A verificar-se esta possibilidade, a mutação “teria o potencial de provocar uma pandemia de gripe» à escala mundial, alerta o relatório. “A ameaça pandémica levou a maior parte dos governos a melhorar as suas técnicas de detecção, controlo e reacção aos agentes patogénicos. No entanto, numerosos planos nacionais não são suficientemente operacionais e a coordenação destes planos entre os países exige maior atenção”, sublinha o mesmo documento.
A maior mobilidade das pessoas e dos bens, assim como as mudanças que se verificam no ecossistema são factores chave na probabilidade de movimentação dos agentes patogénicos, explicou David Navarro, coordenador da luta contra a gripe na ONU e co-autor do relatório, citado pelo Diário Digital. Nesse sentido, “a segurança a longo prazo da humanidade exige que todos os países se preparem em conjunto para enfrentar” tal situação, advertiu.
A permanência do vírus
A difusão do vírus nos últimos três anos aconteceu muito rapidamente na Ásia oriental, depois na África do Norte e do Oeste, na Europa central e mesmo no Reino Unido, lembra o relatório, baseado em dados fornecidos por 143 países. Apenas durante o mês de Novembro, novos focos de gripe das aves foram detectados na Arábia Saudita, Birmânia, Reino Unido e Roménia.
Em 2005 o vírus foi detectado em 16 países, em 2006 o número de países subiu para 55 e este ano serão 60, de acordo com o relatório.
Apesar das técnicas de reacção rápida desenvolvidas por vários países, que lhes permitem conter e depois controlar os novos focos detectados, seis nações constituem ainda casos preocupantes, isto porque, entre eles o vírus H5N1 é considerado enzoótico, o que significa que continua a alastrar-se entre as aves domésticas e selvagens.
A Indonésia representa o caso mais grave, sendo que a situação prevalece em todo o país. O vírus é também enzoótico em algumas regiões do Bangladesh, China, Egipto, Nigéria e Vietname
Marta Bilro
Fonte: Diário Digital, Lusa.
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