quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Tyzeka demonstra suprimir de forma mais eficaz vírus da hepatite B

Dois estudos internacionais revelaram potenciais boas notícias para os pacientes com hepatite B, demonstrando que o fármaco em desenvolvimento Tyzeka (telbivudina) suprime o vírus, que danifica o fígado, mais rapidamente e mais eficientemente do que os tratamentos habituais.

Os resultados dos estudos, efectuados pela Universidade de Hong Kong (HKU) e pela Universidade Chinesa de Hong Kong (CUHK), publicados na edição de Dezembro da “The New England Journal of Medicine” e da “Annals of Internal Medicine”, revelaram que o fármaco experimental para a hepatite B, da Novartis AG e da Idenix Pharmaceuticals, demonstrou maior eficácia e superioridade, em relação aos outros tratamentos para a doença, o Epivir (lamivudina), da GlaxoSmithKline, e o Hepsera (adefovir dipivoxil), da Gilead Sciences.

Um estudo, que envolveu 1.367 pacientes com hepatite B originários de 20 países, comparou o grupo tratado com telbivudina com outro tratado com lamivudina. Os resultados demonstraram que a telbivudina reduziu o vírus mais rapidamente após 52 semanas, e que aqueles que receberam este fármaco atingiram uma redução dez vezes maior do vírus por mililitro de sangue do que aqueles a tomar lamivudina.

De acordo com os resultados, após um ano de tratamento, 60 por cento dos pacientes do grupo da telbivudina atingiu um nível não detectável de ADN do vírus da hepatite B no soro do sangue, enquanto que apenas 40 por cento daqueles que receberam lamivudina ou adefovir atingiram o mesmo nível. Estes resultados foram publicados na "New England Journal of Medicine”.

Um estudo diferente, publicado na “Annals of Internal Medicine”, comparou 135 pacientes com hepatite B de oito países a tomarem telbivudina ou outro fármaco normalmente prescrito para a hepatite B, o adefovir, ou ambos.

Novamente, o grupo da telbivudina apresentou uma maior redução do ADN do vírus da hepatite B, do que o grupo do adefovir, nas fases iniciais, intermédias e finais do teste. A telbivudina também demonstrou reduzir efectivamente o vírus nos pacientes que trocaram.

A redução da quantidade do vírus da hepatite B no sangue é crucial para limitar os efeitos adversos da hepatite B crónica, que afecta, pelo menos, 360 milhões de pessoas, e que é a décima principal causa de morte a nível mundial.

Os resultados também demonstraram que a telbivudina foi bem tolerada e teve muito poucos efeitos secundários.

É possível prevenir a hepatite B através da vacinação, mas 25 a 40 por cento das pessoas que sofrem de infecção crónica eventualmente morrem devido a cancro do fígado ou cirrose.

Quase todos os pacientes com hepatite B crónica foram infectados antes de nascerem ou quando eram muito pequenos, e cerca de 80 por cento encontram-se na Ásia.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Reuters, Xinhua

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