quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Estudo: Reacções alérgicas à vacina Gardasil são pouco comuns

Investigadores australianos revelaram que um estudo realizado à vacina Gardasil, da Merck & Co Inc, para a prevenção do cancro do colo do útero, descobriu que as reacções alérgicas são pouco comuns e que a maioria das mulheres jovens consegue tolerar as doses subsequentes.

A investigação, publicada na “British Medical Journal”, envolveu 25 mulheres australianas com suspeitas de hipersensibilidade à vacina, que foi administrada como parte do programa nacional de imunização, que iniciou em 2007, para mulheres entre os 12 e os 26 anos, na Austrália. De acordo com a Dra. Sharon Choo, do Hospital Pediátrico Royal, em Melbourne, foram administradas mais de 380 mil vacinas sob este programa.

A recomendação clínica dos investigadores é que as mulheres com suspeitas de hipersensibilidade à vacina quadrivalente devem ser avaliadas antes de receberam mais doses e qualquer alteração com a mesma vacina deve ser realizada num ambiente supervisionado.

Os investigadores referiram que alguns componentes da vacina, tais como sais de alumínio e leveduras, têm sido associados a reacções alérgicas. Todavia, os testes cutâneos realizados nas 25 mulheres com suspeitas de hipersensibilidade demonstraram que apenas três delas experienciaram prováveis reacções à injecção.

A equipa de investigação também referiu que supostas reacções, como urticária, são frequentemente idiossincráticas e não aumentam o risco de reacções adversas nas injecções subsequentes.

A Gardasil e a Cervarix, da GlaxoSmithKline Plc, estão delineadas para serem administradas em raparigas e mulheres jovens para a protecção contra as estirpes do Vírus do Papiloma Humano (VPH), que é transmitido sexualmente e que pode provocar o cancro do colo do útero.

Em Outubro, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos relatou que as raparigas e mulheres jovens que recebem a vacina Gardasil não têm mais probabilidade do que o normal de desmaiar, ter uma reacção alérgica, coágulos sanguíneos ou outra reacção adversa.

O relatório baseou-se em 375 mil doses da vacina administradas entre Agosto de 2006 e Julho de 2008, após a agência ter recebido 10.326 relatos de eventos adversos depois da vacinação contra o VPH nos Estados Unidos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4B202320081203

Sem comentários: