quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

OF leva lista de preocupações a Cavaco Silva

Irene Silveira levou a Belém "riscos e consequências negativas" das novas medidas para o sector

A direcção da Ordem dos Farmacêuticos (OF) tentou sensibilizar o Presidente da República para as alterações em curso no sector, como a liberalização da propriedade das farmácias ou a instalação de farmácias de venda ao público nos hospitais.

Em declarações à Agência Lusa, a bastonária Irene Silveira informou que a OF expressou as preocupações pelas alterações em curso no sector da saúde: “Quisemos sensibilizar o Presidente da República para os riscos e consequências negativas de algumas dessas medidas.”

“Na lista de preocupações estão as alterações ao regime jurídico do funcionamento das farmácias, que inclui a liberalização da propriedade, ou a instalação de farmácias de venda ao público nos hospitais, o que periga a equidade e acessibilidade por parte dos cidadãos aos medicamentos”, esclareceu a bastonária, reforçando tratarem-se, “não de preocupações corporativistas, mas de interesse público.”

A ausência de um quadro normativo sobre o exercício da actividade da profissão de farmacêutico ou a falta de reconhecimento da especificidade da formação dos farmacêuticos, foram outras inquietações que a OF levou até Cavaco Silva.

Irene Silveira sustentou que “dada a formação de excelência dos farmacêuticos, estes não podem ser substituídos por outros técnicos com qualificações dispersas e potenciadoras de perigos para a saúde.”

Nova lei para medicamentos de uso veterinário

Na audiência com o Presidente da República, foi ainda abordada a exclusiva dependência da regulamentação de medicamentos de uso veterinário por parte do Ministério da Agricultura, excluindo o Ministério da Saúde (através do Infarmed), no âmbito de nova legislação europeia.

Alterações estas que, para a bastonária, “trarão riscos acrescidos na autorização de medicamentos e a sua utilização na produção de alimentos”, argumentando que “a não regulamentação como deve ser pode trazer consequências nefastas para o ser humano.”

Raquel Pacheco

Fonte: Lusa/OF

Sem comentários: