sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Gravidez: Dieta elevada em gordura prejudica o fígado dos bebés

Investigadores norte-americanos descobriam que seguir uma dieta excessivamente rica em gorduras, durante a gravidez, pode levar a doença do fígado nos recém-nascidos.

O Dr. Kevin Grove, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, em Portland, referiu que muitas pessoas assumem que o excesso de peso, durante a gravidez, equivale a uma situação pouco saudável para o bebé e que ser-se magra resulta numa gravidez saudável, contudo, isto não é necessariamente verdade.

De acordo com o Dr. Grove, a investigação sugere que o consumo de uma dieta rica em gorduras saturadas durante a gravidez, tanto nas mulheres obesas como nas mulheres magras, pode estar relacionado com o aumento da ocorrência de fígado gordo nas crianças.

Os investigadores alimentaram macacos com uma dieta normal saudável ou com uma dieta elevada em gorduras saturadas. Assim como nos humanos, alguns dos macacos que ingeriram a dieta elevada em gorduras saturadas desenvolveram excesso de peso, enquanto outros mantiveram o peso corporal normal.

Contudo, quando os investigadores analisaram as crias, observaram que todas as crias dos animais que consumiram a dieta rica em gordura tinham sinais de fígado gordo.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Investigation”, descobriu que todos os bebés da dieta rica em gordura, independentemente das progenitoras serem obesas ou magras, tinham uma gordura corporal mais elevada, em comparação com as crias dos animais que consumiram uma dieta baixa em gordura.

A investigação também demonstrou que alimentar animais obesos com uma dieta reduzida em gordura protegeu as crias de desenvolverem fígados gordos.

Isabel Marques

Estudo: Antidepressivos ajudam a aliviar dores da fibromalgia

Investigadores alemães referiram que os antidepressivos parecem aliviar as dores, as alterações do sono e outros sintomas da fibromialgia, uma doença debilitante e dolorosa que ainda não tem cura.

Os investigadores acrescentaram que uma série de antidepressivos pareceram melhorar a qualidade de vida das pessoas com esta doença, que se estima que afecte 6 por cento das pessoas na América do Norte e Europa.

O Dr. Winfried Hauser, da Klinikum Saarbrucken, na Alemanha, referiu que a fibromialgia também está associada a elevados custos, directos e indirectos, relacionados com a doença.

O Dr. Hauser e colegas analisaram 18 estudos anteriormente publicados que envolveram 1.427 participantes e descobriram fortes evidências de que os antidepressivos levaram a uma melhoria dos sintomas e da qualidade de vida.

Os antigos antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos pareceram ter um grande efeito no alívio da dor, da fadiga e das alterações do sono, enquanto os inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS), como o Prozac (fluoxetina), tiveram menos efeito no alívio da dor.

Uma nova classe de tratamentos, denominados inibidores selectivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN), foi relacionada com uma redução da dor, das alterações do sono e do humor depressivo, e os inibidores da monoamina oxidase pareceram ajudar a reduzir as dores.

Embora a análise, publicada na “Journal of the American Medical Association”, sugira que os antidepressivos podem ajudar, os investigadores referiram que os médicos devem monitorizar de perto os pacientes que os utilizem, porque existe uma falta de evidências sobre os seus impacto a longo prazo.

A fibromialgia atinge principalmente as mulheres e pode provocar dores intensas e rigidez dos músculos, ligamentos e tendões. As dores de pescoço e ombros são comuns, mas algumas pessoas que sofrem desta doença também têm problemas de sono e sofrem de ansiedade e depressão.

Os médicos geralmente prescrevem exercício e técnicas de relaxamento, analgésicos ou, por vezes, antidepressivos de baixa dosagem para tratar os sintomas.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/14/eline/links/20090114elin022.html

Hepatite C aumenta risco de cancro do fígado

Um estudo alargado revelou que o risco de desenvolver uma forma rara de cancro do fígado, denominado colangiocarcinoma intra-hepático, que ocorre nos ductos biliares do fígado, é significativamente mais elevado em pessoas infectadas com o vírus da hepatite C.

As pessoas infectadas com o vírus da hepatite C também apresentam um elevado risco de desenvolver outro tipo de cancro do fígado, chamado carcinoma hepatocelular. O cancro do fígado é a terceira causa de morte devido a cancro a nível mundial.

Estas descobertas, publicadas na “Hepatology”, provêm de uma análise de 146.394 adultos infectados com o vírus da hepatite C e de 572.293 não infectados, na maioria homens, que foram seguidos durante, em média, mais de dois anos.

Quando comparados os dois grupos, o risco de carcinoma hepatocelular era 15 vezes maior para os indivíduos infectados, sendo que o risco de colangiocarcinoma intra-hepático era 2,5 vezes mais elevado. Também o risco de cancro pancreático era 23 por cento mais elevado.

O Dr. Hashem B. El-Serag, do Centro Médico de Veteranos de Houston, e colegas do Instituto Nacional de Cancro norte-americano, em Rockville, no Maryland, concluíram que, de uma perspectiva clínica, estratégias de intervenção precoces, incluindo fazer o rastreio das pessoas infectadas com o vírus da hepatite C mais cedo e de forma mais rigorosa, podem melhorar os resultados, tanto para o carcinoma hepatocelular como para o colangiocarcinoma intra-hepático.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/15/eline/links/20090115elin018.html