segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Comer a correr pode levar a uma dieta alimentar pobre

Muitas pessoas jovens referem que não têm tempo para se sentarem à mesa para uma refeição, sendo que esta situação pode fazer com que tenham escolhas alimentares pouco saudáveis.

Num inquérito a cerca de 1.700 adultos jovens, os investigadores descobriram que 35 por cento dos homens e 42 por cento das mulheres referiram não ter tempo para se sentarem à hora das refeições.

Estes constrangimentos de tempo também pareceram levá-los a consumirem mais comida de plástico e menos alimentos saudáveis, segundo as descobertas publicadas na “Journal of the American Dietetic Association”.

Os participantes que referiram que normalmente se sentavam para jantar com outras pessoas tendiam a ter melhores dietas no geral, incluindo uma ingestão mais elevada de frutas e vegetais. Contrariamente, aquelas que tinham tendência para comer a correr frequentemente optavam por “fast food” e consumiam quantidades mais elevadas de gorduras saturadas e refrigerantes.

De acordo com a Dra. Nicole I. Larson, da Universidade do Minnesota, em Minneapolis, as descobertas sugerem que é importante arranjar tempo para as refeições e, sempre que for possível, partilhá-las com amigos ou familiares.

Embora uma verdadeira refeição seja dificil de encaixar num dia preenchido, as pessoas devem arranjar tempo para as refeições, como fazem para qualquer outra actividade importante.

A Dra. Larson acrescentou que os colegas e os locais de trabalho podem fazer a sua parte ao providenciar pausas para as refeições, assim como instalações com opções de snacks saudáveis.

Quando não existe outra opção, senão comer a correr, a Dra. Larson recomenda procurar alimentos saudáveis em vez de comida de plástico. Frutos frescos ou secos, vegetais pré-lavados embalados, bolachas integrais são algumas escolhas convenientes e saudáveis.

Isabel Marques

Óleo de peixe pode prevenir a perda de peso em pacientes com Alzheimer

Um novo estudo, publicado na "Journal of the American Geriatrics Society”, demonstrou que os suplementos de óleo de peixe podem ajudar os pacientes com Doença da Alzheimer a manter um peso saudável.

As pessoas começam a perder peso nas fases iniciais da Doença da Alzheimer e vão ficando cada vez mais magras à medida que a doença avança, segundo explicou o Dr. Gerd Faxen Irving, do Hospital Universitário Karolinska, em Estocolmo.

Diversos factores podem contribuir para a perda de peso, incluindo inflamação, diminuição do paladar e do olfacto, e as características deambulatória e irrequieta da doença, que podem fazer com que as pessoas queimem mais calorias.

Dado que as pessoas com Alzheimer têm níveis baixos de ácidos gordos ómega-3, que diminuem ainda mais à medida que a doença progride, os investigadores analisaram se suplementos destes nutrientes poderiam melhorar o apetite e o peso.

Assim, distribuíram 204 homens e mulheres com Alzheimer ligeira a moderada por dois grupos, tendo um recebido 0,7 gramas de Ácido Docosahexaenóico (DHA) e 0,6 gramas de Ácido Eicosapentaenóico (EPA) e o outro placebo durante seis meses, após os quais ambos os grupos receberam os suplementos por mais seis meses.

No início do estudo, os pacientes pesavam, em média, 70 quilos. Após seis meses, o grupo que recebeu os ácidos gordos ómega-3 tinham aumentado 0,7 quilos, mas o peso médio do grupo do placebo não se tinha alterado.

Após um ano, os participantes que tinham recebido os ómega-3 durante os 12 meses tinham aumentado 1,4 quilos. Os participantes do grupo do placebo também ganharam algum peso moderado, após terem mudado para os ómega-3, que melhoraram o apetite em ambos os grupos.

Os investigadores concluíram que os suplementos de ácidos gordos ómega-3, enriquecidos com DHA, podem afectar positivamente o apetite e o peso nos pacientes com Alzheimer ligeira a moderada.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/16/eline/links/20090116elin003.html