domingo, 23 de setembro de 2007

Empresário brasileiro garante vantagens do produto
Plástico de açúcar na indústria farmacêutica


Num sector como o farmacêutico, em que é permanente o esfrorço inovador e o fervilhar de novidades, um empresário brasileiro acena agora com um novo produto: o plástico de açúcar, como lhe chama Sylvio Ortega Filho, “é um polihidroxibutirato, uma espécie de poliéster ou plástico biodegradável”, feito a partir do açúcar e que poderá substituir, nas suas mais diversas aplicações, o tradicional plástico feito à base de petróleo. A indústria farmacêutica é uma das apostas.

Físico, matemático, engenheiro civil e pós-graduado em Marketing, Sylvio Ortega Filho tem dividido o seu tempo, ao longo dos últimos meses, em viagens pelo mundo, com o intuito de demonstrar as “impressionantes capacidades” do inovador material, elemento principal de um projecto que tem sido desenvolvido na localidade brasileira de Serrana, e que prevê que, a breve trecho, também os medicamentos possam usar o plástico de açúcar para facilitar a vida dos seus consumidores. Em entrevista ao jornal «Gazeta de Ribeirão», o empresário brasileiro atesta que este produto é “uma espécie de pó branco e granulado a que podemos chamar carbono verde, renovável e que permite a retirada do dióxido de carbono do meio-ambiente”, e que é obtido a partir do açúcar, através de um processo químico.
Ortega Filho esclarece que o plástico de açúcar tem sensivelmente o mesmo leque de aplicações do polipropileno, voltando-se para a injecção, a extrusão e a termoformagem (processo que produz as embalagens dos iogurtes, por exemplo). Pode ainda substituir o poliuretano e a espuma utilizada para produzir essas embalagens. Há também uma aplicação que o industrial brasileiro diz ser medicinal: “Através de nanobiotecnologia, o polímero poderá ser utilizado na libertação gradual do princípio ativo de um determinado medicamento”, refere aquele responsável, frisando que, “se uma pessoa tem de tomar um remédio durante sete dias em dosagens fragmentadas, em vez de tomar dezenas de comprimidos e de se preocupar com os horários para isso, pode optar por ingerir uma só cápsula, preparada para libertar gradualmente a quantidade certa do fármaco, conforme se vai degradando no interior do organismo.

Carla Teixeira
Fonte: «Gazeta de Ribeirão»

Sem comentários: