sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Risco de coágulos sanguíneos ligados a voos de longa duração

A Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC) referiu que mesmo as pessoas saudáveis podem desenvolver problemas trombóticos, ou seja, coágulos sanguíneos, num voo de quatro horas ou mais.

O Dr. Steen Kristensen, vice-presidente da SEC, referiu que os voos de longa distância estão associados a um aumento da trombose venosa profunda, que em alguns casos pode levar a uma embolia pulmonar (coágulos nos pulmões).

As pessoas que estão imobilizadas, grávidas, a tomar contraceptivos orais ou já tiveram uma trombose venosa no passado estão particularmente em risco. Para minimizar este risco é importante beber muitas bebidas não alcoólicas e andar, ou fazer algum exercício, antes e durante o voo. A utilização de meias de compressão é uma forma importante para alguns viajantes prevenirem a trombose venosa profunda.

Uma revisão da revista médica “The Lancet” sugere que o risco de tromboembolismo venoso aumenta quando a duração do voo excede as quatro horas. Este risco acrescido está relacionado com a imobilidade, desidratação e oxigénio reduzido na cabine, assim como a factores de risco individuais, tais como obesidade, cirurgia recente e predisposições para trombose.

O porta-voz da SEC, Kurt Huber, referiu que as pessoas com tendência para risco tromboembólico são aquelas com historial de trombose ou embolismo pulmonar, assim como aquelas com historial de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, fibrilhação auricular e imobilização física.

As pessoas saudáveis que podem desenvolver problemas trombóticos em voos de longa distancia são as mulheres grávidas, as mulheres que tomam contraceptivos orais e os idosos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/25/Blood_clot_risk_linked_to_long-haul_flight/UPI-84701235615350/

Reduzir a pressão sanguínea beneficia pacientes em diálise

Investigadores australianos referiram que baixar a pressão sanguínea protege os pacientes em diálise contra eventos cardiovasculares major e morte.

O estudo, publicado na “The Lancet”, também revelou que o tratamento com fármacos para baixar a pressão sanguínea deve ser considerado regularmente para os pacientes que se submetem a diálise.

O Dr. Vlado Perkovic, do Instituto George para Saúde Internacional em Sidney, na Austrália, referiu que as pessoas que se submetem a diálise, devido a doença renal crónica, estão em elevado risco de eventos cardiovasculares e morte.

Todos os anos entre 10 e 20 por cento dos pacientes em diálise morrem, sendo que cerca de metade destas mortes se deve a causas cardiovasculares.

O Dr. Perkovic e colegas reviram sistematicamente oito ensaios aleatórios que avaliaram o efeito de baixar a pressão sanguínea em 1 679 pacientes adultos em diálise e que envolveram 495 eventos cardiovasculares.

No geral, as descobertas demonstraram que o tratamento com fármacos para baixar a pressão sanguínea foi associado a uma redução do risco das complicações cardiovasculares, da mortalidade por todas as causas e das mortes cardiovasculares, em comparação com os pacientes de controlo.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/26/Low_blood_pressure_aids_dialysis_patients/UPI-12721235625712/