segunda-feira, 17 de novembro de 2008

FDA alerta para efeitos adversos de Zyprexa e Lamisil em crianças

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), numa revisão de segurança, indicou que o fármaco antipsicótico Zyprexa (olanzapina), da Eli Lilly, e o medicamento antifúngico Lamisil (terbinafina), da Novartis AG, devem ser monitorizados relativamente a potenciais riscos de efeitos adversos na população pediátrica.

No que diz respeito ao Zyprexa, os reguladores relataram que não surgiram novos sinais de segurança como parte desta revisão. Contudo, esta alertou que a população pediátrica não está livre dos eventos adversos provocados pela terapia com olanzapina.

Os reguladores recomendaram uma revisão da informação de prescrição do fármaco, de modo a incluir o potencial risco de efeitos metabólicos que têm sido observados, tanto em adultos como em crianças que tomaram o fármaco.

Actualmente, o Zyprexa está aprovado para pacientes com mais de 18 anos, não sendo recomendada a administração de olanzapina a crianças e adolescentes. A rotulagem do medicamento já inclui uma referência relativa ao risco de aumento de peso nesta população.

A FDA também recomendou que seja efectuada uma investigação adicional relativamente aos eventos psiquiátricos relatados entre os pacientes tratados com Lamisil, incluindo depressão, ideias suicidas e dor auto-infligida.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=3009C82B57874FE79377B9798AEED452

Homens que tomam aspirina têm níveis mais baixos de PSA

Investigadores norte-americanos revelaram que a utilização de aspirina e de fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), por parte dos homens, está associada a níveis mais baixos do Antigénio Específico da Próstata (PSA).

Os investigadores da Universidade Vanderbilt, em Nashville, referiram que a análise incluiu 1.277 participantes que consultaram um urologista para se submeterem a uma biopsia da próstata. Aproximadamente 46 por cento dos homens relataram tomar um anti-inflamatório não esteróide, habitualmente aspirina.

A equipa de investigadores descobriu, após ajustar algumas variáveis, que têm efeitos independentes no tamanho da próstata e no risco de cancro, como a idade, raça, história de cancro da próstata na família, obesidade, entre outras, que a utilização de aspirina estava significativamente associada a níveis mais baixos de PSA.

As descobertas revelaram que os níveis de PSA estavam 9 por cento mais baixos nos homens que tomaram aspirina, em comparação com aqueles que não tomaram o fármaco.

O teste de PSA é utilizado normalmente como método para detectar nos homens a possibilidade de cancro da próstata, sendo que níveis elevados de PSA no sangue sugerem uma maior probabilidade de ter cancro da próstata. Contudo, níveis elevados de PSA também podem significar uma hiperplasia benigna da próstata, um aumento não-cancerígeno da próstata.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/17/Men_who_take_aspirin_have_lower_PSA_levels/UPI-60611226902429/

Óleo de hortelã-pimenta e fibras podem ajudar a combater cólon irritável

Um novo estudo revelou que, para alguns pacientes, a melhor terapia para a síndrome do cólon irritável pode ser à base de fármacos antigos e baratos, tais como fibras, fármacos antiespasmódicos e óleo de hortelã-pimenta.

De acordo com os investigadores, estes tratamentos simples caíram em desuso devido à acessibilidade de novos fármacos, mas também mais dispendiosos, alguns dos quais foram retirados do mercado devido a questões de segurança.

Contudo, os peritos afirmam que estas terapias mais tradicionais podem, por vezes, ser melhores e que deveriam tornar-se tratamentos de primeira linha nas directrizes para o tratamento da síndrome do cólon irritável.

O investigador principal, o Dr. Alex Ford, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade McMaster, em Ontário, no Canadá, referiu que estão sempre a ser desenvolvidos novos fármacos, mas alguns recentes, como o alosetron e o tegaserod, foram retirados, e agora só estão disponíveis de forma restrita, e a renzaprida não se demonstrou efectiva.

Por outro lado, os fármacos antigos, que são baratos, seguros e, em alguns casos, estão disponíveis sem receita médica, parecem ser efectivos para a síndrome do cólon irritável.

No estudo, publicado online na “British Medical Journal”, os investigadores reviram ensaios, que incluíram mais de 2.500 pacientes com a síndrome, que compararam o tratamento da síndrome do cólon irritável com fibra, antiespasmódicos e óleo de hortelã-pimenta ao placebo ou a nenhum tratamento.

Os investigadores descobriram que a fibra, os antiespasmódicos e o óleo de hortelã-pimenta foram tratamentos efectivos, não tendo sido associados efeitos secundários graves a qualquer um dos tratamentos.

No estudo, o óleo de hortelã-pimenta pareceu ser a terapia mais efectiva. A fibra insolúvel não foi efectiva, por outro lado, apenas a fibra solúvel reduziu os sintomas. No caso dos antiespasmódicos, o mais efectivo foi a hioscina.

O Dr. Roger Jones, do King’s College, em Londres, afirmou que para alguns pacientes com dores e diarreia os antiespasmódicos podem ser úteis. Os pacientes com obstipação devem experimentar fibra e para outros pacientes o óleo de hortelã-pimenta pode ser benéfico.

Segundo o Dr. Jones, quem sofre de cólon irritável e não tem a doença controlada, ou não está satisfeito com o perfil de sintomas, deve consultar o médico de família, ou o gastroenterologista, para fazer uma revisão e talvez chamar a atenção para as novas evidências acerca da efectividade destes fármacos tradicionais.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_71634.html

Combinação de quatro fármacos favorável para cancro do pulmão

Investigadores norte-americanos revelaram que a combinação de dois fármacos de quimioterapia com duas terapias direccionadas demonstrou ser segura e ajudou os pacientes com cancro do pulmão avançado a viver mais tempo.

A combinação de Avastin (bevacizumab), da Roche & Co, Erbitux (cetuximab), da ImClone Systems, carboplatina e paclitaxel pareceu aumentar, em média, dois meses à sobrevivência dos pacientes, de 12 para 14 meses.

Foi a primeira vez que duas terapias direccionadas foram utilizadas conjuntamente com quimioterapia tradicional deste forma. O Dr. Edward Kim referiu ainda que o Avastin e o Erbitux pareceram actuar sinergicamente.

Segundo o Dr. Kim, a base do estudo foi a descoberta de que o Avastin melhora a eficácia da terapia existente, possibilitando assim uma melhoria do regime com Erbitux, carboplatina e paclitaxel.

Os investigadores testaram 110 pacientes com cancro do pulmão, em fase 3 ou 4, num ensaio de segurança e eficácia de Fase II. Os pacientes receberam seis ciclos dos quatro fármacos e posteriormente, como manutenção, infusões contínuas de Avastin e Erbitux.

Os investigadores revelaram, no Simpósio Multidisciplinar em Oncologia Torácica Chicago 2008, que 53 por cento dos pacientes apresentaram uma redução dos tumores e 24 por cento estabilizaram a doença. Em média, os pacientes tiveram sete meses sem crescimento dos tumores e sobreviveram 14 meses.

Os pacientes que anteriormente receberam os três fármacos, sem o Avastin, apresentavam uma média de 5,5 meses sem crescimento dos tumores e 12 meses de sobrevivência geral.

No que se refere a efeitos adversos, quatro pacientes morreram durante o tratamento, sendo o Avastin conhecido por algumas vezes provocar hemorragia interna, e 40 pacientes apresentaram os efeitos secundários habituais, como dor no nervo e baixo número de células sanguíneas.

Embora muitos fármacos sejam utilizados para tratar o cancro do pulmão, quase todos deixam de funcionar eventualmente.

O cancro do pulmão é a principal causa de morte globalmente, com 1,2 milhões de mortes todos os anos e 114 mil anualmente nos Estados Unidos, segundo a Sociedade Americana de Cancro.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AC6OI20081113?sp=true