Resultados de um estudo, publicados na “Diabetes Care”, revelaram que o fármaco bezafibrato, utilizado para tratar o colesterol elevado, parece também prevenir ou retardar o desenvolvimento da diabetes tipo 2.
O bezafibrato, que pertence ao grupo dos fibratos, é utilizado particularmente para baixar os triglicerídeos e aumentar as lipoproteínas de elevada densidade, o bom colesterol, e é comercializado como Bezalip, em Portugal.
O Dr. James H. Flory, da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, em Filadélfia, referiu à Reuters Health que, se estudos adicionais confirmarem estas descobertas, o bezafibrato poderá tornar-se um fármaco antidiabético oral que também reduz o risco cardiovascular associado ao colesterol elevado.
Os investigadores colocaram a hipótese de que o bezafibrato seria o único entre os fibratos a reduzir o risco de diabetes. O estudo incluiu 12.161 pacientes que tomavam bezafibrato e 4 191 que tomavam outros fibratos.
O Dr. Flory e colegas calcularam que a incidência de diabetes tipo 2 entre os utilizadores de bezafibrato era de 8,5 casos por 1000 paciente-anos, em comparação com os 14,4 casos por 1000 paciente-anos entre os utilizadores de outros fibratos.
Análises posteriores indicaram que as taxas de diabetes tipo 2 foram 34 por cento mais baixas entre os utilizadores de bezafibrato, em comparação com os utilizadores de outros fibratos.
Além disso, os investigadores referiram que o risco de desenvolver diabetes diminuiu progressivamente à medida que a duração da terapia com bezafibrato aumentou.
Entre os pacientes com diabetes pré-existente, a utilização de bezafibrato foi associada a um risco significativamente mais baixo de progressão para a necessidade de medicação antidiabética e houve uma tendência para a diminuição do risco de progressão para a necessidade de terapia com insulina, em comparação com os utilizadores de outros fibratos.
O Dr. Flory referiu que é necessário, pelo menos, mais um estudo antes do bezafibrato poder ser recomendado para prevenir ou tratar a diabetes.
Isabel Marques
Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/04/13/eline/links/20090413elin023.html
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