segunda-feira, 23 de julho de 2007

Alzheimer: cientistas aproximam-se da cura

Cientistas ingleses desenvolveram um inibidor que pode impedir o crescimento da enzima ABAD, produzida em excesso pelos doentes de Alzheimer. Os testes seguintes procuram transformar esta descoberta num medicamento para a cura desta patologia.

«O estudo possibilita mais uma importante peça na compreensão do puzzle que é Alzheimer e abre portas para o desenvolvimento de tratamentos para a doença, uma área que tem sido pouco explorada», explica uma das cientistas envolvidas no estudo, a Dra. Susanne Sorensen.

Esta descoberta pode vir a melhorar a capacidade de memória e aprendizagem nos casos mais avançados da doença.

A doença de alzheimer atinge cerca de 70 mil portugueses e caracteriza-se pela falta de memória devido ao envelhecimento de células cerebrais. A perda de autonomia é também uma consequência da doença.

Os investigadores da Universiadade de St. Andrews vão continuar os estudos para chegar ao desenvolvimento de um fármaco capaz de curar a doença.

sara pelicano

fontes: BBC, Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer

Novo medicamento para leucemia mielóide

Tratamento dispensa quimioterapia e transplante

A descoberta de um medicamento para a leucemia mielóide está a ser considerada um marco histórico nas investigações sobre o cancro. O anúncio foi feito durante o Congresso Internacional de Hematologia, realizado em Atlanta, nos Estados Unidos.

De acordo com os investigadores, com o novo fármaco – similar ao AZT ou Zidovudina (uma substância usada no tratamento de infeccções por VIH) - será possível combater a doença sem recorrer à quimioterapia ou transplantes. “O medicamento é, por enquanto, específico, mas começará a ser adaptado para outros tipos de cancro”, frisaram.

Moshe Talpaz, oncologista responsável pela investigação do fármaco, garantiu que o novo tratamento “reduz em muito a necessidade dos transplantes, que passariam a ser necessários apenas para os casos de cancro em estágio crónico”, ressalvando, porém, que “apenas daqui a cinco anos, os doentes serão tratados através de uma vacina” como, actualmente, acontece com os portadores de diabetes ou de hipertensão. Por isso, as filas para os transplantes ainda deverão continuar.

Nelson Hamerschlak, hematologistas brasileiro que participou no congresso, considerou que o preço e a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) “são os principais entraves”.

Leucemia: o que é?

A leucemia é uma forma de cancro que afecta o sistema responsável pela formação das células sanguíneas, incluindo o sistema linfático e a medula óssea.

Esta afecção é classificada em aguda ou crónica, sendo que, normalmente, a leucemia aguda tende a atingir as crianças, enquanto a crónica é mais comum nos adultos.

A doença apresenta diversos subtipos, identificados de acordo com a aparência microscópica das células doentes, o comportamento da doença e o resultado de testes específicos.

A leucemia mielóide - um dos três tipos de cancro na medula óssea - é diferente da leucemia linfóide, doença que é mais comum entre as crianças.

Raquel Pacheco
Fonte: Última Hora News/Manual Merk

Tabaco pode antecipar menopausa

Uma pesquisa realizada na Universidade de Oslo, na Noruega, constatou que as mulheres fumadoras têm mais probabilidade de entrar na menopausa antes dos 45 anos. Facto que as coloca ainda num risco maior de virem a sofrer de osteoporose e doenças cardíacas.

O estudo envolveu 2.123 mulheres, de 59 e 60 anos, e concluiu que 59 por cento das que fumavam terão entrado mais cedo nesta fase do que seria suposto. Para as que fumavam intensamente, o risco terá duplicado.

Segundo os investigadores, as mulheres que deixam de fumar (dez anos antes da menopausa) já não apresentarão tantos riscos de iniciar esta fase, antes dos 45 anos de idade.

De acordo com os dados divulgados em Oslo, dez por cento das mulheres analisadas entraram na menopausa antes dos 45. Destas, cerca de 25 por cento eram fumadoras, 28,7 por cento ex-fumadoras e 35,2 por cento estavam expostas passivamente a fumo de tabaco.

Recorde-se que, uma outra pesquisa realizada pela Universidade de Versailles, na França, - divulgada recentemente pelo Famacia.com.pt – já sugeria que o fumo seria responsável pela chegada precoce da menopausa, que se caracteriza pelo fim do ciclo menstrual.

Raquel Pacheco
Fonte: Agência Reuters

Abbott Labs anuncia aumento de lucros no segundo trimestre

A Abbott Labs informa que obteve 717,5 milhões de euros de lucro no segundo trimestre deste ano.

Segundo informa o «Dinheiro Digital», na companhia verificou-se um crescimento na ordem dos 61,4% face a igual período do ano anterior. As receitas trimestrais da empresa ascenderam a 4.623 milhões de euros, o que corresponde a um incremento de 16%.

De acordo com a Abbott Labs, estes resultados devem-se à recuperação nas vendas em vários dos seus principais fármacos.

Raquel Pacheco
Fonte: Dinheiro Digital

Ovários de fetos afectados por exposição a químicos

Estudo feito com carneiros em pastos fertilizados

A exposição de um feto de carneiro a fracas doses de substâncias químicas, frequentemente presentes no ambiente, pode perturbar o desenvolvimento dos ovários. A conclusão saiu de uma investigação conduzida por cientistas escoceses.

“Constatámos que os ovários dos fetos, cuja mãe se alimentou de pastagens tratadas, continham menos óvulos e apresentavam alterações proteicas. Essas diferenças podem vir a ter consequências mais tarde, podendo desembocar em doenças oncológicas”, indicaram os investigadores.

A investigação da equipa liderada por Paul Fowler, da University of Aberdeen, Escócia, consistiu em expor fetos de carneiro em desenvolvimento, fazendo com que a progenitora pastasse em campos fertilizados, comparando os resultados com um grupo de animais não exposto ao fertilizante.

Posteriormente, os investigadores examinaram os ovários de fetos no 110º dia de gestação, o equivalente à 27.ª semana para a gravidez humana.

No quadro do estudo, Richard Sharpe, identificou um nível de testosterona menos elevado e um número de células reduzido nos testículos dos fetos machos expostos às pastagens tratadas.

Os dados foram anunciados durante a 23.ª conferência anual da European Society for Human Reproduction & Embryology (ESHRE) que, recentemente, se realizou em Lion, França. Os investigadores esperam agora obter mais fundos para estudar as eventuais implicações destes resultados no homem.

Raquel Pacheco
Fontes: Agência Lusa/MNI

Homens adiam exame de próstata por “medo e machismo”

Os homens adiam a realização do exame de próstata por medo de descobrir que têm a doença, e por adoptar uma atitude machista em relação à consulta, revela um estudo efectuado na Grã-Bretanha.

De acordo com a pesquisa - publicada no British Journal of Health Psychology – 20 homens com cancro na próstata que participaram no estudo da Universidade de Birmingham, admitiram ter adiado uma visita ao médico por medo de descobrir os resultados, ou simplesmente por achar que o exame "não é coisa de macho."

Segundo os cientistas, uma das razões mais comuns apontadas foi a pressão de fazer jus ao estereótipo segundo o qual homens "de verdade" ignoram os problemas de saúde. Paralelamente, os homens inquiridos também se mostraram preocupados com a possibilidade de se submeterem ao toque rectal, (exame que detecta o tumor).

Susan Hale, coordenadora do estudo, sublinhou que "o estudo sugere que, muito ao contrário de ignorar os sintomas ou serem descuidados em relação à saúde, os homens são extremamente ansiosos em relação ao câncer de próstata", concretizando que "o temor quanto aos efeitos da doença e ao tratamento influenciaram muito a sua decisão de procurar ajuda."

O cancro da próstata é o tipo mais comum entre homens de meia-idade, causando a morte de um terço dos pacientes. Entre os sintomas - uma glândula próxima à bexiga e à uretra - estão dor no momento de urinar ou ejacular, sangue no sémen ou na urina, e dor na parte inferior das costas, quadris e coxas.

Raquel Pacheco
Fonte: BBCNews/ British Journal of Health Psychology

Enzima pode ajudar ao tratamento do stress pós-traumático

O stress pós-traumático pode ser tratado através da inibição de uma enzima no cérebro, defendem investigadores norte-americanos. As conclusões saem de uma pesquisa publicada na revista «Nature Neuroscience» e poderão conduzir a novos tratamentos.

Uma equipa de investigadores do departamento de Ciências Neurológicas e Cognitivas do Massachusettes Institute of Technology (MIT) demonstraram que ao inibirem uma enzima específica em ratinhos de laboratório conseguiram fazer com que eles deixassem de demonstrar medo, revelam

Actualmente não existem terapêuticas para tratar este distúrbio, embora os antidepressivos e os soníferos possam ajudar a controlar sintomas como a raiva, a ansiedade e a depressão.

Os investigadores analisaram os efeitos da enzima Cdk5 nos cérebros de ratinhos geneticamente modificados sujeitos a choques ligeiros nos pés, sendo que aqueles que registaram um aumento da actividade dos níveis da Cdk5 apresentaram uma maior dificuldade em se libertar deste tipo de memórias, continuando a ficar petrificados de medo.

Já naqueles em que a actividade da enzima foi bloqueada, a má memória dos choques desapareceu quando os animais se aperceberam que não deviam continuar a ter medo do ambiente onde os choques tinham acontecido.

“Estes dados apontam para a possibilidade de desenvolver um tratamento para tratar distúrbios emocionais e aumenta as esperanças para as pessoas que sofrem de fobias e stress pós-traumático”, sublinharam os cientistas à BBC News.

Raquel Pacheco
Fonte: BBCNews/«Nature Neuroscience»/MIT

Lucros da Merck crescem 12% no segundo trimestre


Os lucros do laboratório norte-americano Merck cresceram 12 por cento no segundo trimestre de 2007, impulsionados pelo aumento da procura de alguns tratamentos inovadores, como é o caso da vacina para o cancro do colo uterino e fármacos para a diabetes. Esta subida levou a farmacêutica a rever em alta as estimativas de resultados para este ano.

De acordo com um comunicado divulgado pela Merck, os resultados líquidos da empresa atingiram os 1,21 mil milhões de euros, ou 56 cêntimos por acção, comparativamente aos 1,08 mil milhões de euros registados em igual período do ano anterior. As vendas totais da empresa alcançaram os 4,4 mil milhões de euros, um acréscimo de 6 por cento face ao período homólogo de 2006.

"Uma larga escala dos nossos novos produtos e dos já estabelecidos registou novamente um forte crescimento durante o segundo trimestre", afirmou o presidente e CEO da empresa, Richard T. Clark, acrescentando que o desempenho global da empresa a colocou numa “boa posição” que lhe permitirá atingir os objectivos traçados, “responder aos desafios que se encontram pela frente, e continuar a investir na descoberta de novos medicamentos”.

A farmacêutica reviu as previsões dos resultados para 2007 em mais de 7 por cento, para um intervalo entre os 2,03 e os 2,14 euros por acção. As previsões dos accionistas indicavam que os lucros da Merck se deveriam situar nos 2,08 euros por acção.

Marta Bilro

Fonte: Jornal de Negócios, Último Segundo, Diário Económico.

BSE: "versão humana vai morrer"

A versão humana da doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ) é uma patologia “com tendência a desaparecer”, quem o diz é o neurologista Cortez Pimentel.

O médico e ex-coordenador do Programa de Vigilância de Doenças Humanas por Priões acredita que a nova variante da DCJ “é uma doença que vai morrer”, sustentando que se poderá dever, em grande parte, às medidas que foram aplicadas para o controlo da BSE, que - segundo considerou - “revelaram-se eficazes.”

Cortez Pimentel sublinhou, também, a importância dos “médicos estarem de sobreaviso” para a eventualidade de surgirem novos casos: “Caso surja qualquer pessoa com menos de 50 ou 40 anos com quadro neurológico progressivo para o qual não temos um diagnóstico, devemos pensar nessa possibilidade”, afirmou.

Recorde-se que, o Hospital de S. João (Porto) enviou, na sexta-feira, à Direcção-Geral da Saúde (DGS) um relatório a confirmar que a nova variante da DCJ foi a causa de morte de um rapaz de Famalicão em Abril, bem como de um segundo caso provável da doença detectado numa rapariga de 14 anos que é da mesma zona, embora ainda não haja conformação, uma vez que o diagnóstico definitivo só é conseguido mediante autópsia e a menina está viva.

Raquel Pacheco
Fonte: FarmaNews/Lusa
Espanha autorizou uso combinado de erlotinib e gemcitabina
Melhorada sobrevida do cancro do pâncreas


As autoridades sanitárias de Espanha aprovaram a utilização do primeiro fármaco que na última década demonstrou capacidade para melhorar a sobrevivência dos doentes de cancro do pâncreas. A combinação da terapia biológica erlotinib com a quimioterapia gemcitabina consegue aumentar em 25 por cento a taxa média de sobrevida daqueles pacientes quando comparada com a quimioterapia isolada, sem um aumento significativo da toxicidade.

O governo espanhol aprovou o uso da combinação das duas substâncias para o tratamento do cancro do pâncreas metastásico, depois de conferir que nos últimos 10 anos, desde que a comercialização da gemcitabina teve início, não se produziu qualquer novidade farmacológica com efeito relevante no combate àquele tipo de tumor, normalmente assintomático até fase avançada do tumor, em que o doente já desenvolveu várias metástases. A nova terapia, que actua de uma forma específica e diferente dos tratamentos convencionais, será administrada por via oral e vendida no país vizinho pelos Laboratórios Roche, com a designação comercial de Tarceva e em doses de 100 mg.
A entrada do erlotinib no mercado farmacêutico espanhol acontece meses depois de aquele medicamento ter sido aprovado na União Europeia, em Dezembro. Nos Estados Unidos o erlotinib já tinha recebido a autorização da FDA em Novembro de 2004. Actualmente o uso da combinação de erlotinib e gemcitabina está autorizada em 15 países do continente americano e da Austrália. Nos Estados Unidos e na UE a terapia combinada é ainda usada no tratamento de estádios avançados do cancro do pulmão não microcítico com metástases. O cancro do pâncreas é o sexto mais frequente na Europa, causando uma média de 82 mil mortes anuais.

Carla Teixeira
Fonte: PM Farma

Merck apoia campanha de vacinação contra HPV em tribo indígena

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Estado ainda não disponibilizou fármaco para o VIH2
Doentes com sida sem direito a medicamento

Os doentes infectados com a segunda variante do vírus da imunodeficiência adquirida (VIH2) aguardam desesperadamente a autorização do Estado para ser disponibilizado nos hospitais um novo medicamento que poderá aumentar o seu tempo e qualidade de vida. O Darunavir é um fármaco novo, que ainda não foi testado em pessoas. Contudo, os testes invitro garantem sucesso no tratamento da sida. Os especialistas consideram que o Estado está a ser negligente e a penalizar os doentes.

De acordo com a edição de hoje do «24 Horas», que publica uma reportagem exclusiva sobre este assunto, os pacientes infectados com o VIH2 precisam do medicamento que poderá prolongar-lhes a vida, mas o Estado ainda não deu ordem para a sua utilização. Um médico ouvido pelo jornal avisa que a decisão é “urgente”, enquanto um activista da Associação Abraço cataloga o Estado como “negligente”. Vários especialistas atestaram que o Darunavir “tem a capacidade de fortalecer o organismo com anticorpos, tornando-o mais resistente às infecções” que, no caso dos doentes com sida, são potencialmente fatais. Uma simples constipação poderá, em muito pouco tempo, transformar-se em algo mais grave e levar à morte do paciente.
Francisco Ribeiro, da Abraço, considera “inaceitável” que o Darunavir ainda não tenha sido distribuído, frisando que a actuação do Estado nesta matéria tem sido irresponsável e negligente. Uma vez que o medicamento se destina unicamente ao uso hospitalar, não podendo ser adquirido nas farmácias, os especialistas alertam para a necessidade de as autoridades sanitárias agirem rapidamente, mas a Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed), a quem compete dar luz verde ao uso do fármaco, informou que o Darunavir está “em avaliação para utilização em meio hospitalar”, e que só depois de este processo estar concluído poderá ter lugar a autorização para a sua administração em seres humanos nos hospitais portugueses.

Carla Teixeira
Fonte: «24 Horas»
Cêgripe reintroduzido no circuito de distribuição

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) autorizou a reintrodução no normal circuito de distribuição farmacêutica dos lotes n.º 06KQ136 e n.º 06KQ138, ambos com prazo de validade até Novembro de 2009, do fármaco Cêgripe. A decisão, anunciada numa nota com carácter “urgente” do Departamento de Inspecção do Infarmed. O documento, a que o farmacia.com.pt teve acesso, atesta que foi enviada, no passado dia 29 de Junho, o relatório de reprocessamento das embalagens recolhidas daqueles lotes, que atendeu à recomendação do instituto, no sentido da substituição do folheto informativo e do acondicionamento secundário do produto.
A alteração, devidamente certificada por declaração da direcção técnica do fabricante (a Lusomedicamenta – Sociedade Técnica Farmacêutica SA), de que as embalagens a reintroduzir no mercado se encontram em conformidade com a legislação em vigor. Mais se informa, na nota agora divulgada, que ao n.º de lote das embalagens reprocessadas foi adicionada a letra A, por razões de rastreabilidade em relação ao lote inicial. Desta forma, segundo o Infarmed, “os lotes das embalagens a reintroduzir no mercado estão identificados, no acondicionamento secundário, como Lote n.º 06KQ136A, val: 11/2009 e Lote n.º 06KQ138A, val: 11/2009.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed
Recolha voluntária do fármaco Tiorfan Lactente

A Companhia Portuguesa Higiene Pharma – Produtos Farmacêuticos SA está a recolher todas as embalagens do medicamento Tiorfan Lactente (granulado para suspensão oral de 10mg) constantes do lote n.º Z002, válido até Março do próximo ano. De acordo com uma nota difundida pelo Conselho Directivo do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, e classificada como “muito urgente”, o laboratório terá detectado a marcação incorrecta da validade (estaria escrito 03/2006, em vez de 03/2008) no acondicionamento primário do medicamento. Na sequência do problema, o Infarmed ordena a suspensão imediata da comercialização de todas as embalagens do referido lote. Mais se informa na nota, a que o farmacia.com.pt teve acesso, que aquele defeito de qualidade “não apresenta risco para a saúde dos utilizadores”, visto que se relaciona somente com um erro de marcação do prazo de validade, que não interfere de nenhuma forma com o fármaco.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed
Recolha voluntária de Piperacilina e Tazobactam

O Conselho Directivo da Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde divulgou, num comunicado dirigido às organizações nacionais, associações regionais de saúde, hospitais, centros de saúde e grossistas, que a empresa Farma/APS – Produtos Farmacêuticos SA está a proceder à recolha voluntária do lote nº. A005, com validade de Maio de 2009, do medicamento Piperacilina e Tazobactam APS 400 + 500 mg (pó para solução injectável). A circular, classificada pelo Departamento de Inspecção do Infarmed como “muito urgente”, explica que na origem desta decisão terá estado a detecção de um pedaço de vidro de grandes dimensões no interior de um frasco. Em face disto, a autoridade do sector ordena a suspensão imediata da comercialização das embalagens daquele lote.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed
Doença afecta 500 mil portugueses e é a sexta causa de morte
Rastreios para detecção da DPOC em Coimbra


O Pneumobil, programa de âmbito nacional dinamizado pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e pela Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica para o rastreio e detecção precoce da DPOC, encontra-se hoje e amanhã em Coimbra, onde pretende lançar o alerta para a gravidade daquela patologia, que afecta actualmente 500 mil portugueses e representa a sexta causa de morte no nosso país.

Diagnosticar a doença pulmonar obstrutiva crónica é, de acordo com a organização do programa, o grande objectivo. O Pneumobil estará, entre as 9 e as 18 horas de hoje, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, e amanhã, no mesmo horário, no Hospital dos Covões. Os cidadãos interessados em saber mais sobre esta doença poderão deslocar-se àquelas instalações, onde serão feitos rastreios gratuitos da DPOC à população com mais de 40 anos, fumadora ou ex-fumadora. A percorrer o país durante seis meses, o Pneumobil tem realizado inúmeros rastreios, que visam aferir a existência de possíveis casos de obstrução pulmonar, assim como informar a população sobre a doença, crónica e silenciosa, que ainda é desconhecida pela maioria dos portugueses.
António Segorbe Luís, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, disse que a intenção do programa é “chegar às pessoas, consciencializando-as para a DPOC. Dificuldades de respiração, tosse e aumento da expectoração são sintomas frequentes da doença, mas passam quase sempre despercebidos, sendo em regra associados a sinais normais do envelhecimento. O Pneumobil irá não só alertar as pessoas para a DPOC, mas principalmente, através do rastreio, detectar a doença no seu estádio inicial, permitindo o encaminhamento atempado para os cuidados de saúde adequados”, já que o diagnóstico precoce é actualmente a única forma de evitar a progressão da doença, que em 2020 poderá ser a terceira causa de morte a nível mundial. Bem antes disso, defende o responsável, “é fundamental tomar medidas para travar esta doença”.
Dados da SPP estimam que a DPOC atinja hoje cerca de meio milhão de cidadãos portugueses, constituindo a sexta causa de morte em território nacional. A actual tendência de envelhecimento da população mundial e o tabagismo fazem parte da lista de factores de risco. A DPOC mata mais do que o cancro do pulmão ou a sida, mas esse aspecto permanece desconhecido da maior parte dos portugueses, que quase nunca ouvem falar daquela patologia pulmonar caracterizada pela obstrução do débito aéreo (passagem de ar dificultada), dificuldade respiratória (dispneia), tosse e aumento da expectoração. Numa fase avançada os doentes são incapazes de desenvolver actividades normais como por exemplo pentear o cabelo, conduzir, lavar os dentes ou subir escadas.

Carla Teixeira
Fonte: Sociedade Portuguesa de Pneumologia, As Beiras Online, ABC da Saúde
Entidades de referência no Brasil desenvolvem projecto
Novo medicamento contra leucemia em estudo


O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e o Centro Infantil Boldrini, entidades de referência no Brasil, estão já em fase avançada do processo de desenvolvimento de uma molécula capaz de ajudar na produção de medicamentos específicos para o tratamento da leucemia linfóide aguda, um tipo de cancro comum em crianças.

A trabalhar em Campinas, a cerca de 100 quilómetros da cidade de São Paulo, os investigadores dos dois núcleos envolvidos neste projecto começaram por tentar reconstruir o contacto entre as células saudáveis e as células que foram afectadas pela leucemia, visando partir dessa análise para a identificação das proteínas que desempenham um papel no desenvolvimento daquela doença, para dessa forma abrir caminho à criação de uma molécula com capacidade para interferir na acção das proteínas responsáveis pelo tumor.
Nilson Zanchin, do LNLS – o único organismo no hemisfério sul que dispõem da luz síncrotron, tecnologia baseada num raio X de alta intensidade que permite mapear as proteínas – explicou que “sem esse sistema, e sem a reconstrução da estrutura da proteína, não seria possível avançar para a terceira fase do ensaio, que consiste na busca de moléculas inibidoras”, referiu que a equipa já conseguiu identificar um conjunto de proteínas, mas conta que “seleccionámos um número pequeno, para determinar a estrutura e a acção detalhada das células”.
O investigador salienta que o objectivo essencial do trabalho que está em marcha não é o medicamento final, mas conseguir “uma base de conhecimento que permita o desenvolvimento de novos fármacos”, que “dependerá sempre do conhecimento da estrutura das moléculas cuja acção se pretende bloquear. A pesquisa encontra-se hoje na segunda fase, que consiste na experimentação e análise das proteínas produzidas no laboratório. Embora o objectivo seja encontrar as moléculas-alvo e proceder ao desenho dos seus inibidores, os cientistas brasileiros reconhecem que o desenvolvimento de um medicamento exige mais tempo e investigações mais aprofundadas, inclusivamente com o envolvimento de doentes.
Por esse motivo contam poder, no próximo ano, altura em que acreditam estar já na posse dos resultados deste estudo, oferecê-los aos laboratórios interessados, que poderão desenvolver o medicamento final. “A nossa pesquisa pretende dizer que temos uma proteína que desempenha uma determinada função na leucemia, e que desenvolvemos uma molécula capaz de actuar a atividade dessa proteína”, frisa Zanchin, explicando que depois caberá às empresas farmacêuticas aproveitar os dados disponíveis para colocarem no mercado uma nova solução farmacológica para o tratamento mais eficaz dos doentes com leucemia.

Carla Teixeira
Fonte: Agência do Estado, Último Segundo
Divulgados estudos sobre o anti-retroviral Maraviroc
Pfizer apresentou nova terapia para a sida


A última novidade farmacológica na área do tratamento dos doentes com sida tem assinatura da Pfizer. O gigante da indústria farmacêutica apresentou ontem, na IV Conferência de Patogénese, Tratamento e Prevenção do HIV, que está a decorrer em Sydney, na Austrália, os mais recentes estudos sobre o Maraviroc, o seu novo anti-retroviral de administração oral destinado aos pacientes em situação de falha terapêutica.

De acordo com os dados apresentados naquele encontro científico, o medicamento demonstrou capacidade para prevenir a entrada do HIV nas células, interceptando a ligação do agente causador da sida com o CCR5, gene co-receptor das células CD4. O Maraviroc constitui uma nova esperança no tratamento daqueles doentes, apesar de ter como «handicap» o facto de não ter qualquer acção sobre a ligação das células ao CXCR4, outro co-receptor. O novo medicamento aguarda aprovação nos Estados Unidos, visto que na Europa a sua utilização já foi permitida.

Carla Teixeira
Fonte: Agência de Notícias da Sida

Aulas de xadrez ajudam na recuperação cognitiva dos doentes com esclerose múltipla

O jogo de xadrez pode ser uma importante ferramenta para a recuperação cognitiva dos doentes com esclerose múltipla, ao mesmo tempo que se afirma também como uma terapia ocupacional vantajosa. Esta é pelo menos a convicção da Delegação Distrital do Porto/Litoral Norte da Múltipla - e da Associação de Xadrez do Porto (AXP), que em parceria lançaram, a nível nacional, um projecto pioneiro que pretende disponibilizar aulas de xadrez a todos os seus associados, bem como aos seus familiares e amigos.

O exercício mental que o jogo de xadrez requer pode contribuir para a recuperação cognitiva dos doentes com esclerose múltipla, uma vez que cerca de 50% das pessoas com esta doença evidenciam alterações no funcionamento cognitivo. As dificuldades ao nível da atenção, concentração, memória, lentidão no processamento de informação, capacidade de resolução de problemas, entre outros, são alguns dos problemas cognitivos provocados pela esclerose múltipla, para além das limitações ao nível da mobilidade física, que também são características da doença.

O xadrez, pela sua simplicidade na prática, custo e universalidade, poderá ser uma ferramenta eficaz e acessível a todos, ajudando a pessoa a ter um funcionamento mais independente na sua vida. Mas para além da recuperação cognitiva, o xadrez funciona também como uma terapia ocupacional muito positivo, dai que a AXP e a SPEM equacionem a criação de um clube, o que permitirá um desenvolvimento da actividade social dos doentes, contribuindo para que se sintam mais integrados.

A prática desta actividade será para já iniciada na sede da Delegação Distrital do Porto/Litoral Norte da SPEM, em São Mamede de Infesta. Para mais informações estão disponíveis contactos telefónicos (964 203 336 ) e via fax (229 548 216), ou ainda por endereço de e-mail (porto@spem.org).

Inês de Matos

Fonte: Jasfarma