segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Comer a correr pode levar a uma dieta alimentar pobre

Muitas pessoas jovens referem que não têm tempo para se sentarem à mesa para uma refeição, sendo que esta situação pode fazer com que tenham escolhas alimentares pouco saudáveis.

Num inquérito a cerca de 1.700 adultos jovens, os investigadores descobriram que 35 por cento dos homens e 42 por cento das mulheres referiram não ter tempo para se sentarem à hora das refeições.

Estes constrangimentos de tempo também pareceram levá-los a consumirem mais comida de plástico e menos alimentos saudáveis, segundo as descobertas publicadas na “Journal of the American Dietetic Association”.

Os participantes que referiram que normalmente se sentavam para jantar com outras pessoas tendiam a ter melhores dietas no geral, incluindo uma ingestão mais elevada de frutas e vegetais. Contrariamente, aquelas que tinham tendência para comer a correr frequentemente optavam por “fast food” e consumiam quantidades mais elevadas de gorduras saturadas e refrigerantes.

De acordo com a Dra. Nicole I. Larson, da Universidade do Minnesota, em Minneapolis, as descobertas sugerem que é importante arranjar tempo para as refeições e, sempre que for possível, partilhá-las com amigos ou familiares.

Embora uma verdadeira refeição seja dificil de encaixar num dia preenchido, as pessoas devem arranjar tempo para as refeições, como fazem para qualquer outra actividade importante.

A Dra. Larson acrescentou que os colegas e os locais de trabalho podem fazer a sua parte ao providenciar pausas para as refeições, assim como instalações com opções de snacks saudáveis.

Quando não existe outra opção, senão comer a correr, a Dra. Larson recomenda procurar alimentos saudáveis em vez de comida de plástico. Frutos frescos ou secos, vegetais pré-lavados embalados, bolachas integrais são algumas escolhas convenientes e saudáveis.

Isabel Marques

Óleo de peixe pode prevenir a perda de peso em pacientes com Alzheimer

Um novo estudo, publicado na "Journal of the American Geriatrics Society”, demonstrou que os suplementos de óleo de peixe podem ajudar os pacientes com Doença da Alzheimer a manter um peso saudável.

As pessoas começam a perder peso nas fases iniciais da Doença da Alzheimer e vão ficando cada vez mais magras à medida que a doença avança, segundo explicou o Dr. Gerd Faxen Irving, do Hospital Universitário Karolinska, em Estocolmo.

Diversos factores podem contribuir para a perda de peso, incluindo inflamação, diminuição do paladar e do olfacto, e as características deambulatória e irrequieta da doença, que podem fazer com que as pessoas queimem mais calorias.

Dado que as pessoas com Alzheimer têm níveis baixos de ácidos gordos ómega-3, que diminuem ainda mais à medida que a doença progride, os investigadores analisaram se suplementos destes nutrientes poderiam melhorar o apetite e o peso.

Assim, distribuíram 204 homens e mulheres com Alzheimer ligeira a moderada por dois grupos, tendo um recebido 0,7 gramas de Ácido Docosahexaenóico (DHA) e 0,6 gramas de Ácido Eicosapentaenóico (EPA) e o outro placebo durante seis meses, após os quais ambos os grupos receberam os suplementos por mais seis meses.

No início do estudo, os pacientes pesavam, em média, 70 quilos. Após seis meses, o grupo que recebeu os ácidos gordos ómega-3 tinham aumentado 0,7 quilos, mas o peso médio do grupo do placebo não se tinha alterado.

Após um ano, os participantes que tinham recebido os ómega-3 durante os 12 meses tinham aumentado 1,4 quilos. Os participantes do grupo do placebo também ganharam algum peso moderado, após terem mudado para os ómega-3, que melhoraram o apetite em ambos os grupos.

Os investigadores concluíram que os suplementos de ácidos gordos ómega-3, enriquecidos com DHA, podem afectar positivamente o apetite e o peso nos pacientes com Alzheimer ligeira a moderada.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/16/eline/links/20090116elin003.html

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Gravidez: Dieta elevada em gordura prejudica o fígado dos bebés

Investigadores norte-americanos descobriam que seguir uma dieta excessivamente rica em gorduras, durante a gravidez, pode levar a doença do fígado nos recém-nascidos.

O Dr. Kevin Grove, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, em Portland, referiu que muitas pessoas assumem que o excesso de peso, durante a gravidez, equivale a uma situação pouco saudável para o bebé e que ser-se magra resulta numa gravidez saudável, contudo, isto não é necessariamente verdade.

De acordo com o Dr. Grove, a investigação sugere que o consumo de uma dieta rica em gorduras saturadas durante a gravidez, tanto nas mulheres obesas como nas mulheres magras, pode estar relacionado com o aumento da ocorrência de fígado gordo nas crianças.

Os investigadores alimentaram macacos com uma dieta normal saudável ou com uma dieta elevada em gorduras saturadas. Assim como nos humanos, alguns dos macacos que ingeriram a dieta elevada em gorduras saturadas desenvolveram excesso de peso, enquanto outros mantiveram o peso corporal normal.

Contudo, quando os investigadores analisaram as crias, observaram que todas as crias dos animais que consumiram a dieta rica em gordura tinham sinais de fígado gordo.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Investigation”, descobriu que todos os bebés da dieta rica em gordura, independentemente das progenitoras serem obesas ou magras, tinham uma gordura corporal mais elevada, em comparação com as crias dos animais que consumiram uma dieta baixa em gordura.

A investigação também demonstrou que alimentar animais obesos com uma dieta reduzida em gordura protegeu as crias de desenvolverem fígados gordos.

Isabel Marques

Estudo: Antidepressivos ajudam a aliviar dores da fibromalgia

Investigadores alemães referiram que os antidepressivos parecem aliviar as dores, as alterações do sono e outros sintomas da fibromialgia, uma doença debilitante e dolorosa que ainda não tem cura.

Os investigadores acrescentaram que uma série de antidepressivos pareceram melhorar a qualidade de vida das pessoas com esta doença, que se estima que afecte 6 por cento das pessoas na América do Norte e Europa.

O Dr. Winfried Hauser, da Klinikum Saarbrucken, na Alemanha, referiu que a fibromialgia também está associada a elevados custos, directos e indirectos, relacionados com a doença.

O Dr. Hauser e colegas analisaram 18 estudos anteriormente publicados que envolveram 1.427 participantes e descobriram fortes evidências de que os antidepressivos levaram a uma melhoria dos sintomas e da qualidade de vida.

Os antigos antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos pareceram ter um grande efeito no alívio da dor, da fadiga e das alterações do sono, enquanto os inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS), como o Prozac (fluoxetina), tiveram menos efeito no alívio da dor.

Uma nova classe de tratamentos, denominados inibidores selectivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN), foi relacionada com uma redução da dor, das alterações do sono e do humor depressivo, e os inibidores da monoamina oxidase pareceram ajudar a reduzir as dores.

Embora a análise, publicada na “Journal of the American Medical Association”, sugira que os antidepressivos podem ajudar, os investigadores referiram que os médicos devem monitorizar de perto os pacientes que os utilizem, porque existe uma falta de evidências sobre os seus impacto a longo prazo.

A fibromialgia atinge principalmente as mulheres e pode provocar dores intensas e rigidez dos músculos, ligamentos e tendões. As dores de pescoço e ombros são comuns, mas algumas pessoas que sofrem desta doença também têm problemas de sono e sofrem de ansiedade e depressão.

Os médicos geralmente prescrevem exercício e técnicas de relaxamento, analgésicos ou, por vezes, antidepressivos de baixa dosagem para tratar os sintomas.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/14/eline/links/20090114elin022.html

Hepatite C aumenta risco de cancro do fígado

Um estudo alargado revelou que o risco de desenvolver uma forma rara de cancro do fígado, denominado colangiocarcinoma intra-hepático, que ocorre nos ductos biliares do fígado, é significativamente mais elevado em pessoas infectadas com o vírus da hepatite C.

As pessoas infectadas com o vírus da hepatite C também apresentam um elevado risco de desenvolver outro tipo de cancro do fígado, chamado carcinoma hepatocelular. O cancro do fígado é a terceira causa de morte devido a cancro a nível mundial.

Estas descobertas, publicadas na “Hepatology”, provêm de uma análise de 146.394 adultos infectados com o vírus da hepatite C e de 572.293 não infectados, na maioria homens, que foram seguidos durante, em média, mais de dois anos.

Quando comparados os dois grupos, o risco de carcinoma hepatocelular era 15 vezes maior para os indivíduos infectados, sendo que o risco de colangiocarcinoma intra-hepático era 2,5 vezes mais elevado. Também o risco de cancro pancreático era 23 por cento mais elevado.

O Dr. Hashem B. El-Serag, do Centro Médico de Veteranos de Houston, e colegas do Instituto Nacional de Cancro norte-americano, em Rockville, no Maryland, concluíram que, de uma perspectiva clínica, estratégias de intervenção precoces, incluindo fazer o rastreio das pessoas infectadas com o vírus da hepatite C mais cedo e de forma mais rigorosa, podem melhorar os resultados, tanto para o carcinoma hepatocelular como para o colangiocarcinoma intra-hepático.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/15/eline/links/20090115elin018.html

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Epidurais parecem ser mais seguras do que se pensava anteriormente

Investigadores britânicos referiram que estudos anteriores sobrevalorizaram os potenciais riscos de complicações graves das anestesias espinal e epidural.

O estudo, publicado na “British Journal of Anesthesia”, concluiu que o risco estimado de danos permanentes, resultantes de uma anestesia espinal ou epidural, é menor do que 1 em 20 mil e que, em muitas circunstâncias, o risco estimado é consideravelmente baixo.

Os investigadores descobriram que a probabilidade de se sofrer danos graves devido a uma anestesia espinal ou epidural é consideravelmente melhor do que 1 em 20 mil. O risco de se ficar paralisado por uma destas injecções é 2 a 3 vezes mais raro do que sofrer qualquer dano permanente.

O risco para as mulheres que necessitam de um alívio para as dores devido a uma cesariana ou a um parto é ainda mais baixo, sendo que a estimativa mais pessimista de danos permanentes é de 1 em 80 mil e, segundo os investigadores, poderá ser muito mais baixa.

O investigador principal, o Dr. Tim Cook, do Hospital Royal United, em Bath, na Inglaterra, referiu que se sabe há muito tempo que estas complicações ocorrem mais frequentemente após uma cirurgia. Possivelmente, a razão deve-se ao facto de muitos desses pacientes serem idosos com problemas médicos, sendo que o processo cirúrgico em si aumenta os riscos.

O Dr. Cook acrescentou que muitas complicações das epidurais ocorrem após uma cirurgia major em pacientes idosos e doentes. Os riscos também devem ser ponderados em relação aos benefícios comummente aceites das epidurais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/13/Epidurals_safer_than_previously_thought/UPI-20341231895468/

Dicas de saúde: Como evitar uma intoxicação por monóxido de carbono

Passos para proteger a sua casa e a sua família

O monóxido de carbono é gás que não tem cheiro, nem cor, mas que pode levar a uma intoxicação grave e mesmo à morte, se for inalado em quantidades significativas.

As fontes potenciais incluem: aquecedores a gás ou a querosene não ventilados, fornalhas, fornos a lenha, fornos a gás, lareiras, caldeiras e esquentadores, e a exaustão dos automóveis.

Os sintomas de intoxicação por monóxido de carbono podem incluir cansaço, dores de cabeça, desorientação, náuseas e tonturas.

O Conselho Nacional de Segurança norte-americano indica as seguintes sugestões para ajudar a protegê-lo e aos seus entes queridos de uma intoxicação por monóxido de carbono:

- Assegure-se de que todos os equipamentos na sua casa estão instalados adequadamente e a funcionar correctamente;

- Tenha o cuidado de inspeccionar e limpar todos os anos a fornalha, as chaminés e os canos;

- Se utilizar a lareira assegure-se de que os canos e a chaminé estão abertos;

- Nunca aqueça a casa com equipamentos a gás;

- Assegure-se de que o forno e a fornalha ventilam para o exterior e que não existem fugas nos sistemas de exaustão. Assegure-se ainda que a fornalha recebe ar fresco suficiente;

- Nunca queime carvão dentro de portas ou em qualquer espaço fechado;

- Nunca deixe uma ferramenta que funcione a gás ou um veículo a trabalhar dentro da garagem ou numa oficina, ou em qualquer sítio interior;

- Nunca utilize aquecedores a gás ou a querosene dentro de portas.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_73765.html

Ingestão desequilibrada de sódio e potássio associada a doença cardíaca

Um novo estudo sugere que demasiado sódio e pouco potássio na dieta alimentar pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), ataques cardíaco ou outros eventos.

Os resultados do estudo também sugerem que aumentar o consumo de potássio, juntamente com o bom-senso de reduzir a ingestão de sal, pode reverter este risco.

As descobertas, que foram publicadas na edição de 12 de Janeiro da “Archives of Internal Medicine”, basearam-se numa análise de longo prazo a cerca de 3 mil pessoas com pré-hipertensão, realizada pelo Instituto norte-americano do Coração, Pulmões e Sangue.

Os investigadores descobriram que, para as pessoas com pressão sanguínea normal alta, ou pré-hipertensão (120-139/80-89 mmHg), cada aumento de unidade na razão sódio/potássio aumentava as probabilidades de doença cardiovascular em 24 por cento.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_73729.html

Pastilhas de nicotina podem ajudar a deixar gradualmente o tabaco

Os fumadores que se querem desabituar dos cigarros progressivamente, em vez de deixarem de fumar imediatamente, podem beneficiar da utilização de pastilhas elásticas de nicotina.

A terapia de substituição de nicotina tem sido utilizada para ajudar os fumadores a deixarem o hábito, mas apenas para aqueles que estão dispostos a parar de fumar abruptamente.

O novo estudo analisou se as pastilhas de nicotina poderiam também ajudar os fumadores a deixarem de fumar gradualmente, um caminho que a maioria das pessoas preferiria seguir, segundo indicam as investigações.

Os investigadores descobriram que, entre cerca de 3.300 fumadores que queriam deixar de fumar gradualmente, aqueles que receberam aleatoriamente pastilhas de nicotina, à medida que diminuíam o consumo de cigarros, eram mais bem sucedidos do que aqueles que receberam pastilhas ou placebo, ou seja, sem efeito terapêutico.

Embora a maioria dos participantes não tenha conseguido deixar o tabaco completamente, aqueles que utilizaram as pastilhas de nicotina foram mais bem sucedidos, tendo 26 por cento atingido a abstinência total em oito semanas de tratamento, em comparação com 18 por cento do grupo do placebo.

Entre os participantes que deixaram de fumar, aqueles que utilizaram as pastilhas de nicotina tinham o dobro da probabilidade de se manterem continuamente em abstinência um mês depois, o que correspondeu a 10 por cento em relação a 4 por cento do grupo do placebo.

Os investigadores relataram, na “American Journal of Preventive Medicine”, que estes tinham igualmente melhores hipóteses de continuarem livres do tabaco durante seis meses. Seis por cento dos utilizadores de pastilhas de nicotina foram continuamente abstinentes durante seis meses, enquanto o mesmo aconteceu para 2 por centos dos participantes do grupo do placebo.

De acordo com o Dr. Saul Shiffman, da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, estas taxas de desistência de fumar parecem modestas, mas os participantes não receberam aconselhamento comportamental, nem outro tipo de ajuda para além das pastilhas de nicotina.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/12/eline/links/20090112elin001.html

Vicks VapoRub pode causar problemas em crianças com menos de 2 anos

O Vicks VapoRub, um descongestionador nasal utilizado para as constipações, pode provocar dificuldades respiratórias em crianças com menos de 2 anos, quando aplicado de forma inadequada directamente debaixo do nariz.

Os investigadores norte-americanos referiam que utilizar o produto desta forma pode fazer com que as vias aéreas estreitas das crianças pequenas dilatem e se encham de muco, despoletando graves problemas respiratórios.

O Dr. Bruce Rubin, da Faculdade de Medicina da Universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte, referiu que o único problema observado foi em crianças pequenas, quando o produto foi aplicado debaixo do nariz.

O Dr. Rubin acrescentou que os ingredientes do Vicks VapoRub podem ser irritantes, fazendo com que o organismo produza mais muco para proteger as vias aéreas. Uma vez que as crianças mais pequenas têm vias aéreas muito mais estreitas do que as de um adulto, qualquer aumento de muco ou dilatação tem mais efeitos graves.

O estudo, publicado na revista científica “Chest”, refere que o fabricante do produto é muito claro referindo que este nunca deve ser administrado debaixo do nariz ou directamente no nariz em ninguém, e que não deve ser utilizado em crianças com menos de 2 anos.

Embora os investigadores apenas tenham testado o Vicks VapoRub, o Dr. Rubin referiu que produtos semelhantes, incluindo versões genéricas, podem provocar os mesmos efeitos negativos nos bebés e crianças pequenas.

Os investigadores começaram a analisar a utilização do medicamento, após terem tratado uma menina de 18 meses que desenvolveu problemas respiratórios, após o bálsamo ter sido aplicado debaixo do seu nariz.

Os investigadores estudaram furões, que têm vias aéreas semelhantes às dos humanos, com uma infecção respiratória, tendo o produto aumentado a secreção de muco e diminuído a capacidade dos animais limparem o muco.

O porta-voz da Procter & Gamble, David Bernens, afirmou que estas descobertas são uma surpresa, visto que o Vicks VapoRub tem-se demonstrado seguro e efectivo em diversos ensaios clínicos, estando no mercado há mais de 100 anos. Bernens referiu ainda que a rotulagem do produto refere que este não deve ser utilizado em crianças com menos de 2 anos, sem o conselho do médico, nem ser aplicado debaixo do nariz.

O Dr. Rubin afirmou que recomenda que o Vicks VapoRub nunca seja aplicado dentro ou debaixo do nariz de qualquer pessoa, adulto ou criança, acrescentado que nunca o utilizaria numa criança com menos de 2 anos.

O Dr. James Mathers, presidente do Colégio norte-americano de Pneumologistas (American College of Chest Physicians), referiu que os pais devem consultar o médico antes de administrar medicamentos de venda livre às crianças pequenas, especialmente fármacos para a tosse e constipações, que podem ser prejudiciais.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/13/eline/links/20090113elin010.html

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Sono insuficiente diminui resistência à constipação comum

As pessoas que dormem menos de sete horas por noite parecem ter uma probabilidade três vezes maior de desenvolver uma doença respiratória, após a exposição ao vírus da constipação, em comparação com aqueles que dormem oito horas ou mais.

O Dr. Sheldon Cohen, da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh, explicou que estudos experimentais demonstraram que a privação de sono resulta numa função imune mais fraca. Contudo, existem poucas evidências directas que suportem a teoria de que o sono afecta a susceptibilidade às doenças.

A equipa de investigadores entrevistou 153 homens e mulheres diariamente, durante 14 dias consecutivos, para saber quantas horas dormiam por noite, que percentagem do seu tempo na cama era passado a dormir (o que os investigadores denominaram eficiência do sono) e se se sentiam descansados.

Posteriormente, os participantes do estudo ficaram de quarentena e foram-lhes administradas gotas nasais contendo o rinovírus que provoca a comum constipação.

Os resultados demonstraram que quanto menos uma pessoa dormisse, maior era a probabilidade de desenvolver uma constipação.

Uma eficiência do sono mais reduzida também foi associada ao desenvolvimento de uma constipação, sendo que os homens e mulheres que passaram menos de 92 por cento do seu tempo na cama a dormir tinham uma probabilidade 5,5 vezes maior de ficarem doentes, em comparação com aqueles cuja eficiência do sono era de 98 por cento ou mais. Sentir-se descansado não foi associado a constipações.

Estes dados, publicados na “Archives of Internal Medicine”, suportam as sete a oito horas de sono como um objectivo razoável. Contudo, mesmo um distúrbio do sono habitual (perdas de sono de 2 a 8 por cento, 10 a 38 minutos para quem dorme 8 horas) foi associado a um risco 3,9 vezes maior de desenvolver uma constipação.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/12/eline/links/20090112elin026.html

Estudo da UE revela que sarampo ainda persiste na Europa

Um estudo da União Europeia (UE) revela que o sarampo persiste como um problema de saúde na Europa, principalmente porque muito poucas crianças estão a ser convenientemente vacinadas.

O estudo, publicado na revista científica “The Lancet”, refere que a doença, cujos sintomas incluem febre, durante quatro dias, acompanhada de tosse, nariz congestionado, conjuntivite e erupção na pele, provavelmente não será eliminada no próximo ano, como os oficiais de saúde esperavam.

O estudo, realizado pelo Instituto Statens Serum da Dinamarca para a Comissão Europeia (CE), descobriu 12.132 casos de sarampo na Europa. A maioria ocorreu na Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Roménia e Suiça, tendo sido registadas sete mortes.

O número de casos registados aumentou apesar da introdução, há mais de 20 anos, de uma vacina contra o sarampo nos programas de vacinação infantil de rotina.

Na maioria dos casos, as crianças infectadas não foram vacinadas ou foram vacinadas de forma incompleta.

A vacina VASPR, que fornece imunização contra o sarampo, a papeira e a rubéola, geralmente é administrada às crianças quando estas completam um ano, recebendo uma segunda dose por volta dos 4 ou 5 anos.

A segunda dose não é um reforço, mas antes uma dose para produzir imunidade numa pequena percentagem de crianças que não desenvolveram imunidade ao sarampo após a primeira dose.

O estudo conclui que a elevada incidência de sarampo, em alguns países europeus, revela uma cobertura de vacinação sub-óptima, o que, por sua vez, levanta sérias dúvidas de que o objectivo da eliminação da doença até 2010 possa ser atingido.

De facto, a doença não será eliminada sem uma maior utilização da vacina VASPR.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/12/EU_study_Measles_persists_in_Europe/UPI-45341231793782/

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um passeio por dia pode ajudar a melhorar a função cerebral

Investigadores da Universidade de Calgary, no Canadá, descobriram que as mulheres idosas que estão mais em forma fisicamente têm uma melhor função cognitiva.

O estudo, publicado na revista científica internacional “Neurobiology of Aging”, descobriu que a boa forma física ajuda a função cerebral a estar no seu melhor, porque a actividade física beneficia o fluxo sanguíneo no cérebro e, como resultado, ajuda as capacidades cognitivas.

De acordo com o Dr. Marc J. Poulin, ser sedentário é agora considerado como um factor de risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e demência. Este estudo prova, pela primeira vez, que as pessoas que estão em forma têm um melhor fluxo sanguíneo para o cérebro. As descobertas também demonstram que um melhor fluxo sanguíneo cerebral se traduz numa cognição melhorada.

O estudo comparou dois grupos de mulheres de Calgary, com uma média de 65 anos, sendo que algumas participavam em actividades aeróbicas regulares e outras eram inactivas.

Os investigadores descobriam que o grupo activo, em comparação com o inactivo, tinha uma pressão sanguínea arterial em repouso e em exercício 10 por cento mais baixa, respostas vasculares no cérebro 5 por cento mais elevadas, durante o exercício sub-maximal e quando os níveis de dióxido de carbono no sangue estavam elevados, e pontuações de função cognitiva 10 por cento mais elevadas.

O Dr. Poulin sublinhou que algo tão simples como sair todos os dias para dar um passeio é crucial para nos mantermos mentalmente alerta e continuarmos saudáveis à medida que envelhecemos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/09/A_walk_a_day_can_increase_brain_function/UPI-23101231558954/

Novo fármaco mais efectivo na prevenção de vómitos devido a quimioterapia

Novas investigações demonstram que o fármaco antiemético (contra as náuseas) de segunda geração, o palonossetrom, apresenta vantagens, em relação ao seu antecessor, o granissetrom, na prevenção de náuseas e vómitos induzidos por quimioterapia.

Alguns regimes de quimioterapia têm uma elevada probabilidade de induzir vómitos graves, tanto imediatamente como depois de 2 a 5 dias (fase retardada).

O Dr. Mitsue Saito e colegas, do Hospital Universitário de Juntendo, em Tóquio, relataram que o novo fármaco, o palonossetrom (comercalizado como Aloxi), é comparável ao antigo agente, o granissetrom (comercalizado como Kytril ou em diversas versões genéricas), na prevenção dos vómitos na fase imediata, sendo superior na fase retardada.

O estudo, publicado na “Lancet Oncology”, envolveu 1.143 pacientes que receberam aleatoriamente uma única dose de palonossetrom ou de granissetrom 30 minutos antes do tratamento com quimioterapia.

Os investigadores explicaram que o resultado principal foi a proporção de pacientes que não experienciaram qualquer episódio de vómitos durante a fase imediata (zero a 24 horas após a quimioterapia) e a fase retardada (24 a 120 horas após a quimioterapia).

Os vómitos na fase inicial foram completamente evitados em 75,3 por cento dos pacientes que receberam palonossetrom e em 73,3 por cento dos que receberam granissetrom. Durante a fase retardada, a taxa de prevenção completa foi significativamente mais elevada no grupo que recebeu palonossetrom com 56,8 por cento, em comparação aos 44,5 por cento do grupo do granissetrom.

O principal efeito secundário relacionado com o tratamento foi a obstipaçao, que ocorreu em 17,4 por cento dos pacientes tratados com palonossetrom e em 15,7 por cento daqueles tratados com granissetrom.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/09/eline/links/20090109elin023.html

Framboesas pretas ajudam a inibir crescimento do cancro

Investigadores norte-americanos revelaram que os antocianinos, uma classe de flavonóides presentes nas framboesas pretas, ajudaram a inibir o crescimento do cancro do esófago em ratos de laboratório.

O Dr. Gary D. Stoner, do Centro Oncológico da Universidade Estatal do Ohio, alimentou os ratos com um extracto rico em antocianinos de framboesa preta e descobriu que o extracto era quase tão efectivo, na prevenção do cancro do esófago em ratos, como as framboesas pretas inteiras contendo a mesma concentração de antocianinos.

Este estudo, publicado na “Cancer Prevention Research”, demonstra a importância dos antocianinos como agentes preventivos existentes nas framboesas pretas e valida descobertas “in vitro” semelhantes.

De acordo com o Dr. Stoner, os dados fornecem fortes evidências de que os antocianinos são importantes na prevenção do cancro.

Os investigadores concluíram ensaios clínicos utilizando pó de bagas inteiras, que têm apresentado resultados promissores, mas que requerem que os pacientes ingiram cerca de 60 gramas de pó por dia.

O Dr. Stoner acrescentou que, agora que se sabe que os antocianinos presentes nas bagas são quase tão activos como as próprias bagas inteiras, se espera que seja possível prevenir o cancro nos humanos através da utilização de uma mistura estandardizada de antocianinos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/08/Black_raspberries_inhibit_cancer_growth/UPI-43441231453338/

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Infarmed alerta para rotulagem de cosméticos

Folhetos informativos “não devem induzir consumidor em erro”

O Infarmed (Autoridade Nacional de Medicamentos e Produtos de Saúde) advertiu para a necessidade de os rótulos dos produtos cosméticos deverem ter as menções obrigatórias visíveis, legíveis e redigidas em termos correctos e com caracteres duradouros, adiantou a Agência Lusa.

“A rotulagem, apresentação, impressos e folhetos informativos respeitantes a estes produtos não devem ser susceptíveis de induzir o consumidor em erro sobre as suas características” refere o Infarmed num comunicado emitido aos responsáveis pela colocação no mercado de produtos cosméticos e de higiene corporal.

O esclarecimento do Infarmed surge após ter verificado, em diferentes acções de supervisão do mercado de produtos cosméticos e de higiene corporal, situações de irregularidade no que respeita à rotulagem destes produtos.

De acordo com a entidade que regula o sector dos produtos cosméticos, "não é permitida a aposição de etiquetas sobre a rotulagem de produtos cosméticos que, através da utilização pelo consumidor, se possam desgastar, rasgar, apagar, deteriorar e desaparecer."

Raquel Garcez

Fonte: http://www.tribunamedicapress.pt/cosmetica/14548-cosmeticos-infarmed-alerta-para-regras-da-rotulagem

Fármacos da Roche podem faltar em Portugal

Alteração de operador logístico atrasa fornecimento às farmácias


Os fármacos Dormicum, Lexotan, Rivotril, Rohypnol e Valium dos laboratórios Roche podem faltar temporariamente em Portugal. Na origem da ruptura de fornecimento às farmácias está a alteração de operador logístico por parte da farmacêutica suíça.

A Roche Farmacêutica assinou, recentemente, um contrato com o Grupo Rangel, um operador logístico nacional que começou a dar os primeiros passos na distribuição farmacêutica.

Ao que o FARMACIA.COM.PT conseguiu apurar, o acordo foi firmado antes de a Rangel Pharma obter a autorização especial para armazenamento de produtos psicotrópicos por parte do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde). Licença esta que, já terá sido obtida, no entanto, a mesma só tem efeito legal a partir do momento em que é publicada em Diário da República, “o que ainda não aconteceu, apesar da rapidez com que o Infarmed tratou do processo de autorização”, noticia o PortugalDiário.

Por este motivo, e conforme constatou o FARMACIA.COM.PT junto dos distribuidores, o cenário actual atesta já o atraso no fornecimento dos produtos com substâncias psicotrópicas da Roche, nomeadamente, o Dormicum, Lexotan, Rivotril, Rohypnol e Valium.

Fonte próxima do sector farmacêutico, manifestou-se indignada com o facto de uma multinacional farmacêutica não prever, nem salvaguardar este tipo de cenário que “coloca em risco o fornecimento às farmácias e, por conseguinte, o utente consumidor destes fármacos”.

De acordo com a mesma fonte, “estes são medicamentos de grande rotação (consumo), pelo que, é inadmissível que uma farmacêutica como a Roche arrisque esta falha”, acrescentando que “há obrigações legais que devem ser cumpridas quer pelo laboratório, quer pelo distribuidor por grosso.”

À luz do Decreto-Lei n.º 176/2006 – que estabelece o regime jurídico dos medicamentos de uso humano – o Capítulo II referente à Autorização de Introdução no Mercado é claro no que concerne às obrigações do titular da autorização, neste caso, a Roche: “assegurar, no limite das suas responsabilidades, em conjugação com os distribuidores por grosso, o fornecimento adequado e contínuo do medicamento no mercado geográfico relevante, de forma a satisfazer as necessidades dos doentes (…)”.

Por outro lado, ao abrigo da legislação, os mesmos deveres se aplicam à distribuição por grosso, nomeadamente, à Rangel Pharma. O Artigo 100º é peremptório ao afirmar que o distribuidor deve “dispor permanentemente de medicamentos em quantidade e variedade suficientes para garantir o fornecimento adequado e contínuo do mercado geográfico relevante, de forma a garantir a satisfação das necessidades dos doentes”.

Confrontada com a informação, a farmacêutica suíça garantiu ao PortugalDiário que avisou os clientes da mudança de operador, pedindo que os armazenistas fizessem reforço de stock.

Entretanto, segundo alguns distribuidores, o pedido de reforço à Roche foi realizado em meados de Dezembro mas, até à data, não foram fornecidos mais fármacos psicotrópicos. “É impossível que a falha destes medicamentos não se agrave nos próximos dias”, considerou uma fonte do sector, denunciando que os clientes (farmácias) “já estão com ruptura de stock.”

Até ao momento, o Infarmed afiança não ter conhecimento de qualquer ruptura de stock, uma informação que tem de ser reportada, obrigatoriamente, à autoridade nacional.

Raquel Garcez

Fonte: http://diario.iol.pt/sociedade/comprimidos-roche-farmacia-infarmed-transportador-iol/1030403-4071.html

Parkinson: Recomendado tratamento adicional para problemas ósseos

Investigadores norte-americanos revelaram que a Doença de Parkinson, um distúrbio neurológico que provoca tremores e problemas de coordenação, também leva a problemas ortopédicos secundários.

O autor do estudo, o Dr. Lee Zuckerman, chefe de cirurgia ortopédica do Centro Médico Downstate, da Universidade Estatal de Nova Iorque, recomenda que todos os planos de tratamento da Doença de Parkinson incluam uma abordagem multidisciplinar para atender adicionalmente as questões de saúde músculo-esquelética secundárias.

Por exemplo, as pessoas que sofrem de Parkinson frequentemente movem-se e andam menos do que as pessoas que não sofrem da doença e, geralmente, ficam em espaços interiores.

De acordo com o estudo publicado na “Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons”, a diminuição do movimento pode levar a perda óssea e a exposição reduzida à luz do Sol, devido ao facto dos pacientes ficarem mais dentro de portas, pode diminuir os níveis de vitamina D, que é necessária para manter os ossos fortes.

A combinação entre a diminuição da densidade óssea e a instabilidade provocada pelos tremores e rigidez, devido ao distúrbio degenerativo, aumentam grandemente o risco do paciente cair, partir ossos e desenvolver osteoporose.

O Dr. Zuckerman recomenda que os pacientes verifiquem a sua densidade mineral óssea e procurem tratamento para reduzir o risco de fracturas. O investigador recomenda ainda fisioterapia, terapia vitamínica, medicação para aumentar a densidade óssea e terapia para optimizar o andar e a rigidez.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/05/Broader_Parkinsons_treatment_recommended/UPI-19061231193170/

Gravidez é possível após tratamento contra fibróides uterinos

Para mulheres jovens com fibróides uterinos, tumores benignos no interior do útero que podem provocar dores, hemorragias anormais e outros sintomas, um tratamento denominado Embolização da Artéria Uterina (EAU) não prejudica a fertilidade, segundo os resultados de um estudo conduzido em Espanha.

Uma histerectomia, a operação tradicional para os fibróides, resolve o problema dos fibróides uterinos dolorosos, mas através da remoção completa do útero. Pelo contrário, com a Embolização da Artéria Uterina, um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, um pequeno cateter é utilizado para injectar pequenas partículas para bloquear os vasos sanguíneos que alimentam os tumores, consequentemente privando-os do sangue e oxigénio de que necessitam para crescer, o que faz com que os fibróides encolham. Como o útero não é removido, este procedimento permite que as mulheres tenham a possibilidade de ficar grávidas no futuro, se assim o desejarem.

Embora estudos tenham demonstrado que o risco de falha dos ovários é insignificante (menos de 1 por cento) nas pacientes com menos de 40 anos que se submetem a uma UAE, mantêm-se as preocupações relacionadas com o impacto deste procedimento na fertilidade da mulher.

Para melhor caracterizar o efeito da EAU na fertilidade, a Dra. Isabel Pinto Pabon, do Hospital de Madrid Montepríncipe, e colegas seguiram 100 mulheres com fibróides uterinos dolorosos que foram tratadas através de uma EAU, entre 2002 e 2006.

Entre as 39 mulheres, com menos de 40 anos, que queriam continuar férteis, houve 11 gravidezes em 10 mulheres que conceberam entre 5 e 30 meses a seguir ao procedimento, incluindo uma mulher que ficou grávida duas vezes.

Duas das gravidezes foram conseguidas através de técnicas de reprodução assistida e nove foram espontâneas.

Houve três casos de abortos espontâneos em duas mulheres, mas esta taxa não parece ser mais elevada do que a da população geral, enfatizaram os investigadores no artigo publicado na “Fertility and Sterility”.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/08/eline/links/20090108elin021.html

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Enbrel aprovado na Europa para a psoríase infantil

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco biológico Enbrel (etanercept), da Wyeth, para o tratamento da psoríase em placas grave em crianças. Este é o primeiro medicamento aprovado para esta indicação.

A aprovação desta nova indicação já era esperada, visto vir no seguimento da recomendação positiva da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), em Novembro de 2008.

O Enbrel, que também está aprovado na União Europeia para o tratamento de adultos com psoríase, é mais conhecido como um fármaco para a artrite reumatóide.

A psoríase é uma doença crónica da pele, não contagiosa, que pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são muito variáveis, caracterizando-se, geralmente, pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam preferencialmente os cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo. Nos casos mais graves, estas lesões podem cobrir extensas áreas do corpo.

Na Europa, estima-se que existam 5,1 milhões de pessoas com psoríase, uma doença inflamatória crónica. Aproximadamente, 80 por cento destes pacientes têm psoríase em placas, que é caracterizada por lesões vermelhas e com escamas.

A psoríase pode ser extremamente perturbadora e tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. É uma doença que é frequentemente debilitante, tanto física como psicologicamente, sendo em adultos associada a comorbilidades, como o aumento do risco de obesidade, diabetes tipo 2, doenças hepáticas e depressão clínica.

Isabel Marques

Dieta baixa em hidratos de carbono melhora controlo da diabetes tipo 2

Investigadores norte-americanos demonstraram que uma dieta baixa em hidratos de carbono, tal como a dieta de Atkins, melhora o controlo dos níveis de açúcar no sangue em indivíduos obesos com diabetes tipo 2.

De facto, a dieta permite a alguns pacientes reduzir ou eliminar a medicação, segundo o relatório publicado na revista científica “Nutrition and Metabolism”.

A restrição de carboidratos, ou hidratos de carbono, está no centro da dieta para diabéticos. Uma dieta muito baixa em carboidratos faz com que o organismo utilize as proteínas para fornecer energia, o que produz cetonas, sendo por isso denominada dieta cetogénica. Outra abordagem dietética é utilizar alimentos com baixo índice glicémico, isto é, que não provocam uma rápida subida do açúcar no sangue, e cortar nas calorias.

O Dr. Eric C. Westman, do Centro Médico da Universidade de Duke, em Durham, na Carolina do Norte, e colegas compararam a efectividade das duas dietas em 84 pacientes obesos com diabetes tipo 2. Os pacientes foram divididos pela dieta cetogénica baixa em carboidratos (menos de 20 gramas por dia) e pela dieta baixa em calorias e com baixo índice glicémico, durante 24 semanas. Os pacientes da dieta cetogénica não tinham restrições na ingestão diária de calorias.

Os participantes da dieta cetogénica baixa em carboidratos apresentaram mais melhorias na hemoglobina A1C, um indicador de controlo a longo prazo do açúcar no sangue, em relação aos do grupo da dieta baixa em calorias e com baixo índice glicémico.

Aqueles do grupo da dieta cetogénica também perderam mais peso e tiveram um aumento do HDL-colesterol, chamado " colesterol bom", comparativamente aos do grupo da outra dieta.

Para 95,2 por cento dos participantes do grupo da dieta cetogénica e para 62,1 por cento dos participantes da dieta baixa em calorias foi possível reduzir ou eliminar a medicação para a diabetes.

Os investigadores concluíram que a modificação do estilo de vida, através da utilização de intervenções baixas em carboidratos, é efectiva para melhorar e reverter a diabetes tipo 2.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/05/eline/links/20090105elin018.html

Comprimidos dietéticos provenientes do Brasil apresentam riscos para a saúde

Um novo relatório norte-americano salientou os riscos potencialmente graves para a saúde derivados da utilização de comprimidos dietéticos de prescrição médica importados, fabricados no Brasil, que combinam anfetaminas e outros medicamentos que requerem prescrição médica, tais como agentes ansiolíticos e antidepressivos.

Os comprimidos para a perda de peso proibidos estão facilmente acessíveis através da Internet ou são trazidos do Brasil e vendidos em clínicas de emagrecimento, lojas de produtos naturais, ginásios ou cabeleireiros por brasileiras.

O Dr. Pieter A. Cohen, da Cambridge Health Alliance e da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston, começou a ficar preocupado com a utilização deste tipo de comprimidos quando observou que muitos pacientes estavam a experienciar dores no peito inexplicáveis e outros sintomas. No final, alguns destes pacientes admitiram que estavam a utilizar comprimidos dietéticos importados.

Na revista científica “Journal of General Internal Medicine”, o Dr. Cohen descreve uma paciente, de 26 anos, que consultou várias vezes o seu médico com queixas de dores no peito, palpitações, dores de cabeça, insónia, náuseas e fadiga. Os sintomas iniciaram pouco depois da paciente ter começado a tomar os comprimidos brasileiros numa tentativa de perder peso, após o nascimento da filha.

Foram detectadas anfetaminas (estimulantes) e benzodiazepinas (fármacos ansiolíticos) na urina, e foi detectado nos comprimidos o estimulante específico fenproporex, proibido nos Estados Unidos e na Europa há muitos anos. Os danos causados à saúde por esta substância são tão graves que, em Portugal, já nem com receita médica é possível comprar anfetaminas.

Após ter perdido 13 quilos, a paciente deixou de tomar os comprimidos e os sintomas desapareceram, embora refira que sentia falta dos comprimidos. Quando a paciente começou a recuperar o peso perdido, voltou a tomar os comprimidos, tendo os sintomas voltado.

No Brasil, a prescrição destes comprimidos dietéticos compostos é geralmente obtida através de médicos de consultórios privados que frequentemente se promovem como peritos em obesidade. Contudo, nenhum destes medicamentos incluídos nestes comprimidos dietéticos está indicado para o tratamento da obesidade, segundo as directrizes de conduta normalmente aceites.

Como estes comprimidos são prescritos por médicos, algumas pessoas assumem que devem ser seguros. De facto, uma vez que as rotulagens são enganadoras, as pessoas não fazem ideia do cocktail perigoso de medicamentos que estão realmente a tomar.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/07/eline/links/20090107elin006.html
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/programas/reportagem+sic/Artigos/F%C3%B3rmula+Proibida.htm

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Antioxidantes podem ajudar a aliviar dores da pancreatite

Investigadores indianos referiram que os suplementos antioxidantes podem aliviar efectivamente as dores dos pacientes com pancreatite crónica, uma inflamação do pâncreas de longa evolução.

Num ensaio clínico, publicado na revista científica “Gastroenterology”, 127 pacientes com pancreatite crónica foram distribuídos por dois grupos, tendo uns recebido antioxidantes e outros placebo.

Após seis meses, a redução do número de dias por mês com dores foi significativamente maior no grupo que recebeu antioxidantes, em comparação com o grupo do placebo.

A redução do número de comprimidos analgésicos ingeridos por mês também foi maior no grupo que recebeu os antioxidantes. Também mais do dobro dos pacientes do grupo dos antioxidantes, 32 por cento versus 13 por cento do grupo do placebo, ficaram livres de dores. O efeito benéfico dos antioxidantes no alívio das dores foi notado aos três meses.

De acordo com o autor principal, o Dr. Pramod Kumar Garg, do Instituto de Ciências Médicas All India, em Nova Deli, a dor abdominal, o sintoma predominante dos pacientes com pancreatite crónica, é difícil de tratar. A principal razão para a existência de um tratamento médico basicamente ineficiente é o facto do mecanismo da dor na pancreatite crónica não ser bem compreendido.

O Dr. Garg acrescenta que os investigadores se sentem encorajados pelas descobertas, uma vez que foram observadas melhorias significativas com os antioxidantes, no que diz respeito a todos os parâmetros da dor neste estudo. Adicionalmente, a redução da dor resultou numa menor perda de dias de trabalho, consequentemente proporcionando um ganho funcional em termos de emprego aos pacientes.

O investigador referiu ainda que estas descobertas devem encorajar investigações posteriores nesta área entusiasmante.

Em muitos países, o alcoolismo é a causa mais frequente de pancreatite crónica. Outras causas são uma predisposição hereditária e uma obstrução do canal pancreático devida a uma estenose (estreitamento) do mesmo ou a um cancro do pâncreas.

Isabel Marques
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D130%26cn%3D1099

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Tratamento antifúngico pode ajudar alguns pacientes com asma

Novas investigações demonstram que as pessoas com asma severa, que são alérgicas a organismos fúngicos, beneficiam substancialmente do tratamento com o fármaco antifúngico itraconazol.

Para testar esta estratégia, foi conduzido um ensaio clínico no Reino Unido envolvendo pacientes que necessitavam de elevadas doses de esteróides para controlar a asma e que eram sensíveis, pelo menos, a um de sete tipos comuns de fungos.

A análise, conduzida pelo Dr. David W. Denning, do Hospital Universitário de South Manchester, e colegas, incluiu 18 pacientes que receberam itraconazol e 23 que receberam um comprimido placebo, ou seja, sem acção farmacológica.

Após 32 semanas, a pontuação de um questionário standard sobre qualidade de vida relacionada com a asma demonstrou uma melhoria significativamente maior no grupo do itraconazol, em comparação com o grupo do placebo.

Contudo, as pontuações voltaram aos níveis iniciais após a conclusão do ensaio, indicando que continuar a terapia antifúngica, para além de oito meses, é importante para manter a qualidade de vida destes pacientes.

Os investigadores concluíram, na “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”, que a magnitude do efeito antifúngico observada nos sintomas da asma neste estudo é promissora.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/05/eline/links/20090105elin015.html

Café pode ajudar a proteger contra cancros orais

Uma nova investigação indica que beber café reduz o risco de desenvolver cancro da cavidade oral ou da garganta, pelo menos, na população geral do Japão.

De acordo com o Dr. Toru Naganuma, da Universidade Tohoku, em Sendai, o consumo de café no Japão é relativamente elevado, assim como a taxa de cancro do esófago nos homens. Para investigar algum efeito protector proveniente do consumo de café, os investigadores analisaram dados da população de um estudo no Japão, que integrou informações sobre a dieta, incluindo o consumo de café.

Entre os mais de 38 mil participantes do estudo, com idades entre os 40 e os 64 anos, sem historial de cancro, ocorreram 157 casos de cancro da boca, faringe e esófago, durante os 13 anos do seguimento.

Comparativamente às pessoas que não consumiam café, aquelas que bebiam uma ou mais chávenas por dia tinham metade do risco de desenvolver estes tipos de cancro.

Os investigadores referiram que a redução do risco incluiu as pessoas que apresentam um maior risco de desenvolver estes cancros, nomeadamente aquelas que eram fumadoras ou bebiam com regularidade no início do estudo.

O Dr. Naganuma comentou à Reuters Health que não esperavam que se pudesse observar uma associação inversa tão substancial entre o consumo de café e o risco destes cancros, nem mesmo nos grupos de risco elevado para estes tipos de cancro.

Os investigadores concluíram, no artigo publicado na “American Journal of Epidemiology”, que, embora a cessação do consumo de álcool e de tabaco seja actualmente a melhor forma conhecida de ajudar a reduzir o risco de desenvolver estes cancros, o café poderá ser um factor preventivo, tanto nas populações de baixo risco como nas de risco elevado.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/06/eline/links/20090106elin019.html

Como tratar as constipações e gripes nas crianças pequenas?

Médicos norte-americanos aconselham os pais a resistir à tentação de administrar às crianças medicação para a tosse e para a constipação, devido à possibilidade de existência de potenciais efeitos secundários graves.

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) alertou que os medicamentos de venda livre podem ter efeitos secundários variados como urticária, sonolência, dificuldades respiratórias e mesmo morte, em crianças com menos de 6 anos.

De acordo com a Dra. Esther Yoon, do Sistema de Saúde da Universidade do Michigan, em Ann Arbor, cerca de 7 mil crianças acabam nas urgências todos os anos devido a problemas associados a estes medicamentos.

Assim, os médicos recomendam a utilização de acetaminofeno, também conhecido como paracetamol, e ibuprofeno, em doses apropriadas à idade, para aliviar as dores da tosse áspera ou as dores de garganta.

A Dra. Yoon sugere ainda aos pais a utilização de:

- Gotas nasais salinas;

- Uma colher de chá de mel ou de xarope de milho para a tosse em crianças com mais de um ano. As crianças devem beber fluidos tépidos como água, chá de limão, sumo de maçã e caldo de galinha para ajudar a acalmar a tosse.

- Utilização de vapor para ajudar a relaxar as vias aéreas e ajudar com os espasmos da tosse. Pode-se levar a criança para o quarto de banho e pôr a correr um duche quente.

- Aumentar a humidade da casa para reduzir a congestão nasal e a tosse.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/06/How_to_treat_cold_and_flu_in_kids/UPI-72441231221115/

Boa forma física: Um passo não dispendioso de cada vez

A falta de dinheiro não tem necessariamente de ser um impeditivo para a realização das resoluções de Ano Novo relacionadas com o exercício e a forma física, uma vez que, por exemplo, caminhar ou correr são actividades essencialmente livres de custos.

A Dra. Melina Jampolis refere que caminhar é uma forma efectiva para se ficar em forma e que, para ganhar motivação extra, as pessoas podem até arranjar um grupo para caminhar e também um pedómetro preciso, especialmente um que seja fácil de colocar num bolso ou mochila, para monitorizar os progressos.

A Dra. Jampolis apresenta vários conselhos para as pessoas que querem praticar caminhadas:

- Não são necessárias roupas sofisticadas para caminhar. Podem-se utilizar roupas que já se tenha. No tempo frio deve-se utilizar uma camada interior de tecido absorvente que mantém a humidade longe da pele, uma camada isoladora, tal como um tecido polar ou lã, para se manter quente e um casaco de Inverno com capuz.

- Acrescentar música. Investigações demonstram que adicionar música a uma rotina de caminhar pode ajudar as pessoas a manterem-se motivadas. Isto é especialmente útil para as caminhadas em espaços interiores.

- Beber muita água antes, durante e após a caminhada. As bebidas desportivas dispendiosas ou as águas especiais acrescentam calorias, são mais caras e são desnecessárias para o praticante de exercício de nível mediano.

- Antes de se começar a praticar exercício físico deve-se ainda procurar o aconselhamento médico, de forma a assegurar que se está saudável para praticar exercício e que não existe nenhuma contra-indicação.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/01/Fitness_One_cheap_step_at_a_time/UPI-81681230863675/

Plantas e flores ajudam a acelerar recuperação após cirurgia

Investigadores norte-americanos confirmaram os efeitos benéficos das plantas e flores para os pacientes a recuperar de uma cirurgia abdominal.

Os investigadores Seong-Hyun Park e Richard H. Mattson, da Universidade Estatal do Kansas, referiram que existem fortes evidências de que o contacto com plantas é directamente benéfico para a saúde do paciente hospitalizado.

Os investigadores estudaram 90 pacientes a recuperar de uma apendicectomia, ou seja, uma intervenção cirúrgica para extrair o apêndice. Os pacientes foram aleatoriamente distribuídos por quartos de hospital com ou sem plantas, durante o período de recuperação pós-operatório, tendo sido recolhidos dados relativamente à duração da hospitalização, administração de fármacos para o controlo da dor pós-operatória, sinais vitais, pontuação da intensidade da dor, inquietação, fadiga, ansiedade e satisfação com o quarto.

O estudo, publicado na “HortTechnology”, descobriu que os pacientes que tinham plantas nos seus quartos apresentaram significativamente menos ingestões de medicação para as dores; mais respostas fisiológicas positivas – pressão sanguínea e taxa cardíaca mais baixas; menos dores, ansiedade e fadiga; e maior satisfação com os seus quartos durante a recuperação, em comparação com o grupo de controlo.

O estudo sugere que as plantas em vasos oferecem o maior benefício, em oposição às flores cortadas, devido à sua longevidade. O pessoal de enfermagem relatou que, à medida que os pacientes recuperavam, estes começavam a demonstrar interacção com as plantas, incluindo regá-las, apará-las e movê-las para um sítio melhor ou mais iluminado.

As plantas de interior tornam o ar mais saudável e fornecem um óptimo ambiente interior ao aumentar a humidade e ao reduzir a quantidade de esporos de bolor e de germes no ar, acrescentaram os investigadores.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/02/Plants_flowers_speed_surgical_recovery/UPI-85901230952458/

Dieta rica em gorduras pode afectar o ritmo biológico

Investigadores revelaram que outra razão para se evitar uma dieta rica em gorduras é o facto desta poder perturbar o ritmo circadiano do organismo, ou seja, o período de 24 horas que regula os ciclos de actividade e repouso.

O Dr. Oren Froy, do Instituto de Bioquímica, Ciência Alimentar e Nutrição da Universidade Hebraica de Rehovot, em Israel, referiu que o relógio biológico regula a expressão e/ou a actividade de enzimas e hormonas envolvidas no metabolismo, e que a perturbação do relógio biológico pode levar a fenómenos como o desequilíbrio hormonal, a obesidade, os distúrbios psicológicos e do sono e o cancro.

Embora a luz seja o maior factor que afecta o ritmo circadiano, os investigadores demonstraram, nas suas experiências com ratos de laboratório, que existe uma relação de causa-efeito entre a dieta e o desequilíbrio do relógio biológico.

Os investigadores alimentaram os ratos com uma dieta baixa em gorduras ou com uma dieta rica em gorduras, seguida por um dia de jejum, tendo então medido os componentes do caminho metabólico da adiponectina, segregada pelo tecido adiposo e envolvida no metabolismo da glicose e dos lípidos, em vários níveis de actividade.

Nos ratos da dieta baixa em gorduras, os componentes de sinalização da adiponectina exibiram ritmicidade circadiana normal. A dieta rica em gorduras resultou num atraso de fase.

O estudo, que irá ser publicado na “Endocrinology”, sugere que uma dieta rica em gorduras poderá contribuir para a obesidade, não só pelo seu elevado conteúdo calórico, mas também pelo facto de perturbar as fases e o ritmo diário do relógio dos genes.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/02/High-fat_diet_affects_circadian_rhythms/UPI-69741230939730/

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ter atenção aos ossos é importante nas mulheres com lúpus

Investigadores indicaram que, para as mulheres na pré-menopausa a tomar esteróides para o Lúpus, devem ser considerados diversos tratamentos que preservam a densidade mineral óssea, de modo a prevenir a osteoporose, que fragiliza os ossos.

De acordo com o Dr. Swan S. Yeap, da Universidade da Malásia, em Kuala Lumpur, quer seja devido ao tratamento com corticosteróides, quer seja devido ao Lúpus em si, a osteoporose está a ser cada vez mais diagnosticada nos pacientes com a doença.

A equipa de investigadores avaliou as alterações na densidade mineral óssea (DMO), ao longo de dois anos, em 98 mulheres na pré-menopausa com Lúpus a fazer terapia de longo prazo com esteróides e a tomar, ao mesmo tempo, apenas cálcio, cálcio mais calcitriol (a forma activa da vitamina D) ou cálcio mais o fármaco alendronato (Fosamax), que fortalece os ossos.

As mulheres que tomaram cálcio mais alendronato apresentaram aumentos significativos na densidade mineral óssea, tanto na espinha lombar, de 2,69 por cento, como na anca, de 1,41 por cento.

Em contraste, não houve alterações significativas nem no grupo que tomou apenas cálcio, nem no grupo que tomou cálcio mais calcitriol, com excepção de uma redução de 0,93 por cento na DMO da anca no grupo a tomar apenas cálcio.

Os investigadores, na edição de Dezembro da “Journal of Rheumatology”, concluíram que, nas mulheres na pré-menopausa a tomar esteróides para o Lúpus, a densidade mineral óssea pode ser preservada ou aumentada com terapia profilática.

O Lúpus, também denominado Lúpus Eritematoso Sistémico (LES), é uma doença auto-imune crónica, na qual o sistema imunitário pode confundir os tecidos saudáveis e estranhos e, por vezes, atacar ambos, com episódios de inflamação nas articulações, tendões e outros tecidos conjuntivos e órgãos.

Verifica-se uma inflamação de diversos tecidos e órgãos numa diversidade de pessoas, indo o grau da doença de ligeiro a debilitante, dependendo da quantidade e da variedade de anticorpos que aparecem e dos órgãos interessados. Cerca de 90 por cento das pessoas com lúpus são mulheres dos 20 aos 30 anos, mas também pode aparecer em crianças (sobretudo de sexo feminino), homens e mulheres de idade avançada.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4BP23S20081226
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D77%26cn%3D773

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Antidepressivo fluoxetina pode melhorar quimioterapia contra o cancro do cólon

Investigadores da Universidade de Tel Aviv referiram que o popular antidepressivo fluoxetina pode aumentar o efeito do fármaco anticancerígeno doxorrubicina utilizado no tratamento do cancro do cólon.

O estudo confirma que o antidepressivo à base de fluoxetina, vulgarmente conhecido como Prozac, mas também comercializado como Psipax, Selectus ou em diversas versões genéricas, prescrito regularmente para aliviar os problemas emocionais dos pacientes com cancro, também ajuda a aumentar o efeito do fármaco oncológico doxorrubicina para o cancro do cólon em mais de mil por cento.

Segundo os investigadores, o antidepressivo fluoxetina actuou ao bloquear a saída do fármaco anticancerígeno do interior das células cancerígenas e ao impedir o envenenamento das células saudáveis que estão à volta.

De acordo com o investigador principal, o Dr. Dan Peer, a boa notícia é que a comunidade médica não precisa de esperar, pois o antidepressivo fluoxetina pode ser utilizado para este propósito imediatamente.

Contudo, as descobertas, publicadas na “Cancer Letters”, sugerem que a combinação do antidepressivo fluoxetina com fármacos utilizados na quimioterapia, para reduzir a resistência a estes medicamentos, necessita de mais estudos clínicos.

Isabel Marques

Descoberta nova forma de transmissão do VIH de homens para mulheres

Investigadores da Universidade Northwestern, em Chicago, revelaram que descobriram uma forma crítica através da qual um homem pode transmitir o vírus do VIH para uma mulher.

Os investigadores demonstraram que o vírus do VIH pode penetrar o tecido vaginal saudável e normal de uma mulher, atingindo uma profundidade onde pode ganhar acesso às células imunitárias.

De acordo com o investigador principal, o Dr. Thomas Hope, este é um resultado inesperado e importante. Agora tem-se uma nova compreensão de como o VIH pode invadir o tracto genital feminino.

Durante muito tempo pensou-se que o revestimento normal do tracto vaginal era uma barreira efectiva contra a invasão do vírus VIH, durante as relações sexuais, e que o vírus do VIH não conseguia penetrar o tecido.

O Dr. Hope, os seus colegas da Universidade Northwestern e os colaboradores da Universidade de Tulane, em Nova Orleães, descobriram que a pele vaginal interior é vulnerável à invasão do VIH, a um nível onde ocorre naturalmente a descamação e mudança das células da pele, um ponto no qual as células não estão tão firmemente ligadas umas às outras.

Estas descobertas foram apresentadas no 48º encontro anual da Sociedade Americana de Biologia Celular, em San Francisco.

O Centro de Prevenção e Controlo de Doenças norte-americano, em Atlanta, estima que tenha ocorrido 56,300 novas infecções por VIH, em 2005, tendo relacionado 31 por cento do total a contactos heterossexuais de alto risco.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/25/New_way_men_can_transmit_HIV_to_women/UPI-84641230265977/

Programas de grupo podem ajudar as crianças obesas a perder peso

Investigadores norte-americanos referiram que programas de tratamento baseados em grupos podem ajudar as crianças obesas a perder peso.

O estudo, publicado na “Archives of Pediatric and Adolescent Medicine”, descobriu que, após seis meses, as crianças num programa de tratamento de gestão do peso tinham menos 4 por cento de excesso de peso, enquanto as crianças do grupo de controlo tinham cerca de mais 3 por cento de excesso de peso.

Os investigadores da Universidade da Florida, em Gainesville, revelaram que, embora as alterações de peso pareçam modestas, a perda de peso das crianças aproximou-se da quantidade demonstrada por investigações anteriores, resultando em melhorias nos níveis de lípidos e de açúcar no sangue.

De acordo com o investigador principal, o Dr. David Janicke, quando se trabalha com crianças é importante introduzir lentamente alterações ao estilo de vida e torná-las divertidas, se não elas podem começar a opor resistência. Fazer grandes alterações nas suas dietas pode levar a hábitos pouco saudáveis, como saltar refeições, distúrbios alimentares ou ganhar peso.

O estudo incluiu 93 crianças, com idades entre os 8 e os 14 anos, que tinham um Índice de Massa Corporal (IMC) acima do percentil 85 para a idade e sexo, tendo sido consideradas como tendo excesso de peso ou sendo obesas com base nas tabelas de crescimento.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/26/Group_programs_may_help_kids_lose_weight/UPI-22641230274649/

domingo, 28 de dezembro de 2008

Distúrbios de ansiedade nas crianças devem ser tratados

Os distúrbios de ansiedade nas crianças e adolescentes devem ser reconhecidos e tratados, segundo refere um pedopsiquiatra do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas.

O Dr. Graham Emslie relatou que os distúrbios de ansiedade nas crianças e adolescentes devem ser reconhecidos e tratados para ajudar a prevenir o insucesso escolar, o abuso de substâncias e os distúrbios mentais na idade adulta.

Num editorial publicado na edição de 25 de Dezembro da “The New England Journal of Medicine”, o Dr. Emslie chama a atenção para o facto das crianças necessitarem de ser tratadas para os distúrbios de ansiedade e recomenda que sejam integradas evidências empíricas nas directrizes de tratamento.

De acordo com o Dr. Emslie, os distúrbios de ansiedade podem fazer com que as crianças evitem situações sociais e marcos de desenvolvimento apropriados para a idade. Além disso, o ciclo de evitamento pode levar a menos oportunidades para desenvolver as competências sociais necessárias para o sucesso mais tarde na vida. O tratamento poderá ajudar as crianças a aprenderem capacidades saudáveis para lidarem com as situações.

Cerca de 20 por cento das crianças e adolescentes são afectados por preocupações persistentes e excessivas que se podem manifestar como um distúrbio de ansiedade generalizado, distúrbio de ansiedade de separação e fobia social.

Só recentemente é que a comunidade de especialistas em saúde mental reconheceu que os distúrbios de ansiedade na idade adulta têm as suas origens na infância.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/25/Child_anxiety_disorders_should_be_treated/UPI-12281230223157/

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Dormir bem pode ajudar a manter as artérias limpas

Uma boa noite de sono é benéfica para o coração, na medida em que pode ajudar a diminuir a incidência de calcificação das artérias coronárias, segundo resultados de um estudo publicado na última edição da “Journal of the American Medical Association”.

No estudo, os investigadores descobriram que as pessoas de meia-idade razoavelmente saudáveis que dormiam, em média, mais uma hora por noite do que os outros participantes, apresentavam uma incidência mais baixa de calcificação das artérias coronárias, ou seja, a acumulação de placas calcificadas nestas artérias, que se pensa ser um indício de futura doença cardíaca.

Na investigação actual, a Dra. Diane S. Lauderdale, da Universidade de Chicago, e colegas procuraram evidências de uma associação directa entre o sono e a incidência de calcificação das artérias coronárias, ao longo de cinco anos, em 495 pessoas saudáveis que tinham entre 35 e 47 anos no início.

De acordo com o estudo, um maior tempo de sono foi associado a uma incidência mais baixa de calcificação das artérias coronárias.

A incidência de calcificação das artérias do coração variou entre 6 por cento nos participantes que dormiam mais de 7 horas por noite, 11 por cento entre aqueles que dormiam de 5 a 7 horas por noite, e 27 por cento para aqueles que dormiam menos de 5 horas.

Após o ajuste de diversos factores que poderiam influenciar os resultados, tais como idade, sexo, raça, educação e tabaco, os investigadores descobriram que uma hora a mais de sono por noite diminuiu as probabilidades estimadas de calcificação em 33 por cento.

A Dra. Lauderdale referiu que, embora este único estudo não prove que dormir pouco leva a doença das artérias coronárias, é seguro recomendar, pelo menos, seis horas de sono por noite.

Os factores de risco de calcificação das artérias coronárias incluem reconhecidos factores de risco de doença cardíaca, tais como elevados níveis de açúcar no sangue, pressão sanguínea elevada e ter excesso de peso. Dados recentes sugerem que a quantidade e a qualidade do sono estão ligadas a diversos destes factores de risco.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/12/23/eline/links/20081223elin026.html

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Deficiência de vitamina D na gravidez aumenta probabilidade de cesariana

Investigadores norte-americanos revelaram que a deficiência de vitamina D na gravidez aumenta muito a probabilidade de uma mulher ter um parto por cesariana.

Durante o estudo de dois anos, os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston e do Centro Médico de Boston examinaram a relação entre os níveis de vitamina D nas mulheres grávidas e o parto por cesariana. Quarenta e três das 253 mulheres do estudo, o equivalente a 17 por cento, tiveram os bebés por cesariana.

O estudo, publicado online na “The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism”, descobriu que 28 por cento das mulheres com níveis séricos de 25-hidroxivitamina D abaixo dos 37,5 nmol/L (nanomoles por litro) realizaram uma cesariana, em comparação com 14 por cento das mulheres com níveis de 25-hidroxivitamina D acima dos 37,5 nmol/L.

O autor do estudo, o Dr. Michael Holick, referiu que, na análise, as mulheres grávidas que tinham deficiência de vitamina D na altura do parto tinham quase 4 vezes mais probabilidade de realizarem uma cesariana do que as mulheres que não tinham falta de vitamina D.

O investigador referiu ainda que investigações anteriores tinham relacionado a deficiência de vitamina D à fraqueza muscular proximal e à performance muscular e força abaixo do nível ideal, o que pode explicar as descobertas.

Isabel Marques

Psicoterapia e antidepressivos são ambos eficazes para a depressão

Investigadores holandeses relataram que as intervenções psicológicas e a terapia com fármacos são ambas efectivas para adultos que sofrem de depressão major, tendo cada uma as suas próprias qualidades.

O Dr. Pim Cuijpers, da Universidade Vrije de Amesterdão, e colegas referiram que um grande número de estudos sugere que tanto as terapias psicológicas como as farmacológicas são efectivas no tratamento de distúrbios depressivos ligeiros a moderados. Contudo, ainda não tinha sido estabelecido definitivamente se ambos os tipos de intervenção são igualmente efectivos.

Para investigar esta questão, os investigadores reuniram dados de 30 estudos comparativos de terapias psicológicas e farmacológicas, envolvendo um total de 3.178 pacientes diagnosticados com distúrbios depressivos. Um total de 1.612 participantes foram tratados com psicoterapia e os restantes 1.566 foram tratados com terapia à base de antidepressivos.

Os investigadores relataram, na “Journal of Clinical Psychiatry”, que a diferença entre as terapias psicológica e farmacológica não foi significativa para a depressão major.

Contudo, os resultados demonstraram que a terapia com antidepressivos foi significativamente mais efectiva do que as intervenções psicológicas no tratamento da distimia, uma forma de depressão ligeira crónica que perdura por um período mais longo, mas que não é tão extrema como outros tipos de depressão.

Enquanto que o tratamento com antidepressivos utilizados normalmente, denominados inibidores selectivos da recaptação da serotonina, foi significativamente mais efectivo do que o tratamento psicológico, a terapia com outros antidepressivos não diferiu significativamente das psicoterapias.

Os investigadores também descobriram que a taxa de desistência foi significativamente mais baixa nos tratamentos psicológicos, em comparação com os tratamentos com fármacos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/12/23/eline/links/20081223elin027.html

Passeios na natureza mais revigorantes para a mente do que cenários urbanos

Investigadores norte-americanos referiram que passear num parque, ou visualizar fotografias da natureza, é mais revigorante mentalmente do que passear num ambiente urbano, ou visualizar fotografias urbanas.

Os psicólogos Marc G. Berman, John Jonides e Stephen Kaplan, da Universidade do Michigan, delinearam duas experiências para testar como as interacções com ambientes naturais e urbanos afectam os processos da atenção e da memória.

Na primeira experiência, um grupo de voluntários inicialmente completou uma tarefa delineada para desafiar a memória e a atenção. Seguidamente, os voluntários deram um passeio num parque ou na baixa da cidade de Ann Arbor, no Michigan. Após o passeio, os voluntários voltaram ao laboratório e foram testados novamente no cumprimento da tarefa inicial.

Na segunda experiência, após os voluntários terem cumprido a tarefa, visualizaram fotografias da natureza ou de ambientes urbanos e, seguidamente, repetiram a tarefa.

Os resultados da primeira experiência demonstraram que a performance na tarefa de memória e atenção melhorou muito depois do passeio pelo parque, mas não melhorou para os voluntários que passear na baixa da cidade.

O estudo, publicado na “Psychological Science”, também descobriu que o grupo que visualizou fotografias da natureza teve uma performance muito melhor na repetição da tarefa do que o grupo que visualizou cenários citadinos.

Isabel Marques

Fontes:

Tratamento da apneia do sono melhora controlo glicémico em diabéticos

Um relatório, publicado na “Journal of Clinical Sleep Medicine”, referiu que a terapia por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas (CPAP), principalmente utilizada como tratamento da apneia obstrutiva do sono, melhora o controlo glicémico (açúcar no sangue), durante o sono, em pacientes que também têm diabetes tipo 2.

De acordo com o Dr. Arthur Dawson, da Scripps Clinic, na Califórnia, a diminuição média do nível de glicose nocturna nos pacientes diabéticos foi de cerca de 20 mg/dL. A redução foi menor nos pacientes com bom controlo glicémico e muito maior naqueles com mau controlo glicémico.

Esta descoberta sugere que tratar a apneia obstrutiva do sono pode ter um grande impacto na gestão dos diabéticos tipo 2 que, por qualquer razão, não conseguem baixar os níveis de glicose para o ponto ideal.

Os investigadores utilizaram um sistema de monitorização contínua da glicose para medir os níveis de glicose, durante o estudo poligráfico do sono ou polissonografia, em 20 pacientes com diabetes tipo 2 e apneia do sono moderada a grave. Isto foi efectuado antes e depois de quatro a 13 semanas de terapia por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas.

Após o tratamento por CPAP, os pacientes apresentaram um aumento do tempo total de sono com menos tempo de estado desperto, após o início do sono.

Os níveis de glicose durante o sono foram mais baixos e menos variáveis com o tratamento por CPAP do que antes deste tratamento.

Os níveis médios de glicose durante o sono diminuíram em 10 dos 11 pacientes cujos níveis estavam acima dos 100 mg/dL, mas não diminuíram nos 9 pacientes que tinham níveis abaixo dos 100 mg/dL.

O nível médio de glicose durante 24 horas também diminuiu significativamente durante o tratamento por CPAP, mas a alteração da glicose durante o dia (das 7 às 23 horas) não foi estatisticamente significativo.

A apneia obstrutiva do sono, um dos distúrbios do sono mais comuns, é caracterizada pela interrupção da respiração durante o sono, devido ao bloqueio das vias aéreas, e por um ressonar alto. Esta situação resulta em despertares contínuos durante a noite, levando à privação do sono e à fadiga e sonolência durante o dia.

O tratamento por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas (CPAP) é um método de ventilação respiratória, no qual um fluxo leve e contínuo de ar é entregue, através de uma máscara flexível colocada por cima do nariz, durante o sono. Isto mantém as vias aéreas abertas e previne episódios de privação de oxigénio (apneia) e subsequente despertar durante a noite.

Isabel Marques

Nova abordagem efectiva para a maioria dos distúrbios alimentares

Investigadores do Reino Unido identificaram um tipo de tratamento que pode ajudar a maioria das pessoas que sofrem de distúrbios alimentares, com resultados duradouros.

Os investigadores desenvolveram uma terapia para tratar os pacientes com distúrbio alimentar não especificado e aqueles com bulimia, denominada terapia cognitivo-comportamental melhorada (Enhanced Cognitive Behavioral Therapy - CBT-E). Em 2004, o Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (NICE) do Reino Unido recomendou a utilização desta terapia no Serviço Nacional de Saúde britânico.

De acordo com o que os investigadores relataram na “American Journal of Psychiatry”, o distúrbio alimentar não especificado, no qual uma pessoa tem padrões de distúrbios alimentares, mas não preenche os critérios para a bulimia nervosa ou anorexia nervosa, é o tipo mais comum de distúrbio alimentar, seguido pela bulimia nervosa.

A equipa de investigadores comparou duas abordagens derivadas da terapia cognitivo-comportamental melhorada. A primeira, a CBT-Ef, direcciona-se exclusivamente à psicopatologia do distúrbio alimentar, enquanto a segunda, a CBT-Eb, um tratamento apropriado para a instabilidade emocional, perfeccionismo clínico, baixa auto-estima, ou dificuldades interpessoais, foi adicionada à abordagem CBT-Ef.

Os investigadores incluíram 154 pacientes que tinham sido diagnosticados com um distúrbio alimentar, mas não estavam extremamente abaixo do peso. Os participantes foram submetidos a 20 semanas com um dos tratamentos (consistindo numa consulta de ambulatório de 50 minutos, uma vez por semana), e posteriormente 60 semanas de seguimento ou um período de lista de espera de oito semanas.

Sessenta semanas após o final do tratamento, os investigadores descobriram que o nível de distúrbio alimentar tinha sido reduzido para um ponto normal em 61,4 por cento dos pacientes com bulimia nervosa e em 45,7 por cento dos que sofriam de distúrbio alimentar não especificado.

A análise também sugeriu que os pacientes com mais problemas psicológicos beneficiaram mais com a CBT-Eb, enquanto aqueles com menos problemas tiveram mais melhorias com CBT-Ef.

O investigador principal, o Dr. Christopher G. Fairburn, da Universidade de Oxford, comentou que agora, pela primeira vez, existe um único tratamento que pode ser efectivo para a maioria dos casos, sem ser necessário que os pacientes sejam internados no hospital.

Oitenta por cento dos pacientes que se submetem a tratamento de ambulatório devido a um distúrbio alimentar integram-se numa de duas categorias, bulimia nervosa ou anorexia nervosa, mas o melhor tratamento para pacientes com um distúrbio alimentar não especificado ainda não tinha sido estudado.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/12/22/eline/links/20081222elin005.html

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Estudo demonstra que não há uma verdadeira cura para a ressaca

Parecem existir inúmeras recomendações sobre como prevenir ou curar uma ressaca alcoólica, mas investigadores norte-americanos revelaram que não existem evidências de que qualquer uma delas funcione.

Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, a Dra. Rachel C. Vreeman e o Dr. Aaron E. Carroll, constataram que a Internet fornece intermináveis opções para prevenir ou tratar as ressacas alcoólicas, tais como tomar aspirinas e comer bananas.

Contudo, os investigadores, que realizaram uma revisão sistemática de ensaios aleatórios que avaliaram as intervenções médicas para prevenir ou tratar as ressacas, não encontraram intervenções efectivas, nem na medicina tradicional, nem na complementar.

Enquanto alguns pequenos estudos, que utilizaram pontuações de sintomas não validadas, demonstraram ligeiras melhoras, a conclusão da revisão exaustiva, publicada na “British Medical Journal”, foi de que o propranolol, a tropisetrona, o ácido tolfenâmico, a fructose ou a glicose, e os suplementos alimentares, incluindo borragem, alcachofra, figos da Índia, falharam na “cura” das ressacas.

Embora estudos mais recentes em ratos demonstrem que novos produtos, para alterar os mecanismos associados às ressacas, apresentam algum potencial, os humanos também enfrentam alguns riscos quando utilizam determinadas curas para a ressaca.

Uma ressaca é provocada pelo excesso de consumo de álcool, sendo que, em parte, o efeito diurético do álcool faz com que o corpo perca muita água e cause desidratação. Mas também pode dever-se ao efeito das substâncias que são produzidas durante a fermentação, o processamento ou o envelhecimento das bebidas, sendo que algumas são tóxicas.

Os sintomas mais comuns de uma ressaca são uma forte dor de cabeça, sede insaciável, depressão, mal-estar geral e maior sensibilidade ao barulho e às luzes.

No final, uma ressaca é simplesmente o modo do organismo dizer que se cometeu um excesso, pelo que os investigadores referem que a forma mais efectiva de a evitar é apenas consumir álcool com moderação, ou mesmo evitar o seu consumo.

Isabel Marques

Suplementos de vitaminas parecem ser ineficazes contra cancro e outras doenças

Resultados de um ensaio de longo prazo sugerem que tomar suplementos de vitaminas e minerais não ajuda a prevenir cancros, acidentes vasculares cerebrais (AVC) ou doença cardíaca.

Estes dados vêm contrariar a crença disseminada, assumida desde os anos 90, de que tomar vitaminas e minerais poderia ter um papel chave na prevenção de doenças, especialmente nas pessoas mais idosas.

Em alguns casos, tomar este tipo de suplementos pode ser pouco seguro, visto que uma dieta saudável fornece todos os elementos que a maioria das pessoas necessita.

De acordo com o Dr. Edgar R. Miller, da Faculdade de Medicina da Universdade Johns Hopkins, em Baltimore, estes suplementos são ineficazes e, em doses elevadas, podem provocar danos.
As pessoas não estão satisfeitas com as suas dietas, andam stressadas e pensam que os suplementos irão ajudar, mas é só um pensamento esperançoso, acrescentou.

Contudo, apenas para aquelas pessoas que não ingerem vitaminas e minerais suficientes através das dietas, os benefícios dos suplementos podem tornar-se evidentes.

Alguns médicos estão agora a aconselhar os seus pacientes a não se preocuparem com comprimidos e, em vez disso, a confiarem numa dieta saudável para fornecer as vitaminas e os minerais necessários.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/21/Extra_vitamins_have_no_effect_on_cancer/UPI-27381229883678/

Diabetes pré-existente aumenta risco de mortalidade por cancro

Investigadores norte-americanos referiram que os pacientes diabéticos que são diagnosticados com cancro têm um maior risco de morte, em comparação com os pacientes que não sofrem de diabetes.

A investigadora Bethany B. Barone, da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e colegas conduziram uma meta-análise para examinar a associação entre a diabetes pré-existente e o risco de morte devido a todas as causas, a longo prazo, em pacientes com cancro.

Os investigadores identificaram 48 artigos científicos que preenchiam os critérios para o estudo, incluindo 23 artigos cujos dados podiam ser incluídos na meta-análise.

A meta-análise destes 23 estudos indicou que a diabetes pré-existente estava associada a um aumento do risco de morte devido a todas as causas, após um diagnóstico de cancro, em comparação com as pessoas com níveis de glicose normais, em todos os tipos de cancro.

Análises adicionais, por tipo de cancro, demonstraram que a diabetes pré-existente foi significativamente associada a um maior risco de morte devido a todas as causas, a longo prazo, para os cancros do endométrio, mama e colo-rectal.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/17/Pre-existing_diabetes_raises_cancer_death/UPI-32351229541444/