Processo atribulado envolve a FDA e o medicamento Trasylol
Investigação independente iliba Bayer
Investigação independente iliba Bayer

O início da «novella Trasylol» remonta a Janeiro de 2006, quando um artigo publicado naquele jornal especializado britânico que fazia a comparação entre o medicamento da Bayer e outros dois disponíveis no mercado aferiu que o grupo de pacientes tratado com a aprotinina revelou maior incidência de casos de insuficiência renal e cardíaca, enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. A gravidade da informação divulgada colocou em marcha uma onda de pânico relativamente ao uso do Trasylol, e levou a que a FDA constituísse uma comissão de peritos para analisar a situação, que acabaria por atestar a validade do medicamento, dando razão à Bayer e contrariando o estudo publicado no «New England Journal of Medicine».
No entanto, em Setembro passado vieram a público denúncias de que a empresa alemã teria ocultado do painel de especialistas recrutado pela Food and Drug Administration os dados de um outro estudo, que incidiu no acompanhamento de 65 mil pacientes, e que apontavam justamente para um maior risco de efeitos colaterais adversos no grupo que tinha sido submetido àquela medicação. Nova onda de pânico ditou o arranque imediato de uma investigação independente, cujos resultados foram agora divulgados. Segundo o grupo de especialistas, a Bayer não terá agido intencionalmente com vista à ocultação de quaisquer dados.
De acordo com os peritos que desde Setembro analisavam o problema, terá havido dois funcionários da Bayer na Alemanha que receberam os dados do estudo antes da reunião da comissão da FDA, mas que não submeteram essa informação à reguladora norte-americana, por entenderem que a metodologia do estudo estaria errada. “A falha não derivou de uma intenção deliberada de ocultar os resultados do estudo, mas de um erro humano lamentável”, indica o relatório agora divulgado pelo grupo independente de peritos. A Bayer já reagiu à notícia, considerando que a atitude dos dois funcionários na Alemanha se traduziu num “sério erro de julgamento”. Em Dezembro do ano passado, no entanto, a empresa alterou a rotulagem do Trasylol, fazendo referência ao potencial risco de insuficiência renal nos doentes tratados com aquele fármaco.
Carla Teixeira
Fonte: Firstword, FDA, Forbes, http://paulolotufo.blogspot.com/2006/09/bayer-nega-informao-ao-fda-o-caso.html
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