terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Estudo: Consumo de marijuana pode aumentar risco de cancro testicular

Um estudo norte-americano revelou que o consumo de marijuana pode aumentar o risco do homem desenvolver cancro testicular, em particular a forma mais agressiva da doença.

O estudo, que incluiu 369 homens entre os 18 e os 44 anos com cancro testicular e 979 homens, da mesma faixa etária, sem a doença, descobriu que os actuais utilizadores de marijuana tinham 70 por cento mais probabilidade de desenvolver cancro testicular, em comparação com aqueles que não consumiam.

Os investigadores revelaram, na “Cancer”, que o risco pareceu ser mais elevado entre os homens que relataram fumar marijuana durante, pelo menos, 10 anos, consumiam-na mais do que uma vez por semana ou começaram a utilizá-la antes dos 18 anos.

Um dos investigadores, o Dr. Stephen Schwartz, do Centro de Investigação do Cancro Fred Hutchinson, em Seattle, referiu que este estudo foi o primeiro a explorar a possível associação da marijuana ao cancro testicular.

O estudo descobriu que o risco acrescido pareceu ser na forma denominada de cancro testicular não-seminoma. Este tipo corresponde a 40 por cento dos casos e pode ser mais agressivo e difícil de tratar.

Os investigadores referiram que não têm a certeza acerca do que a marijuana tem que pode aumentar o risco. Contudo, o consumo crónico de marijuana também pode ter efeitos no sistema reprodutor masculino, incluindo a diminuição da qualidade do esperma.

O Dr. Schwartz referiu ainda que é necessário realizar muitas mais investigações de forma a se conseguir ter a certeza de que o consumo de marijuana é importante no risco de desenvolver cancro testicular.

A causa do cancro testicular é desconhecida, mas os homens cujos testículos não desceram para o escroto, antes dos 3 anos de idade, têm muito mais probabilidades de desenvolver cancro testicular do que aqueles cujos testículos desceram dentro dessa idade. A maioria dos casos de cancro testicular desenvolve-se em homens com menos de 40 anos, entre os 20 e os 30 anos.

A doença normalmente responde bem ao tratamento e tem uma taxa de sobrevivência aos cinco anos de cerca de 96 por cento, segundo a Sociedade Americana do Cancro (ACS).

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/09/eline/links/20090209elin008.html

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