quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Treanda procura aprovação da FDA para Linfomas de Não-Hodgkin

A biotecnológica norte-americana Cephalon Inc está à procura da aprovação de comercialização, por parte da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), para o fármaco Treanda (hidrocloreto de bendamustina) para o tratamento de pacientes com Linfoma de Não-Hodgkin indolente de células B, que não demonstraram melhoras após a administração do Rituxan/MabThera (rituximab), da Genentech e da Roche.

A companhia declarou que a candidatura se baseou em três estudos com pacientes com Linfoma de Não-Hodgkin, incluindo um em combinação com rituximab. Nestes estudos, os pacientes tratados com Treanda apresentaram uma taxa de resposta elevada e um perfil de efeitos secundários controlável e tolerável, com eventos adversos semelhantes àqueles observados com outros agentes de quimioterapia.

O Treanda é um novo agente quimioterapêutico, um híbrido análogo da purina e um alquilante. Os dados pré-clínicos demonstram que este fármaco actua de duas formas distintas para matar as células cancerígenas. O Treanda danifica o ADN nas células cancerígenas, o que leva à morte das células, “apoptose”, ou morte celular programada. Também impede que estas células se dividam para criar novas células cancerígenas. O contributo do análogo da purina para o efeito antitumor do Treanda está a ser investigado, mas ainda não foi determinado.

Em Setembro de 2007, a Cephalon apresentou um pedido de aprovação para o Treanda para o tratamento de pacientes com Leucemia Linfocítica Crónica, para o qual a FDA concedeu estatuto de medicamento órfão e revisão prioritária, como o farmacia.com.pt noticiou a 4 de Dezembro de 2007.

A Cephalon, que licenciou o produto da japonesa Astellas Pharma, detém os direitos exclusivos para desenvolver e comercializar o Treanda nos Estados Unidos.

O Instituto Nacional do Cancro estima que, em 2007, 30 mil pessoas nos Estados Unidos foram diagnosticadas com Linfoma de Não-Hodgkin indolente, um cancro do sistema linfático, grave e que cresce lentamente, que é difícil de tratar, porque os pacientes têm tendência para ter uma recaída após o tratamento.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, www.bizjournals.com, www.tradingmarkets.com, www.foxbusiness.com

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