quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Farmacêutica Apsen é eleita melhor local de trabalho para jovens

A Apsen, empresa do sector farmacêutico, foi agraciada com o prémio “Gestão do Bem” por se ter distinguido como o melhor local de trabalho para os jovens. A consultora “Great Place to Work” coloca a farmacêutica no topo da lista das 100 melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

Para Floriano Serra, director de recursos humanos da Apsen, o segredo para o sucesso reside no modelo de gestão da empresa, baseado na liberdade e no respeito a todos os colaboradores, características que atraíram os jovens. De acordo com o responsável, manter um bom relacionamento com os colegas é um factor importante entre os profissionais da empresa, na qual 25 por cento dos gerentes têm idades entre os 25 e os 30 anos.

“Temos coragem de demitir quem não se sabe relacionar com os outros, (…) mesmo que esse alguém seja um técnico muito competente”, afirmou Serra.

Os programas da empresa direccionados para os estagiários são outra mais-valia na Apsen que a análise da empresa de consultadoria fez questão de destacar.

Numa empresa que mantém os funcionários satisfeitos todos saem a ganhar. O modelo de gestão tem também trazido bons resultados para a Apsen, que foi eleita a 10ª melhor para se trabalhar na listagem geral da “Great Place to Work”.

A Apsen é o 25º maior laboratório farmacêutico do Brasil, com uma facturação anual que ronda os 95 milhões de euros (250 milhões de reais), 700 funcionários e um crescimento anual de 20 por cento, referiu Serra.

Marta Bilro

Fonte: Globo Online.

Grupo Farmasierra estabelece-se em Portugal

O Grupo Farmasierra, companhia farmacêutica espanhola especializada no desenvolvimento, fabrico, distribuição e comercialização de medicamentos, complementos alimentares e cosméticos estabelece-se em Portugal constituindo a companhia denominada Laboratório Farmasierra Portugal, Lda.

A criação desta companhia em Portugal é o primeiro passo para o desenvolvimento de um grupo farmacêutico, que tem como objectivo competir a nível internacional. Segundo o presidente da Farmasierra, o Dr. Tomás Olleros, a companhia pretende ser um laboratório de referência em Portugal, baseando a sua actividade no intercâmbio tecnológico e na sinergia comercial entre os dois países, de modo a que o plano de internacionalização da companhia seja lançado.

O Grupo Farmasierra realizou as primeiras transformações em Portugal com o objectivo de criar a sua própria infra-estrutura, e assim facilitar o seu crescimento, tendo sempre em vista o dinamismo e o compromisso com a excelência no desenvolvimento de produtos farmacêuticos de confiança. Luís M. Mateus, gerente do Laboratório Farmasierra Portugal, Lda. e membro do Comité Directivo do Grupo Farmasierra, desenvolverá a actividade em Portugal, contribuindo igualmente para a expansão internacional do grupo.

Em Espanha, a Farmasierra conta com duas estruturas de produção com uma capacidade de 70 milhões de unidades terminadas, armazéns de distribuição e um vasto portfólio de produtos. Nos últimos anos, o grupo tem empreendido um plano de transformações ambicioso na área de Investigação e Desenvolvimento, no aumento da capacidade produtiva e no lançamento contínuo de novos produtos.

Desde a sua formação, em 1996, o aumento da actividade nas áreas de produção e desenvolvimento tecnológico têm levado o grupo a participar frequentemente em projectos de colaboração com companhias farmacêuticas dos Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Alemanha, Itália e Espanha.

Isabel Marques

Fontes: PMFarma, www.accesomedia.com

ANF admite participação de não farmacêuticos

Tomam parte nas discussões mas são excluídos na hora de votar

A participação de não farmacêuticos nas sessões de trabalho da Associação Nacional de Farmácias (ANF) pode estar para breve. Segundo avança o Diário Económico, o presidente da ANF, João Cordeiro, pretende que esta possibilidade esteja prevista no novo estatuto do organismo. As alterações dependem apenas da aprovação dos farmacêuticos.

A verificarem-se as modificações ao estatuto da ANF passa a ser possível a aceitação de sócios que sejam donos de farmácias, mas não farmacêuticos. Há apenas um senão: apesar de poderem assistir à assembleia-geral e participar nas discussões em causa, estes profissionais ficam excluídos da votação.

A proposta que está a ser discutida entre os farmacêuticos impede que os sócios da ANF, que não possuem curso de farmacêuticos, exerçam o direito de voto, refere a mesma publicação. A ANF tem actualmente 2.585 farmácias associadas.

Recorde-se que o novo regime jurídico das farmácias entra em vigor no dia 1 de Novembro e permite que qualquer pessoa singular ou sociedade comercial possa ser proprietária de uma farmácia, numa concentração máxima de quatro estabelecimentos.

Marta Bilro

Fonte: Diário Económico, Farmacia.com.pt.

Merck & Co deve ultrapassar a Pfizer no mercado do colesterol em 2011

A Merck & Co irá ultrapassar a Pfizer como companhia líder no mercado dos fármacos para diminuir o colesterol por volta do ano de 2011, segundo um novo relatório da “Decision Resources” e do “Millennium Research Group”.

Segundo o relatório intitulado “Marcas e Estratégias: Dislipidemia”, três eventos de grande importância irão contribuir para o êxito da Merck, como a expiração das patentes do Lipitor/Zarator (atorvastatina), da Pfizer, em 2010 nos Estados Unidos e em 2011 na Europa; a subida contínua dos fármacos blockbuster Vytorin (ezetimiba e simvastatina) e Zetia (ezetimiba), e os lançamentos antecipados do laropiprant (MK-0524A) e do MK-0524B da Merck. Além destes fármacos emergentes da Merck, espera-se que, pelo menos, outros seis fármacos sejam lançados antes de 2011.

A descontinuação, em Dezembro de 2006, do torcetrapib, deixou a Pfizer sem outro fármaco blockbuster para o controlo da dislipidemia, afirmou o analista da Millennium Research, Diego Garzón. A Pfizer anunciou um aumento dos esforços promocionais, enfatizando a eficácia do Lipitor/Zarator, dados de ensaios clínicos e segurança. Contudo, iniciativas por parte de organizações de saúde, como a WellPoint, que oferecem a retirada dos emolumentos por quatro meses se os pacientes trocarem para o genérico sinvastatina, estão a afectar as vendas e a quota de mercado do Lipitor/Zarator, acrescentou Garzón.

Isabel Marques

Fontes: PMFarma, www.therapeuticsdaily.com, www.decisionresources.com

Medicamentos a crédito e com desconto

A Associação Nacional de Farmácias (ANF) vai lançar no próximo ano, em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, um cartão de crédito que dará descontos em medicamentos sem receita médica. O cartão permitirá acumular pontos na compra de medicamentos nas farmácias, que serão depois trocados por descontos na aquisição de medicamentos sem receita ou outros produtos, de acordo com uma notícia hoje avançada pelo jornal Diário Económico.

Em declarações sobre o projecto, João Cordeiro, presidente da ANF, confirmou a informação avançada pelo DE, escusando-se, contudo, a avançar mais pormenores sobre o projecto. “Isto está ainda muito no início, não vou dizer nada para não estragar a surpresa”, adiantou o presidente da ANF.

Os descontos não deverão abranger os medicamentos sujeitos a receita médica, no entanto, esta iniciativa não está ainda bem delineada, pois existem em cima da mesa duas hipóteses: um cartão de crédito tradicional que permite comprar a crédito os medicamentos ou um cartão de fidelização, que converte os gastos dos doentes em pontos, que depois são utilizados para comprar gratuitamente ou com descontos os medicamentos sem receita médica ou outros produtos.

Os cartões começarão a ser distribuídos já no próximo ano e destinam-se a todos os utentes dos estabelecimentos de farmácia, sendo que, numa fase inicial, serão emitidos cerca de 200 mil cartões. A escolha do parceiro financeiro recaiu sobre a CGD, ainda que, de acordo com o jornal, tenham sido contactadas outras entidades bancárias, como o BPI, o BES e o Santander.

Inês de Matos

Fonte: Lusa
Na área da manutenção, da logística e dos serviços
Manserv amplia actuação no sector farmacêutico


O Grupo Manserv, consórcio brasileiro que reúne três empresas com actuação na área da manutenção, da logística e dos serviços, formalizou um contrato de manutenção com a Nycomed Pharma (antiga Altana Pharma), na sua unidade de Jaguariúna, cidade do Estado de São Paulo. Depois da Bayer Schering Pharma (divisão da Bayer HealthCare), onde já prestava aquele tipo de serviços, o grupo brasileiro amplia a sua actuação num dos mais competitivos e exigentes segmentos de actividade do mundo.

Em comunicado o consórcio explica que este contrato constitui “uma conquista”, frisando que nas duas empresas farmacêuticas o Grupo Manserv assegura a manutenção das instalações e a operação ininterupta dos equipamentos e estruturas como a geração de vapor, a água gelada e o ar comprimido. Rodrigo Gonzalez, director de Desenvolvimento de Negócios do grupo, afirma que esta medida integra o objectivo de um aumento de 60 por cento na facturação do consórcio no segmento farmacêutico até final deste ano. Na opinião daquele responsável, que salientou o know-how comprovado do Grupo Manserv no atendimento às exigências específicas do sector farmacêutico, “o grande diferencial do grupo é o modelo operacional que oferece, que inclui vários serviços especializados”.

Carla Teixeira
Fonte: Investnews

Roche e Aspreva colocam em espera fármaco para a nefrite lúpica

A Roche e a Aspreva Pharmaceuticals não irão apresentar de momento uma candidatura para a aprovação do CellCept, fármaco para evitar a rejeição em caso de transplantes de órgãos, como tratamento para a nefrite lúpica. Segundo as companhias, o fármaco não demonstrou efectividade nos testes clínicos avançados.

Esta decisão prende-se com o facto dos resultados preliminares, conhecidos em Junho, terem demonstrado que o principal objectivo não foi atingido, uma vez que o Cellcept (micofenolato de mofetil oral) não demonstrou ser um tratamento superior em relação ao fármaco intravenoso ciclofosfamida. As companhias estavam a observar a capacidade do fármaco em induzir uma resposta nos pacientes. Os resultados completos do estudo, que se encontrava na terceira e final fase necessária para a aprovação, só serão apresentados posteriormente.

Não é apresentado um novo fármaco para o lúpus, nem para a nefrite lúpica há 40 anos, nos Estados Unidos. Os actuais tratamentos de indução envolvem a utilização, não incluída na rotulagem, de fármacos existentes para o cancro, tais como a ciclofosfamida, esteróides, e imunossupressores, como a azatioprina. Estes tratamentos podem ainda apresentar efeitos secundários que põem em risco a vida dos pacientes e que podem ser piores que a doença em si.

Refira-se ainda que o micofenolato de mofetil não está actualmente aprovado pela FDA para o tratamento de qualquer doença auto-imune. Em Portugal, o CellCept está indicado como terapêutica combinada com ciclosporina e corticosteróides na profilaxia da rejeição aguda do transplante cardíaco ou renal.

O presidente da Aspreva, Dr. J. William Freytag, declarou que ao conduzir este ensaio, a companhia tem tido e continuará a ter um impacto nas decisões clínicas informativas no tratamento da nefrite lúpica e, com a fase de manutenção ainda em progresso, a Aspreva está comprometida em aumentar o conjunto de provas científicas, para apoiar uma melhor compreensão das opções de tratamento disponíveis, para os pacientes que sofrem desta doenças.

Lúpus e Nefrite Lúpica

O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES), mais conhecido por lúpus, é uma doença auto-imune crónica que faz com que o organismo ataque os seus próprios tecidos e articulações. A nefrite lúpica, considerada como uma doença que coloca a vida em risco, apesar de rara, é a manifestação mais grave do LES. Se não for tratada, pode provocar falha renal, necessidade de fazer diálise, e potencialmente levar à morte. É uma doença complicada, devido ao facto dos pacientes tipicamente oscilarem entre períodos de intensa actividade da doença, durante os quais o sistema imunitário dos pacientes está activamente a atacar e a provocar dados nos rins, e períodos de remissão.

A Aspreva estima que existam cerca de 600 000 pacientes diagnosticados com nefrite lúpica em todo o mundo. Não são conhecidos dados de incidência ou prevalência do LES em Portugal, e os estudos de caracterização clínica da doença são escassos.

Isabel Marques


Fontes:
www.networkmedica.com, Bloomberg, www.forbes.com, www.aspreva.com, Infarmed, www.spreumatologia.pt