segunda-feira, 6 de abril de 2009

Maior quantidade de germes na boca aumenta risco de doença cardíaca

Dois agentes patogénicos da boca estão associados a um maior risco de insuficiência cardíaca, mas é o número total de germes, independentemente do tipo, o que tem maior influência na doença cardíaca.

Vários estudos têm sugerido que existe uma relação entre os organismos que provocam uma doença das gengivas, ou doença periodontal, e o desenvolvimento de doença cardíaca, mas poucos avaliaram esta teoria.

A investigadora principal, a Dra. Oelisoa M. Andriankaja, da Universidade de Buffalo, explicou que a mensagem é que, embora alguns patogénios periodontais específicos tenham sido associados a um maior risco de doença coronária, a carga patogénica bacteriana total é mais importante do que o tipo de bactéria. Isto é, o número total de bactérias é mais importante do que um único organismo.

O estudo incluiu 386 homens e mulheres, entre os 35 e os 69 anos, que tinham sofrido um ataque cardíaco e 840 pessoas sem problemas de coração que serviram para controlo. Foram recolhidas amostras de placa dentária, onde os germes aderem, em 12 localizações das gengivas de todos os participantes.

As amostras foram analisadas relativamente à presença de seis tipos comuns de bactérias periodontais, assim como sobre o número total de bactérias.

Os pacientes cardíacos apresentavam uma maior quantidade de todos os tipos de bactérias do que os de controlo. Contudo, apenas duas espécies conhecidas, Tannerella forsynthesis e Preventella intermedia, demonstraram uma associação estatisticamente significativa a um maior risco de insuficiência cardíaca.

Segundo a AZprensa.com, os resultados demonstraram que um aumento do número de bactérias periodontais diferentes também aumentava as probabilidades de enfarte.

De acordo com os investigadores, para avaliar esta possível associação será necessário realizar estudos prospectivos, ou seja, que meçam as bactérias orais nos participantes sem problemas cardíacos no início do estudo e depois quando se produzam episódios cardiovasculares.

Isabel Marques

Fontes:
www.azprensa.com/noticias_ext.php?idreg=41073

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