quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Estudo revela que Avastin pode aumentar risco de tromboembolismo venoso

Resultados de uma meta-análise sugerem que o fármaco oncológico Avastin (bevacizumab), da Genentech e da Roche Holding AG, aumenta significativamente o risco de desenvolver tromboembolismo venoso (TEV).

Os investigadores analisaram dados de 15 ensaios aleatórios, envolvendo um total de 7.956 pacientes com diversos tumores sólidos avançados, e descobriram que o risco de desenvolver tromboembolismo venoso era 33 por cento mais elevado nos pacientes que receberam Avastin, em comparação com aqueles que não receberam o fármaco.

As descobertas, publicadas na revista científica “Journal of the American Medical Association” (JAMA), demonstraram que, entre os pacientes com cancro, aqueles em regime de quimioterapia tinham 10 por cento de probabilidade de desenvolver TEV, enquanto aqueles que receberam Avastin tinham uma probabilidade de 13 por cento.

Relativamente aos resultados, a porta-voz da Genentech, Charlotte Arnold, referiu que este não é um novo sinal de segurança para o Avastin, sendo que o risco é referenciado na secção de efeitos adversas do folheto. Actualmente, o folheto do Avastin contém um aviso relativamente à possibilidade de ocorrerem coágulos sanguíneos nas artérias e refere que algumas pessoas a tomar Avastin e quimioterapia desenvolveram tromboembolismo venoso.

Por outro lado, o autor do estudo, o Dr. Shenhong Wu, da Universidade Stony Brook, em Nova Iorque, sugeriu que os resultados podem justificar uma advertência destacada, visto tratar-se de eventos clinicamente significativos, e sendo que, de outra forma, mais ninguém ficará a saber que o fármaco está a provocar este problema.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=76051CBEE6024AE8B9FFA4BFDA5672E7

Óleo de canola pode ajudar a reduzir risco de cancro para grávidas e bebés

Investigadores norte-americanos revelaram que substituir o óleo de milho por óleo de canola pode ajudar a reduzir o risco de cancro, não só para as mulheres grávidas, como também para os seus bebés ainda por nascer.

Os investigadores descobriram que ratos fêmea alimentadas com óleo de canola, enquanto grávidas, tinham menos probabilidade de desenvolver cancro da mama, assim como as suas crias por nascer, do que os ratos alimentados com óleo de milho.

De acordo com o que os investigadores revelaram no encontro da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro, as descobertas possivelmente devem-se aos ácidos gordos Ómega-6. Algumas investigações têm relacionado quantidades elevadas de ácidos gordos Ómega-6 a problemas de saúde, incluindo cancro.

No óleo de milho, 50 por cento dos ácidos gordos são Ómega-6, enquanto que no óleo de canola apenas 20 por cento o são. Além disso, o óleo de canola é muito mais rico em ácidos gordos Ómega-3, que estão relacionados com benefícios para o coração e cancro, em comparação com o óleo de milho.

A Dra. Elaine Hardman e colegas, da Faculdade de Medicina da Universidade Marshall, na Virgínia Ocidental, testaram ratos modificados geneticamente para desenvolverem cancro no início da vida.

Aqueles que receberam uma dieta rica em óleo de canola foram mais lentos a desenvolver cancro do que os que receberam óleo de milho, assim como as suas crias.

A Dra. Hardman referiu que ao observar-se um retardamento no desenvolvimento do cancro nos ratos, se espera que isso também se traduza num retardamento no desenvolvimento do cancro em humanos.

A investigadora acrescentou que a mensagem principal para as pessoas é que esta é uma alteração alimentar que pode ser muito fácil de fazer, sendo que não custa dinheiro e pode ajudar a prevenir o cancro no futuro, sublinhando que, na pior das hipóteses, não fará qualquer mal.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin021.html

Fármacos antidiabéticos podem ajudar a diminuir risco de cancro da próstata

Investigadores da Universidade de Tampere, na Finlândia, revelaram que os fármacos utilizados para controlar a diabetes podem ajudar a reduzir o risco de cancro da próstata.

O Dr. Teemu J. Murtola e colegas referiram, na “American Journal of Epidemiology”, que estudos recentes têm relatado uma diminuição do risco de cancro da próstata nos homens diabéticos, embora as evidências sejam controversas. Actualmente, não é claro se a utilização de medicação antidiabética afecta a associação entre a diabetes e o cancro da próstata.

Os investigadores estudaram um grupo de homens diagnosticados com cancro da próstata e um grupo de controlo com homens sem cancro da próstata, num total de 24.723 pares caso-controlo.

Os fármacos orais para a diabetes foram utilizados por 7,5 por cento dos homens com cancro da próstata e por 8,4 por centos dos de controlo. A prevalência de utilização de insulina foi de 2,5 por cento nos pacientes com cancro e de 3 por cento nos controlos.

A equipa de investigadores descobriu que os homens que tinham historial de tomar qualquer medicação para a diabetes tinham um risco 16 por cento menor de cancro da próstata.

A diminuição do risco foi comparável para todos os fármacos anti-diabéticos, incluindo metformina, sulfonilureias e insulina.

Os investigadores descobriram ainda que o risco geral, assim como o risco de cancro da próstata avançado, diminuiu com a quantidade e duração da utilização da medicação.

De acordo com os investigadores, o mecanismo potencial por detrás da diminuição do risco de cancro da próstata nos homens diabéticos é, actualmente, incerto. Muito provavelmente, as alterações no metabolismo da hormona endógena que ocorrem na diabetes têm um papel importante.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin034.html