terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Baixos níveis matinais de cortisol relacionados com fadiga crónica

Níveis matinais baixos da hormona cortisol podem estar relacionados com a fadiga grave em mulheres com Síndrome de Fadiga Crónica (SFC), segundo um estudo norte-americano.

O estudo, que será publicado na edição de Março da “Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism”, descobriu um perfil diferente para as concentrações matinais de cortisol ao longo do tempo entre mulheres que tinham Síndrome de Fadiga Crónica, e aquelas que não sofriam da condição. O estudo confirma investigações anteriores, que ligam a doença a um desequilíbrio nas interacções normais entre os diversos sistemas do organismo que trabalham em conjunto para gerir o stress.

Segundo o investigador principal, o Dr. William Reeves dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças de Atlanta, as pessoas com SFC têm uma produção geral de cortisol reduzida na primeira hora após acordarem de manhã, sendo este, na realidade, um dos períodos mais stressantes para o organismo.

O estudo analisou 292 pessoas com síndrome de fadiga crónica, 269 pessoas consideradas doentes e 163 consideradas saudáveis. As concentrações de cortisol na saliva foram medidas. As mulheres com Síndrome de Fadiga Crónica exibiram perfis matinais de cortisol significativamente mais baixos, em comparação com as mulheres que não sofriam da síndrome. Os homens com ou sem SFC não demonstraram diferenças nos níveis de cortisol.


Anteriormente, o Dr. Reeves e os colegas relataram que pacientes com sintomas de fadiga crónica apresentam uma curva de cortisol salivar diurna compactada – têm concentrações matinais de cortisol mais baixas e concentrações nocturnas mais elevadas, em comparação com os outros grupos de controlo.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com, www.medpagetoday.com

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