terça-feira, 25 de setembro de 2007

Suplementos vitamínicos podem danificar células sadias

Estudo dinamarquês
sugere que uso
continuado potencia
risco de morte precoce

Os suplementos antioxidantes, compostos pelas vitaminas A, E e beta-carotene podem encurtar o tempo de vida. A conclusão é de um estudo conduzido por investigadores da Universidade de Copenhaga e publicado no «Journal of the American Medical Association».

De acordo com a investigação – que analisou também estudos anteriores - o uso continuado de suplementos vitamínicos poderá potenciar o risco de uma morte precoce. Segundo explicaram os cientistas de Copenhaga “certas vitaminas consomem as moléculas radicais livres – uma defesa natural produzida pelo corpo - podendo danificar as células sadias.”

Estes investigadores acreditam que, afinal, estas alterações podem potenciar o risco de cancro ou doenças cardiovasculares: “Comprovámos que – se tomados com frequência - os três suplementos (vitamina A e E e beta-carotene) tinham entre 7% e 16% de probabilidades de encurtar a vida,” salientaram no artigo.

Houve, entretanto, especialistas renitentes sobre a ideia de que um antioxidante pudesse espoletar doenças cardiovasculares. Neste sentido, avaliaram o conteúdo dos suplementos, tendo constatado que, apenas as vitaminas C e de selénio não constituem qualquer problema para o consumidor, ressalvando ainda que, “as enzimas protegem 99% dos danos causados pela oxidação.”

Reticentes estão, também, os nutricionistas que, ao alegar um certo “nevoeiro” envolta dos verdadeiros benefícios destes suplementos, apontaram, por isso, como solução preferencial uma dieta equilibrada: “O corpo produz os seus próprios antioxidantes, um processo favorecido pelo exercício físico e por uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.”

Estimando-se que, cerca de 20% da população europeia (adultos) e mais de 6% de portugueses, têm por hábito consumir estes complementos, o certo é que, a divulgação deste estudo poderá provocar grande turbulência num mercado onde estes produtos figuram há décadas.

Contactada pelo farmacia.com.pt, fonte de um laboratório farmacêutico nacional desdramatizou o estudo, manifestando-se apologista dos antioxidantes: “São um grupo de vitaminas, minerais, enzimas e outras substâncias que combatem os efeitos prejudiciais dos radicais livres de oxigénio, produzidos devido ao consumo de tabaco, álcool ou drogas, maus hábitos alimentares, stress, sedentarismo, exposição a produtos tóxicos ambientais e outros factores”, esclareceu, contrapondo que, “estas moléculas altamente instáveis são responsáveis pelo fenómeno conhecido como stress oxidativo, danificando as células e os genes, e favorecendo sim, deste modo, o envelhecimento precoce e o aparecimento de determinadas doenças.”


Raquel Pacheco
Fonte: Medscape/«Journal of the American Medical Association»/contacto telefónico

Museu da Farmácia apresenta nova terapêutica para a esclerose múltipla

O Museu da Farmácia vai receber no próximo sábado, dia 29, mais de 100 especialistas em neurologia, num encontro que visa apresentar uma nova terapêutica para a Esclerose Múltipla (EM), uma doença que afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo.

O natalizumab é actualmente a única terapêutica biológica indicada na modificação da doença, em pessoas com Esclerose Múltipla muito activa, permitindo uma redução significativa da incapacidade causada pela EM.

Esta terapêutica biológica entrou no mercado americano no ano passado, bem como em alguns países da União Europeia (UE) e em Portugal está disponível desde Junho. É indicada para doentes que apresentem uma resposta inadequada a outras terapêuticas com agentes modificadores da doença, ou que têm uma forma de EM muito activa, com surtos frequentes e múltiplas lesões na ressonância magnética craneo-medular.

Apesar dos resultados positivos, esta terapêutica foi já alvo de polémica, pois em Fevereiro de 2005, a Biogen Idec e a Elan suspenderam voluntariamente o natalizumab do mercado e todos os testes clínicos em realização, tendo como base três casos de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), uma doença rara e potencialmente fatal do sistema nervoso central.

Em Outubro do mesmo ano, uma segunda avaliação permitiu perceber que não existiam casos de LPM confirmados, para além dos três anteriormente reportados, o que levou a Food and Drug Administration (FDA) a aceitar, em Novembro, uma nova licença de Aplicação Biológica suplementar ao natalizumab.

Estima-se que no mundo inteiro sejam já mais de 18 mil os doentes que se encontram em tratamento com o natalizumab e em Portugal existem já 15 indivíduos a seguir esta terapia.

Em todo o mundo, existe mais de um milhão de pessoas afectadas pela EM e cerca de 5.000 indivíduos em Portugal, maioritariamente do sexo feminino, sendo que o primeiro surto ocorre geralmente entre os 20 e os 40 anos de idade.

A esclerose múltipla é uma doença crónica do sistema nervoso central, cujos principais sintomas clínicos traduzem-se geralmente em problemas de visão, perda de equilíbrio, dormência, dificuldades em andar e paralisia

Inês de Matos

Fonte: D&E, www.esclerosemultipla.wordpress.com

Fractura óssea: suplemento de cálcio reduz risco em idosos

Estudo australiano revela que tratamento realizado em voluntários foi benéfico em 24%

É mais um estudo que reforça a teoria de que um suplemento de cálcio puro reduz o risco de fractura óssea em idosos. Desta vez, a investigação é australiana e foi, recentemente, publicada na revista «The Lancet».

O número de fracturas da anca, favorecidas pela fragilidade óssea ou por osteoporose relacionada com o envelhecimento, pode triplicar no mundo, entre 1990 e 2050, passando de 1,7 milhão a 6,3 milhões. Uma realidade alarmante que tem vindo a ser objecto de estudo pela comunidade científica e cujos resultados o farmacia.com.pt tem vindo a divulgar.

Benjamin Tang, da University of Western Sydney, na Austrália, e um dos principais autores do estudo, anunciou àquela revista científica ter comprovado que “o suplemento de cálcio puro ou combinado com a vitamina D reduz em 12% o risco de fractura provocada pela osteoporose após os 50 anos.”

Segundo informou o investigador, o resultado teve por base a análise de 29 pesquisas que envolveram cerca de 64 mil idosos, revelando que “nos estudos onde os voluntários cumpriram correctamente o tratamento (taxas de pelo menos 80%), o risco de fractura foi reduzido em cerca de 24%.”

Tang explicou à «The Lancet» que os 29 ensaios analisados referiam-se, unicamente, ao suplemento de cálcio, excluindo o impacto da alimentação. Sublinhando que “para uma terapêutica de duração média de três a cinco anos, a redução do risco de fractura é acompanhada de uma redução da perda óssea na anca e da coluna vertebral”, o cientista australiano ressalvou que “a adição de vitamina D ao cálcio não afecta significativamente a eficácia do resultado.”

Raquel Pacheco
Fonte: «The Lancet»

Ensaios clínicos: Empresa desenvolve solução para acelerar recrutamento de voluntários

A BlueLithium, uma empresa de publicidade canadiana, lançou um novo sistema de on-line que permite às empresas farmacêuticas ultrapassar algumas barreiras no que toca ao recrutamento de pacientes para a realização de ensaios clínicos.

O processo de angariação de participantes para os ensaios clínicos ocupa, actualmente, um terço do tempo dispendido com os estudos, e cerca de metade do tempo relativo a atrasos nos ensaios clínicos fica a dever-se a questões relacionadas com o recrutamento. Na realidade, conseguir encontrar pacientes dispostos a participar nas investigações não é nada fácil, uma vez que estes estão muitas vezes alheios aos procedimentos.

Estas demoras custam às farmacêuticas perdas nas vendas de mais de 350 milhões de euros no caso de produtos especializados, e de 6,7 milhões de euros quando se trata das marcas de maior sucesso no mercado. Por outro lado, provocam um aumento significativo no preço dos ensaios clínicos ainda em desenvolvimento.

Face a esta realidade, um número crescente de empresas procura desenvolver soluções para estes problemas que bloqueiam a inscrição de voluntários nos estudos clínicos. De acordo com o portal In-PharmaTechnologist.com, a nova ferramenta on-line da BlueLithium foi desenvolvida em colaboração com o grupo Morefocus, uma outra empresa californiana especializada na publicação on-line de informação sobre saúde.

“Historicamente, encontrar indivíduos para participar em ensaios clínicos tem sido um processo longo e dispendioso”, afirmou Jay Webster, director geral da BlueLithium Performance Network, acrescentando que o objectivo da parceria é alterar este paradigma.

A ferramenta proporciona apoio em todas as fases de recrutamento do ensaio clínico. Segundo a BlueLithium, o suporte on-line tem capacidade para chegar a 119 milhões de utilizadores, ou 68 por cento de todos os cibernautas norte-americanos e conduzi-los através do conteúdo editorial que aborda as especificidades inerentes a cada doença e ao tratamento, informações que serão fornecidas pela Morefocus.

As empresas responsáveis acreditam que esta solução vai permitir às farmacêuticas atingir os objectivos traçados relativamente à obtenção de candidatos para os ensaios clínicos “em apenas alguns dias”, em vez dos habituais “meses ou anos”.

Marta Bilro

Fonte: In-PharmaTechnologist.com, marketwire.com.

EMEA recomenda nova indicação para terapia combinada para a hepatite C

A Agência Europeia dos Medicamentos (EMEA) emitiu uma opinião positiva recomendando a aprovação da terapia de combinação com PegIntron (Peginterferão alfa-2b) e Rebetol (ribavirina), da Schering-Plough Corporation, para pacientes adultos com hepatite C crónica, que não responderam aos tratamentos anteriores.

A companhia indicou que a terapia de combinação, caso seja aprovada, será a única terapia para a hepatite C disponível na União Europeia indicada para casos em que o tratamento anterior falhou.

Esta opinião positiva baseou-se nos dados do ensaio EPIC3, ainda a decorrer, que envolve 1 336 pacientes com fibrose ou cirrose moderada a grave, nos quais os tratamentos anteriores de combinação alfa-interferão/ribavirina falharam, e foram tratados novamente com a terapia de combinação da Schering-Plough.

Neste estudo, 57 por cento dos pacientes (282 em 499) que apresentaram uma carga viral não detectável na semana 12, seguiram para atingir uma resposta virológica sustentada (RVS) na semana 48 da terapia. No geral, aproximadamente 37 por cento dos pacientes apresentava uma carga viral não detectável na semana 12, e 23 por cento atingiram uma RVS.

A terapia de combinação com PegIntron e Rebetol já está aprovada, na Europa, para pacientes com hepatite C crónica que não receberam tratamento anteriormente.

Estima-se que a hepatite C crónica afecta mais de 10 milhões de pessoas nos maiores mercados mundiais, incluindo cinco milhões na Europa. É a principal causa de doença hepática crónica e uma das razões mais comuns para transplante do fígado na Europa.

A recomendação do Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da EMEA, é a base para a aprovação, por parte da Comissão Europeia, para os pacientes dos 27 Estados-Membros, mais a Islândia e a Noruega.

Isabel Marques

Fontes: First Word, Bloomberg,
www.sch-plough.com

Estudo: Actonel reduz para metade o risco de reincidência de fractura osteoporótica

Novos dados demonstram que o Actonel 5mg (comprimidos de risedronato de sódio) reduz para metade o risco de fracturas clínicas, durante três anos, nas mulheres pós-menopáusicas com osteoporose, que sofreram previamente uma fractura de anca, em comparação com placebo.

Para este estudo foram seleccionados pacientes do ensaio Actonel HIP, com idades compreendidas entre os 70 e os 79 anos, que apresentavam uma baixa densidade mineral óssea e que já tinham sofrido, pelo menos, uma fractura de anca. A incidência de fracturas clínicas associadas à osteoporose, durante três anos, nos pacientes que receberam risedronato 5mg foi de 13 por cento (12 casos em 106 pacientes), em comparação com os 28,4 por cento (27 de 111 pacientes) que receberam placebo, o que representa uma redução de 50 por cento do risco de fractura com o Actonel.

O Actonel, da Sanofi-Aventis e da Procter & Gamble Pharmaceuticals, pertence a um grupo de fármacos não hormonais denominados bifosfonatos, utilizados no tratamento de doenças ósseas.

A existência de uma fractura prévia é um factor de alto risco para a existência de futuras fracturas. Quando uma mulher pós-menopáusica sofre uma fractura de anca, o risco de sofrer outra fractura no mesmo sítio, ou em qualquer outro, é duplicado. Apesar disso, muitos estudos indicam que os idosos com fractura de anca raramente recebem tratamento contra a osteoporose. Apenas 13 por cento dos pacientes com fractura de anca receberam tratamento no ano a seguir à fractura.

Segundo o principal investigador do estudo e fundador da Oregon Osteoporosis Centre de Portland, Dr. Michael McClung, os médicos querem ter a segurança de que a terapia é eficaz, na altura de tratar os diferentes graus de intensidade da doença. Neste estudo, o risedronato reduziu eficazmente o risco de fractura, em pacientes com osteoporose grave.

Os dados do estudo, resultantes de uma análise retrospectiva do ensaio Actonel HIP2, foram apresentados na 29ª Reunião Anual da American Society for Bone and Mineral Research (ASBMR). O estudo foi patrocinado pela “The Alliance for Better Bone Health”.

A osteoporose afecta, aproximadamente, 75 milhões de pessoas na Europa, Estados Unidos e Japão. Somente na Europa, a cada 30 segundos, produz-se uma fractura associada à osteoporose.

Em 2000, na Europa, os custos directos estimados das fracturas associadas à osteoporose foram de 31,7 milhões de euros e prevê-se que aumentem até aos 76,7 milhões de euros em 2050, segundo as alterações previstas relativas ao perfil da idade da população europeia.

Isabel Marques

Fontes: PMFarma, www.corondel.com, http://db.doyma.es, Infarmed

Futuro da indústria farmacêutica indiana depende da capacidade de inovação

Descoberta de fármacos e biosimilares são trunfos essenciais

O sucesso futuro da indústria farmacêutica indiana está dependente da sua capacidade para ultrapassar o excesso de confiança depositado nas produtoras de baixo custo e, ao mesmo tempo, estimular a inovação. Esta foi uma ideia apresentada por Satish Reddy, director de produção e operações da Dr Reddys, durante o discurso inaugural da Interphex. O responsável vê na descoberta de fármacos e nos biosimilares oportunidades particularmente relevantes.

“A inovação só começou a acontecer na Índia ao longo dos últimos anos mas é ela que vai comandar o verdadeiro valor do mercado do país”, afirmou o representante da farmacêutica indiana, durante o discurso de inauguração da Interphex, uma das mais importantes feiras de produtos farmacêuticos, que decorreu entre os dias 12 e 14 de Setembro, em Bombaim, na Índia, citado pelo portal Drugresearcher.com.

Actualmente, a Índia detém o domínio mundial sobre a produção de ingredientes farmacêuticos activos (APIs), uma vez que cerca de um em cada dois APIs têm origem naquele país asiático, e o mercado continua a crescer. Apesar dos bons resultados, esta indústria não deve assumir uma postura arrogante, defende Reddy. Isto porque, o responsável acredita que o domínio indiano neste sector só pode manter a sustentabilidade caso as empresas comecem a concentrar-se na inovação, e se transformem a si próprias de forma a oferecerem um serviço de descoberta de fármacos mais valioso do que os sistemas tradicionais.

A maioria dos produtores indianos de APIs concentra-se apenas em oferecer custos reduzidos, no entanto, segundo Reddy, os encargos dessas empresas crescem 30 por cento ao ano. A situação tende a tornar-se insustentável, visto que os custos logísticos são, por si só, já bastante elevados, e à medida que os salários aumentam e a rupia valoriza, o preço da competitividade no país vai sofrer um acréscimo rigoroso.

De acordo com Reddy, os biosimilares representam uma “enorme” oportunidade para a Índia aumentar o capital do país, mantendo a sua tradição enquanto foco central no sector dos genéricos. Até porque, o mercado global de medicamentos biotecnológicos apresenta uma tendência de crescimento que deverá subir dos actuais 43 mil milhões de euros, para os 70,8 mil milhões de euros em 2010.

“A Dr Reddy desenvolveu recentemente o primeiro anticorpo monoclonal biosimilar do mundo”, salientou. Este é outro dos sectores que Reddy acredita ser essencial para as empresas produtoras de APIs.

“As empresas precisam de começar já a pensar numa forma de encontrar o equilíbrio entre fazer investimentos elevados na inovação e ajudar a traçar o crescimento futuro, ao mesmo tempo que geram um crescimento das receitas a curto prazo, de forma a repartir os elevados riscos do mercado de desenvolvimento de fármacos”, afirmou Reddy.

As empresas indianas têm vindo a aumentar lentamente as suas colaborações com empresas multinacionais. As parcerias e acordos de cooperação em desenvolvimento e descobertas, bem como a prestação de serviços nesta área têm-nas colocado cada vez mais dentro deste sector de negócios.

Porém, existem ainda algumas barreiras que precisam de ser ultrapassadas. Há falta de especialistas no ramo da descoberta de fármacos, sendo que não há actualmente nenhuma empresa indiana com capacidade para suportar o processo completo que vai desde o desenvolvimento de um fármaco até à sua comercialização. Para além disso, há falta de institutos de investigação e financiamentos governamentais, escasseiam os talentos com especialização em áreas específicas, e são raros os líderes científicos, especialmente os que estão envolvidos em actividades de ponta, referiu Reddy. A este enunciado de obstáculos acresce ainda o facto do sistema de reforço de patentes estar ainda no início.

Marta Bilro

Fonte: DrugResearcher.com, interphex.com.

AstraZeneca aposta em terapias para sistema respiratório

Farmacêutica investe 219 milhões de euros em tecnologia da Verus Pharmaceuticals

A AstraZeneca está a apostar num aumento do seu portfolio na área dos medicamentos para o tratamento da asma. A farmacêutica anglo-sueca pagou 219,2 milhões de euros para adquirir sistema de veiculação de fármacos pediátricos da Verus Pharmaceuticals.

Segundo os termos do acordo, a Versus deverá receber um pagamento adiantado no valor de 21,2 milhões de euros e mais 198 milhões de euros relativos ao reembolso de despesas de desenvolvimento e potenciais ganhos.

A Versus, empresa especializada no ramo pediátrico, pretende voltar a concentrar-se no desenvolvimento de terapias para necessidades não preenchidas associadas a doenças atópicas, referiu o director de operações da empresa, Robert Keith.

A AstraZeneca tem já uma importante presença no sector das doenças respiratórias através do Symbicort (Budesonida + Formoterol), um medicamento indicado no tratamento da asma e da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Fora do mercado norte-americano, onde só foi lançado em Junho deste ano, fármaco rende anualmente mais de 850 milhões de euros.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Genengnews.com, Infarmed.

Shampoo & Bálsamo Sport Line da Fila Cosmetics retirado do mercado

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) ordenou a retirada do mercado nacional do Shampoo & Bálsamo Sport Line da marca Fila Cosmetics. Em causa está a presença, na composição deste produto, de uma substância proibida.

Num comunicado emitido esta terça-feira, o Infarmed refere que foi detectada no Shampoo & Bálsamo Sport Line da marca Fila Cosmetics a presença de N-nitrosodietanolamina, um composto proibido em produtos de cosmética e higiene corporal. Nesse sentido, a autoridade reguladora do sector informa as entidades envolvidas no circuito de distribuição e comercialização do referido produto que a comercialização do mesmo fica imediatamente suspensa.

O Infarmed adverte também os consumidores que tenham adquirido ou que estejam a utilizar o produto para se absterem de o fazer e para comunicarem à autoridade fiscalizadora caso a presença do mesmo seja detectada no mercado.

Marta Bilro

Fonte: Infarmed.

GSK, Novartis, Sanofi, Bayer e AstraZeneca entre as 50 melhores marcas europeias

Eurobrand avaliou mais de 3.000 empresas

As farmacêuticas GlaxoSmithKline, Novartis, Sanofi-Aventis, Bayer e AstraZeneca estão entre as 50 melhores marcas europeias, revela um relatório do Instituto Europeu de Marcas (Eurobrand). A GlaxoSmithKline é a mais bem posicionada, ocupando o 20º lugar do ranking na tabela de classificação geral.

De acordo com o documento publicado no portal do Eurobrand citado pelo portal Finanzas.com, logo depois do laboratório britânico surge a Novartis, na 27ª posição, a Sanofi-Aventis, na 29ª, a Bayer, na 42ª, e a AstraZeneca, que ocupa o 46º posto da lista.

O relatório analisou mais de três mil marcas de empresas europeias bem como insígnias individuais de 24 países, que foram avaliadas de acordo com a evolução do negócio, a situação competitiva, a posição de mercado, a percepção e o comportamento dos grupos, os objectivos das empresas, os investimentos e o potencial para o futuro.

Para além destes parâmetros, para determinar o valor total da marca foram também tidos em conta os lucros gerados pelas empresas e a correlação entre a criação de marcas importantes e a riqueza do país, relacionando o valor estimado das dez primeiras marcas de cada país com o seu produto interno bruto (PIB).

Marta Bilro

Fonte: PM Farma, Finanzas.com.

Roche processa Dr Reddy para bloquear genérico do Boniva

A farmacêutica suíça Roche apresentou uma queixa na justiça norte-americana contra a Dr Reddy. O objectivo é fazer com que o laboratório indiano seja impedido de comercializar uma versão genérica do Boniva (Ibandronato de sódio), um medicamento destinado ao tratamento da osteoporose.

O processo deu entrada num tribunal da Nova Jérsia depois da Dr Reddy ter dado a conhecer à Roche as suas intenções de lançar, no mercado norte-americano, um genérico da dosagem de 150mg do Boniva, revelou Martina Rupp, porta-voz da empresa.

A Roche alega que o Boniva, comercializado na Europa como Bonviva, está protegido por patentes que expiram apenas entre 2012 e 2023.

Esta é a segunda vez no espaço de um mês que a Roche se vê confrontada com a possibilidade de comercialização de um genérico deste medicamento. Tal como foi noticiado pelo Farmacia.com.pt, no inicio de Setembro a Roche processou a farmacêutica israelita Teva que pretendia igualmente colocar no mercado norte-americano um genérico do Boniva.

As vendas do medicamento renderam, em 2006, perto de 296 milhões de euros.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, CNN Money, Market Watch, Farmacia.com.pt.

UE aprova novo medicamento da Pfizer contra o HIV

Selzentry representa classe de fármacos inovadores contra a Sida

A Comissão Europeia aprovou a comercialização do Selzentry (maraviroc), um medicamento da farmacêutica Pfizer destinado ao tratamento de pacientes com HIV. O fármaco é o primeiro de uma nova classe de medicamentos de administração oral anti-HIV a ser colocado no mercado.

O Selzentry, comercializado nos Estados Unidos da América desde Agosto, bloqueia o CCRC, co-receptor que funciona como porta de entrada principal para o vírus nas células imunitárias humanas. O medicamento actua impedindo o vírus do HIV de entrar nas células sãs do sistema imunitário, em vez de atacar o próprio vírus.

A decisão era aguardada desde Julho, altura em que um painel de especialistas europeus recomendou a aprovação do medicamento. A utilização de Selzentry é indicada em pacientes que começam a não reagir a outras terapias e nos doentes em que o teste diagnóstico confirme que a estirpe do vírus está relacionada com o receptor CCR5.

As previsões dos analistas indicam que as vendas anuais do medicamento possam atingir os 355 milhões de euros em 2011.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, CNN Money, Forbes, Farmacia.com.pt.

Eli Lilly processa Sun Pharmaceutical para impedir genérico do Strattera

A farmacêutica norte-americana Eli Lilly processou a empresa Indiana Sun Pharmaceutical Industries Ltd. para evitar a comercialização de uma versão genérica do Strattera (hidroclorído de atomoxetina), um medicamento utilizado no tratamento do défice de atenção/hiperactividade.

A Sun Pharmaceutical aguarda autorização da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) para comercializar uma versão genérica do medicamento. Por sua vez, a queixa apresentada pela Eli Lilly num tribunal de Detroit apela à FDA para que a aprovação do genérico seja suspensa até 2017, altura em que expira a patente do Strattera.

“A Lilly será irreparavelmente prejudicada” caso a aprovação do genérico não seja bloqueada, refere a queixa apresentada. A Sun Pharmaceutical justificou a sua atitude perante a FDA com o argumento de que a patente é inválida e que, por isso, não estão a infringi-la.

O medicamento é comercializado em Portugal desde Outubro de 2005 e indicado para o tratamento da Perturbação de Hiperactividade e Deficiência de Atenção em crianças com 6 anos de idade ou mais e em adolescentes como parte de um programa terapêutico integrado.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Indianapolis Business Journal, Infarmed, Farmacia.com.pt.

farmacia.com.pt divulga programa de celebrações
Dia Nacional do Farmacêutico no Porto


A edição deste ano do Dia Nacional do Farmacêutico celebra-se nesta quarta-feira, e tal como o farmacia.com.pt tinha já anunciado, a cidade do Porto volta a acolher o evento, três anos depois da última vez em que tal aconteceu. No dia dedicado a São Cosme e a São Damião, padroeiros do mister, serão vários e de diferentes quadrantes do sector da Saúde os oradores no evento, que terá como anfitrião o presidente da Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos, Franklim Marques.

O início da cerimónia oficial de celebração está agendado para as 15 horas, nas Caves Porto Calém, que ainda antes da sessão de abertura do Dia Nacional do Farmacêutico serão visitadas pelos participantes e convidados na cerimónia. Franklim Marques será, na qualidade de anfitrião, o primeiro orador da tarde, numa curta intervenção a que se seguirá o discurso de Daniel Serrão, membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, que dissertará sobre «O lugar do farmacêutico no processo de cuidar do outro». Por volta das 16h40 deverá usar da palavra o primeiro bastonário da Ordem, Francisco Carvalho Guerra, que fará, de acordo com o programa, algumas «Reflexões sobre as Ciências Farmacêuticas». Seguir-se-á depois a cerimónia comemorativa, com a entrega de medalhas e diplomas aos membros da OF que agora completam 50 anos de licenciatura.
A sessão de oratória será retomada logo depois, cerca das 17h15, com uma alocução do professor catedrático da Universidade do Porto e ex-ministro da Economia Daniel Bessa, que antecede um momento tradicional de todas as celebrações do Dia Nacional do Farmacêutico: a cerimónia de entrega dos Prémios Sociedade Farmacêutica Lusitana. Falará depois o catedrático da Universidade de Madrid António Sillero, para o relato de «Algumas vivências pessoais sobre a investigação científica», intercalando-se depois nova sessão de entrega de prémios, desta vez os galardões atribuídos pela Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuticos. Álvaro Santos Almeida, líder do Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Saúde, rubricará a última intervenção antes do Juramento Farmacêutico, aprazado para as 19h15, após o que discursará, no âmbito da sessão de encerramento do evento, a bastonária da OF, Irene Silveira. Pelas 20h30 realizar-se-á o jantar comemorativo da efeméride.
Como o farmacia.com.pt tinha já avançado, desde a sua primeira edição o Dia Nacional do Farmacêutico tem como objectivo primacial a promoção do encontro entre as várias gerações daqueles profissionais de saúde, que operam também em diferentes áreas de actividade, enaltecendo, junto de toda a sociedade, os importantes méritos e contributos da profissão farmacêutica para a dinamização de um melhor cenário da saúde pública. A Ordem já disponibilizou, na sua página electrónica (www.ordemfarmaceuticos.pt/), os formulários para inscrição nas celebrações do Dia Nacional do Farmacêutico.

Carla Teixeira
Fonte: Ordem dos Farmacêuticos

Conferência “Saúde e Migrações na UE” começa quinta-feira


A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, recebe já nos próximos dias 27 e 28, a conferência europeia “Saúde e Migrações na UE”, subordinada ao tema “Melhor Saúde para Todos Numa Sociedade Inclusiva”, um evento organizado no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.

A conferência, que marca a principal iniciativa da Presidência Portuguesa, face à saúde, conta com a coordenação científica de Ana Fernandes, da Escola Nacional de Saúde Pública e com o apoio do Grupo de Projecto da Saúde para a Presidência. O principal objectivo deste evento passa por realçar a importância da saúde e do acesso aos cuidados de saúde para os cidadãos da UE e para todos os recém-chegados.

De acordo com o portal da Presidência Portuguesa da UE, o fenómeno das migrações internacionais continua em expansão um pouco por todo o mundo, tendo-se registado também o aumento a intensidade e o ritmo dos movimentos populacionais, que geralmente têm a Europa como principal centro de convergência de fluxos, originários de várias partes do Mundo.

Consciente da necessidade que a Europa tem de receber imigrantes, devido ao envelhecimento da população europeia e de ser preciso preencher as necessidades de mão-de-obra, a Presidência Portuguesa pretende alertar para o momento crítico que a união atravessa, dai que a saúde e as migrações tenham sido eleitos como tema central da Presidência Portuguesa da UE.

Inês de Matos

Fontes: Portal da Saúde, Portal da Presidência Portuguesa da UE