sábado, 16 de junho de 2007

Metade das mulheres portuguesas não faz reconstrução do seio

Cerca de metade das mulheres portuguesas, vitimas do cancro da mama, não efectua a cirurgia de reconstrução, isto apesar de esta cirurgia ser parte do tratamento e de Portugal contar com tratamentos e próteses de reconstrução inovadoras.

Esta foi uma das muitas questões em discussão no simpósio sobre reconstrução mamária, que decorreu ontem em Lisboa.

"Penso que há muitos casos de desconhecimento. As mulheres têm pânico de fazer a reconstrução quando deviam estar serenas", explica Biscaia Fraga, director do Departamento de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

A decisão é adiada, por medo ou desconhecimento. “Tenho mulheres que já foram operadas há 20 anos e que só agora fizeram a reconstrução. Há todo o tipo de desinformação. As pessoas pensam que podem morrer mais cedo", constata o especialista, realçando que "em situações extremas, mais vale viver com qualidade menos tempo do que mais tempo".

O simpósio abordou também novas técnicas de reconstrução mamária e lançou a discussão acerca da importância da cirurgia que conserva a mama, uma alternativa à mastectomia, que implica a retirada total ou parcial do seio.

A técnicas cirúrgicas não param de evoluir, já é possível reconstruir o seio, de uma só vez, sem cicatrizes, com recurso a tecido de zonas ocultas da mulher. Ontem foi apresentada uma prótese mamária "com um gel altamente coesivo, que não sai do sítio nem mesmo quando há um acidente que provoque um corte", adianta Biscaia Fraga.

De acordo com o cirurgião, Portugal tem acesso às técnicas mais avançadas na área da reconstrução mamária, dependendo a sua aplicação do médico responsável.

A Unidade da Mama do Centro Hospital de Lisboa Ocidental, recentemente inaugurada, é um novo e precioso recurso na luta contra o cancro da mama, uma vez que conta com médicos de várias especialidades, essenciais ao tratamento deste tipo de cancro.

O cancro da mama atinge uma em cada dez portuguesas e todos os anos são detectados seis mil novos casos.

Inês de Matos

Fonte: Diário de Noticias

Biochip detecta predisposição genética para a fibromialgia

Um biochip criado pela Sociedade Espanhola de Reumatologia vai permitir que através da análise do DNA se determine a predisposição genética do paciente para vir a desenvolver fibromialgia. A inovação foi apresentada esta semana durante um congresso da especialidade que teve lugar em Barcelona.

Com o novo aparelho, bastará apenas uma análise ao sangue para perceber porque é que esta síndrome afecta de forma mais grave alguns pacientes que outros. Os responsáveis pelo desenvolvimento do biochip pretendem que o mecanismo possa estar disponível ainda em 2008.

“A fibromialgia tem um componente genético”, explicou Javier Rivera, coordenador da Comissão de Assuntos Científicos da Sociedade Espanhola de Reumatologia e especialista em reumatologia do Hospital Universitário Gregorio Marañón. De acordo com o responsável, o biochip permitirá proceder à “combinação dos genes de cada indivíduo”, de forma a “detectar a susceptibilidade de cada um a padecer desta síndrome”.

Há “várias condicionantes” que conduzem ao desenvolvimento desta patologia, explicou Javier Rivera, salientando que a genética é um factor determinante uma vez que “as famílias com membros afectados pela fibromialgia podem chegar a multiplicar por oito as possibilidades de padecer, num futuro próximo, desta síndrome”.

Segundo o portal Médicos na Internet, a fibromialgia é “uma síndrome de dor músculo-esquelética difusa, não infla­matória, não articular, com pontos dolorosos à palpação muscular em locais definidos”. A dor provocada pela patologia é frequentemente acompanhada de alterações ao sono e fadiga.

O problema que afecta entre 2 a 5 por cento da população adulta não revela qualquer causa ou sinal bioquímico que justifique a dor, sendo apenas as queixas dos doentes a única forma de adivinhar um diagnóstico. Cerca de 90 por cento dos doentes são mulheres entre os 20 e os 50 anos.

Marta Bilro

Fonte: MSN Notícias, Granada Digital, Médicos de Portugal.

Lei do Aborto: Proposta final contraria recomendação de Cavaco Silva

A comissão que regulamentou a lei do aborto, decidiu contrariar as indicações do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva e decretou que não será mostrada a ecografia do embrião, a quem decidir abortar.

A versão final da proposta já foi entregue ao ministro da saúde, Correia da Campos, devendo ser publicada em Diário da República, até quinta-feira.

A ecografia ficará no processo clínico da mulher e servirá apenas para “questões médicas”, de acordo com Maria José Alves, obstetra membro da comissão. A médica adianta ainda que, será com base nestas ecografias que será feita a avaliação do tempo de gravidez, para se saber se cabe na moldura legal das 10 semanas, considerando que seria “abusivo”, mostra-las.

Na proposta entregue a Correia de campos, consta também a obrigatoriedade de marcação de uma consulta prévia à interrupção da gravidez, bem como o aconselhamento sobre contracepção, uma vez que este “é um momento apropriado, porque as mulheres não querem voltar a passar pelo mesmo”. “É preciso falar de contracepção, saber o que falhou. É importantíssimo”, garante Maria José Alves.

No que respeita à informação sobre os apoios existentes à maternidade e a alternativa da adopção, outra recomendação de Cavaco Silva, Maria José Alves adianta que esta chegará às mulheres, essencialmente através de brochuras.

No entanto, o tema pode também surgir em conversa, durante a consultada prévia ao aborto, principalmente nas situações em que a gravidez já ultrapassou as 10 semanas, dependendo “da sensibilidade do médico na avaliação de cada caso”.

Como já se sabia, a lei obrigará sempre a uma consulta depois da interrupção da gravidez.

Inês de Matos

Fonte: Portugal Diário

Cirurgia bariátrica propicia embriaguez

As pessoas que se submeteram a uma cirurgia bariátrica (ou cirurgia de banda gástrica) com o objectivo de reduzir o peso são mais susceptíveis à embriaguez aquando da ingestão de bebidas alcoólicas e demoram mais tempo a ficar sóbrias, revela uma investigação da “Stanford University School of Medicine”.

O estudo, apresentado durante o encontro anual da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica, em San Diego, na Califórnia, esteve a cargo de John Morton, professor de cirurgia e director do departamento de cirurgia bariátrica na “Stanford University School of Medicine”, e será divulgado no jornal “Surgery for Obesity and Related Diseases”, a publicação oficial da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica (SOARD).

De acordo com os especialistas, a colocação de um bypass gástrico altera o metabolismo do álcool, originando picos muito elevados e efeitos prolongados sem aumentar os sintomas.

Nos casos analisados, entre os pacientes submetidos a uma cirurgia bariátrica, a concentração de álcool no sangue atingiu um máximo superior em 0.03 por cento e demorou mais 40 minutos a dissipar-se relativamente aos indivíduos que não foram submetidos a tal procedimento cirúrgico.

O estudo vem confirmar algo que já levantava suspeitas na mente de alguns cirurgiões, salientou o principal responsável pela investigação que diz ter-se inspirado no programa televisivo de Oprah Winfrey no qual foram relatados casos de pessoas submetidas à cirurgia e que alertava para os perigos da ingestão de álcool por parte desses pacientes.

Este especialista, que já esteve envolvido em mais de mil cirurgias de banda gástrica, adverte que “a ingestão de álcool após a colocação de um bypass gástrico deve ser feita com precaução”.

Alguns dos pacientes que assistiram ao programa dirigiram-se ao gabinete de Morton e revelaram que sentiam uma absorção do álcool mais rápida depois de se terem submetido à cirurgia de banda gástrica. Esta alteração relatada pelos pacientes, aparentemente estaria a causar-lhes uma “transferência do vício” na qual tinham deixado de ingerir alimentos compulsivamente para passarem a fazê-lo com o álcool.

“Sempre aconselhámos os pacientes a serem cuidadosos com a ingestão de álcool após a cirurgia”, afirmou Morton, acrescentando que ficou “surpreendido ao aperceber-se que não havia muito trabalho desenvolvido acerca dessa questão”.

Todos os factores envolvidos no metabolismo do álcool, tais como o peso, a função hepática, a ingestão de alimentos e a produção da enzima álcool desidrogenase, sofrem “alterações profundas” após a cirurgia bariátrica, explicou o investigador. Porém, havia um único estudo anterior de origem sueca tinha analisado o assunto e apenas com a participação de 11 mulheres.

Na tentativa de dar resposta às preocupações dos pacientes, Morton constatou que havia poucas provas científicas acerca do assunto e convidou Judith Hagedorn, estudante da “Stanford University School of Medicine” para o acompanhar no desenvolvimento da investigação.

A equipa de cientistas reuniu 19 pacientes que tinham sido submetidos à colocação de um bypass gástrico e 17 voluntários com características semelhantes relativamente à idade, ao peso e ao género mas que não tinham realizado uma cirurgia bariátrica. Cerca de 20 por cento dos participantes de ambos os grupos eram do sexo masculino, com padrões e historiais semelhantes relativamente à ingestão de álcool. No entanto, o grupo de participantes do primeiro grupo tinha uma média de idades mais elevada (cerca de 47 anos, contra a média de 37 anos do segundo grupo), e tinha menos peso (90,7 kg, contra 67,9 kg).

Foi distribuído pelos dois grupos de participantes um copo com cerca de 15 centilitros de vinho tinto que teve de ser ingerido dentro de 15 minutos. Posteriormente foi medido o nível de álcool no sangue através do hálito a cada cinco minutos até atingir o zero.

Os resultados desta análise mostraram que os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica atingiram um máximo de 0.08 por cento de álcool contabilizado através do hálito, relativamente aos 0.05 por cento registados no outro grupo de participantes. Para além disso, o teste de controlo do nível de álcool através do hálito demorou, em média, 108 minutos para voltar ao zero no primeiro grupo de pacientes, enquanto no grupo de voluntários se registou apenas uma demora de 78 minutos.

Face aos resultados, Morton foi obrigado a concluir que os pacientes com bypass gástrico sofreram uma alteração relevante no metabolismo alcoólico. “Eles atingem o limite mais rapidamente e demoram mais tempo a normalizar”, alertou o especialista, salientando que os pacientes não têm consciência desta questão.

É possível que o facto da viciação em alimentos se ter transformado numa dependência alcoólica esteja relacionado com outras alterações psicológicas inerentes à realização da cirurgia, particularmente da diminuição da enzima álcool desidrogenase, responsável pelo metabolismo alcoólico que se encontra com frequência no fígado e no estômago.

Os investigadores consideram também a possibilidade desta ser uma consequência do divertimento social experienciado aquando da ingestão de álcool. O álcool diminui a tonificação muscular no esfíncter esofagiano inferior, esvaziando o estômago mais rapidamente, e potencialmente causando uma sensação de apetite no paciente que derivado dessa situação volta a comer com demasiada antecedência.

Marta Bilro

Fonte: Medical News, CBS News, Med Page, Earth Times

Operações ao estômago tornam pessoas mais sensiveis ao alcóol

Operações ao estômago para diminuir o peso tornam as pessoas mais sensíveis aos efeitos do álcool, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.

John Morton, da equipa de cientistas da Universidade de Standford (na Califónia), já fez mais de mil operações deste género com o intuito de combater a obesidade. Quando foi convidado a participar no programa televisivo da Oprah onde falou das consequências deste tipo de intervenção, ficou surpreso quando se apercebeu da quantidade de pessoas que referiam os efeitos do álcool.

Ao ouvir a história de um doente que acusou álcool no sangue durante uma operação stop quando só tinha bebido um copo de vinho, o investigador ficou curioso acerca dos efeitos do álcool nos pacientes, antes e depois da operação.
Na investigação foi dado 15 centilitros de vinho tinto a 19 pessoas que tinham sido operadas, que o ingeriram em 15 minutos e a 17 pessoas que não fizeram a operação. Nos resultados foi possível observar que aqueles que se tinham submetido à cirurgia atingiram os 0,08% e os restantes não chegaram aos 0,05%.

Portanto, as pessoas que são operadas ao estômago ficam alcoolizadas mais rápido e demoram mais tempo a atingir a taxa de alcoolemia nula. De acordo com os investigadores, demoraram mais 46 minutos do que as pessoas que não foram operadas.

Fonte: Diário Digital, RTP

1º Transplante de células estaminais criopreservadas em Portugal

No passado mês de Fevereiro realizou-se o primeiro transplante de células estaminais do sangue do cordão umbilical criopreservado numa empresa privada portuguesa. O transplante teve sucesso e salvou o irmão do dador, uma criança de 14 meses. O acontecimento decorreu no Instituto Português de Oncologia do Porto e só agora foi divulgada a informação.

As células estaminais, provenientes do cordão umbilical do irmão mais velho do bebé, foram criopreservadas num banco privado português, onde permaneceram até à data.
Segundo uma fonte da Crioestaminal correu tudo bem. "A criança já teve alta e está a recuperar bem em casa, deslocando-se apenas ao IPO/Porto para exames de controlo", confirmou.

Os pais da criança decidiram guardar o sangue do irmão na Crioestaminal, que foi contactada pelo IPO/Porto quando foi diagnosticada à criança uma imunodeficiência combinada severa.
A imunodeficiência combinada severa consiste num grupo heterogéneo de doenças raras, que tem por característica a existência de deficiências no sistema imunitário, tornando os doentes mais fracos na resistência de infecções graves.

A criança em causa tinha uma redução elevada de linfócitos CD8, um problema que se poderia tornar fatal e o transplante de células estaminais provenientes de sangue do cordão umbilical era uma das soluções.
"Depois de os pais da criança nos terem dito que tinham guardado as células do sangue do cordão umbilical do irmão, contactei o laboratório, pedi a verificação das condições das células e testei a compatibilidade", disse Alzira Carvalhais, directora do Departamento de Imuno-Hemoterapia do IPO/Porto. Os casos de compatibilidade entre irmãos acontecem em 25% dos casos.

Em todo o mundo o sangue do cordão umbilical já foi utilizado em mais de 7.000 transplantes para tratar doenças hemato-oncológicas. No nosso país o sangue utilizado para transplantes era armazenado em bancos públicos internacionais mas agora a Crioestaminal já possui perto de 15 mil amostras de sangue do cordão umbilical.

Sara Nascimento

Fonte: Sol, Lusa

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Terapia da imaginação minimiza insónias

Uma técnica descrita como “terapia de ensaio da imaginação” apresentou benefícios significativos em pacientes com insónia crónica, permitindo que durmam uma noite de sono completa, ao mesmo tempo que ajudou a diminuir a depressão e a ansiedade. A descoberta foi apresentada esta semana durante o “Sleep 2007”, a conferência anual para cientistas do sonho, investigadores e representantes da indústria que decorreu em Minneapolis.

“A terapia da imaginação é algo que as pessoas podem aprender a fazer elas próprias”, afirmou Yara Molen, da Universidade Federal de São Paulo, em declarações à Reuters.

Esta especialista estudou 24 pessoas com insónia crónica, através de reuniões de duas horas por um período de cinco semanas durante as quais recebiam conselhos básicos educativos sobre higiene do sono e controlo de estímulos. Para além disso eram também transmitidos conhecimentos acerca de crenças de atitudes que não se coadunam com uma boa noite de sono.

Entre o grupo de indivíduos envolvidos no estudo, 12 deles foram ensinados a praticar terapia da imaginação. Segundo referiu Molen, “eles ouviam um CD antes de irem para a cama que lhes ensinava a respirar, a relaxar, a orientar a imaginação, algo que os ajuda a livrarem-se das preocupações e deixarem-se levar pelo sono”.

“As preocupações, a ansiedade e a depressão, perturbam o sono de muitas pessoas”, afirmou Molen. Esta especialista acredita que é necessário que cada um descubra as emoções que se encontram por detrás das preocupações e que libertem essas mesmas preocupações antes de se deitarem. “O CD ajuda-as a fazer isso”, salientou.

As pessoas com insónia que praticaram terapia nocturna de ensaio da imaginação registaram melhorias tanto na qualidade do sono como na quantidade. “O tempo total de sono aumentou 30 minutos comparativamente ao grupo que não praticou terapia da imaginação”, afirmou a responsável. Para além disso, houve também um decréscimo das taxas de depressão e ansiedade com a aplicação da terapia. As preocupações com o sono melhoraram em ambos os grupos mas as melhorias do grupo submetido à terapia foram superiores.

Por enquanto, o CD de terapia da imaginação desenvolvido por Molen é apenas aplicado nas pesquisas, porém a especialista tem planos para comercializá-lo.

De acordo com o portal Médicos de Portugal, a insónia é a mais comum desordem do sono na Europa e Estados Unidos e igualmente a mais incompreendida.

Caracteriza-se pela dificuldade em conciliar o sono ou permanecer adormecido, ou uma alteração no padrão do sono que, ao despertar, leva à percepção de que o sono foi insuficiente. A insónia não é uma doença, mas um sintoma, explica o Manual Merck. Pode ser consequência de diversas perturbações emocionais e físicas e do uso de medicamentos. A dificuldade em conciliar o sono é frequente entre jovens e idosos e muitas vezes manifesta-se no decurso de alterações emocionais, como a ansiedade, o nervosismo, a depressão ou o temor. Há mesmo pessoas que têm dificuldade em conciliar o sono simplesmente porque não experimentam cansaço, nem físico nem mental.

A insónia crónica tem uma duração geralmente superior a seis meses e pode ser recorrente ao longo de vários anos. As principais consequências da insónia são geralmente a perturbação do humor, a fadiga, a diminuição do desempenho e as dificuldades no plano social. A constatação destes problemas reforça as cognições disfuncionais, aumenta a activação e potencia a insónia.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Reuters Health, Médicos de Portugal, Manual Merck, Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral.

Consumo moderado de álcool previne artrite reumatóide

Um novo estudo, apresentado esta sexta-feira, no Congresso Europeu de Reumatologia, veio mostrar que o consumo moderado de álcool pode prevenir o aparecimento da artrite reumatóide.

De acordo com Henrik Kallberg, do Karolinska Institute, de Estocolmo, o consumo de três a dez copos de vinho por semana, aumenta as defesas do organismo e diminui em 50% a possibilidade de aparecimento da artrite reumatóide.

Os benefícios do consumo moderado de álcool, haviam já sido demonstrados em estudos anteriores, nomeadamente na redução do risco de doenças cardiovasculares, no tratamento de alguns tipos de cancros e até da doença de Alzheimer.

“Estes resultados mostram que o álcool não só pode ter um efeito preventivo da AR, reduzindo também os riscos associados ao tabaco, como também nos dá uma ideia da dosagem indicada”, explica Kallberg.

No entanto, a missão está longe de estar terminada, é ainda necessária a confirmação através de novos estudos, relembra Tore Kvien, presidente da Liga Europeia Contra o Reumatismo, admitindo contudo, que os resultados anunciados são “muito interessantes”.

A artrite reumatóide é uma desordem inflamatória degenerativa, altamente incapacitante, que afecta mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

Investigadores americanos identificam células importantes para parar o crescimento do cancro

Investigadores do Laboratório Cold Spring Harbor, em Long Island, Nova Iorque, descobriram que as células progenitoras endoteliais (CPE), derivadas da medula óssea, têm um papel essencial na progressão de tumores na fase inicial e que eliminando as CPE o crescimento do cancro pára. Através da utilização de um microscópio sofisticado de alta resolução e de citometria de fluxo, os investigadores dirigiram a atenção para as fases iniciais da progressão do cancro e identificaram o papel das CPE na geração de vasos sanguíneos que permitem que o cancro cresça. Um dos investigadores, Vivek Mittal, afirmou que se se bloquearem selectivamente as CPE, os tumores serão impossibilitados de criar vasos sanguíneos e não serão capazes de sustentar o seu próprio crescimento.

Os investigadores descobriram que o papel das CPE é orientar a formação e organização da estrutura vascular que, por fim, alimenta o tumor à medida que este cresce. Os novos resultados mostram que as CPE só estão presentes nas fases inicias da progressão do tumor, antes da formação dos vasos sanguíneos.

Através da utilização de anticorpos desenvolvidos para o tratamento angiogénico do cancro, os investigadores do Laboratório Cold Spring Harbor, em colaboração com o Memorial Sloan Kettering Cancer Center, foram capazes de remover as CPE sem danificar os vasos sanguíneos saudáveis.

Isto revela um potencial clínico significativo, particularmente na luta contra um cancro que volte a crescer, após uma ressecção cirúrgica incompleta ou quimioterapia. O estudo torna claro que, para além do desenvolvimento de terapias que atacam directamente as células cancerígenas, também é igualmente importante desenvolver terapias que atacam células essenciais não-cancerígenas, como as CPE.

Estas descobertas iniciam uma área de investigação completamente nova, no que se refere à maneira como as células progenitoras vasculares controlam o crescimento dos tumores e acentuam o seu potencial nas terapêuticas contra o cancro. O estudo, publicado ontem (15 de Junho), no “Genes & Development”, resolve a questão no campo da angiogénese, tendo sido o resultado de anos de descobertas inconsistentes acerca da existência de CPE em tumores cancerígenos. Até agora, este campo de pesquisa, que se foca no desenvolvimento de novos vasos sanguíneos, tinha-se dividido entre os investigadores que sugeriram a existência de CPE e os que questionavam veementemente a sua presença.

Isabel Marques

Fontes: Cold Spring Harbor Laboratory e FirstScience

FDA aprova Torisel para o tratamento do cancro renal

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) norte americana, aprovou a utilização do medicamento Torisel (temsirolimus), da farmacêutica Wyeth, no tratamento de um tipo de cancro renal avançado, o carcinoma de célula renal.

A aprovação surge depois dos resultados positivos alcançados num estudo realizado em 626 pacientes, divididos em três grupos. O primeiro grupo foi medicado com este medicamento e revelou melhores índices de sobrevivência do que os restantes grupos, a quem havia sido administrado outros medicamentos de comparação.

O Torisel é o terceiro medicamento destinado ao tratamento do cancro do rim, a ser aprovado, nos últimos 18 meses, depois da aprovação do Nexavar (sorafenib) da Bayer em Dezembro de 2005 e do Sutent (sunitinib), da Pfizer, já em Janeiro deste ano.

Em ambos os medicamentos haviam sido registados resultados animadores, verificando-se uma lenta progressão da doença e até mesmo uma redução no tamanho dos tumores.

Inês de Matos

Fonte: PM Farma

Genoma de organismo marinho promissor na produção de agentes contra doenças


Bactéria descoberta em lama das Bahamas apresenta potencialidades como produtor de antibióticos naturais e produtos anti-cancerígenos

Cientistas do Instituto de Oceanografia Scripps (SIO), da Universidade da Califórnia em San Diego, e da Escola Skaggs de Farmácia e Ciências Farmacêuticas resolveram o enigma do genoma de um organismo descoberto no oceano, com potencial para produzir componentes promissores no tratamento de doenças como o cancro.

Os cientistas conseguiram sequenciar com sucesso o genoma da “Salinispora trópica”. A descodificação abre portas a um abrangente número de possibilidades para isolar e adaptar moléculas potentes que o organismo marinho emprega, no ambiente marítimo, para defesa química. Os resultados foram apresentados, esta semana, na edição online do “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

A "Salinispora" foi descoberta, em 1991, nos sedimentos superficiais do oceano, na costa das Bahamas, por cientistas do Instituto de Oceanografia Scripps. A bactéria produz componentes que mostraram sinais promissores para tratar o cancro. A substância que produz, a “salinosporamide A”, é usada actualmente em ensaios clínicos humanos para tratar o mieloma múltiplo, um cancro de células plasmáticas na medula óssea, assim como no tratamento de tumores sólidos.

Grande parte da antecipação na produção de novos medicamentos, a partir da “Salinispora”, advém do seu potencial em aumentar o actual arsenal de antibióticos, muitos dos quais são ineficazes devido ao aumento de bactérias resistentes. Mais de metade dos antibióticos naturais utilizados clinicamente são derivados do tipo “Streptomyces”, os parentes terrestres da “Salinispora”, e que são considerados os reis dos organismos produtores de antibióticos.

A sequenciação do genoma revelou vários aspectos desconhecidos da “Salinispora trópica”, até ao momento. Por exemplo, enquanto observações em bactérias semelhantes revelaram que normalmente seis a oito por cento do genoma do organismo é dedicado à produção de moléculas para antibióticos e agentes anti-cancerígenos, o genoma da “Salinispora trópica” mostrou um impressionante dez por cento, para contentamento dos cientistas.

Isabel Marques

Fontes: Universidade da California - San Diego e Science Daily