segunda-feira, 9 de julho de 2007

EMEA estende licença de aplicação do Seretaide

O Seretaide, um medicamento da GlaxoSmithKline utilizado no tratamento e controlo da asma, recebeu aprovação de utilização na Europa para tratar pacientes com doenças pulmonares.

O fármaco, comercializado nos Estados Unidos da América como Advair, é o mais bem sucedido do laboratório britânico e o segundo medicamento mais vendido no mundo. As vendas do fármaco a nível mundial atingiram, em 2006, os 4,87 mil milhões de euros. A Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) resolveu alargar a licença do Seretaide para que possa ser utilizado numa extensa camada de pacientes que sofrem de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), uma patologia que afecta, em Portugal, cerca de 5,3 por cento da população.

A revisão da entidade reguladora surge na sequência da apresentação de um importante estudo clínico sobre a utilização da substância em pacientes com DPOC, anunciou a Glaxo. A decisão vai permitir que mais pacientes com doença pulmonar possam ser tratados com Seretaide numa fase precoce da doença, antes de esta progredir para um estado mais grave.

A doença pulmonar obstrutiva crónica “é um estado patológico que se caracteriza por uma limitação do débito aéreo (ventilação), geralmente progressiva e com reduzida reversibilidade”, refere o Portal da Saúde. Por norma, a sua origem está associada a uma resposta inflamatória anómala dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos. O tabagismo é o principal responsável pela doença, sendo que a exposição à inalação de partículas ou gases nocivos também contribuem.

O Seretaide (Fluticasona + Salmeterol) é um agonista beta-2 de longa duração de acção e corticosteróide inalado. De acordo com as novas indicações europeias, o medicamento poderá ser utilizado nos pacientes com DPOC cuja função pulmonar apresenta 60 por cento do nível normal de FEV1 (redução da função pulmonar), contra os 50 por cento em que era indicado anteriormente, abrangendo uma população de doentes mais vasta.

Marta Bilro

Fonte: Market Watch, Reuters, Portal da Saúde, Revista Portuguesa de Pneumologia.

1 comentário:

Rui Borges disse...

"alargar a licença do Seretaide para que possa ser utilizado numa extensa camada de pacientes"

ficaria melhor:

"alargar a licença do Seretaide para que possa ser utilizado num leque mais vasto de pacientes"