quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Estudo: Apenas o exercício ajuda a prevenir problemas lombares

Investigadores norte-americanos referiram que uma revisão sistemática de estudos descobriu que o exercício no local de trabalho e em instalações próximas é efectivo na prevenção de problemas lombares.

O Dr. Stanley J. Bigos, da Universidade de Washington, referiu que evidências fortes e consistentes revelam que muitos métodos populares de prevenção falham, enquanto o exercício tem um impacto significativo, tanto em termos de prevenção dos sintomas como na redução das dores lombares relacionadas como o trabalho.

Intervenções passivas, tais como cintos lombares e palmilhas no sapato, parecem não actuar e oito ensaios descobriram que as intervenções ergonómicas, desde reduzir o levantamento de objectos a sessões de treino ergonómico, foram ineficazes na prevenção dos problemas de costas.

A revisão, publicada na “The Spine Journal”, descobriu que 20 ensaios controlados eram de elevada qualidade e sete dos oito ensaios de elevada qualidade, promovendo diversos programas de exercício, revelaram-se efectivos, mas outros métodos comuns e populares falharam, incluindo intervenções educacionais ergonómicas, suportes lombares, palmilhas no sapato e gestão do stress.

Contudo, um dos autores, o Dr. John Holland, referiu que a revisão não desacredita as inovações ergonómicas populares, que podem aumentar a produtividade, qualidade do produto e conforto no trabalho, sendo que existem muitas razões pelas quais a investigação deve continuar.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/23/Only_exercise_helps_lower-back_problems/UPI-84701235433444/

Estudo encontra ligação entre infertilidade masculina e cancro testicular

Investigadores norte-americanos relataram que os homens inférteis têm aproximadamente uma probabilidade três vezes maior de desenvolverem cancro testicular do que aqueles que não têm problemas de fertilidade.

A descoberta sugere uma causa comum para ambos os problemas, talvez erros na forma como o organismo tenta reparar os danos do material genético ou factores ambientais.

Os investigadores relataram na “Archives of Internal Medicine” que, enquanto a relação infertilidade-cancro foi encontrada na Europa, o novo estudo, que analisou mais de 22 mil homens da Califórnia, é a maior investigação dos Estados Unidos até agora.

O Dr. Thomas Walsh e colegas da Universidade da Califórnia, em San Francisco, referiram que os homens do estudo foram avaliados em centros de tratamento para a infertilidade. Aqueles que revelaram ser inférteis tinham uma probabilidade 2,8 vezes maior de desenvolver cancro testicular, em relação à população geral.

O Dr. Walsh, agora na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle, referiu que os investigadores não acreditam que o tratamento para a infertilidade seja a raiz do problema, pois os homens não se submetem a cirurgia, nem tomam fármacos para a infertilidade.

Os investigadores referiram que uma explicação mais plausível é que uma exposição comum está por detrás da infertilidade e do cancro testicular. Estudos anteriores sugerem que determinadas formas graves de infertilidade masculina estão associadas a uma defeituosa reparação do ADN, o que também está associado a um desenvolvimento de tumores.

Adicionalmente, outras investigações têm sugerido uma interacção envolvendo os factores genéticos e os ambientais.

Durante os últimos 30 a 50 anos, tem havido um aumento notável e continuado da incidência de cancros testiculares, especialmente nos países escandinavos.

Durante o mesmo período existem evidências de um declínio da qualidade do sémen e da fertilidade nos países industrializados. Contudo, ainda não é claro se estas duas tendências são independentes ou se estão relacionadas uma com a outra.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51M70D20090223

Cálcio associado a um menor risco de cancro

Investigadores norte-americanos referiram que níveis mais elevados de cálcio estão associados a um menor risco de cancro em geral para as mulheres e a um menor risco de cancro colo-rectal nos homens e nas mulheres.

O Dr. Yikyung Park, do Instituto Nacional do Cancro, em Bethesda, e colegas analisaram dados de 293 907 homens e 198 903 mulheres que participaram num estudo sobre saúde e dieta alimentar.

Os participantes responderam a um questionário sobre os hábitos alimentares, quando iniciaram o estudo entre 1995 e 1996, relatando as quantidades e a frequência com que consumiam produtos lácteos e outros alimentos. Os dados foram então relacionados com os registos estatais oncológicos para identificar novos casos de cancro em 2003.

O estudo, publicado na “Archives of Internal Medicine”, descobriu que, após uma média de sete anos de seguimento, 36 965 casos de cancro foram identificados em homens e 16 605 em mulheres.

Os autores do estudo referiram que, tanto nos homens como nas mulheres, a ingestão de alimentos lácteos e de cálcio estava inversamente associada aos cancros do sistema digestivo.

Um quinto dos homens que consumiram a maior quantidade de cálcio através de alimentos ou suplementos, cerca de 1 530 miligramas por dia, tinham um risco 16 por cento menor de sofrerem destes tipos de cancros do que um quinto que consumiu a menor quantidade, 526 miligramas por dia.

Para as mulheres, um quinto das que consumiram a maior quantidade de cálcio, 1 881 miligramas por dia, apresentaram um risco 23 por cento menor do que um quinto daquelas que consumiram a menor quantidade, 494 miligramas por dia.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/24/Calcium_linked_to_less_cancer_risk/UPI-96851235454882/

Estatinas podem ajudar a regenerar músculo cardíaco

Investigadores norte-americanos demonstraram que o fármaco pravastatina, uma estatina, pode ser capaz de prevenir o desenvolvimento de doença cardíaca ao regenerar o músculo cardíaco danificado.

Num artigo, publicado na “Circulation Research”, os investigadores da Universidade de Buffalo relataram que a pravastatina mobiliza as células sanguíneas progenitoras, células produzidas na medula óssea que são capazes de se transformar em muitos tipos diferentes de células, sendo que estas se infiltram no coração e se desenvolvem em células musculares do coração, ou miócitos, melhorando a função cardíaca.

A investigação, desenvolvida no Centro de Investigação em Medicina Cardiovascular, da Universidade de Buffalo, utilizou um modelo suíno de hibernação miocárdica para este estudo.

O autor principal, o Dr. Gen Suzuki, referiu que é bem-vinda a descoberta de que um fármaco com um excelente perfil de segurança, utilizado amplamente para diminuir o colesterol, é efectivo em melhorar a função cardíaca na hibernação miocárdica.

O investigador acrescentou que estes dados fornecem uma nova estratégia para tratar os pacientes com insuficiência cardíaca isquémica que não são candidatos a cirurgia de “bypass” da artéria coronária por enxerto ou a angioplastia coronária com balão.

A pravastatina aumentou o número de células progenitoras na medula óssea em proporção à dose do fármaco e isto ocorreu em apenas cinco semanas após o tratamento com pravastatina em animais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/23/Statins_may_regenerate_heart_muscle/UPI-29771235424528/

Epilepsia: FDA alerta que zonisamida pode provocar distúrbio sanguíneo

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) referiu que o fármaco zonisamida, utilizado para tratar crises epilépticas parciais em adultos, pode provocar uma acidez excessiva do sangue em alguns pacientes.

A doença, denominada acidose metabólica, pode incluir uma variedade de sintomas, tais como fadiga, anorexia, batimentos cardíacos irregulares ou letargia.

Com o tempo, esta doença pode provocar problemas renais e ósseos, sendo que a doença parece ser pior e mais frequente nos pacientes mais jovens, acrescentou a FDA.

A agência aconselha que os médicos testem o sangue dos pacientes antes de utilizarem o fármaco, comercializado como Zonegran pela Eisai Co Ltd, e posteriormente de forma periódica durante o tratamento, mesmo se estes não apresentarem sintomas.

A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue.

Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema de amortecimento do pH do corpo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta libertar o sangue do excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbónico.

Finalmente, também os rins tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir demasiado ácido, o que conduz a uma acidose grave e finalmente ao coma.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/23/eline/links/20090223elin017.html