sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Componentes do azeite podem ajudar a suprimir cancro da mama HER2 positivo

Investigadores espanhóis revelaram que, em laboratório, os fenóis presentes no azeite virgem extra suprimiram drasticamente a sobre-expressão do gene cancerígeno HER2 nas células humanas do cancro da mama HER2 positivo.

A equipa de investigadores, liderada pelo Dr. Javier Menéndez, do Instituto Catalão de Oncologia, e pelo Dr. Antonio Segura-Carretero, da Universidade de Granada, descobriram que o azeite virgem extra, que é extraído através da prensagem das azeitonas sem a utilização de calor ou tratamentos químicos, contém fitoquímicos que, de outra forma, seriam perdidos no processo de refinação.

No estudo, publicado na “BMC Cancer”, os investigadores separaram o azeite em fracções e testaram-nas contra as células do cancro da mama em experiências laboratoriais, tendo descoberto que todas as fracções que continham os polifenóis fitoquímicos virgem extra mais importantes, os lignanos e os secoiridóides, inibiram efectivamente a proteína HER2, que promove o crescimento das células cancerígenas.

Embora estas descobertas forneçam novos indícios, relativamente aos mecanismos através dos quais o azeite de boa qualidade, o azeite virgem extra rico em polifenóis, poderá contribuir para reduzir o risco de cancro da mama HER2 positivo, é necessária prudência extrema na transposição destes resultados de laboratório para a situação humana.

De acordo com os investigadores, os fitoquímicos activos, os lignanos e os secoiridóides, exibiram efeitos tumoricidas contra culturas de células do cancro da mama em concentrações que são pouco prováveis de ser atingidas, em situação normal, através do consumo de azeite.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/18/Extra-virgin_olive_oil_may_suppress_cancer/UPI-43741229620305/

Boa higiene dentária pode ajudar a reduzir risco de doença cardíaca

Investigadores italianos e britânicos revelaram que a relação entre as gengivas inflamadas e a doença cardíaca demonstra que uma higiene dentária apropriada pode ajudar a reduzir o risco de aterosclerose.

O Dr. Mario Clerici, da Faculdade de Medicina da Universidade de Milão, referiu que há muito se suspeita que a aterosclerose é um processo inflamatório e que as doenças periodontais, ou têm um papel na aterosclerose.

De acordo com o investigador, o estudo sugere que é este o caso e indica que algo tão simples como tratar bem dos dentes e das gengivas pode reduzir muito o risco de desenvolver doenças graves.

Os investigadores examinaram as artérias carótidas, aquelas que fornecem sangue à cabeça e ao pescoço, de 35 pessoas saudáveis, com uma média de 46 anos, com doença periodontal ligeira a moderada, antes e depois de terem recebido tratamento para a doença periodontal.

O estudo, publicado na “Federation of American Societies for Experimental Biology Journal”, descobriu que, um ano após o tratamento, foi observada uma redução das bactérias orais, da inflamação imunitária e do espessamento dos vasos sanguíneos associados à aterosclerose.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/17/Dental_floss_may_lower_heart_disease_risk/UPI-81571229574870/

Caminhar e correr melhor do que levantar pesos para perder peso

Investigadores britânicos descobriram que o exercício aeróbico, como caminhar ou correr, é melhor na supressão do apetite do que o exercício não aeróbio, para aqueles que querem perder peso.

O Dr. David J. Stensel, Universidade de Loughborough, na Inglaterra, e colegas referiram que um treino vigoroso de 60 minutos num tapete de corrida afecta a libertação de duas hormonas chave do apetite, a grelina e o peptídeo YY, enquanto 90 minutos de levantamento de pesos apenas afecta os níveis da hormona grelina.

Os investigadores revelaram que a grelina é a única hormona que se conhece que estimula o apetite, enquanto o peptídeo YY suprime o apetite.

No estudo, 11 estudantes universitários masculinos participaram em três sessões de oito horas. Numa sessão, os participantes correram durante 60 minutos num tapete de corrida, tendo depois descansado por sete horas. Durante outra sessão, os estudante efectuaram 90 minutos de levantamento de pesos, tendo depois descansado durante 6 horas e 30 minutos. Durante outra sessão, os participantes não efectuaram qualquer tipo de exercício.

Durante cada uma das sessões, os participantes classificaram quanta fome sentiram em diversos momentos, tendo também recebido duas refeições durante cada sessão. Os investigadores mediram os níveis da grelina e do peptídeo YY em múltiplos momentos ao longo do estudo.

As descobertas, publicadas na “American Journal of Physiology - Regulatory, Integrative and Comparative Physiology”, revelaram que o exercício aeróbico produziu uma maior supressão da fome, tendo por base as classificações de fome. As alterações que os investigadores observaram foram de curto prazo, para ambos os tipos de exercício, durando cerca de 2 horas, incluindo o tempo gasto a exercitar.

O exercício aeróbico é aquele que requer uma acção contínua por um determinado período de tempo (no mínimo, 20 minutos). Caminhar, correr, jogar ténis, andar de bicicleta, fazer um aula de ginástica aeróbica ou step, andar de skate ou patins, praticar remo, natação ou hidroginástica são alguns exemplos de actividades aeróbicas.

O treino aeróbico melhora significativamente o funcionamento do coração, pulmões e todo o sistema cardiovascular, contribuindo para uma entrega de oxigénio mais rápida por todo o corpo.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/17/Walking_better_than_lifting_to_lose_weight/UPI-99541229572676/