terça-feira, 2 de outubro de 2007

10 de Outubro - Dia Mundial da Doença Mental

Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental promove encontro de jornalistas

De forma a assinalar o Dia Mundial da Doença Mental, que se comemora no próximo dia 10, a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental vai organizar, no Porto, um Encontro para jornalistas, subordinado ao tema “O Impacto da Cultura na Saúde Mental”.

Este encontro insere-se no tema global que a Organização Mundial de Saúde elegeu, este ano, para assinalar o dia e que se prende coma a “Saúde Mental num mundo em mudança: o impacto da cultura e da diversidade”.

O evento vai decorrer no auditório Ilídio Pinho, da Universidade Católica Portuguesa e tem início marcado para as 09h30.

Entre os convidados encontram-se personalidades como o professor Adriano Vaz Serra, presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, ou Inger Nilsson, presidente da EUFAMI - Federação Europeia das Associações de Famílias de Pessoas com Doença Mental.

Do programa do evento destaca-se a Conferência “Estigma e Saúde Mental”, a decorrer pelas12 horas e o lançamento oficial da Campanha Anti-Estigma/Pró-Saúde Mental, um projecto da associação ENCONTRAR-SE, que tem como lema “Uma Música para a Saúde Mental”, que contará com a presença de Zé Pedro, guitarrista do grupo Xutos e Pontapés.

O Dia Mundial da Doença Mental pretende chamar a atenção para a problemática das patologias mentais, alertando para o impacto social que este tipo de enfermidades acarreta, pois os doentes mentais são rejeitados e isolados socialmente, têm uma fraca qualidade de vida e registam uma elevada taxa de mortalidade.

A doença mental entende-se por uma anormalidade na mente e pode ser observada em dois estados, a neurose e a psicose. A neurose é uma psicopatologia leve, em que a pessoa tem noção do seu problema. Por outro lado, a psicose indica uma intensa fuga da realidade.

Em ambos os estados psicopatológicos existem diversas doenças mentais que são avaliadas conforme a intensidade que apresentam, sendo que as neuroses podem ser tratadas com recurso apenas a ajuda psicológica, ou psiquiátrica, enquanto que as psicoses já requerem um tratamento com recurso a medicação.

De acordo com dados da OMS, em 2002, existiam no mundo inteiro 154 milhões de pessoas a sofrer de depressão e 25 milhões com epilepsia. No entanto, o conceito de doença mental é muito mais amplo e abrange, por exemplo, doenças como o alcoolismo, a toxicodependência, ou a esquizofrenia.

Todos os anos suicidam-se 877 mil pessoas com problemas mentais, dai que no ano passado, a OMS tenha eleito o tema “Tomada de Consciência - Redução de Riscos: Doença Mental e Suicídio”, para assinalar o Dia Mundial da Doença Mental.

Inês de Matos

Fontes: Jasfarma, Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde, Médicos de Portugal

Microbiologia: cientista português galardoado

Investigador João Paulo Gomes investigou bactéria responsável por infecções sexuais e cegueira e sequenciou genoma de 18 serotipos

Avanços no estudo de uma bactéria responsável pela maioria das infecções sexuais e por casos de cegueira que atingem milhões de pessoas valeram ao investigador João Paulo Gomes um prémio europeu de referência na área da microbiologia. Um galardão a equacionar aos méritos da comunidade científica portuguesa.

No próximo dia 8 - durante o III Congresso Europeu de Microbiologia, que decorre em Göttingen (Alemanha) - o jovem investigador do Centro de Bacteriologia do Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA) recebe o «PhD Award 2007». Uma distinção feita pela rede transeuropeia ERA-NET PathoGenoMics (financiada pela União Europeia) e que é atribuída às três melhores teses europeias de doutoramento de 2006 na área da sequenciação dos genomas de microorganismos patogénicos para o Homem,

No estudo (feito em colaboração com o laboratório norte-americano Childrens Hospital Oakland Research Institute, na Califórnia), João Paulo Gomes expõe as diferenças do genoma dos 18 serotipos da bactéria intracelular Chlamydia trachomatis, que afecta, actualmente, cerca de 80 a 90 milhões de pessoas no mundo.

Focalizado no campo das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) - ao contrário do que convencionalmente se faz - não usou bactérias isoladas de doentes há muitas décadas, João Paulo Gomes utilizou bactérias isoladas de doentes infectados há muito pouco tempo.

Segundo explicou o investigador à Agência Lusa, a tese de doutoramento consistiu “num estudo detalhado da biologia desta bactéria, nomeadamente, nas diferenças a nível do código genético de todas as suas 18 variantes” revelando ter descoberto que “a bactéria é mais diferente de variante para variante do que se esperava.”

Objectivo: vacina
O cientista português destacou que o objectivo foi de “contribuir para o desenvolvimento de métodos de diagnóstico eficazes que façam o despiste das doenças em todo o mundo e, por outro lado, o desenvolvimento de uma vacina adequada ao combate a estas infecções.”

Após cerca de cinco anos de investigação, João Paulo Gomes confessou que receber o prémio “faz muito bem ao ego” e “é bastante gratificante”.

As DST são um problema de saúde pública. Afectam na maioria as mulheres europeias e que, em cerca de 70 por cento dos casos, é assintomática, causando complicações como a doença inflamatória pélvica, a gravidez ectópica e a infertilidade tubária, entre outras.

Raquel Pacheco
Fonte: Agência Lusa

GSK procura aprovação para fármaco para a obesidade na Europa

A GlaxoSmithKline (GSK) apresentou à Agência Europeia dos Medicamentos (EMEA) um pedido para comercializar a versão de venda livre do fármaco Xenical, da Roche, para o tratamento da obesidade. A GSK revelou que a candidatura foi aceite pela EMEA.

O fármaco, comercializado nos Estados Unidos como Alli, é uma versão de baixa dosagem do Xenical (orlistat), este sujeito a receita médica, e opera ao reduzir a quantidade de gordura corporal que o corpo absorve da comida. O tratamento consiste em cápsulas de 60mg, três vezes ao dia juntamente com as refeições. Mas tem de ser tomado conjuntamente com uma dieta baixa em calorias e em gorduras, e vem com um programa de suporte completo.

O Alli foi lançado em Junho, tendo obtido vendas recorde de 76 milhões de libras (156 milhões de dólares) no segundo trimestre. A GSK sublinhou o lançamento bem sucedido do Alli como prova dos benefícios de manter o negócio na área da saúde dos consumidores, que alguns analistas recomendaram vender.

O presidente da GSK Consumer Healthcare, John Clarke, afirmou que a companhia sempre disse que este não é um comprimido mágico, se as pessoas estão à procura de uma solução rápida, esta não o é. Mas é um motivador poderoso, ajudando as pessoas a perder até 50 por cento mais peso do que somente com uma dieta.

A GSK adquiriu os direitos norte-americanos para uma versão de venda livre, conhecida como “over-the-counter” (OTC), do Xenical em 2004, e comprou os direitos para fora dos Estados Unidos no início deste ano.

As previsões dos analistas para as vendas anuais do Alli variam entre os 250 milhões e os 500 milhões de libras. Isto significa que pode atingir vendas mais elevadas que o Xenical, que rendeu 693 milhões de francos suíços (576 milhões de dólares), no ano passado.

A GSK não espera uma resposta por parte da EMEA antes do final do próximo ano, por isso o lançamento na Europa não deverá ocorrer antes de 2009.

Nos Estados Unidos, o Alli é comercializado com um guia para uma alimentação saudável, um diário, um contador de calorias e gorduras, e acesso gratuito a um plano de acção individualizado online.

A obesidade tornou-se uma das principais doenças derivadas do estilo de vida no mundo desenvolvido. Esta aumenta o risco de desenvolver diabetes de tipo 2, doenças cardiovasculares, certos tipos de cancro, e doença da vesícula biliar, e resulta numa diminuição da qualidade de vida e no aumento do risco de morte prematura.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Reuters, Guardian Unlimited

Mylan completa aquisição da divisão de genéricos da Merck

A Mylan completou a aquisição da divisão de genéricos da farmacêutica norte-americana Merck. O negócio, que envolveu 4,9 mil milhões de euros, tinha sido anunciado em Maio e aguardava apenas o aval da autoridade da concorrência.

Na sequência desta operação, a empresa vai passar a denominar-se Mylan Inc. O montante da venda vai ser contabilizado pela Merck no último trimestre do ano corrente e deverá ser utilizado para liquidar dívidas da farmacêutica, refere a empresa num comunicado enviado ao Farmacia.com.pt

Em resultado desta transacção a Mylan reserva o direito de utilizar o nome da Merck apenas quando associado à unidade de genéricos recentemente adquirida e por um período que pode ir até dois anos após a conclusão do negócio.

De acordo com a empresa, as vendas da Merck Generics, em 2006, ascenderam aos 1.819 milhões de euros.

Marta Bilro

Fonte: Merck, Reuters.

iGuard: Portal fornece informação personalizada sobre riscos de medicamentos

Um ex-funcionário da Quintiles, um grupo norte-americano de consultadoria especializado no sector farmacêutico, lançou um portal na internet que fornece aos consumidores informações acerca do risco dos medicamentos de acordo com uma tabela de resultados apresentados sob um código de cores. O iGuard, nome atribuído ao projecto, pretende desmistificar e facilitar o processo, muitas vezes confuso, de perceber se a ingestão de determinado fármaco é ou não segura.

O portal cruza as mais recentes informações médicas com os dados clínicos pessoais dos doentes de forma a gerar uma classificação. O sistema utiliza uma série de níveis de alerta que indicam aos pacientes se devem procurar mais informação ou consultar o medico. Um cinco vermelho pode, por exemplo, ser o equivalente a um atentado terrorista contra o próprio organismo, relata o portal Pharmalot.com.

“O modelo veio da indústria automóvel. A maioria dos consumidores não recebe uma chamada do farmacêutico ou do médico [a indicar informações de segurança]. Cabe-lhe a eles determinar o quanto querem procurar informação…Portanto, se repararmos, a segurança dos medicamentos nos Estados Unidos da América é uma grande questão, principalmente porque os doentes e os médicos sentem que os riscos não foram devidamente comunicados aos consumidores ou num período de tempo adequado”, afirma o criador do portal, Hugo Stephenson, cuja maior apoiante é a própria Quintiles.

Um dos exemplos avançados pelo responsável está relacionado com a informação recentemente divulgada sobre os biofosfonatos, mas que tinha sido publicada no “New England Journal of Medicine” há cerca de cinco meses. De acordo com Stephenson, isto pode levar os pacientes a questionar porque é que tal não lhes foi comunicado. Na televisão “só são apresentados os benefícios”, sublinha, acrescentando que “o desafio é que a indústria não pode falar sobre risco. Apresentar um anúncio de duas páginas numa revista em letras miudinhas não constitui uma divulgação total”.

No caso do novo portal, a informação sobre o risco dos medicamentos está a cargo de um grupo de profissionais isentos com conhecimentos em medicina, bioestatisticas, farmacovigilância e medicina baseada em provas, que funciona como uma equipa de críticos especializados, apesar de pelo menos dois fazerem também consultadoria sobre segurança de medicamentos para dois clientes anónimos. A base de dados resultante poderá ser acedida por investigadores do governo, da indústria ou académicos que pretendam elaborar estudos.

Marta Bilro

Fonte: Pharmalot.com, Clinical Trials Today, iGuard.org.

Fármaco experimental para a psoríase apresenta resultados positivos

O fármaco experimental ABT-874 para a psoríase, da Abbott Laboratories, continuou a ser efectivo após os pacientes terem parado com o tratamento. Os dados de um estudo intermédio demonstraram que os pacientes com psoríase moderada a grave, que tinham respondido inicialmente ao tratamento com a terapia, mantiveram um nível elevado de resposta 12 semanas após terem descontinuado o tratamento.

Os resultados da Fase II do estudo aleatório e controlado por placebo, que envolveu 180 pacientes, demonstraram que 90 por cento dos pacientes que receberam o ABT-874 durante 12 semanas conseguiram uma melhoria dos sintomas da psoríase na ordem dos 75 por cento no final do tratamento. Os novos dados demonstraram que mais de dois terços destes pacientes mantiveram, pelo menos, uma melhoria dos sintomas de 50 por cento até 24 semanas. Os resultados foram apresentados no "World Congress of Dermatology”, em Buenos Aires, Argentina.

A Abbott planeia iniciar, no final deste ano, a última fase de testes do ABT-874, tratamento injectável, que atinge duas proteínas ligadas à inflamação na psoríase, a Interleucina-12 e Interleucina-23, e para outros distúrbios, nos quais o sistema imunitário ataca o próprio organismo.

O fármaco poderá ser comercializado em 2010, e gerar 3 mil milhões de dólares no pico das vendas anuais, segundo um analista da “RBC Capital Markets”, Phil Nalbone.

O ABT-874 está a demonstrar alguns dos melhores resultados de sempre em estudos de terapias para a psoríase, acrescentou Nalbone. Se tudo continuar como planeado, o ABT-874 poderá ser a maior oportunidade comercial para a Abbott em 2010.

A psoríase afecta 125 milhões de pessoas em todo o mundo. Só em Portugal existem 250 mil pessoas que sofrem desta doença. É provocada quando o sistema imunitário não funciona correctamente, pode surgir em qualquer idade e afecta 1 a 3 por cento da população.

A psoríase é uma doença crónica e recorrente da pele, não contagiosa. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são muito variáveis, caracterizando-se, geralmente, pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam preferencialmente os cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo. A escamação resulta de um crescimento e de uma produção anormalmente elevada das células cutâneas.

Isabel Marques

Fontes: First Word, Bloomberg, Forbes, http://www.psoportugal.com, Manual Merck

“Nariz artificial” pode detectar cancro em 30 segundos

Cientistas israelitas desenvolveram sensor que permite localizar tumor a partir das primeiras células modificadas

De acordo com um estudo publicado no jornal «Yedioth Ahronoth» e avançado pela Agência EFE, cientistas israelitas desenvolveram uma espécie de "nariz artificial" que pode ajudar a detectar tumores em 30 segundos, evitando no futuro as biopsias, radiografias e outros exames para localizar cancros.

A investigação foi levada a cabo por uma equipa de 17 investigadores do Politécnico da cidade de Haifa (Technion) e culminou com a criação de um novo dispositivo, testado com sucesso em pessoas durante a fase experimental de laboratório, e que, segundo cita a agência noticiosa, poderá começar a ser usado "dentro de dois anos."

“É parecido com um telemóvel e permite descobrir, em 30 segundos, por meio da respiração e do cheiro, tumores malignos e onde estão localizados no organismo através de um sensor do tamanho da cabeça de um alfinete”, afirmaram os investigadores ao jornal, explicando que o processo é simples: “O paciente respira através de uma espécie de canudo ligado ao dispositivo que contém um sensor e, em meio minuto, poderá saber o resultado do exame numa tela.”

Husan Jaiek, médico que liderou o estudo, realçou que os métodos actuais só conseguem detectar a doença quando o cancro já está em vias de desenvolvimento ou desenvolvido, asseverando que "isto pode ser mudado". O cientista acredita que ao ser possível detectar o tumor a partir das primeiras células modificadas, “a percentagem de pessoas que podem sobreviver poderá aumentar até 90%."

O projecto, testado em pessoas com cancro e outras saudáveis, está já a ser patenteado e conta com a ajuda de 1,7 milhão de euros do Fundo de Pesquisas da União Europeia, informa a EFE.

Raquel Pacheco
Fonte: Agência EFE

Elefantíase: descodificação de código genético aproxima cura

Descoberta abre caminho ao desenvolvimento de novos medicamentos

Foi descodificado o código genético de um dos parasitas que provoca a elefantíase, doença que, segundo a Organização Mundial de Saúde, já incapacitou e desfigurou mais de 40 milhões de pessoas no mundo. A descoberta foi feita por cientistas norte-americanos e poderá abrir caminho ao desenvolvimento de novos medicamentos.

Segundo o artigo publicado na revista «Science», a equipa de biólogos liderada por Elodie Ghedin do National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID), nos Estados Unidos, conseguiu sequenciar a maioria do genoma do «Malayi Brugia», (verme em forma de fio) que infecta milhões de pessoas, principalmente, nos países tropicais e em vias de desenvolvimento, com a elefantíase ou filária, mas também a oncocerose, que pode levar à cegueira.

“Ter uma completa impressão digital genética dá-nos uma melhor compreensão de que genes são importantes para os diferentes processos da doença, de forma que possamos atingi-los mais especificamente”, sublinhou Elodie Ghedin.

Anthony S. Fauci, director da NIAID, esclareceu que “as doenças causadas pelos vermes filários são tratáveis, mas os tratamentos correntes foram descobertos há décadas", reforçando a “necessidade urgente de novas descobertas devido às limitações dos actuais fármacos, que incluem toxicidade elevada, além de desenvolvimento de resistência.”

O «Malayi Brugia» tem um ciclo de vida complexo que envolve outros dois anfitriões cujos genomas são já conhecidos - que podem viver dentro do corpo humano durante anos. A longevidade do alojamento do parasita e uma enorme capacidade de reprodução (estima-se que cada fêmea tenha capacidade para gerar mil larvas por dia), tem inquietado e intrigado os investigadores.

A elefantíase (ou filária) é causada pelos parasitas nematóides Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori (que são propagados por mosquitos). Trata-se de uma infecção na qual os parasitas bloqueiam o sistema linfáctico, provocando inchaço dos tecidos, deformação dos membros e espessamento da pele. As doenças provocadas por este género de parasitas foram das primeiras reconhecidas pela Ciência como sendo provocadas por picadas de mosquito. Descoberta que remonta a 1866.

Raquel Pacheco
Fontes: Lusa/«Science»

Cervarix e Gardasil com preços semelhantes

Vacina da GSK lançada no mercado britânico

A GlaxoSmithKline começou esta terça-feira a comercializar o Cervarix no Reino Unido. Cada dose da vacina contra o cancro do colo do útero vai custar perto de 115 euros, um preço semelhante ao cobrado pelo Gardasil, vacina rival produzida pela Merck.

O medicamento não está incluído no plano de vacinação do Sistema Nacional de Saúde britânico, pelo que o custo para os utentes ascende aos 346 euros, uma vez que são necessárias três doses para garantir a eficácia da vacina.

O Cervarix, vacina contra o vírus do Papiloma Humano (HPV), foi aprovado pela Comissão Europeia na semana passada, porém, até ao momento era apenas comercializada na Suécia e Alemanha. Na Austrália, o fármaco recebeu aprovação em Maio de 2007.

De acordo com as previsões dos analistas, as duas vacinas, que protegem contra estirpes causadoras do vírus do Papiloma Humano, deverão gerar lucros avultados às farmacêuticas que as produzem. O Gardasil apresenta alguma em vantagem, uma vez que chegou primeiro aos mercados líder, incluindo o dos Estados Unidos da América, onde o Cervarix não deverá chegar antes de 2008.

Tendo em conta a observação do mercado australiano, o único onde as duas vacinas competem significativamente, os analistas da Morgan Stanley consideram que o Gardasil deverá ganhar a posição de destaque. Isto porque, o Comité de Aconselhamento dos Benefícios Farmacêuticos da Austrália rejeitou a atribuição de um reembolso pelo Cervarix depois de questionar a relação entre o custo e a eficácia da vacina face ao Gardasil.

O Gardasil oferece protecção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, enquanto o Cervarix protege apenas contra as estirpes 16 e 18 do vírus, responsáveis por cerca de 70 por cento dos casos de cancro do colo do útero.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, The Press Association, Farmacia.com.pt.

Chocolate negro ajuda a reduzir sintomas de fadiga crónica

Uma dose diária de chocolate negro pode ajudar a diminuir os sintomas de fadiga crónica, segundo um estudo piloto realizado por cientistas britânicos da Hull York Medical School. Os pacientes do estudo manifestaram que estavam menos cansados após terem ingerido chocolate negro com elevada concentração de cacau, em comparação com chocolate branco tingido de castanho.

Os investigadores revelaram que os resultados são surpreendentes, mas que o chocolate negro pode ter um efeito na serotonia no cérebro. Contudo, os peritos afirmam que os pacientes devem consumir chocolate com moderação.

O principal investigador do estudo, o professor Steve Atkin, perito em endocrinologia, declarou que a ideia de realizar este estudo surgiu após um paciente ter relatado melhoras, depois de ter mudado do habitual chocolate de leite para chocolate negro com um conteúdo consistente de cacau. Sendo assim, Atkin decidiu verificar se outros pacientes também iriam beneficiar da ingestão deste tipo de chocolate, e desenvolveu um ensaio com 10 pacientes que, durante dois meses, receberam uma dose diária de 45 gramas de chocolate negro ou chocolate branco tingido para parecer chocolate negro.

Os pacientes que ingeriram chocolate negro relataram sentir significativamente menos fadiga, e afirmaram ainda sentir mais cansaço quando pararam de comer o chocolate. O professor Atkin afirmou estar muito surpreendido com a força dos resultados, sublinhando que, apesar de ser um estudo pequeno, dois pacientes voltaram ao trabalho depois de estarem sem trabalhar durante seis meses.

O investigador explicou que o chocolate negro é rico em polifenóis, que têm sido associados a benefícios para a saúde, como a redução da pressão sanguínea. Elevados níveis de polifenóis parecem melhorar os níveis de serotonina no cérebro, que tem sido relacionado com a síndrome de fadiga crónica.

Atkin acrescentou ainda que, apesar de ser necessária mais investigação para confirmar estas descobertas, os pacientes não correm nenhum risco ao comer pequenas quantidades de chocolate negro, e nenhum pacientes ganhou peso durante este estudo. O professor Atkin afirmou que se o paciente retira benefícios, então é uma situação que não faz mal, nem apresenta riscos.

A Síndrome da Fadiga Crónica (SFC), também conhecida como Encefalomielite Miálgica (EM), é uma doença com uma ampla variedade de sintomas, mas é particularmente caracterizada por uma profunda fadiga muscular após esforço físico. Os sintomas incluem ainda dor de cabeça, memória fraca, dificuldade de concentração, perturbação do sono e irritação.

Isabel Marques

Fontes: Diário Digital, BBC News

Inquérito: Executivos e investidores optimistas face ao sector biotecnológico

A visão global do sector biotecnológico mantém-se promissora apesar do futuro parecer menos brilhante do que indicavam as previsões de há um ano, revela um novo estudo divulgado esta terça-feira durante o Fórum de Investimento dos Biotecnológicos da Sachs Associates na Europa, a decorrer em Zurique, na Suíça.

A “Global Life Science Ventures” (GLSV) questionou 200 executivos da área da biotecnologia e membros da comunidade de investidores, 79 por cento dos quais eram Europeus. A análise revelou que entre o grupo dos investidores, 68 por cento encara o futuro do sector biotecnológico europeu como suficiente ou muito positivo, relativamente aos 75 por cento de inquiridos que deram a mesma resposta em 2006. Este optimismo cauteloso é justificado com os resultados de alguns ensaios clínicos e aprovações de fármacos recentes, que são vistos por 34 por cento dos participantes europeus como tendo incutido um impacto negativo no sentimento de mercado, enquanto apenas 20 por cento falam num efeito positivo.

Apesar de algumas falhas importantes em fases finais, a postura das grandes farmacêuticas face às empresas de biotecnologia registou melhorias nos últimos anos na opinião de 80 por cento dos europeus questionados. Por sua vez, 69 por cento consideram que as farmacêuticas utilizaram as inovações biotecnológicas de forma mais eficiente nas suas linhas de investigação.

As conclusões do inquérito mostram também que tem havido uma mudança positiva na percepção do ambiente de financiamentos para empresas europeias biotecnológicas em fase inicial. Se é certo que este parâmetro é ainda descrito por 62 por cento dos europeus inquiridos como difícil ou muito difícil, o número desceu desde os 74 por cento registados no ano passado, enquanto 23 por cento o consideram bom ou excelente, comparativamente aos 13 por cento do ano passado.

O ambiente de financiamentos norte-americano é considerado bom ou excelente por 45 por cento dos europeus inquiridos, sendo que apenas 18 por cento o consideram difícil ou muito difícil, apesar disso, os norte-americanos questionados têm mais apetência para considerar difícil a angariação de fundos. De acordo com a mesma auscultação, a Europa e os Estados Unidos (EUA) têm condições de mercado semelhantes no que diz respeito à primeira fase da oferta pública de uma empresa.

Para a maioria dos inquiridos, os factores de maior relevância para o sucesso de uma oferta pública inicial prendem-se com os produtos em última fase e uma forte equipa de gestão. O número de produtos em investigação aparece em terceiro ligar, seguido pela amplitude do mercado terapêutico. O questionário revelou ainda que a comunidade de investidores tem mais apetência dos que os executivos do ramo da biotecnologia para considerar a Europa mais atractiva dos que os EUA.

Peter Reinisch, parceiro da GLSV, considera que os resultados espelham a maturação do sector biotecnológico europeu, “que continua a ser visto de forma positiva por uma grande maioria de inquiridos, apesar de algumas dificuldades nos ensaios clínicos e na aprovação de fármacos”. Se todos os ingredientes fundamentais estiverem reunidos “o sector vai continuar a crescer e preencher as expectativas que lhe são inerentes enquanto fonte de novos medicamentos inovadores para a linha de investigação da indústria farmacêutica”, concluiu.

Marta Bilro

Fonte: Pharma Times, Pharmalot.

Governo comparticipa vacina contra HPV em 40 %

A comparticipação da vacina contra o cancro do colo do útero poderá ascender aos 40 por cento. O valor está a ser estudado pelo Executivo e a medida custará aos cofres do Estado entre 15 e 75 milhões de euros.

Por sua vez, o Infarmed está já a negociar com o laboratório responsável pela produção da vacina uma possível redução do preço do medicamento, avança a Antena 1. Cada dose da vacina contra o vírus do Papiloma Humano custa actualmente 160,45 euros, porém, para ser eficaz, tem que ser aplicado em três tomas, o que significa um gasto superior a 480 euros.

Desta forma, o Governo pretende integrar a vacina no Plano Nacional de Vacinação, à semelhança do que acontece com as vacinas contra a hepatite «B» e a meningite.

O estudo do Infarmed que permitirá enquadrar a medida deverá ser entregue ao Governo até Junho de 2008, no entanto, a comparticipação está já contemplada nas contas do Serviço Nacional de Saúde para o Orçamento de Estado (OE) do próximo ano.

Marta Bilro

Fonte: Fábrica de Conteúdos, Diário Digital.

PDL BioPharma procura comprador

A PDL BioPharma anunciou esta segunda-feira que está à procura de compradores para a totalidade dos seus bens, a decisão surge na sequência de uma avaliação às alternativas estratégicas da empresa de biotecnologia. No mesmo comunicado PDL dá a conhecer que o director executivo, Mark McDade, se demitiu das suas funções, acção que terá efeito imediato.

“Depois de uma análise global das opções disponíveis, o quadro da PDL concluiu que procurar ofertas para a venda da empresa no seu todo ou dos seus bens principais é o nosso primeiro objectivo estratégico”, referiu Karen Dawes, que vai suceder a L. Patrick Gage no cargo de presidente do quadro da empresa, que, por sua vez, foi nomeado director executivo interino.

A demissão de Mark McDade era conhecida desde Agosto, só não se sabia a data em que tal deveria acontecer. Conforme foi noticiado pelo Farmacia.com.pt, McDade terá decidido demitir-se das suas funções devido a "desgostos pessoais" ligados a investigações internas que estavam a decorrer para avaliar a sua conduta.

A semana passada a “Highland Capital Management”, que detém uma fatia de 4,7 por cento da PDL BioPharma pressionou o quadro para que procedesse à venda da empresa e exigiu a demissão imediata de Gage e McDade. Em Setembro a PDL disse que ia proceder à reestruturação através da venda dos tratamentos cardiovasculares da empresa e de um corte nos postos de trabalho.

Marta Bilro

Fonte: CNN Money, Bloomber, FirstWord.

FDA reavalia efeito dos biofosfonatos no coração

Medicamentos para osteoporose suspeitos de causar fibrilação auricular grave

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) está a rever a ocorrência de casos de batimentos cardíacos irregulares em doentes medicados com biofosfonatos, uma classe de medicamentos na qual se inserem os fármacos para a osteoporose. A análise foi desencadeada por um estudo publicado no “New England Journal of Medicine” que sugeria que as mulheres que tomaram Reclast (Ácido zoledrónico) ou Fosamax (Ácido alendrónico) apresentavam mais probabilidade de desenvolver fibrilação auricular grave.

“Com base na análise inicial não é clara a forma com os dados sobre fibrilação auricular grave devem ser interpretados. Nesse sentido, a FDA não acredita que os prestadores de cuidados de saúde ou os pacientes devam alterar as suas práticas de prescrição ou a utilização de biofosfonatos nesta altura”, refere uma declaração da FDA.

Um estudo e uma carta publicados, em Maio, pelo “New England Journal of Medicine” davam conta de um aumento das taxas de fibrilação auricular grave em pacientes que tomaram um destes dois biofosfonatos: o Fosamax, produzido pela Merck, ou o Reclast, da Novartis. A FDA diz estar a recolher informação adicional para posteriormente poder elaborar uma análise aprofundada sobre o assunto que envolva toda a classe de medicamentos. De acordo com a entidade reguladora norte-americana, a investigação poderá prolongar-se por 12 meses.

Uma análise aos dados referenciados no estudo publicado no “New England Journal of Medicine” concluíu que “uma verdadeira relação entre a fibrilação auricular e o tratamento com Fosamax foi considerada pouco provável tanto pelos investigadores independentes que avaliaram o estudo como pela Merck”, refere um e-mail enviado pela farmacêutica norte-americana e citado pela Bloomberg. Por sua vez, a Novartis ainda não comentou o assunto.

Os biofosfonatos são utilizados para aumentar a massa óssea e reduzir o risco de fracturas em pacientes com osteoporose. Os fármacos são também aplicados na redução de metástases ósseas e na diminuição do cálcio no sangue em doentes com cancro.

Para além do Fosamax e do Reclast, à classe dos biofosfonatos pertencem também o Bonviva (Ácido ibandrónico), da GlaxoSmithKline; o Actonel (Risedronato de sódio) e o Skelid (Ácido tiludrónico), da Sanofi-Aventis ou o Zometa (Ácido zoledrónico) da Novartis.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Reuters.

“Vírus” e “bactérias” impedem comunicação farmacêutico-doente

Ameaças, exigências, ironias e generalizações devem ficar de fora

Da mesma forma que o organismo pode adoecer devido à invasão de microrganismos patogénicos, a comunicação entre o farmacêutico e o doente pode ser infectada por um conjunto de vírus e bactérias que impedem a chegada da mensagem ao receptor. Esta foi uma analogia utilizada por Joan Carles March, professor da Escola Andaluza de Saúde Pública, para salientar a importância de aprender técnicas que tornem eficaz a comunicação entre o farmacêutico e o doente.

De acordo com March, existem três tipos de vírus e cinco bactérias que atrapalham a comunicação farmacêutico-doente. As acusações, as ameaças, as exigências pertencem ao grupo dos vírus. Por sua vez, os juízos, os menosprezos, as ironias, colocar etiquetas e generalizar pertencem à categoria das bactérias. “Este tipo de atitudes são as que mais precisam de ser evitadas; por exemplo, não se deve culpar um paciente dizendo-lhe «eu disse-lhe» ou «eu adverti-o»; ou ameaçá-lo com expressões como «que seja a última vez que lho digo», ou impor exigências, dizendo-lhe «vai fazê-lo porque eu lho estou a dizer» ”, considera este especialista.

Por outro lado, há um conjunto de atitudes que devem ser adoptadas. “É preciso questionar o paciente e fazê-lo de forma aberta; reforçar as coisas que faz bem, uma vez que para mudar algo é mais eficaz sublinhar o que se faz bem; saber ouvir, que é o mais difícil, e demonstrar que se está a ouvir; é preciso especificar e reconfirmar, de forma que constatemos que o paciente entendeu o que lhe dissemos; criar empatia com a pessoa que estamos a atender, isto é, utilizando expressões como «percebo como isso o deve preocupar por isto ou por aquilo»; é importante acolher o paciente, e isso consegue-se no primeiro contacto, através do olhar e do sorriso; e, finalmente, saber resumir”, destaca o especialista, citado pelo Correo Farmacéutico.

Para o professor há ainda outros parâmetros de extrema relevância e que se prendem com os pequenos detalhes, os gestos, o que não se disse, o silêncio. “O olhar, entregar o medicamento na mão do paciente e não deixá-lo no balcão, fornecer informação ordenada, resumida e de uma forma fácil de entender e gerar um clima de intimidade são aspectos que o farmacêutico deve aprimorar”, refere.

Laura Teneu, do Serviçpo de Farmácias do Hospital de Santa Cruz e San Pablo, de Barcelona, destaca a confiança, o compromisso, a empatia e a reciprocidade como alguns dos principais ingredientes da relação entre o doente e o farmacêutico. É necessário demonstrar “continuidade, acessibilidade, flexibilidade, dedicação, tempo, naturalidade, cordialidade e elevada competência emocional e profissional”, salienta. Até porque, tudo isto permite “rastrear, calibrar e sentir as necessidades do doente, os seus medos, expectativas e preocupações”, justifica.

No que toca aos riscos inerentes a um tratamento, Laura Teneu defende que é preciso destacar os benefícios e nunca misturar conceitos, não utilizar palavras trágicas e falar sempre com positivismo.

Marta Bilro

Fonte: Correo Farmacéutico.

Raríssimas lança hoje livro de contos

Está marcado para esta tarde o lançamento do livro de contos “Histórias Raríssimas”, da Associação Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, pelas 18h30, na FNAC Chiado, em Lisboa.

O livro é o resultado de vivências e da imaginação de 14 personalidades da cultura portuguesa e conta com o alto patrocínio da Dr.ª. Maria Cavaco Silva, que confirmou já a sua presença no lançamento, e com o apoio exclusivo da Novartis Oncology.

Na sessão de lançamento, cuja apresentação está a cargo da jornalista Fernanda Freitas, estarão também presentes a Secretária de Estado Adjunta da Reabilitação, Idália Moniz, assim como os autores do livro, entre os quais Mafalda Arnauth, Carlos Pinto Coelho, Júlio Isidro, Rosa Lobato Faria, José Luís Peixoto, entre outros.

Em todo o mundo, contabilizam-se cerca de 7.200 doenças raras, 300 das quais identificadas em Portugal e todas as semanas são reportadas cinco novas doenças raras no mundo.

A Raríssimas é uma associação existente desde 2002, que pretende prestar apoio a doentes, famílias e amigos, bem como a todos quantos convivam de perto com as doenças mentais e raras.

Inês de Matos

Fonte: Jasfarma

Espanha testa novo tratamento para a fibrose cística

Encontra-se a decorrer em Espanha, desde a semana passada, o ensaio clínico de um tratamento para a doença genética conhecida por fibrose cística (mucoviscidose). Os investigadores pretendem melhorar a resposta médica a esta doença que causa um anormal funcionamento das glândulas produtoras do muco, suor, saliva, lágrima e suco digestivo.

O medicamento que está a ser testado utiliza a molécula miglustat para reabilitar a proteína CFTR, que é atingida pela doença e que não cumprindo com as suas funções, leva a uma maior acumulação de muco nas vias.

De acordo com o investigador Fédéric Becq, na maioria dos casos, cerca de 80 por cento, o problema tem origem na mutação genética delta F508.

O medicamento em teste pretende, sobretudo, tratar os problemas respiratórios ligados à doença, provocados pela obstrução das vias e da acumulação de bactérias. Como tal, a observação acompanhou 25 doentes e assume-se, cada vez mais, como “uma esperança real e uma etapa muito importante”, disse Becq.

Esta doença provoca lesões crónicas nos pulmões, dai que a dificuldade respiratória seja comum, bem como as infecções no aparelho respiratório, pois estes doentes não conseguem limpar as vias respiratórias, uma vez que a secreção dos brônquios (canais que se ramificam nos pulmões) possui pouca água, o que a torna espessa e, portanto, mais aderente às paredes brônquicas.

O tratamento é geralmente longo e dispendioso, conduzindo tanto o doente como a sua família a um processo delicado do ponto de vista afectivo. Contudo, nos últimos tempos diversos estudos têm apontado novos tratamentos que podem representar uma nova esperança para estes doentes.

Em Janeiro de 2006, duas equipas de cientistas apontavam uma solução altamente salina como o tratamento mais simples, eficaz e barato para combater os efeitos da doença. Já este ano, foi a vez de uma equipa de cientistas ingleses afirmarem que através da manipulação do vírus da sida, é possível transportar cópias do gene que, quando falha, causa a fibrose cística, uma experiência já comprovada em ratos de laboratório, que permite uma correcção da doença ainda antes do nascimento.

A fibrose cística é uma doença genética, geralmente diagnosticada na infância, que afecta 1 em cada 2.000 recém-nascidos europeus e entre 30 a 40 bebés nascidos em Portugal. A esperança média de vida destes doentes ronda os 35 anos e na Europa é já a doença genética grave mais frequente, atingindo entre oito a dez mil pessoas.

A nível mundial, estima-se que existam sete milhões de pessoas portadoras desta anomalia genética e cerca de 60 mil doentes com fibrose cística.

Inês de Matos

Fontes: Público, Hospital do Futuro, Farmácia.com.pt, ANFQ, Diário Digital
Maior feira internacional do sector farmacêutico
CPhI Worldwide arranca hoje em Milão

Arranca hoje, na cidade italiana de Milão, a edição deste ano da CPhI Worldwide, o maior certame internacional vocacionado para o sector farmacêutico, onde anualmente marcam presença todos os intervenientes no processo de investigação, concepção, fabrico e comercialização de medicamentos.

Num evento em que, de acordo com as estimativas avançadas pela organização, são aguardados cerca de 21 mil visitantes (o número alcançado na anterior edição da feira, a CPhI é "uma oportunidade única" para estabelecer ou aprofundar laços comerciais, conhecer os rostos e as empresas que tomam as mais importantes decisões no sector e conhecer as últimas descobertas e novidades. A exposição tem a duração de três dias, e decorre em simultâneo com duas outras iniciativas: a ICSE Europe (http://www.icsexpo.com/) e a P-MEC Europe (http://www.p-mec.com/), outros palcos privilegiados para o encontro com uma larga franja de agentes do sector farmacêutico nas suas mais diversas valências, valores que contribuíram para a reputação da CPhI como um certame que atrai visitantes de grande qualidade. Mais informações disponíveis na página electrónica da feira, em http://www.cphi.com/.


Carla Teixeira
Fonte: CPhI