terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Fármaco demonstra ser eficaz para próstata aumentada difícil de tratar

Investigadores revelaram que o tratamento com o fármaco naftopidil pode ajudar a aliviar os sintomas incomodativos comuns da próstata aumentada, como idas nocturnas mais frequentes à casa de banho para urinar, em homens que não respondem à tansulosina.

O Dr. Hitoshi Oh-oka, do Centro Médico de Kobe, no Japão, avaliou os sintomas relacionados com a próstata aumentada, também denominada de hiperplasia benigna da próstata, em 122 homens que foram tratados com naftopidil (75 miligramas) durante seis semanas, após não terem experienciado qualquer melhoria com a tansulosina. Os dois tratamentos foram separados por um período de washout (durante o qual não se toma o medicamento), durante uma semana.

Os investigadores relataram, na revista científica “Urology”, que o tratamento com naftopidil levou a uma melhoria significativa na frequência urinária diurna e nocturna, taxa de fluxo urinário e qualidade de vida.

O naftopidil foi particularmente eficaz na redução das idas à casa de banho para urinar. A terapia com naftopidil também eliminou a hiperactividade do músculo detrusor, que controla o funcionamento da bexiga, em 31 de 40 pacientes que tinham esta questão.

Com base em critérios predefinidos para sintomas, qualidade de vida e fluxo urinário máximo, aproximadamente 70 por cento dos pacientes foram tratados com sucesso com naftopidil.

A próstata aumentada, uma doença comum em homens mais idosos, provoca frequentemente uma persistente necessidade ou vontade de urinar. A frequência urinária nocturna é um sintoma comum, para o qual os médicos podem prescrever um bloqueador alfa 1A, como a tansulosina. Contudo, estes fármacos podem apenas ajudar alguns homens.

O naftopidil é um bloqueador alfa 1D e, recentemente, relatórios têm demonstrado que os receptores alfa 1D são o tipo principal encontrado no músculo da bexiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72185.html

Contraceptivos orais eficazes para dores relacionadas com endometriose

Um relatório, publicado na revista científica “Fertility and Sterility”, revelou que tomar um contraceptivo oral de baixa dosagem pode ajudar a reduzir a menstruação dolorosa e a dor não menstrual associadas à endometriose.

A equipa de investigadores relatou que o estudo actual demonstrou claramente, pela primeira vez, que os contraceptivos orais podem ser utilizados para tratar efectiva e seguramente a dor associada à endometriose.

O Dr. Tasuka Harada, da Faculdade de Medicina da Universidade de Tottori no Japão, e colegas avaliaram os resultados de 100 mulheres com menstruação dolorosa devido à endometriose, que receberam aleatoriamente um contraceptivo oral de baixa dosagem ou placebo.

O contraceptivo oral foi tomado durante 21 dias mais 7 dias de placebo, enquanto o grupo de controlo tomou comprimidos de placebo idênticos durante 28 dias, tendo as mulheres sido tratadas durante quatro ciclos. Foi autorizada a toma de medicação habitual para as dores.

Ambos os grupos demonstraram melhorias significativas da dor relacionada à menstruação. Contudo, durante o período de tratamento, a dor menstrual, também denominada dismenorreia, foi significativamente mais leve nas mulheres a tomar contraceptivo oral. As mulheres deste grupo também relataram menos dores não menstruais.

O tratamento com contraceptivo oral também foi associado a uma redução significativa do volume do tecido endometrial que cresce fora do útero, um efeito não observado com a utilização de placebo.

O contraceptivo oral foi geralmente bem tolerado e não foi associado a quaisquer efeitos secundários.

A endometriose é uma doença dolorosa que afecta as mulheres durante os anos reprodutivos e que provoca o crescimento das placas de tecido endometrial que, normalmente, só se encontra no revestimento interno uterino (endométrio), fora do útero.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72184.html
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D263