quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Lundbeck adquire direitos de fármaco experimental para alcoolismo

O grupo farmacêutico dinamarquês Lundbeck adquiriu os direitos exclusivos do fármaco experimental nalmefeno, que se encontra na Fase III, da Britannia Pharmaceuticals (unidade da STADA Arzneimittel AG), para o tratamento do alcoolismo, no Reino Unido e na Irlanda.

A Lundbeck actualmente detém os direitos mundiais do fármaco, excepto na América do Norte, México, Turquia e Coreia do Sul. A companhia planeia conduzir estudos de Fase III adicionais do nalmefeno, este ano, antes de apresentar uma candidatura para o registo na União Europeia. O objectivo é procurar autorização de comercialização para o nalmefeno como tratamento para o alcoolismo simultaneamente em todos os 27 Estados-membros da União Europeia, através do processo centralizado.

O fármaco foi desenvolvido pela biotecnológica finlandesa BioTie Therapies Corp, que tem estado a vender os direitos em cada país. A BioTie já conduziu dois estudos de Fase III. O estudo maior demonstrou um resultado positivo e bem sucedido, o fármaco reduziu claramente o consumo de álcool e o número de dias a beber intensamente, segundo referiu o presidente executivo da BioTie, Timo Veromaa.

Veromaa afirmou que o mercado dos fármacos para o alcoolismo é dominado por medicamentos dirigidos àqueles que já deixaram de beber, enquanto que o nalmefeno está delineado para ajudar os pacientes a deixar de beber. A sua administração é diária por um período de seis meses.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Reuters, www.foxbusiness.com

Bial licencia antiepiléptico experimental à norte-americana Sepracor

A biotecnológica norte-americana Sepracor Inc. entrou num acordo de licenciamento exclusivo para o desenvolvimento e comercialização, nos Estados Unidos e no Canadá, do fármaco experimental BIA 2-093 (acetato de eslicarbazepina), da portuguesa Bial, para o tratamento da epilepsia. No total, o acordo poderá rondar os 175 milhões de dólares.

Segundo os termos do acordo, a Sepracor irá efectuar um pagamento inicial de 75 milhões de dólares, e poderá pagar uma soma adicional de até 100 milhões de dólares caso todos os objectivos sejam atingidos. Esta parceria com a Sepracor representa o primeiro contrato de licenciamento de medicamentos de investigação da Bial.

A Sepracor espera apresentar uma candidatura de registo de um novo medicamento para o produto nos finais de 2008 ou nos inícios de 2009, e potencialmente lançar o fármaco nos finais de 2009 ou inícios de 2010. Todas estas questões estão sujeitas à aprovação da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA).

O fármaco, que foi testado em três ensaios clínicos humanos de Fase III, envolvendo mais de mil pacientes em 22 países, demonstrou ser eficaz e seguro, e parece demonstrar garantias no controlo de ataques epilépticos.