terça-feira, 10 de março de 2009

Estudo: Insónia é frequentemente um problema crónico e persistente

Resultados de um estudo de longo prazo indicam que, ao contrário do que se pensa, a insónia é frequentemente um problema crónico e não desaparece necessariamente por si só, sendo isto especialmente verdade para as pessoas cuja insónia é grave desde o início.

O Dr. Charles M. Morin, Director do Centro de Investigação do Sono, da Universidade de Laval, na cidade do Quebec, revelou à Reuters Health que, embora as pessoas que sofrem de insónias em algumas noites não precisem de se preocupar com isso, quando o problema persiste durante algum tempo (durante mais de um mês) não devem desvalorizar e devem procurar tratamento, porque o problema pode não desaparecer sozinho.

Durante três anos, o Dr. Morin e colegas estudaram a história natural da insónia em 388 pessoas com graus variados de insónia no início do estudo.

Os investigadores relataram na “Archives of Internal Medicine” que, embora o curso da insónia possa flutuar com o tempo, com períodos de remissão e recaída, o curso mais comum foi a insónia persistente.

Os investigadores revelaram que cerca de metade da amostra (46%) relatou insónia persistente em todos os pontos, durante o estudo de três anos, e 74 por cento relatou insónia persistente durante, pelo menos, um ano.

A insónia crónica não tratada tem sido associada a custos mais elevados dos cuidados de saúde, perda de dias de trabalho, incapacidade, assim como pressão sanguínea elevada, depressão e abuso de drogas e álcool. Com esta doença, existe também um risco acrescido de utilização crónica de medicamentos para dormir, ou hipnóticos.

O Dr. Morin referiu ainda que, mesmo assim, a maioria das pessoas que sofre de insónias nunca fala deste problemas com o médico. O investigador acrescentou que isto é um erro, pois estas pessoas devem falar com o médico sobre o problema e os médicos não devem ignorar as queixas relativamente às insónias, mesmo que não seja a principal queixa, nem assumir que o problema se irá resolver com o tempo.

O investigador também enfatizou que o tratamento da insónia não tem necessariamente de envolver medicamentos, podendo simplesmente requerer recomendações comportamentais sobre horários de dormir e uma melhor higiene de sono.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/09/eline/links/20090309elin005.html

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