quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Exame ao sangue pode prever Alzheimer

Descoberta pode ser forte contributo no diagnóstico e tratamento precoce
Cientistas norte-americanos desenvolveram um exame sanguíneo que poderá ajudar a determinar - até seis anos de antecipação - o surgimento da doença de Alzheimer, permitindo, assim, a planificação de um tratamento precoce.

“O exame é seguro em 100 por cento dos casos, por isso, pode ser um forte contributo no diagnóstico e tratamento deste tipo degenerativo de demência senil mais propagado pelo mundo”, garantiu a equipa de investigadores da University School of Medicine, na Califórnia (Estados Unidos) que conduziu o estudo divulgado na revista «Nature Medicine».

Até agora, uma das maiores dificuldades existentes era determinar se as falhas de memória de carácter leve são indicativos de uma deterioração mental severa. Segundo informaram os cientistas, o exame em questão permite identificar certas transformações num grupo de proteínas no sangue que servem para transportar as mensagens: "Do mesmo modo que um psiquiatra pode deduzir muitas coisas ouvindo as palavras de um paciente, "escutando" diferentes proteínas podemos verificar que algo não funciona com as células", clarificou um dos autores do estudo, Tony Wyss-Coray.

"É excitante. Julgo que a descoberta tem um potencial enorme", considerou, por seu turno, o diretor do Gladstone Institute of Neurological Disease da Universidade da Califórnia, Lennart Mucke.

De acordo com a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos da Doença de Alzheimer (APFADA), a doença afecta mais de 70 mil pessoas. Um número que, segundo a associação, agravar-se-á, uma vez que, “as pessoas vivem mais e, por isso, crescem as probabilidades de a patologia se desenvolver.”

Raquel Pacheco

Fonte: Agência EFE/«Nature Medicine»/farmacia.com.pt

Brasil: Medicamentos responsáveis por 40% das intoxicações

Uso indiscriminado ed fármacos ocupa o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações em todo mundo, diz OMS

Os medicamentos são responsáveis por 40% dos casos de intoxicação, concluiu um levantamento inédito feito, no Brasil, pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Segundo a pesquisa, divulgada este mês, cerca de 90% das intoxicações por fármacos aconteceram por via oral e, em 85% dos casos, ocorrem em casa.

Os resultados do estudo evidenciaram, também, que o problema acontece na maioria dos casos com pessoas do sexo feminino (59%); com crianças até aos 5 anos (34%) e com adolescentes (17,6%).

Os fármacos antidepressivos e os analgésicos lideram a frequência dos casos de intoxicação, apurou ainda aquela entidade de saúde brasileira numa pesquisa que foi feita a partir de dados levantados durante dez anos em onze Centros de Assistência Toxicológica (Ceatox).

No sentido de evitar estes episódios, Margareth José Dias, farmacêutica da Vigilância Sanitária, referiu que “é fundamental que os medicamentos fiquem longe do alcance das crianças, que é a faixa mais exposta a acidentes”, acrescentando que, “igualmente importante é ler sempre a bula, para evitar possíveis efeitos colaterais.”

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também ressalta que o consumo inadequado de fármacos, nomeadamente, através da automedicação representa um cenário de grande risco e efeitos colaterais.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso indiscriminado de medicamentos ocupa o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações. Além disso, a percentagem de internamentos hospitalares provocadas por RAM (Reacções Adversas a Medicamentos) ultrapassa 10%.

Raquel Pacheco

Fonte: Folha Online/Notícias Terra/OMS

ImClone Systems manifesta interesse na Biogen Idec

Empresa de biotecnologia norte-americana continua à venda

A Biogen Idec, que produz os medicamentos contra esclerose múltipla - Avonex (Interferão beta-1a) e Tysabri (Natalizumab)- informou continuar sem comprador.

A empresa no ramo da biotecnologia - que tem uma capitalização de mercado de 19,3 bilhões de dólares - afirmou ter contratado o Goldman Sachs e a Merrill Lynch para ajudar a encontrar um comprador, adiantando já ter recebido "expressões de interesse".

Um dos interessados - revelou a Biogen em comunicado de imprensa - é o investidor bilionário Carl Icahn que, recentemente, assumiu o controle da empresa de biotecnologia ImClone Systems.

Na opinião do analista da Morningstar, Damien Conover, "potenciais interessados vão ser, provavelmente, as grandes farmacêuticas, bem como, aquelas que já têm parcerias com a Biogen."

Recentemente, - tal como noticiou o farmacia.com.pt – a empresa anunciou que a administração foi autorizada a avaliar se terceiros teriam interesse em adquirir a companhia por um preço e termos que representem um melhor valor para seus accionistas do que a farmacêutica continuar a executar sua estratégia numa base autónoma e dedicada.

Lucro abaixo do previsto

Ontem, a Biogen Idec divulgou que os lucros caíram 24% no terceiro trimestre e confirmou a meta de resultados para o ano. A companhia norte-americana registrou lucros líquidos de 119,4 milhões de dólares (0,41 por acção), sendo que, no período homólogo do ano anterior, os ganhos foram de 156,6 milhões, (0,45 por acção).

Parceria com Biocant Park

Recorde-se que, este mês, a empresa norte-americana Biogen Idec associou-se ao Biocant Park, em Cantanhede, numa parceria para dar corpo a um projecto de investigação que visa encontrar marcadores moleculares para um diagnóstico mais preciso e uma melhor caracterização da esclerose múltipla.

Raquel Pacheco

Fonte: Globo Online/ Morningstar/ monitormercantil.com

Aborto negligente é pandemia global

Especialistas mundiais defendem acesso universal a um atendimento que permita uma segura interrupção da gravidez

Alertar para a pandemia em que se tornou o aborto feito sob risco, negligente ou clandestino foi o tema que esteve na agenda da pioneira «Conferência Global sobre Aborto Seguro» que decorreu, esta semana, em Londres. Ampliar o acesso ao aborto seguro no mundo inteiro foi o repto lançado.

Numa demonstração sem precedentes de preocupação global, perto de 800 especialistas de saúde pública, representantes governamentais e defensores da saúde das mulheres de todo o mundo estiveram reunidos, em Londres. O objectivo foi estabelecer um ímpeto na redução do alarmante ónus causado por abortos inseguros na saúde e na vida das mulheres.

Organizada pelas Organizações Não-Governamentais (ONGs) Marie Stopes International (MSI) e Ipas and Abortion Rights – entidades que promovem a saúde e os direitos das mulheres – a «Conferência Global sobre Aborto Seguro» reconheceu o direito das mulheres à autodeterminação no exercício de suas opções reprodutivas e incentivou esforços em prol de uma reforma jurídica segura.

"Pediram-me para discursar durante 15 minutos, mas neste período de tempo, duas mulheres, provavelmente no mundo em desenvolvimento e provavelmente jovens, estão a morrer”, afirmou com veemência Mark Lowcock, Diretor-Geral de Políticas e da Divisão Internacional do Departamento Britânico de Desenvolvimento Internacional.

O responsável – que falava na sessão de abertura do certame – frisou que, pelo menos, “66 mil mulheres morrem anualmente como resultado directo de abortos inseguros", acrescentando que “a tragédia é ainda maior porque nós temos a tecnologia para prevenir quase todas essas mortes e continua-se a varrer esse problema para baixo do tapete."

De referir que, a publicação médica «The Lancet» considerou o aborto inseguro um dos problemas de saúde mais neglicenciados de nossa época. Um problema controverso que foi debatido durante dois dias à escala mundial por representantes de quase 60 países.

Um maior acesso a serviços de aborto seguro foi o apelo que saiu daquela que foi a primeira conferência global de todas desse género.

Portugal: 3000 abortos em três meses

Em Portugal, registaram-se três mil abortos em três meses de vigência da nova lei. Contudo, há uma região que mantém o registo zero em matéria de interrupções voluntárias da gravidez - a ilha da Madeira. "Até ao momento, não se registou na Madeira nenhum pedido de aborto dentro do novo enquadramento jurídico, nem casos com complicações pós-aborto. O que significa que a região autónoma é líder no planeamento familiar", declarou ao «Diário de Notícias» o secretário regional dos Assuntos Sociais, Jardim Ramos.

Apesar dos dados oficiais, é difícil acreditar que, de um dia para o outro, as mulheres madeirenses tenham deixado de fazer interrupções de gravidez sem sair da região. Segundo refere o DN, “há clínicas no Funchal que, há anos, praticam a IVG, com internamento e acompanhamento médico.”

Raquel Pacheco
Fonte: PRNewswire/DN/The Lancet
Simpósio «Prevenção, foto-educação e diagnóstico precoce»
Prevenir e tratar o cancro de pele


A Liga Portuguesa Contra o Cancro promove nesta quinta-feira, pelas 14h30, no auditório do Núcleo Regional do Norte, no Porto, um simpósio subordinado ao tema «Prevenção, foto-educação e diagnóstico precoce», que se insere num ciclo de conferências essencialmente destinado aos técnicos de saúde – médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos e outros –, mas também a voluntários e à sociedade.

De acordo com informações avançadas ao farmacia.com.pt por fonte da organização do evento, a sessão pretende “alertar para os sintomas e as causas” do melanoma, focando também os aspectos do diagnóstico e do tratamento e prevenção. Nesta conferência intervêm diversos especialistas em cancro de pele, dermatologistas e cirurgiões. Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, faz as honras na sessão de abertura do simpósio, passando depois a palavra a Fernando Ribas, dermatologista e vice-presidente da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo. A cargo do dermatologista José Carlos Domingues, do IPO do Porto, estará o tema «Precancerosas, cutâneas e mucosas», com a sessão final a ser entregue a Cristina Vasconcelos, da Clínica de Dermatologia Derma-Hightech, que falará sobre «Tumores cutâneos benignos e epiteliais malignos».
À luz do comunicado enviado ao farmacia.com.pt, a incidência de casos de cancro da pele tem vindo a sofrer uma tendência de aumento ao longo dos últimos anos, podendo esse progressivo crescimento corresponder a uma subida real do número de casos ou a uma maior taxa de diagnósticos precoces da doença, resultante de um possível estado de maior alerta por parte dos cidadãos. Embora reconheçam que a situação em Portugal não é dramática, os médicos consideram-na “preocupante”, e é nessa medida que avisam da importância de uma consulta após o Verão, altura em que “o sol é responsável por cerca de 90 por cento dos cancros de pele”, pelo que, insistem, “é preciso manter a prevenção, condicionar alguns hábitos e estar alerta para alguns sinais típicos da doença”.

Carla Teixeira
Fonte: Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte
Estudo em andamento não revelou efeitos colaterais graves
Medicamento experimental renova esperança contra o cancro


A Mersana Therapeutics, companhia farmacêutica especializada em terapias contra o cancro, anunciou os resultados preliminares de um estudo de fase I de um fármaco experimental, o XMT-1001, que de acordo com a experiência em curso, que acompanha 12 pacientes com tumores sólidos avançados, parece demonstrar a ausência de efeitos colaterais graves.

Edward A. Sausville, médico, professor de Medicina e responsável pela área de Pesquisa Clínica do Centro Greenebaum de Cancro da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, apresentou estes dados no âmbito de uma conferência internacional subordinada ao problema dos alvos moleculares e terapêuticas, realizado na cidade de São Francisco, na Califórnia. O estudo de fase I pretendia aferir dos níveis de segurança, tolerância e farmacocinética do XMT-1001 intravenoso em doentes com tumores sólidos em estado avançado. O medicamento experimental da Mersana Therapeutics tem como substância activa a camptotecina, e é um inibidor da topoisomerase I com potente actividade antitumoral.
Comentando os resultados agora divulgados, o executivo-chefe da Mersana Therapeutics, Robert Fram, afirmou que os dados relativos ao ensaio clínico de fase I “demonstram que, em seres humanos, a camptotecina é libertada de forma gradual da plataforma Fleximer” (um novo material biodegradável e bio-inerte passível de ser ligado quimicamente a moléculas pequenas e a medicamentos biológicos), de modo a evitar os problemas comuns de segurança associados a medicamentos desta classe. Até agora – garantiu o médico – “não detectámos qualquer evidência de graves efeitos colaterais ligados ao medicamento, e o estudo está em andamento”.
Até ao momento, de acordo com o médico, “o XMT-1001 tem sido bem tolerado pelos pacientes”. Os resultados preliminares, frisou, “demonstram um perfil farmacocinético favorável, com baixos níveis de camptotecina, totais ou livres, recuperados na urina”. Segundo um comunicado emitido pela companhia farmacêutica, “o XMT-1001 é o mais avançado medicamento candidato baseado na plataforma Fleximer da Mersana”. Em estudos pré-clínicos foi bem tolerado e mais eficaz do que a camptotecina ou o irinotecan, segundo refere a empresa.

Carla Teixeira
Fonte: Mersana Therapeutics, PRNewswire
Laboratórios e associação de genéricos contra alterações
Brasil pondera mexer na lei das patentes


A Comissão de Desenvolvimento Económico, Indústria e Comércio do Brasil promoveu nesta quarta-feira uma audiência pública com o objectivo de discutir a lei de patentes e o desenvolvimento do sector farmacêutico no país. Laboratórios e associação de genéricos foram unânimes na recusa de alterações, designadamente no que toca à diminuição do tempo de vigência das patentes.

Em nome da Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, o presidente do conselho consultivo daquela entidade foi ao debate dizer que diminuir o tempo da patente dos medicamentos é “impedir o desenvolvimento da indústria farmacêutica no Brasil”, já que, segundo argumentou Jorge Raimundo, “em menos de 10 anos não é possível desenvolver um medicamento”. Na opinião daquele responsável, o Estado não pode dar aos laboratórios prerrogativas para desrespeitar a lei, frisando que, “no mundo inteiro, o que existe é a ideia de que o Estado tem o direito de requerer o uso exclusivo de produtos patenteados em caso de emergência nacional”.
No mesmo encontro, realizado no parlamento brasileiro, também o vice-presidente da Associação Pró-Genéricos afirmou que, ao longo dos 11 anos de vigência da actual lei de patentes no país, nunca as empresas que produzem medicamentos genéricos incorreram em qualquer tipo de incumprimento. Odnir Finotti explicou que o actual diploma legal “é respeitado, porque a inovação tecnológica é muito importante para o sector”, acrescentando que, “se a lei actual está a funcionar não há motivos para a alterar”. O objectivo do debate que foi dinamizado pela comissão é o de ponderar eventuais mudanças na Lei 9.279/96, que regulamenta a propriedade intelectual no país, principalmente no que diz respeito à possível redução do prazo de vigência das patentes, que actualmente varia entre os 15 e os 20 anos no Brasil.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Câmara

Painel da FDA recomenda FluMist para crianças entre os 2 e os 4 anos

Um painel de consultores da FDA recomendou a aprovação do FluMist, vacina em spray nasal contra a gripe, da AstraZeneca Plc, para crianças entre os 2 e os 4 anos.

O comité consultivo de práticas de imunização do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos votou para alargar a recomendação do FluMist, que foi recomendado para pessoas saudáveis entre os 5 e os 49 anos. As crianças com asma, pieira (chiadeira) e outos distúrbios respiratórios foram desaconselhadas a utilizar a vacina em spray.

A MedImmune, que desenvolveu o FluMist e foi adquirida pela AstraZeneca em Junho, submeteu estudos à FDA demonstrando que a vacina evoca uma resposta imune mais protectora em crianças, do que as injecções tradicionais contra a gripe fabricadas pela Sanofi-Aventis SA, GlaxoSmithKline Plc e Novartis AG. Os estudos recentes demonstraram ainda que o FluMist é seguro e efectivo em crianças com 2 anos. As recomendações do painel são normalmente aceites pelos reguladores norte-americanos.

O spray nasal utiliza um vírus da gripe vivo e enfraquecido, e alguns peritos em saúde dizem que esta tecnologia oferece vantagens sobre as inoculações contra a gripe, que contêm pedaços de vírus mortos, uma vez que os vírus inteiros crescem mais rapidamente e produzem uma resposta imune mais forte.

As vendas do FluMist cresceram 71 por cento atingindo os 36 milhões de dólares no ano passado. Quando o produto foi aprovado em Junho de 2003, a MedImmune afirmou que o produto tinha o potencial de gerar vendas anuais até mil milhões de dólares.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Bloomberg, The Associated Press
Novas embalagens em conformidade com a legislação
Cêgripe reintroduzido no mercado

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) anunciou nesta quarta-feira, num comunicado com carácter “urgente” assinado por Hélder Mota Filipe, vice-presidente do conselho directivo da estrutura, a decisão de reintrodução no mercado de vários lotes do medicamento Cêgripe.

Na nota, divulgada com conhecimento do Departamento de Inspecção do Infarmed, a entidade reguladora nacional explica que foi autorizada a reintrodução no circuito de distribuição de vários lotes do medicamento Cêgripe, depois de terem sido enviados, no passado dia 24 de Setembro e já no dia 1 deste mês, os respectivos relatórios de reprocessamento das embalagens recolhidas referentes àqueles lotes (substituição do folheto informativo e acondicionamento secundário). A nota agora divulgada informa que a conformidade das embalagens a reintroduzir no mercado com a legislação em vigor foi atestada por declaração da direcção técnica do fabricante Lusomedicamenta – Sociedade Técnica Farmacêutica SA, tendo sido adicionada aos novos lotes a letra A, por razões de rastreabilidade face ao lote inicial.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed

GSK entra em acordo com a Tolerx por anticorpo monoclonal para a diabetes

A britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a companhia biotecnológica privada norte-americana Tolerx, Inc. entraram num acordo global para desenvolver e comercializar o anticorpo monoclonal anti-CD3, otelixizumab, para a diabetes tipo 1 e outras indicações auto-imunes, da companhia norte-americana. A Tolerx poderá arrecadar cerca de 760 milhões de dólares com este acordo.

Segundo os termos do acordo, a Tolerx irá receber financiamentos de Investigação e Desenvolvimento (I&D), equidade e um pagamento inicial no total de 70 milhões de dólares. A companhia norte-americana irá também ser elegível para receber 15 milhões de dólares em custos de desenvolvimentos do fármaco, e poderá auferir pagamentos, quando forem atingidos objectivos, até 525 milhões de dólares, caso o tratamento seja aprovado para a diabetes tipo 1 e indicações adicionais. A GSK poderá ainda fazer um investimento na ordem dos 10 milhões de dólares no stock Tolerx, como parte do acordo.

O otelixizumab foi testado em dois estudos de Fase II em pacientes com diabetes tipo 1, e o acordo estipula que a Tolerx seja responsável pelo desenvolvimento de última fase do anticorpo monoclonal anti-CD3 para estes pacientes, incluindo os requerimentos às entidades reguladores. A Tolerx tem a opção de co-comercializar o fármaco nos Estrados Unidos, enquanto que a GSK terá direitos exclusivos de desenvolvimento e comercialização no resto do mundo. A companhia britânica também obtém os direitos de desenvolvimento do fármaco para a diabetes tipo 1 pediátrica nos Estados Unidos, sob os termos do acordo.

Nos ensaios clínicos, o otelixizumab demonstrou preservar a função das células beta que produzem insulina no pâncreas de pacientes com diabetes tipo 1, reduzindo a quantidade de insulina administrada necessária para controlar os níveis de glucose no sangue.

O otelixizumab também foi avaliado em dois ensaios de fase I como tratamento para a psoríase.

O fármaco irá expandir a pipeline biofarmacêutica da GSK. Esta é uma área chave de crescimento futuro e de investimento para a GSK e, como novo tratamento para muitas doenças mediadas por células T, o potencial do otelixizumab é significativo.

Os anticorpos como o otelixizumab são a resposta do sistema imunitário às infecções e outras doenças, e as farmacêuticas estão a tentar aproveitar o seu poder para combater doenças.

Isabel Marques

Fontes: First Word, www.rttnews.com, Bloomberg
Sida, tuberculose e malária são os pontos da agenda
Farmacêuticos africanos reúnem-se em Marrocos


«Juntos, construamos a saúde em África». Este será o lema de um encontro de farmacêuticos africanos agendado para o próximo dia 2 de Novembro na cidade de Casablanca, em Marrocos. Da ordem de trabalhos consta a discussão das novidades científicas relativas ao tratamento de doenças como a sida, a tuberculose e a malária, que naquele continente continuam a afectar milhões de pessoas. Outro ponto da agenda será a questão do desenvolvimento e da utilização de antibióticos, bem como a situação da indústria farmacêutica em território africano. Neste encontro em Casablanca, patrocinado pelo ministro da Saúde de Marrocos, é aguardada também a presença de vários profissionais de Farmácia europeus. A sida, a tuberculose e a malária constituem um triângulo dramático em África, cujas brutais consequências os especialistas querem ajudar a combater.

Carla Teixeira
Fonte: Angola Press