um diagnóstico correcto e atempado permitirá uma intervenção terapêutica precoce e útil e uma reabilitação adequada”, defendeu João Carlos Winck, do Serviço de Pneumologia do S. João e responsável pela organização do encontro.

A insuficiência respiratória e a pneumonia são as principais causas de morbilidade e de mortalidade nestas doenças, referiu o especialista, consequências que poderiam ser minoradas através de uma intervenção atempada. “Se a abordagem for feita de uma forma pró-activa, ou seja, antes que o pulmão atrofie, perca elasticidade e volume, então será possível, com ajudas mecânicas, manter estes doentes em casa e livres de complicações”, salientou, lamentando a falta de informação com que muitos destes doentes se deparam e que muitas vezes é fatal.

“Num futuro próximo será possível desenvolver neuropróteses, algo que permitirá, através de ligação a neurónios cerebrais, fazer com que um doente tetraplégico consiga mexer um dedo ou dois e, assim, por exemplo, manipular uma cadeira de rodas eléctrica”, adiantou João Carlos Wink. A perda de autonomia total é uma das complicações mais graves nestes doentes e se for possível que “mexam um dedo ou dois poderão adquirir maior autonomia, recuperando funções motoras”.

A tecnologia já existe, estando apenas a ser sujeita a afinações técnicas, explicou o responsável acrescentando que se ela puder ser “aliada à reabilitação física tradicional, permitirá certamente recuperar funções perdidas, proporcionando a reintegração de alguns destes doentes na vida activa”.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Associação Portuguesa de Doentes Neuromusculares, Apifarma.

ISLA promove pós-graduação em Marketing e Consumo de Produtos Naturais

O Instituto Superior de Línguas e Administração de Lisboa (ISLA) vai realizar a quarta edição da pós-graduação em Marketing e Consumo de Produtos Naturais. Destinado aos licenciados em Farmácia, interessados em aprofundar os seus conhecimentos de plantas medicinais, fitoterapia e suplementos alimentares, o curso tem início marcado para o mês de Novembro e é creditado pela Ordem dos Farmacêuticos.

Ministrada em dois semestres, num total de 210 horas em horário pós-laboral, esta pós-graduação conta com um corpo de docentes credenciados nos sectores da Farmácia, Nutrição, Gestão e Marketing.

Para Dário Félix Rodrigues, coordenador do curso, esta é uma oportunidade para “aprofundar o conhecimento de uma área complementar da Saúde que está em franco crescimento na Europa e nos EUA, mediante a informação científica dos benefícios dos produtos naturais e das técnicas de gestão e de marketing determinantes para o êxito da respectiva comercialização, contando-se para tal com um corpo docente de excelência”.

História dos Produtos Naturais, Farmacologia dos Produtos Naturais, Comportamento do Consumidor na Era da Informação, Marketing de Produtos Naturais e Técnicas de Venda e Informação Científica são algumas das disciplinas que fazem parte do plano de estudos. O período de inscrições termina a 31 de Outubro.

Marta Bilro

Fonte: E-mail do Farmacia-press, Isla.pt.

Especulação sobre interesse da Pfizer faz subir acções da Sanofi-Aventis

Os rumores sobre o possível interesse da Pfizer em adquirir uma parte da Sanofi-Aventis estão a causar alvoroço junto dos accionistas. As acções da farmacêutica francesa subiram 3 por cento após a divulgação da notícia, para depois estabilizarem nos 30,93 euros, registando um aumento de 1,6 por cento.

Cerca de 23 por cento da Sanofi-Aventis são detidos pela Total e pela L'Oreal, e não é segredo que a Total pretende livrar-se das suas acções. Declarações proferidas em Agosto pelo director financeiro da Total, Robert Castaigne, deixaram claro que a empresa iria vender os seus títulos “progressivamente”. Para além disso, no mês de Maio, o director executivo da empresa, Christophe de Margerie, afirmou que a venda deveria realizar-se “provavelmente dentro de pouco tempo”.

Uma porta-voz da Total disse ao portal DrugResearcher.com que a empresa tem uma participação de 13,13 por cento na Sanofi-Aventis, porém recusou-se a comentar a especulação acerca do interesse da Pfizer, dizendo apenas que no final de 2012 a empresa já terá vendido todas as acções do laboratório que ainda possui.

Por sua vez, a L’Oreal, que detém perto de 10 por cento da Sanofi-Aventis, disse em Junho que a venda dos seus títulos não estava iminente, algo que foi confirmado por um porta-voz da empresa que garantiu também que esta posição não se alterou.

Há rumores indicam que a norte-americana Pfizer terá abordado a Total, há cerca de quatro anos, com a intenção de comprar a sua parte das acções, o que aconteceu antes da fusão entre a Sanofi e a Aventis, que deu origem a uma empresa com uma capitalização de mercado na ordem dos 86,4 mil milhões de euros, um montante elevado mesmo para as finanças da maior farmacêutica mundial.

As duas empresas apresentam, porém, determinadas linhas de investigação que se assemelham e ambas tiveram recentemente que enfrentar algumas contrariedades. A Sanofi viu o Acomplia (Rimonabant) ser rejeitado por um painel de conselheiros da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos e consequentemente ser retirada a sua candidatura a novo fármaco. A Prizer sofreu uma quebra no preço das suas acções devido ao fracasso dos ensaios clínicos de fase III que envolviam o torcetrapib, sendo que, este ano, já eliminou postos de trabalho e encerrou unidades de produção.

À parte da especulação e dos rumores que correm na imprensa não houve ainda qualquer manifestação ou comentário ao assunto por parte de nenhuma das empresas envolvidas.

Marta Bilro

Fonte: BioPharma-Reporter.com, Farmacia.com.pt.

Cervarix à venda segunda-feira por 433 euros

O Cervarix, vacina contra cancro do colo do útero produzida pela GlaxoSmithKline, vai estar disponível em Portugal a partir de segunda-feira e vai custar 433,23 euros no total das três doses, avança a agência Lusa, citando uma fonte ligada ao processo.

A vacina, que protege contra as estirpes 16 e 18 do vírus do Papiloma Humano (HPV), foi aprovada pela Comissão Europeia no final do mês de Setembro e vai competir com o Gardasil, da Merck, que se encontra à venda no mercado português desde o início do ano por 481,35 euros, no total das três doses necessárias.

Cada dose da nova vacina custará 144,41 euros, o que no total das três doses representa uma poupança de 48 euros face à vacina da Merck comercializada em parceria com a Sanofi Pasteur. Para além do preço, há ainda outra dissemelhança entre os dois fármacos, isto porque o Cervarix protege apenas contra as estirpes 16 e 18 do vírus, responsáveis pela maioria dos casos de cancro do colo do útero, enquanto que o Gardasil oferece protecção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.

A vacina contra o cancro do colo do útero não é comparticipada pelo estado português o que significa que os custos têm que ser totalmente suportados pelas utentes que resolvam optar pela sua toma.

No entanto, o executivo está já a estudar uma possível inclusão da vacina no Plano Nacional de Vacinação. Para que tal seja possível, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) está a analisar estudos de custo-efectividade, mas a decisão final sobre a comparticipação cabe ao ministro da Saúde.

No sentido de avaliar as estratégias de vacinação mais adequadas, a Direcção-Geral da Saúde e a comissão técnica de vacinação têm também analisado a doença e o contexto epidemiológico português.

Marta Bilro

Fonte: Diário Gigital, Lusa, Portugal Diário, Farmácia.com.pt.

FDA autoriza produção de genérico para tratar epilepsia

Roxane, Glenmark e Sun vão comercializar Oxcarbazepina

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) concedeu autorização para a produção das primeiras versões genéricas do Trileptal (Oxcarbazepina), um fármaco indicado no tratamento de crises epilépticas.

A Roxane Laboratories Inc, a Glenmark Pharmaceuticals Ltd e a Sun Pharmaceutical Industries vão agora poder comercializar Oxcarbazepina genérica a preços mais reduzidos do que o equivalente de marca produzido pela Novartis.

“A FDA exige que os medicamentos genéricos tenham a mesma qualidade, resistência, pureza e estabilidade do que os fármacos de marca”, afirmou Gary J. Buehler, director do departamento de medicamentos genéricos da FDA. Numa nota enviada ao Farmácia.com.pt, a entidade reguladora do sector farmacêutico nos Estados Unidos da América (EUA) “garante que os medicamentos genéricos são seguros e eficazes, oferecendo uma alternativa aos americanos para escolherem os seus medicamentos prescritos”.

De acordo com a FDA foram aprovadas três dosagens do fármaco – 150 miligramas, 300 miligramas e 600 miligramas. As vendas do Trileptal nos EUA, em 2006, renderam mais de 388 milhões de euros.

Marta Bilro

Fonte: FDA, Reuters.

Fim-de-Semana Solidário junta mulheres mastectomizadas no Parque das Nações

Com o objectivo de sensibilizar a população e os profissionais de saúde para os problemas das mulheres mastectomizadas, a Associação “Ame e Viva a Vida” vai realizar pelo segundo ano consecutivo, no Parque das Nações, o Fim-de-Semana Solidário. O evento realiza-se nos próximos dias 13 e 14 e que com várias iniciativas culturais e com a presença de diversas figuras públicas que abraçam esta causa.

Durante estes dois dias, será prestado mais um contributo para a causa das mulheres mastectomizadas, através de um evento que conta com iniciativas a vários níveis: cultural, social, musical, teatral e moda. Concretizado com apoios externos, o único retorno resultará da venda dos seus materiais durante o fim-de-semana.

As iniciativas contarão com a presença de diversas figuras públicas, como as actuações musicais, onde estarão presentes Paco Bandeira, Rouxinol Faduncho, Paula Teixeira, Maria João Quadros e Toy. Nos desfiles de moda vão desfilar colecções dos estilistas Nuno Baltazar e Augustus, vestidas por mulheres mastectomizadas.

Fazem ainda parte do programa momentos culturais como “A Mulher e a Pintura” com Emília Nadal e “A mulher e o Teatro” com Maria do Céu Guerra, assim como a visualização de alguns vídeos de divulgação do cancro da Mama e testemunhos de doentes para a divulgação desta causa.

Ao longo deste fim-de-semana, a Associação “Ame e Viva a Vida” vai fazer uma demonstração das suas actividades, que passam por proporcionar momentos de lazer e cultura a todas as mulheres mastectomizadas, enquadradas sempre na luta contra o Cancro da Mama.

Esta associação, criada a 23 de Maio de 2006, é composta por um grupo de mulheres mastectomizadas, sobreviventes de Cancro da Mama e que, voluntariamente, se disponibilizam para apoiar todas as mulheres com esta doença e as suas famílias.

Baseada no lema “Ame e Viva a Vida”, a associação pretende ser um porto de abrigo para todas as mulheres que sofram de cancro da mama, encontrando-se a funcionar nas antigas instalações do Núcleo de Senologia, do Hospital do Desterro.

O cancro da mama é ainda a primeira causa de morte entre as mulheres portuguesas com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos. Contudo, os últimos avanços terapêuticos ao nível da prevenção e do diagnóstico precoce, assim como a evolução dos tratamentos, têm vindo a diminuir a taxa de mortalidade desta doença.

Inês de Matos

Fontes: Jasfarma, Associação “Ame e Viva a Vida”

“Sistema imunitário virtual” pode ajudar no desenvolvimento de fármacos

Um grupo de cientistas, liderado por matemáticos, está a construir um modelo de respostas imunes, através da utilização de dados experimentais do mundo real, para gerar um modelo virtual do sistema imunitário humano, que poderá ser então usado para projectar fármacos. O modelo promete ajudar a comunidade científica multidisciplinar a trabalhar em conjunto para criar avanços médicos para os pacientes.

O grupo pertence à “Immunology Imaging and Modelling (I2M) Network”, fundada pelo “Biotechnology and Biological Sciences Research Council” do Reino Unido, que está sediada na Universidade de Leeds, mas que também envolve equipas multidisciplinares de investigadores de um número variado de locais, incluindo do “Cancer Research”, do Reino Unido, e do “National Institute for Medical Research”.

O sistema imunitário é um dos sistemas mais fascinantes e complexos do corpo humano e, apesar dos enormes avanços recentes na ciência médica, incluindo muitos fármacos que se direccionam para o sistema imunitário, os cientistas ainda não compreendem totalmente como funciona. Este não só orquestra os processos pelos quais o organismo combate as doenças, como também, no caso de situações como a diabetes e a artrite reumatóide, pode também causar a doença.

A coordenadora da network, a Dr Carmen Molína-Paris, afirmou que a capacidade de seguir o rasto de parasitas e células em tempo real, utilizando novas técnicas de imagética, está a permitir descobrir novos indícios, e irá ajudar os cientistas a analisar as interacções entre as diferentes partes do sistema imunitário. Isto irá fornecer um modelo teórico e computacional do sistema imunitário, proporcionando uma imagem completa a que os investigadores de todas as disciplinas se poderão referir, e na qual se poderão basear.

As companhias farmacêuticas estão cada vez mais a utilizar modelos matemáticos para prever até que ponto um fármaco é bom, ou mau. Estes modelos variam entre prognosticar efeitos atómicos (utilizando mecânica quântica), efeitos moleculares (que avaliam se o fármaco se liga bem ao alvo), até todos os órgãos ou organismos (predizendo os resultados de ensaios clínicos).

Estes avanços têm sido tornados possíveis por computadores mais potentes, que conseguem efectuar os cálculos necessários num espaço de tempo adequado. Além disso, as ferramentas estão a tornar-se cada vez mais amigas do utilizador, o que significa que já não só são utilizadas por especialistas. As técnicas têm um papel crucial a desempenhar na ajuda à indústria farmacêutica para evitar falhanços nas últimas etapas, e assim baixar o custo do desenvolvimento de fármacos.

A imunologia tem sido tradicionalmente uma ciência qualitativa, descrevendo os componentes celulares e moleculares do sistema imunitário e as suas funções. Contudo, existe uma necessidade iminente de perceber melhor como os componentes operam conjuntamente como um todo, e de fornecer esta informação num formato quantitativo que pode ser acedido por toda a comunidade científica.

Segundo a Dra. Molína-Paris, a imunologia matemática está a desenvolver-se para ser uma disciplina, onde a modelação ajuda todos os indivíduos a interpretar dados e a resolver controvérsias. Ainda mais importante, aponta novas experiências permitindo mais e melhores interpretações quantitativas.

Isabel Marques

Fontes:
www.in-pharmatechnologist.com, www.eurekalert.org