O ensaio clínico terá demonstrado que o Acomplia reduz significativamente a área de gordura visceral relativamente a um placebo, afirmou o laboratório. A gordura visceral, localizada no interior do abdómen, é a mais perigosa do ponto de vista cardiovascular e metabólico, estando directamente relacionada com o desenvolvimento de insulinorresistência, responsável pela síndrome metabólica associada à obesidade.
O estudo envolveu 526 doentes japoneses obesos com factores de riscos cardiometabólicos associados, que foram aleatoriamente administrados com três dosagens diferentes do medicamento, ou com um placebo. Seis meses depois, a realização de tomografias computorizadas ao abdómen dos pacientes revelou que os que receberam a dose mais elevada do fármaco (20 miligramas) perderam duas vezes mais gordura visceral do que os que receberam o placebo.
A Sanofi-Aventis revelou ainda que está actualmente a avaliar a actuação da dosagem de 20 miligramas em três ensaios clínicos de última fase a decorrer no Japão.
Em Julho, o laboratório retirou o pedido de autorização de comercialização do fármaco que tinha submetido à Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos sob o nome Zimulti depois de uma comissão de especialistas ter desaconselhado a aprovação do tratamento. A recomendação do painel de peritos teve origem em suspeitas de efeitos secundários em termos psíquicos associados à toma do medicamento, incluindo o aumento dos pensamentos suicidas.
O Acomplia foi aprovado na União Europeia em Junho de 2006, indicado como adjuvante na dieta e no exercício físico para o tratamento de doentes obesos ou com excesso de peso e com factores de risco associados, tais como diabetes tipo 2 ou a dislipidemia.
Marta bilro
Fonte: CNN Money, Forbes, First Word, Farmacia.com.pt, Infarmed.
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