quarta-feira, 28 de novembro de 2007

CE aprova Tasigna para leucemia mielóide crónica

A Comissão Europeia (CE) aprovou o Tasigna (nilotinib), da Novartis AG, para o tratamento de pacientes com leucemia mielóide crónica que não respondem ao Glivec/Gleevec (mesilato de imatinib), o fármaco líder no seu segmento e o segundo mais vendido da companhia suíça.

A aprovação baseou-se em dados que demonstraram que o Tasigna produziu uma resposta positiva em 49 por cento dos pacientes com leucemia mielóide crónica. A maioria dos pacientes atingiu esta resposta em três meses após o início do tratamento com o fármaco. O Tasigna actua em aproximadamente metade dos pacientes que desenvolveram resistência ao Glivec.

A aprovação europeia do Tasigna já era esperada, após o fármaco ter sido recomendado por um painel da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA). A decisão é válida em todos os 27 Estados-Membros da União Europeia, e ainda na Noruega e na Islândia. O Tasigna já está aprovado nos Estados Unidos e na Suiça, e foi apresentado aos reguladores japoneses em Junho.

O Tasigna inibe a produção de células cancerígenas ao direccionar-se à proteína Bcr-Abl. Esta proteína, produzida pelas células que contêm um cromossoma anormal, denominado Filadélfia, é reconhecida como sendo o elemento chave na superprodução de glóbulos brancos que causam cancro nos pacientes com leucemia mielóide crónica.

O fármaco teve um caminho rápido até chegar ao mercado, tendo sido criado apenas em Agosto de 2002, um ano após o lançamento do Glivec. O Tasigna, que atingiu vendas de 2,6 mil milhões de dólares no ano passado, irá competir com o Sprycel (dasatinib), da Bristol-Myers Squibb Co.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Reuters, MarketWatch, CNNMoney

2 comentários:

Rui Borges disse...

há pouco tempo recebi uma critíca da Merck, que tive o cuidado de vos reencaminhar. Queixavam-se de estarmos a utilizar o nome deles indevidamente.

Ou seja, fizemos publicidade gratuita e ainda criticam!

Conclusão, vamos começar a incidir sobre notícias negativas.

O que é negativo para uns é positivo para a sua concorrência, se é que me faço entender.

Esta notícia é muito boa, mas seria excelente se pusesse as coisas ao contrário: "o sprycel apresenta resultados inferiores a um novo medicamento da novartis..."

Isabel disse...

Percebo o que quer dizer, e entendo o ponto de vista. Contudo, não posso concordar com a posição de incidir sobre notícias negativas. Na minha opinião, sendo o farmacia.com.pt um portal informativo, penso que o objectivo é proporcionar aos nossos leitores a melhor informação possível, de forma imparcial e objectiva. Penso que o portal deve criar uma reputação de informação de qualidade, fiável e desinteressada, como tem acontecido até agora. Como jornalistas não devemos tomar partidos, e devemos somente veicular informação. Não devemos "fugir" dos assuntos negativos, mas também acho que não podemos começar a escolher os temas por serem negativos para alguns.
No caso específico deste artigo, o que era notícia e novidade era o facto de um novo medicamente ter sido aprovado na Europa, era isso que tornava pertinente a sua divulgação. Penso que, neste caso, se tivesse optado por outra abordagem retiraria relevância ao artigo. Com os dados que possuía também não podia redigir um artigo noticiando que o fármaco concorrente é inferior.
Espero que entenda também a minha posição como profissional da comunicação.