“Indústria dos genéricos vai continuar a crescer”

Numa entrevista ao jornal «Médico de Família», o responsável pela Ranbaxy recordou que o mercado farmacêutico nacional evidenciou uma subida da quota de mercado dos medicamentos de um para 17 por cento, fenómeno que considerou “reflexo óbvio da receptividade crescente” dos portugueses aos medicamentos sem marca, embora esse não seja ainda, na sua opinião, um crescimento suficiente, na medida em que a quota de mercado dos genéricos deveria atingir no nosso país os 40 ou 50 por cento que já atinge em tantos outros países europeus.
Vincando a ideia de que a qualidade dos medicamentos genéricos é exactamente igual à dos compostos químicos comercializados pelas grandes multinacionais, Malvinder Singh afirmou que acredita que “a indústria dos genéricos vai continuar a crescer em Portugal”, mas acrescentou que, para isso acontecer, é importante que os médicos dêem o seu contributo, e “que continuem a apoiar a prescrição de produtos genéricos” ou, em alternativa, “permitam que as farmácias substituam os medicamentos prescritos, quando tal fizer sentido”, em termos de vantagens para o doente.
No seguimento de um período de 18 meses em que a companhia farmacêutica indiana concluiu 12 processos de aquisição de outras empresas, integrou a maior companhia independente de genéricos da Roménia, assumiu o controlo dos negócios daquela área no seio da GlaxoSmithKline em Espanha e Itália e tomou conta de uma firma importante no mercado do Benelux, o CEO da Ranbaxy disse que a empresa está atenta a novas oportunidades de negócio no espaço europeu, considerando que, “a nível global, a posição da Ranbaxy no mercado dos genéricos está consolidada: estamos no top das 10 maiores empresas do mundo e somos a maior empresa sediada num mercado de relevo, como é o indiano”.
Carla Teixeira
Fonte: «Médico de Família»
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