sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lacticínios e proteínas ajudam as crianças a desenvolver ossos mais fortes

Um novo estudo, publicado na "Journal of Pediatrics”, demonstrou que consumir bastantes produtos lácteos, carne e outros alimentos ricos em proteínas, na infância, resulta em ossos mais fortes e saudáveis na adolescência.

Os investigadores descobriram que as crianças que comiam, pelo menos, duas porções de alimentos lácteos por dia, ao longo da infância, apresentavam ossos mais densos na adolescência do que aquelas que consumiam menos quantidades.

De acordo com a Dra. Lynn L. Moore, da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, consumir quatro ou mais porções de carne, ou outros alimentos ricos em proteínas, também impulsionou a densidade óssea.

Os resultados de estudos sobre os efeitos dos lacticínios ou dos suplementos de cálcio na saúde dos ossos têm sido diversificados. Visto que a maioria destes estudos foram relativamente pequenos, durando entre um a dois anos, as melhores evidências disponíveis dos benefícios, a longo prazo, dos produtos lácteos teria de ter origem num seguimento prolongado, durante muitos anos, das dietas das crianças.

Os investigadores analisaram dados de 106 crianças que foram seguidas desde 1987, quando tinham entre 3 a 5 anos, até 1999. Foram recolhidos diversos diários alimentares ao longo do estudo e os participantes realizaram scans ósseos aos 15 e 17 anos.

Os participantes que consumiram, em média, duas ou mais porções de alimentos lácteos por dia, durante a infância, tinham um conteúdo mineral ósseo mais elevado, maior área óssea e maior densidade mineral óssea, em comparação com aqueles que consumiram menos produtos lácteos. As crianças que consumiram quatro ou mais porções de carne, ou outras fontes de proteínas, também apresentaram ossos mais densos.

Os lacticínios e as proteínas pareceram ter efeitos aditivos, uma vez que as crianças que consumiram as maiores quantidades de ambos os tipos de alimentos tinham os ossos mais densos e maiores, tendo aquelas que consumiram as menores quantidades apresentado os ossos mais finos.

Os benefícios foram observados em diversas regiões do corpo, tendo sido observada uma maior densidade óssea, em particular, nos braços, pernas, tronco, costelas e pélvis.

De acordo com os investigadores, as descobertas deste estudo confirmam a importância de uma dieta alimentar rica em produtos lácteos e outras fontes de proteínas para a massa óssea dos adolescentes.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AP7RJ20081126

Como pode o excesso de bebidas alcoólicas aumentar o risco cardíaco?

Investigadores norte-americanos revelaram ter identificado os mecanismos exactos através dos quais o consumo de bebidas alcoólicas em excesso contribui para aumentar o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

O investigador John Cullen, do Centro Médico da Universidade de Rochester, explicou que as bebidas alcoólicas contêm etanol, que é frequentemente convertido em acetaldeído no organismo humano com níveis excessivos de álcool, sendo que os níveis de acetaldeído permanecem elevados durante muitas horas, após o consumo de bebidas alcoólicas ter terminado.

O estudo actual, publicado na “Atherosclerosis”, clarificou pela primeira vez que os níveis excessivos de acetaldeído fazem com que um tipo importante de célula imunitária, o monócito, se torne mais capaz de se ligar às paredes dos vasos sanguíneos.

Anteriormente, os peritos acreditavam que a aterosclerose se desenvolvia quando demasiado colesterol entupia as artérias com depósitos de gordura, denominados placas, e os ataques cardíacos ocorriam quando os vasos sanguíneos ficavam completamente bloqueados.

O investigador referiu que actualmente a maioria crê que, mais do que a acumulação em si, a reacção do sistema imunitário cria um risco de ataque cardíaco. As paredes dos vasos sanguíneos confundem os depósitos de gordura com intrusos, semelhantes às bactérias, e pedem ajuda ao sistema imunitário. Os monócitos chegam com o objectivo de prevenir uma infecção, mas acabam por provocar inflamação que faz com que os vasos sanguíneos bloqueiem.

Os investigadores descobriram que o acetaldeído, nos níveis encontrado no sangue após o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, aumenta o número de monócitos em 700 por cento.

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas tem sido relacionado com um aumento do risco de doença cardíaca e estes novos dados relativos à inflamação começam a explicar a razão.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/27/How_binge_drinking_increases_heart_risk/UPI-47331227824736/