terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Perda cognitiva ligada a níveis elevados de homocisteína

Investigadores norte-americanos estabeleceram uma ligação entre elevados níveis de homocisteína, um aminoácido no sangue, e um desempenho cognitivo mais baixo. O estudo forneceu provas de que a presença de uma variante particular de um gene reparador pode aumentar o risco de performance cognitiva baixa.

O estudo “Maine-Syracuse”, ainda a decorrer e que envolve mais de 2 700 pessoas, também observou os níveis de homocisteína nas pessoas com uma variação genética ligada à Doença de Alzheimer, conhecida como apolipoproteina E4, ou ApoE-e4.

Segundo um dos autores do estudo, Merrill Elias da Universidade do Maine, a importância do recente relatório, publicado na edição de Janeiro da "Neuroscience Letters”, é o facto de se ter descoberto que a combinação de homocisteína elevada com a presença do alelo ApoE-e4 representa um grau de risco mais elevado de um desempenho cognitivo mais baixo do que na presença de qualquer um dos factores de risco sozinhos.

Elias declarou que os portadores do alelo ApoE-e4 podem ser considerados como tendo uma capacidade de reparação neuronal menos efectiva. Actualmente, não existe uma maneira precisa que se possa utilizar para modificar os alelos ApoE-e4, de modo a que estes façam um melhor trabalho na reparação das células do cérebro, mas há esperança na prevenção e reversão do défice cognitivo relacionado com a homocisteína elevada, através da redução dos níveis de homocisteína.

Os investigadores descobriram que pessoas sem acidentes vasculares cerebrais e sem demência com níveis de homocisteína mais elevados, adicionalmente portadoras de um ou mais alelos ApoE-e4, têm desempenhos de níveis mais baixos em múltiplas medidas cognitivas do que as pessoas com outras variações do gene ApoE-e4.

Os autores do estudo sugerem aos médicos e nutricionistas a utilização de vitaminas, especialmente aumentando os níveis de folato, vitamina B6 e vitamina B12, para ajudar a reduzir os níveis de homocisteína nos seus pacientes.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com, www.medindia.net

Sem comentários: