quinta-feira, 19 de março de 2009

Fibrilhação auricular é mais perigosa para diabéticos

Cardiologistas australianos alertam para o facto da fibrilhação auricular nos pacientes diabéticos aumentar o risco de morte devido a problemas cardiovasculares.

Este estudo, publicado na "European Heart Journal”, informa os médicos de que a fibrilhação auricular, uma anomalia no ritmo cardíaco, é um marcador de risco acrescido de eventos cardiovasculares e mortalidade em diabéticos, tanto homens como mulheres. Estes pacientes devem controlar mais agressivamente os factores de risco, tais como pressão sanguínea e colesterol.

A investigadora principal, a Dra. Anushka Patel, da Universidade de Sydney, referiu que isto é uma questão diferente do controlo da frequência e ritmo, ou da utilização de anticoagulantes para prevenir os eventos tromboembólicos, que é a terapêutica habitual nos pacientes com fibrilhação auricular. Estas questões também são importantes, mas os investigadores acreditam que os dados sugerem que uma consciencialização acrescida e uma gestão do risco cardiovascular geral também é importante.

O ensaio internacional e aleatório, que envolveu 11 140 pacientes com diabetes tipo 2, descobriu que os pacientes com fibrilhação auricular, no início do estudo, apresentavam um risco 61 por cento mais elevado de morrer devido a qualquer causa, um risco 77 por cento mais elevado de morrer devido a causas cardiovasculares, tais como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC), e um risco 68 por cento mais elevado de desenvolverem problemas cardiovasculares, em comparação com os pacientes diabéticos que não sofrem de fibrilhação auricular.

Contudo, os investigadores também descobriram que os riscos de morrer ou desenvolver complicações cardiovasculares diminuem quando os pacientes diabéticos com fibrilhação auricular são tratados de forma agressiva com uma combinação de fármacos para reduzir a pressão sanguínea.

A fibrilhação auricular é um distúrbio da frequência e do ritmo do coração caracterizada pela contracção rápida e descoordenada das câmaras superiores (aurículas) e inferiores (ventrículos) do coração, por alteração do funcionamento do sistema de condução eléctrica do coração.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/18/Atrial_fibrillation_riskier_for_diabetics/UPI-15941237423989/

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