sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Investigação de fármacos anti-HIV está a aumentar

92 medicamentos e vacinas encontram-se em fase de desenvolvimento

O número de medicamentos anti-HIV em fase de investigação está a aumentar. Actualmente, estão a ser desenvolvidos 92 produtos em todo o mundo que visam o tratamento da SIDA e das complicações que lhe estão associadas, revela um relatório da “Pharmaceutical Research and Manufacturers of America” (PhRMA).

“Estamos francamente estimulados pelos novos, e muito importantes, medicamentos e vacinas que estão a ser desenvolvidos para tratar e prevenir a infecção pelo vírus do HIV”, afirmou o presidente e director-executivo da PhRMA, Billy Tauzin. De acordo com o estudo, de entre os 92 produtos em fase de investigação e desenvolvimento (I&D), 20 são vacinas e 46 anti-virais. Estes fármacos encontram-se já a ser submetidos a ensaios clínicos em humanos ou aguardam autorização de registo por parte da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA).

O relatório faz também uma listagem dos 30 medicamentos anti-HIV que foram aprovados desde que o vírus da SIDA foi identificado, há mais de 20 anos. O primeiro fármaco de combate ao vírus data de 1987, quatro anos depois da identificação do mesmo. Para além disso, salienta a PhRMA, em 2006, o número de novos medicamentos em fase de I&D com vista ao combate do HIV não ultrapassava os 77, o que representa um aumento de cerca de 20 novos compostos farmacológicos em apenas 12 meses.

Fármacos mais promissores

Entre as investigações mais promissoras está uma substância que se agrega ao receptor de uma proteína descoberta na superfície das células humanas e que tem a capacidade de bloquear a entrada do vírus na célula; um produto de terapia genica antisenso que utiliza duas tecnologias inovadoras para potenciar a resposta imunitária contra o HIV, ou uma vacina que tem como objectivo oferecer protecção contra os três tipos de HIV-1 mais prevalecentes em todo o mundo.

O desenvolvimento de vacinas assume especial importância, uma vez que, se alguma se revelar eficaz, poderá prevenir 30 das 150 milhões de infecções previstas para as próximas décadas. No caso da eficácia ser muito elevada, a prevenção do número de infecções poderia atingir os 70 milhões em 15 anos, indicam estimativas da Iniciativa Internacional para uma vacina contra a SIDA (IAVI).

Nos últimos anos, o aumento do número de medicamentos disponíveis bem como a crescente utilização de novas substâncias ajudou a reduzir significativamente a taxa de mortalidade associada ao vírus da SIDA, destacou Billy Tauzin. Ainda assim, este continua a ser um problema que prolifera nos países em vias de desenvolvimento, sendo que, os dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) estimam que, a nível mundial, 32,7 milhões de pessoas vivam com o vírus.

Marta Bilro

Fonte: PhRMA, Correo Farmacéutico.

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