sexta-feira, 17 de abril de 2009

Deficiência das vitaminas A e C associada a um maior risco de asma

Um estudo da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, revelou que as pessoas com deficiência das vitaminas antioxidantes A e C podem apresentar um risco acrescido de asma.

Os investigadores descobriram que as pessoas com asma grave apresentavam uma ingestão significativamente mais baixa de vitamina C (cerca de metade da dose diária recomendada), em comparação com aquelas com asma ligeira.

Além disso, os baixos níveis de vitamina C no sangue e a menor ingestão de alimentos que contêm vitamina C foram associados a um risco 12 por cento maior de sofrer de asma.

No caso da vitamina A a relação não é tão clara, mas o Conselho de Investigação Médica do Reino Unido assegura que também existe uma associação significativa. A ingestão média de vitamina A entre as pessoas com asma era de 182 microgramas por dia, entre um quarto e um terço da dose diária recomendada.

A descoberta, publicada na revista científica “Thorax”, tem como objectivo tentar esclarecer a incerteza que tem caracterizado os últimos 30 anos de investigação nesta área que relaciona as carências vitamínicas e este distúrbio respiratório.

A equipa do Dr. Jo Leonardi-Bee reviu 40 estudos realizados entre 1980 e 2007 para assinalar os níveis baixos de vitamina A e de vitamina C como factores de risco para o desenvolvimento de asma, enquanto descartava qualquer tipo de relação entre esta doença e a vitamina E.

Os investigadores concordam na necessidade de continuar a investigação, visto que os dados apontados constituem um avanço, mas não são conclusivos. Além disso, existem outros factores, como deixar de fumar, a actividade física ou o estatuto sócio-económico, que ainda não foram tomados em consideração.

Isabel Marques

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