sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Estudo identifica alergias alimentares e medicamentosas em crianças

Iniciativa da Universidade de Aveiro envolve 600 participantes

Os problemas alérgicos são uma preocupação frequente para muitos cidadãos e a sua prevalência continua a aumentar em Portugal. Através de um projecto que envolve perto de 600 crianças, do distrito de Aveiro, com idades compreendidas entre os 0 e os 10 anos de idade, a Universidade de Aveiro espera identificar cerca de 25 por cento das crianças com problemas alérgicos, derivados de alergias alimentares, medicamentosas ou de outro tipo.

A iniciativa, que pretende identificar crianças com doenças alérgicas que pela sua patologia possam correr risco de vida, conta com a participação de dezanove escolas do ensino público e privado e desenvolve-se em três fases, ao longo deste ano lectivo. O projecto é da responsabilidade dos departamentos de Ciências da Educação e Didáctica e Tecnologia Educativa da Universidade de Aveiro, em parceria com a Associação Ambiente e Alergias para a Promoção e Protecção da Saúde – Infantasma.

Numa primeira fase será aplicado um inquérito aos encarregados de educação que permitirá detectar a existência de casos de alergia. Num plano posterior serão aprofundadas as causas, recorrendo a consultas e testes gratuitos e, por último, serão ministrados workshops e actividades de formação a todos os elementos da comunidade escolar. No final, a Infantasma irá apetrechar as escolas com um kit composto pelos medicamentos necessários a administrar em caso de choque anafiláctico.

Um dos principais objectivo passa por assegurar que todos os que rodeiam as crianças estejam preparados para reagir face a qualquer situação urgência alergológica, nomeadamente uma alergia alimentar, medicamentosa, uma alergia venenosa ou crises de asma.

Os responsáveis pelo projecto esperam assim identificar cerca de 25 por cento das crianças com problemas alérgicos, das quais 1 a 2 por cento sofrerão de problemas graves, com origem em alergias alimentares, medicamentosas ou de outro tipo.

Um estudo recente realizado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) revelou que entre as crianças em idade pré-escolar, 21,5 por cento apresentavam queixas de rinite no último ano, mas destas apenas 35,8 por cento estavam diagnosticadas e 36,5 por cento medicadas. Os últimos dados estatísticos indicam que cerca de 40 por cento da população jovem portuguesa sofre de rinite alérgica e 12 por cento de asma.

Marta Bilro

Fonte: Educare.pt, CienciaPT, UA Online, Diário Digital.

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