sexta-feira, 28 de setembro de 2007

I Encontro de Lisboa de Estudos Médicos sobre a Vida Humana promove debate sobre consequências do aborto

O Hotel Villa Rica vai ser palco do I Encontro de Lisboa de Estudos Médicos sobre a Vida Humana, onde serão debatidos e revelados dados científicos sobre o impacto do aborto na saúde da mulher, com data marcada para dia 8 de Novembro.

De acordo com a organização do evento, “este Congresso Científico centra-se na saúde da mulher e nas alterações físicas e psicológicas que a mulher sofre após uma interrupção de gravidez” e contará com a presença de prestigiados especialistas nacionais e internacionais.

Partindo do principio de que o aborto constitui um problema de saúde pública, o debate deverá passar por diversas áreas temáticas, desde o estado pós-traumático que a mulher experimenta, por ter feito uma IVG, ou o risco posterior de prematuridade, até à relação entre o aborto e o cancro da mama, sem esquecer os riscos da pílula abortiva.

Este evento é promovido pela Associação das Mulheres em Acção, que conta com a presença de Biólogos, Psicólogos, Farmacêuticos, Investigadores, Médicos Psiquiatras, Pediatras, Ginecologistas e Obstetras.

Em Portugal o aborto foi despenalizado até às 10 semanas de gravidez, respeitando a vontade popular manifestada em referendo, que originou a lei n.º 16/2007, de 17 de Abril.

A lei portuguesa estabelece a mulher tem direito a uma consulta de aconselhamento e a acompanhamento psicológico, de forma a garantir o seu bem estar psíquico.

Inês de Matos

Fontes: www.lisbonmedicalconference.net, www.apf.pt,

Rinite alérgica: níveis de pólen disponíveis online

Todas as semanas é elaborado um boletim policlínico de seis cidades do país e com recomendações aos doentes

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) disponibiliza, na internet, em tempo real, os níveis de concentração de pólenes existentes em seis cidades portuguesas – Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Portimão e Funchal. Este serviço assume um papel fundamental, quando os números “atiram” para a rinite alérgica um quarto dos portugueses.

A informação prestada pela SPAIC está disponível no endereço electrónico http://www.rpaerobiologia.com/. O projecto denomina-se por Rede Portuguesa de Aerobiologia (RPA) e, semanalmente, um boletim policlínico é elaborado com uma compilação dos dados recolhidos e recomendações aos doentes.

“Para cada uma das seis cidades abrangidas pelo projecto é apresentado o valor dos pólenes existentes por metro cúbico, as recomendações adequadas, a previsão policlínica e a informação meteorológica”, explica a organização.

O projecto RPA disponibiliza ainda um calendário policlínico nacional, informações úteis sobre os vários pólenes, além de um questionário onde os utilizadores podem testar os seus conhecimentos sobre esta matéria.

Rinite é sub-diagnosticada

De acordo com os dados da SPAIC, “25 por cento da população portuguesa sofre de rinite alérgica, 10 por cento de asma e outros 10 por cento de urticária.” As estatísticas disponibilizadas referem ainda que, “40 por cento dos doentes de rinite alérgica podem no futuro vir a desenvolver asma.”

Aliás, rinite e asma coexistem frequentemente. Um estudo actual considera mesmo que a rinite “é um fenómeno universal em doentes com asma alérgica ocorrendo em 99% de adultos e em 93% de adolescentes.” Outros estudos recentes revelaram que a asma aparece “três vezes mais nos indivíduos com rinite do que naqueles que nunca tiveram sintomas nasais.”

A rinite é uma doença que não tem cura, mas pode ser controlada. “É uma doença sub-diagnosticada e sub-tratada e uma grande maioria dos doentes habituam-se a viver “constipados”, sem procurar cuidados médicos”, lamentou a SPAIC.

Raquel Pacheco
Fontes: SPAIC/http://www.rpaerobiologia.com/

Ginjas podem prevenir doenças cardíacas e diabetes

Estudo em ratos demonstrou redução dos níveis de colesterol e açúcar no sangue e gordura no fígado

Um estudo conduzido por cientistas norte-americanos, indicou que o consumo de ginjas poderá reduzir os níveis de colesterol e açúcar no sangue e o armazenamento de gordura no fígado, prevenindo, deste modo, o desenvolvimento de doenças do foro cardíaco e a diabetes.

Segundo um comunicado divulgado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, os investigadores analisaram ratos que tinham uma pré-disposição para colesterol alto e diabetes, mas não obesidade. “Foram observados 48 ratos fêmeas com tendência para pressão sanguínea alta, associada ao consumo de sal, altos níveis de colesterol e problemas de tolerância à glucose”, explicaram.

A mesma nota revela que foi constatado que “ratos fêmeas que consumiram ginjas apresentaram uma diminuição de stress por oxidação, para além de aumentarem a produção de uma molécula que ajuda o organismo a administrar as gorduras e o açúcar, comparativamente com os ratos fêmeas cuja dieta não contemplava ginjas, mas em tudo o resto idêntica.”

De acordo com os cientistas Steven Bolling e Mitchell Seymour (líder a investigação), "esta conclusão junta-se a outros resultados que sugerem uma correlação entre o consumo de anticianina (um antioxidante presente nas ginjas) e a redução dos riscos cardiovasculares e metabólicos."

Ressalvando desconhecer se as dietas ricas em ginjas terão um efeito semelhante em humanos, os investigadores de Michigan anunciaram que planeiam, agora, provar clinicamente essa informação.

Raquel Pacheco
Fonte: Primeira Página/site Universidade de Michigan

Vacina contra a gripe pode ter menor eficácia nos idosos

Estudo americano analisou pessoas com mais de 65 anos; DGS reconhece “envelhecimento” do sistema imunitário deste grupo, mas insiste na prevenção

As conclusões de um estudo publicado na revista médica «The Lancet» vieram suscitar algumas dúvidas relativamente à vacina contra a gripe que estará disponível nas farmácias a partir do dia 1 de Outubro.

A nova investigação - elaborada na Universidade George Washington, nos Estados Unidos -, questiona a verdadeira eficácia desta vacina, concretamente, na população mais idosa (com mais de 65 anos) e um dos grupos de risco para a qual está indicada a prescrição prioritária.

Apontando a susceptibilidade deste grupo não resistir a complicações gripais, os investigadores revelaram à «The Lancet» que o estudo “demonstra uma eficácia menor nos idosos com mais de 65 anos.” Segundo reforçaram os cientistas americanos, “75% das mortes associadas à gripe são de pessoas com idades superiores a 65 anos.”

O certo é que, as pesquisas neste âmbito incidem muito sobre os mais jovens, sendo um facto que, existem poucos estudos que comprovem os efeitos da vacina nestas idades mais “avançadas”.

Entretanto, - em declarações ao «Diário de Notícias» - Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúde, interpretou o estudo como um resultado baseado no facto de os idosos “serem pessoas mais débeis” reconhecendo que “têm um sistema imunitário envelhecido.” Contudo, a representante da Direcção-Geral de Saúde insiste na recomendação da toma da vacina, sublinhando que “o tratamento poderá ser a única forma de prevenir a gripe.”

Recorde-se que, para esta época gripal, as autoridades de saúde têm como meta aumentar a cobertura da população de risco, ou seja, as tais pessoas com mais de 65 anos e doentes crónicos. Segundo um documento do Observatório Nacional de Saúde do Instituto Ricardo Jorge, no ano anterior, notou-se “um aumento significativo da taxa de vacinação no grupo com mais 65 anos, atingindo mais de 50 por cento desta população.”

Raquel Pacheco
Fontes: DN/DGS

Novartis investe 46 milhões de euros para modernizar produção de medicamentos

Farmacêutica estabeleceu parceria com o MIT

A farmacêutica suíça Novartis vai investir 45,8 milhões de euros numa parceria com o Instituto de Tecnologia do Massachussets (MIT na sigla inglesa). O montante será fornecido ao longo dos próximos 10 anos e visa o desenvolvimento de novos métodos de produção de medicamentos.

O objectivo desta é desenvolver um processo tecnológico contínuo, que venha substituir o habitual sistema de produção por lotes, que envolve muitas interrupções e várias fases de trabalho, explicou a Novartis em comunicado.

De acordo com o MIT, a verba correspondente ao acordo estabelecido com a Novartis deverá ser suficiente para apoiar o trabalho de investigação de 10 membros académicos, e dezenas de estudantes graduados, colaboradores pós-doutorados e cientistas. Os responsáveis do instituto acreditam que esta será a maior parceria de âmbito académico a nível mundial centrada na modernização do processo de produção de medicamentos.

“Não há nada com esta magnitude e esta concentração”, afirmou Bernhardt Trout, professor associado do MIT de engenharia química e responsável pela orientação do projecto intitulado “Novartis-MIT Centro para Produção Contínua”. Grande parte do financiamento, perto de 32 milhões de euros, deverá ser entregue durante os primeiros cinco anos do acordo, revelou Trout.

A produção em lotes é feita através da sintetização dos ingredientes farmacêuticos activos numa fábrica, que posteriormente são enviados para outra unidade de produção que os converte em lotes de comprimidos, líquido ou creme.

A produção contínua tornaria o processo mais eficiente utilizando pequenas fábricas, diminuindo os desperdícios e os gastos com energia e consumo de matéria-prima. Para além disso permitiria a monitorização contínua da qualidade, tornando o processo mais fiável e mais apto a responder às exigências.

Para Trout, actualmente, as farmacêuticas baseiam-se na produção em lotes simplesmente porque sempre o fizeram e não têm conhecimento para mudar. “Precisamos de desenvolver uma série de novas tecnologias que ainda não existem”, referiu o responsável. “Somos os primeiros a agregar todos os recursos para tornar isto possível”, acrescentou.

O MIT e a Novartis vão partilhar os direitos relativos a qualquer descoberta desenvolvida em conjunto e cada um vai controlar os direitos a qualquer tecnologia que desenvolvam sozinhos no âmbito do projecto criado.

Marta Bilro

Fonte: The Boston Globe, Reuters, Pharmalot.

Asma: Meio milhão de portugueses desconhecem ter a doença

Em Portugal, há cerca de um milhão de asmáticos, porém, “somente metade tem a doença diagnosticada”, afirmou o pneumologista Mário Almeida em declarações ao jornal Destak. De acordo com este especialista, “a maioria dos portugueses confunde a doença com uma alergia ou com uma constipação e não toma a medicação adequada”.

O desconhecimento de que a asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que, em indivíduos susceptíveis, origina episódios recorrentes de pieira, dispneia, aperto torácico e tosse, acaba por limitar o dia-a-dia desses indivíduos “ao privarem-se de praticar desporto, sair à noite e visitar pessoas que têm animais ou que fumam”.

Estas pessoas “desconhecem ainda os tratamentos preventivos que os ajudariam a ter uma vida normal e sem tantas cedências, que muitas vezes os levam a faltar ao trabalho e à escola”, refere o especialista. Por outro lado, médicos e pacientes têm ainda pouco à vontade “no uso de inaladores, que são o melhor método para tratar esta doença”, acrescenta.

De acordo com dados da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a asma afecta cerca de 150 milhões de pessoas de todas as idades no Mundo. Em Portugal calcula-se que estão afectadas cerca de 600 mil pessoas, sendo que 11 por cento são crianças e 5 por cento adultos.

Os tratamentos actualmente disponíveis têm vindo a reduzir consequentemente a taxa de mortalidade relativa a esta doença. Em dez anos, a mortalidade reduziu-se para um terço, o que demonstra que “as pessoas que têm formas de asmas mais graves têm a doença controlada”, salienta Mário Almeida. Enquanto há dez anos morriam cerca de 300 pessoas por ano, hoje este número já se fica pelos 100.

Anualmente, estima-se que o número total de pneumonias exceda os 100 mil casos e que 12 mil pessoas morram diariamente. A única forma eficaz de prevenção reside na “vacinação anti-gripal e anti-pneumocócica”, alerta o especialista.

Marta Bilro

Fonte: Destak, Portal da Saúde, Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Portal de Biotecnologia lançado quarta-feira

Alunos portugueses desenvolveram «Biotec-Zone.net»

«Biotec-Zone.net» é o nome do portal de Biotecnologia de Portugal que vai ser lançado na quarta-feira (3 de Outubro). Desenvolvido pelos estudantes Diogo Amorim e Alexandre Barros, com apoio dos docentes, do curso de Biotecnologia da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, este pretende ser um espaço de divulgação do conhecimento científico e tecnológico do sector biotecnológico no nosso país.

A biotecnologia é uma actividade de base científica, que requer um conhecimento detalhado de mecanismos biológicos de outras ciências da vida e da engenharia. Entre elas encontram-se a química, a bioquímica, a microbiologia, a biologia molecular ou a engenharia genética.

A Indústria Farmacêutica, a Medicina, a Indústria química, a Agropecuária e o Ambiente, são alguns dos sectores de actividade onde mais se aplicam os avanços desta nova actividade. Para além de promover a divulgação do conhecimento científico e tecnológico da Biotecnologia em Portugal, o portal pretende também dar a conhecer as empresas, organizações, marcas, produtos e serviços portugueses cujos objectivos se dirijam para o mercado da Biotecnologia, para além das instituições que leccionam este curso, actualmente, em Portugal.

Marta Bilro

Fonte: iGov, Ordem dos Biólogos.

Diabéticos europeus têm novo tratamento à disposição

Galvus aprovado pela UE

A União Europeia aprovou a comercialização do Galvus (vildagliptina), um fármaco da Novartis para o tratamento da diabetes tipo 2, de ingestão oral e que implica apenas uma toma diária. A notícia é animadora para a farmacêutica suíça, uma vez que a aprovação do fármaco nos Estados Unidos da América tem sido alvo de alguns atrasos.

A decisão da Comissão Europeia (CE) era aguardada desde Julho, altura em que o Comité de Especialidades Farmacêuticas para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento (CHMP) recomendou a comercialização do medicamento. O fármaco foi aprovado para ser utilizado em combinação com os medicamentos orais mais comuns para a diabetes, metforminas, tiazolidinedionas ou sulfonilureias. O parecer da CE aplica-se aos 27 países-membros, bem como à Noruega e Islândia.

A Novartis tem grandes perspectivas de sucesso para o medicamento. A farmacêutica prevê que as receitas anuais do Galvus possam ser superiores a 700 milhões de euros.

O Galvus actua de forma semelhante ao Januvia (Sitagliptina), da Merck, fármaco que já leva alguns meses de avanço no mercado norte-americano. Os dois medicamentos inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4) foram desenvolvidos com o objectivo de aumentar a capacidade do próprio organismo para reduzir os níveis de açúcar no sangue.

Tanto os laboratórios como os analistas do sector acreditam que esta nova classe de fármacos venha a tornar-se um sucesso de vendas, uma vez que a sua ingestão não provoca aumento de peso, um dos efeitos secundários mais frequentemente associados a alguns medicamentos para a diabetes.

Marta Bilro

Fonte:Reuters, Bloomberg, CNN Money.

Isis Pharmaceuticals adquire Symphony GenIsis

O laboratório Isis Pharmaceuticals adquiriu a empresa biofarmacêutica Symphony GenIsis num negócio que envolve 84,5 milhões de euros, dos quais 56,7 milhões foram pagos em dinheiro e os restantes 2,4 milhões com acções da Isis.

A Symphony GenIsis foi fundada em 2006 pela Symphony Capital Partners L.P para financiar o desenvolvimento de três medicamentos da Isis. A biofarmacêutica é especializada no desenvolvimento de medicamentos redutores do colesterol e fármacos para o tratamento da diabetes.

De acordo com a Isis, a empresa estabeleceu um acordo de colaboração em investigação com a Ortho-McNeil, uma unidade da Johnson & Johnson, que irá continuar o desenvolvimento de dois medicamentos detidos pela Symphony GenIsis, o ISIS 325568 e o ISIS 377131.

Marta Bilro

Fonte: Yahoo Finance, Forbes, Reuters.

Mais de um milhão de portugueses são afectados pela gripe todos os anos

A gripe sazonal e as complicações inerentes à doença matam, anualmente, em Portugal, 1.500 a duas mil pessoas, maioritariamente idosos. Por sua vez, mais de um milhão de portugueses são afectados pelo vírus com mais ou menos gravidade.

Os dados são avançados na edição desta sexta-feira do jornal Diário de Notícias, que relembra o inicio da campanha de vacinação marcado para segunda-feira, especialmente dirigida a idosos, doentes crónicos e crianças. Nesse mesmo dia deverão chegar às farmácias, de forma faseada, mais de 1,6 milhões de vacinas contra a gripe, o suficiente para assegurar a cobertura de 15 por cento da população. Tendo em conta o plano de comparticipação, este ano poderão ser gastos pelo Estado mais de 30 milhões de euros a prevenir a doença.

O número de vacinas pedidas para Portugal é estimado a partir do histórico do País e dos objectivos de prevenção traçados, mas "as épocas são imprevisíveis", frisou Graça Freitas, subdirectora da Direcção-Geral de Saúde (DGS). Esta situação faz com que, por norma, todos os anos fiquem vacinas por utilizar.

De acordo com as estimativas, anualmente, entre 10 a 15 por cento da população do Hemisfério Norte é afectada pela gripe, especialmente as crianças. Porém, conforme explicou a responsável da DGS, se é certo que "as crianças adoecem mais facilmente", também costumam ter situações pouco graves.

As vacinas disponíveis nas farmácias vão custar 8,26 euros para adultos e 6,92 euros para crianças (recomendando-se duas doses quando for a primeira vez que se vacinam), sendo que a comparticipação do Estado é de 37 por cento. A DGS espera atingir 60 por cento da população portuguesa com mais de 60 anos, camada da população entre a qual a adesão à vacina tem crescido todos os anos.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Diário de Notícias.

Wyeth anuncia novo CEO

A Wyeth anunciou uma mudança na liderança da companhia, tendo nomeado para CEO (presidente executivo) Bernard Poussot, que iniciará as funções no dia 1 de Janeiro de 2008, substituindo assim Robert Essner, que esteve no comando durante quase sete anos, desde Maio de 2001.

Segundo os analistas, esta mudança deve-se ao insucesso na aprovação de fármacos chave, assim como à ameaça dos genéricos. A Wyeth, somente este ano, viu três produtos serem adiados pelos reguladores norte-americanos.

Segundo Michael Krensavage, analista da “Raymond James and Associates Inc.”, em Nova Iorque, a mudança aconteceu mais rapidamente do que as pessoas pensavam, acrescentando ainda que os accionistas estão frustrados com a série de contratempos que a pipeline tem sofrido.

Para o analista da “Tony Butler”, Lehman Brothers, o Bernard Poussot, tendo sido presidente e COO – Chief Operating Officer (chefe de operações) era o sucessor óbvio. Contudo, o timing do anúncio é um pouco surpreendente.

A mudança na liderança e a recompra de valores poderão ajudar a suportar o stock da Wyeth, enquanto a companhia procura produtos para substituir os lucros que irá perder quando terminar, em 2010, a protecção da patente do antidepressivo Effexor, que gerou 3,7 mil milhões de dólares no ano passado. A Wyeth tinha estimado que os três novos produtos que foram retardados pela FDA, este ano, poderiam gerar mais de 4 mil milhões de dólares anualmente. A recompra de valores inclui um plano previamente anunciado de comprar de volta cerca de 1,2 mil milhões de dólares em acções.

Isabel Marques

Fontes:www.networkmedica.com, Bloomberg