quinta-feira, 26 de março de 2009

Problemas cutâneos aumentam 20% devido a alterações psicológicas

As pessoas com alterações psicológicas têm 20 por cento mais risco de sofrerem problemas cutâneos do que a população em geral, sendo que os pacientes hospitalizados podem apresentar uma incidência acrescida de 30 por cento.

A Dra. Aurora Guerra, chefe da Secção de Dermatologia do Hospital Universitário 12 de Outubro de Madrid e presidente da Secção Centro da Academia Espanhola de Dermatologia, explicou que a pele é um órgão que apresenta sintomas com facilidade, pelo que existem muitas reacções cutâneas, incluindo em condições normais e fisiológicas, e quando a mente está doente, este problema chega à pele.

Assim, a Dra. Guerra destacou a dermatite artificial ou fictícia (auto-escoriação), na qual o transtorno mental é a única origem da alteração cutânea. A investigadora explicou que lesionar a pele para pedir ajuda é uma das ferramentas que os pacientes com distúrbios factícios costumam pôr em prática.

A Dra. Guerra referiu que o protótipo do paciente com dermatite artificial é uam mulher entre os 20 e os 60 anos, com carácter introvertido, centrada em si mesma e com dificuldade em relacionar-se com os demais. Estas manifestações de forma inconsciente, intimamente supõe uma chamada de atenção, uma vez que por detrás pode haver uma depressão ou uma intenção de suicídio, acrescentou.

Outro dos problemas são as alucinações cutâneas, como as alucinações com insectos ou vermes, nas quais as pessoas pensam ter bichos e coçam-se para tirá-los, provocando feridas cutâneas extensas.

Contrariamente, a Dra. Guerra referiu as pessoas que estão mentalmente sãs e que padecem de um problema de pele, como a psoríase ou o acne, nas quais se pode revelar um transtorno como a depressão.

A investigadora sublinhou que é preciso ter em conta que, muitas vezes, se cria um ciclo vicioso, pelo que tratar apenas o problema de pele não será suficiente para se chegar a um tratamento completo e abrangente.

Isabel Marques

Fontes:
http://ecodiario.eleconomista.es/salud/noticias/1124843/03/09/Los-problemas-cutaneos-aumentan-un-20-las-alteraciones-psiquicas.html

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