De acordo com uma nota informativa publicada no portal da FDA, o comité de especialistas deverá analisar os efeitos secundários neurológicos e comportamentais provocados pelo fármaco em crianças às quais o mesmo foi administrado. O Tamiflu está sujeito a uma avaliação anual desde que, em 2005, foram relatados casos de suicídio, alucinações e lesões auto-infligidas em pacientes que receberam o tratamento.
O ano passado, o comité de aconselhamento recomendou à Roche uma actualização à rotulagem da substância de forma a alertar para potenciais comportamentos irregulares em pacientes que estejam a receber o tratamento.
Recorde-se que, em Julho deste ano, uma família japonesa processou o ministério da saúde nipónico pela morte do filho que alegavam ter acontecido na sequência da ingestão de Tamiflu. De acordo com os familiares o rapaz terá saído de casa descalço quando foi atropelado por um veículo pesado, cerca de duas horas depois de tomar o medicamento.
Conforme foi noticiado pelo Farmacia.com.pt, o caso surgiu alguns meses depois das autoridades de saúde japonesas terem emitido avisos sobre a utilização do fármaco, indicando aos médicos que não o prescrevessem a doentes na faixa etária entre os 10 e os 19 anos, devido à detecção de dezenas de casos de mortes e ferimentos entre adolescentes aos quais este tinha sido administrado. A Roche negou qualquer relação entre a ingestão do medicamento e a ocorrência comportamentos fora do padrão normal.
Marta Bilro
Fonte: Bloomberg, First Word, Farmacia.com.pt.
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